orientação ao Joven Pastor

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o que esperar - em que far - e uma lembrança do seu Chamado
Apostataram da Fe -
A expressão últimos tempos não se refere apenas a um período escatológico do fim, mas compreende todo o período da era cristã, inaugurado por Jesus em sua primeira vinda e que se consumará na segunda. Esse tempo do fim será caracterizado pela manifestação de falsos profetas (Mt 24.11) e falsos cristos que enganarão muitos (Mk 13.22), culminando na apostasia e na manifestação do homem da iniquidade (2Ts 2.4).
espirito enganadores - Pedro e judas
Os falsos mestres são inspirados por demônios, assim como os apóstolos eram inspirados pelo Espírito de Deus. Satanás tem seus próprios ministros e suas próprias doutrinas.
doutrinas de Demonios
hipocrisia - esconder-se atras - estar atras de uma aparência - mascaras
mentira -
cauterizada - insensível a verdade
pessoas cuja consciência está morta como se tivesse sido queimada com ferro em brasa
Sociedade Bíblica do Brasil. (2000). Nova Tradução na Linguagem de Hoje (1 Ti 4:2). Sociedade Bíblica do Brasil.
paulo instrui a Timoteo versos -3,4,7,19
Fe
encarnação de Cristo -
morte e ressureição -
recebido na gloria -
agnósticos - distinção entre materia e espirito
ascetismo - uma falsa espiritualidade - celibato - celibatário
so pode haver apostasia se tiver verdade bem definidas
apostasia
o casamento
expor a sa doutrina 6-7
cultivar vida de piedade 7-10
dedicar ao pastorado 11-13
cuidar da sua vida e doutrina 14-16
Há dois tipos de liderança: a imposta e a adquirida. O líder cristão não pode ser um dominador do rebanho, mas seu modelo (1Pe 5.3). Ele lidera não pela força, mas pelo exemplo. Concordo com William MacDonald quando ele diz que esta ordem de Paulo não significa que Timóteo deveria colocar a si mesmo num pedestal e se considerar imune de críticas. Ao contrário, ele não deveria dar nenhum motivo para alguém condená-lo. Matthew Henry acertadamente destaca que a mocidade não será desprezada se as pessoas não se tornarem desprezíveis por meio da vaidade e insensatez.23 A palavra grega neotes, traduzida por mocidade, descreve qualquer pessoa que esteja em idade de prestar serviço militar. Ou seja, indica alguém adulto, mas abaixo dos 40 anos. No mundo antigo, não era esperado que uma pessoa com a idade de Timóteo, provavelmente nos seus 30 anos, tivesse obtido o discernimento e a sabedoria requerida para os líderes.
Paulo elenca cinco áreas em que Timóteo deveria ser exemplo.
Primeiro, na palavra.
O líder espiritual não pode tropeçar na própria língua.
Seu linguajar precisa ser puro,
e suas palavras precisam ser verdadeiras e oportunas.
O líder espiritual não pode ser um homem precipitado no falar.
Não pode ser maledicente nem usar linguagem profana.
Hans Bürki é da opinião de que palavra aqui significa a proclamação missionária do evangelho. Constitui a primeira e mais profunda das áreas de incumbência do pastor.
Segundo, no procedimento.
A vida do líder é a vida de sua liderança.
A vida do líder precisa ser o avalista de suas palavras.
Ele deve ser irrepreensível na conduta, em contraposição aos falsos mestres que professam conhecer Deus, mas o negam com suas obras (Tt 1.16).
A vida do líder precisa ser consistente com a grandeza do ministério que ele exerce.
Concordo com Hans Bürki quando diz que a conduta sublinhará ou riscará a palavra (da proclamação e do testemunho). Quem confessa Deus somente com os lábios, negando-o com as obras, contribui para que o nome de Deus seja blasfemado.
Terceiro, no amor.
O amor é o distintivo do cristão, a marca do líder, a evidência mais eloquente de que ele é nascido de Deus e discípulo de Cristo.
O líder cristão precisa ter profundo apego pessoal a seus irmãos e genuína preocupação com o seu próximo.
A palavra grega ágape usada aqui fala de uma benevolência invencível.
Se um homem tem ágape, não importa o que se lhe faça ou o que se lhe diga, ele buscará sempre o bem.
Nunca será mordaz, nem ressentido, nem vingador; nunca se permitirá odiar; nunca se negará a perdoar.
Só buscará o bem de seus semelhantes, não importa o que sejam nem como atuem com respeito a ele.
Quarto, na fé.
O líder espiritual precisa ter uma fé sem fingimento.
Deve confiar em Deus e ser fiel a ele.
A fé é a indestrutível fidelidade a Cristo, não importa o que isto lhe custe.
