AVANTE EM BUSCA DA MATURIDADE

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INTRODUÇÃO

Fp 3.12Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.
Paulo escreve a carta aos Filipenses enquanto estava preso em Roma. O objetivo da carta era evitar que os crentes fossem contaminados pela ideia errônea de que a prisão de Paulo estaria significando um fracasso para o evangelho. Ao lermos a carta observamos que Paulo o tempo todo incentiva os crentes a se alegrar a despeito das circunstâncias, mostrando que na verdade os sofrimentos são parte da vida cristã (Jo 16.33Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” - “no mundo tereis aflições”). O próprio Jesus trilhou o caminho da renuncia, privação e sofrimento (Fp. 2.5-10Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra,”)

FALSAS METAS x VERDADEIRA META

No capítuo 3 Paulo faz uma exortação para que aqueles crentes ali tivessem cuidado com os falsos mestres e seus falsos ensinos, os quais apegavam-se às práticas do judaísmo como meio de obter a graça de Deus e a salvação. Paulo usa o prórpio exemplo como alguém que, antes de encontrar Cristo, era extremamente rigoroso com as práticas judaicas, mas que compreendeu que, para alcançar a plenitude de Cristo precisava considerar tudo isso como perda. Toda obra humana como meio de alcançar a graça torna-se refugo (lixo) quando encontramos a Cristo. Na religião judaica o que eu faço me aproxima de Deus. No evangelho Deus se aproxima de mim em Cristo e transforma a minha vida. Pela fé nós somos alcançados por Cristo, somos justificados (recebemos a justiça de Cristo), e somos conduzidos a conhecer o poder da ressurreição de Cristo, a comunhão dos seus sofrimentos e da sua morte e ressurreição.
Paulo está rebatendo uma falsa doutrina com a doutrina verdadeira. A doutrina falsa quer colocar em destaque as obras mortas - tudo aquilo que tentamos nos gloriar de ter feito. A doutrina verdadeira coloca em evidência o que Cristo fez. Toda fidelidade, tudo de certo que eu possa fazer, tudo o que eu conseguir fazer para glória de Deus e toda obediência não é um mérito, mas é obra de Cristo que recebemos pela graça. O Evangelho nos diz que precisamos conhecer a Cristo, conhecer o poder da sua ressurreição, e sermos transformados à sua imagem, participando dos seus sofrimentos, da sua morte e da sua ressurreição. Essa é a maturidade a ser alcançada.
Ao chegar no verso 12 Paulo reconhece que ainda não havia alcançado essa maturidade. Fp 3.12Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.” Paulo diz para os irmãos ali: “eu não quero que vocês pensem que eu já alcancei essa maturidade. Eu não quero que vocês pensem que eu já conheço Cristo, que eu já conheço o poder da ressurreição de Cristo, que eu já sofro como Cristo sofreu, e que eu já participo plenamente da sua morte e ressurreição”. Paulo estava dizendo que ele sabia que ainda não havia concluído todas as etapas para a maturidade. Mas ele diz: “eu prossigo para alcançar”.
Observando os versículos seguintes podemos identificar que o apóstolo Paulo enxerga esse alvo como alvo comum da Igreja, não como um alvo restrito, particular dele ou de alguns. Observe o verso 15 Fp 3.15Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá.” … ele afirma que TODOS devemos ter esse mesmo alvo e adotar a mesma postura do apóstolo.
Nós não fomos conquistados para viver no pecado;
Não fomos conquistados para viver na prostituição;
Não fomos conquistados para viver na murmuração;
Não fomos conquistados para viver no orgulho, na vanglória;
Não fomos conquistados para viver em função das riquezas;
Não fomos conquistados para viver em função do consumismo;
Não fomos conquistados para viver em função do nosso corpo;
Não fomos conquistados para viver em função de um amor romântico;
Não fomos conquistados para viver em função da academia (ciência);
Não fomos conquistados para viver em função de qualquer ídolo que seja!
Qualquer coisa que possa ser colocada no centro da vida, que não seja Cristo e Sua obra, devemos considerar como refugo. Pense nessa pergunta: existe alguma coisa nesse mundo que você considera importante ao ponto de, se você perder, a vivda deixa de ter sentido? Extiste algo que você dedica tempo, confia ou obedece mais do que a Deus? Existe alguma coisa da qual você depende para se sentir valorizado? Existe alguma coisa que descontrola totalmente as suas emoções, que faz você perder o controle das emoções? Se sim, há um ídolo, uma meta final que não é Cristo!

PROSSEGUINDO

Paulo chama a atrenção para a necessidade de prosseguir/perseguir! “Persigo a Cristo Jesus, a fim de tomar posse Dele, visto que Ele tomou posse de mim”.
Para prosseguir/perseguir temos aqui dois passos essenciais: esquecer o que fica para trás e olhar para o que está à nossa frente!
Deixar aquilo que é passageiro e perecível “esquecendo-me das coisas que para trás ficam”. Precisamos buscar no SENHOR o discernimento para identificar o que devemos levar durante a caminhada e o que devemos descartar. Tudo que é terreno é passageiro e perecível, tudo que é espiritual é eterno. Precisamos gastar tempo, investir naquilo que trás retorno espiritual (comunhão com Deus e com a igreja, e serviço).
Olhar para frente e entender que a obra ainda não está completa “avançando para as que diante de mim estão”. Entender que o que você já fez aqui foi proveitoso e necessário mas ainda não é o suficiente, ainda existe estrada pela frente. Prosseguir aqui significa insistir, persistir, crendo que o que falta em nós, Deus supre Fp. 2.13porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” .

CONCLUSÃO

Ao final de tudo, o que nos consola é saber que há um prêmio que nos aguarda, um tesouro incorruptível. Ao que vencer… Apocalipse:
Vida eterna Ap 2.7Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.”;
Nunca mais sofrerá Ap 2.11Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.”;
Alimento eterno e uma nova identidade Ap 2.17Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.”;
Autoridade e poder Ap 2.26-28Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro; assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã.”;
Novas vestes Ap 3.5O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
Gozará da presença de Deus eternamente Ap 3.12Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome.”;
Assentar-se-á no trono de Deus Ap 3.21Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.”.
Rito de passagem Cherokee
O pai conduz o filho pela floresta sombria no final da tarde, sobe a montanha com ele, venda-lhe os olhos e o deixa sozinho.
O menino se assenta e passa a noite sozinho, na mais absoluta escuridão.
Se quiser ser aprovado, ele não pode remover a venda até o dia amanhecer. Também não pode chorar nem gritar por socorro.
Se ele aguentar a noite toda, será considerado um homem. E, como os outros que vieram antes dele, não poderá contar a sua experiência aos próximos candidatos, porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. Ele, naturalmente, está amedrontado.
O seu medo o faz ouvir toda espécie de barulho. Animais selvagens podem estar por perto. Talvez índios de uma tribo adversária o encontrem e o matem. Os insetos vão atormentá-lo. As cobras lhe causam terror. Ele terá frio, fome e sede. O vento sopra e até o solo parece se mexer. Tudo lhe parece ameaçador, mas ele não remove a venda .
Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem. É o rito de passagem cherokee da infância à fase adulta.
Finalmente, após esta noite horrível, o sol aparece e o menino pode remover a venda. E vê, então, seu pai sentado ali por perto, cuidando dele a noite toda.
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