É uma fidelidade a Cristo que desafia as circunstâncias.
Quinto, na pureza.
Éfeso era um centro de impureza sexual, e o jovem Timóteo enfrentava muitas tentações.
Seu relacionamento com as mulheres da igreja deveria ser puro (5.2).
A palavra grega hagneia, traduzida por pureza, cobre, além da castidade em matéria de sexo, a inocência e a integridade de coração. Refere-se à pureza de ato e pensamento.
Em quinto lugar, o compromisso do pastor em relação às Escrituras (4.13–15).
Em relação à Palavra, Timóteo precisa tomar três medidas.
Primeiro, a leitura pública das Escrituras. – Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino (4.13).
A leitura aqui refere-se à leitura pública na congregação local. Isso é o que faziam os sacerdotes de Israel (Ne 8.8).
Isso é o que Cristo fez na sinagoga de Nazaré Lk 4.16
Isso é o que Paulo recomendou que fosse feito nas igrejas (1Ts 5.27; Co 4.16).
Essa é a bem-aventurança descrita em Apocalipse (Rv 1.3; 22.18,19). A Palavra de Deus precisa ser lida nos cultos públicos.
O que se segue à leitura das Escrituras é a exortação e o ensino.
A palavra exortação traz a ideia de encorajamento e sugere a aplicação da Palavra à vida das pessoas.
O ensino tem que ver com a exposição sistemática das verdades eternas, instruindo o povo na verdade, alertando-o contra as heresias dos falsos mestres.
Este texto pode ser comparado a Neemias 8.8, quando a Palavra foi lida, explicada e aplicada ao povo de Israel. Ler, explicar e aplicar o texto das Escrituras é a essência da pregação expositiva.
Segundo, o exercício do seu dom espiritual. – Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério (4.14).
A palavra grega carisma, traduzida aqui por dom, é um dom da graça. Denota um revestimento especial do Espírito, capacitando o recipiente a desempenhar alguma função na comunidade. Deus não apenas chamou Timóteo para o ministério, mas também, em sua ordenação ao sagrado ofício, o capacitou para seu exercício, concedendo-lhe os dons do Espírito. Paulo não menciona qual era esse dom, mas possivelmente se referia ao dom de ensino e governo da igreja.
Vale destacar que não é o presbitério que concede dons espirituais. Somente o Espírito Santo tem a competência e a autoridade para distribuir dons (1Co 12). Quando os presbíteros impuseram as mãos sobre Timóteo, estavam reconhecendo publicamente o que o Espírito Santo já havia concedido a ele. Estou de acordo com John Stott no sentido de que um carisma não é algo que seja outorgado por Deus de forma permanente e estática; seu vaso humano tem de usá-lo e desenvolvê-lo.
Terceiro, o progresso espiritual. – Medita estas coisas e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto (4.15). Não haverá avanço pioneiro nem progresso no ministério sem diligência e total dedicação à obra. A inspiração passa pela transpiração. Fritz Rienecker diz que a mente do obreiro precisa estar imersa no esforço de fazer a obra de Deus como o seu corpo está imerso no ar que respira. Timóteo deveria se concentrar exclusivamente em ser um exemplo para os fiéis, em ensinar publicamente a Palavra de Deus e em exercer seu dom espiritual. As pessoas deveriam ver não apenas sua dedicação, mas também seu constante crescimento.
Em sexto lugar, o compromisso do pastor de preservar a ortodoxia e a piedade. – Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes (4.16).
Há duas coisas às quais Timóteo precisa se dedicar: sua vida e a doutrina.
Embora a vida decorra da doutrina e a ética cristã seja filha da teologia, Paulo coloca de ti mesmo antes da doutrina, assim como advertira no passado aos presbíteros de Éfeso em sua mensagem de despedida:
Atendei por vós; depois atendei por todo o rebanho (At 20.28).
Se um ministro do evangelho não velar por sua vida, cairá em descrédito.
Não podemos separar a ortodoxia da piedade, a doutrina da vida e o credo da conduta. Não basta ser ortodoxo de cabeça e herege de conduta. É uma gritante contradição defender a sã doutrina e viver de forma contrária à sã doutrina. Primeiro, Deus trabalha em nós; depois, através de nós. A prática da Palavra vem antes do progresso na Palavra.
Paulo diz que o cuidado da vida e da doutrina traria a Timóteo salvação, para ele e para seus ouvintes. É importante entender que “salvar” aqui não significa salvação da alma, mas salvar a si mesmo e a seus ouvintes das falsas doutrinas.
Lopes, H. D. (2014). 1Timóteo: O Pastor, Sua Vida e Sua Obra. (J. C. Martinez, Ed.) (1a edição, pp. 107–111). São Paulo: Hagnos.
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