Existe pecado sem perdão?
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· 14 viewsRefletindo sobre a blasfêmia contra o Espírito Santo. Isso é para hoje ou se restringiu ao ministério de Cristo?
Notes
Transcript
O pecado imperdoável
O pecado imperdoável
Revisão
1 Sermão: Evangelho de Jesus Cristo – 1.1
2 Sermão: A chegada do Rei prometido – 1.2-13
3 Sermão: Quando o mestre nos chama: O Custo do Discipulado - 1.14-20
4 Sermão: A autoridade de Jesus sobre os demônios imundos 1.21-28
5 Sermão: Ênfases do ministério de Jesus Cristo – 1.29-39
6 Sermão: Jesus purifica os impuros - Marcos 1.40 - 45
7 Sermão: O PROBLEMA DAS AUTORIDADES (1 – 3.6)
A cura de um Paralítico - Marcos 2.1-12
8 Sermão: O PROBLEMA DAS AUTORIDADES - Marcos 2.13 - 17
A conversão de um caso difícil (Levi – o Publicano)
9 Sermão: O PROBLEMA DAS AUTORIDADES - Marcos 2.18-22
A prática do Jejum (Mt 9:14–17; Lc 5:33–39)
10 Sermão: O PROBLEMA DAS AUTORIDADES - Marcos 3.1-6
A questão do sábado (Mt 12:1–8; Lc 6:1–5)
11 Sermão: O ministério itinerante de Jesus - Marcos 3.7-12
12 Sermão: Os escolhidos por Cristo: 12 por 1.
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20Então, ele foi para casa. Não obstante, a multidão afluiu de novo, de tal modo que nem podiam comer.21E, quando os parentes de Jesus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si.22Os escribas, que haviam descido de Jerusalém, diziam: Ele está possesso de Belzebu. E: É pelo maioral dos demônios que expele os demônios.23Então, convocando-os Jesus, lhes disse, por meio de parábolas: Como pode Satanás expelir a Satanás?24Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode subsistir;25se uma casa estiver dividida contra si mesma, tal casa não poderá subsistir.26Se, pois, Satanás se levantou contra si mesmo e está dividido, não pode subsistir, mas perece.27Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa.28Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem.29Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.30Isto, porque diziam: Está possesso de um espírito imundo. 31Nisto, chegaram sua mãe e seus irmãos e, tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá-lo.32Muita gente estava assentada ao redor dele e lhe disseram: Olha, tua mãe, teus irmãos e irmãs estão lá fora à tua procura.33Então, ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos?34E, correndo o olhar pelos que estavam assentados ao redor, disse: Eis minha mãe e meus irmãos.35Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe.
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Esboço Estrutural de Marcos
1. Narrativa anterior – Chamado dos discípulos em um monte
2. Jesus volta para Casa (2.1 – Cafarnaum)
3. Grande multidão o cercam
4. Sua família (seus próximos)ouve falar algo e fica indignada
5. Jesus é acusado por Escribas
6. Jesus se defende e dá uma consequência cruel
7. Sua família chega para falar com Jesus
8. O mestre diz quem de fato é sua família
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O pecado imperdoável
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· O evangelho de Mateus e de Lucas nos situam melhor a situação que Jesus está.
Nos é dito que: 22Então, lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver.23E toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de Davi? (Mt 12.22).
· Ou seja, o mestre estava em um dia corriqueira de ensino, curas e expulsões de demônios como já percebemos no decorrer do evangelho de Marcos.
· Mais uma vez Jesus está diante de dois públicos distintos:
o Aqueles que se admiravam da sua pessoa
o Aqueles que tinham inveja da sua pessoa
· Um fato em destaque no evangelho de Marcos é a inclusão de mais um grupo que estava próximo de Jesus: No caso, a sua família.
· Porém, uma observação curiosa que nos é deixada é que: Até família de Jesus era incrédula a respeito de quem Ele era.
· No verso 21 isso fica claro. Jesus volta para casa; Uma multidão o Cerca; Ele fica impossibilitado até de comer. Quando seus parentes ficam sabendo disso SAÍRAM PARA O PRENDER.
o Ouvindo isto o quê? Jesus não tinha tempo para se cuidar
o Sua prioridade eram as pessoas que chegavam ao seu encontro.
o Saíram para o prender? Porque ensinava, curava, expulsava?
o Tal atitude demonstra descrédito.
o A argumentação deles: Está fora de si
o Diante dessa afirmação, será que a família de Jesus o via como um lunático criador de estórias?
o Será que eles ouviam as palavras do mestre como palavras fazias?
o E suas ações como ações tolas?
o No contexto imediato. O contexto indica que foi especialmente o desejo de Cristo, de se mover de uma aglomeração de pessoas para a outra, ensinando, curando, expulsando demônios (1.32–34; 2.2), e tendo, agora, sua presença entre uma multidão tão grande que ele e seus discípulos não tinham nem tempo para comer, que levou ao comentário “ele está fora de si”. Foi – pelo menos parece ter sido – o que parecia aos seus amigos como falta de descanso, de recreação e de repouso que ocasionou a exclamação.
o A atitude de Jesus é fora do normal diante do seu contexto, e isso trazia certa estranheza para as pessoas que o acompanhavam de perto (família; discípulos) e de longe (Fariseus; Multidão).
o A frase que é traduzida por família, em sua essência traz a ideia de associados, parentes, seguidores ou amigos.
· Lição: Marcos quer nos lembrar que a proximidade com Jesus não é substituto, para a aliança com Jesus em fé e seguimento
· No verso 22 uma outra situação é colocada em evidência. Além dos seus familiares, o mestre estava sendo atacado pelos Escribas.
o Escribas vindos de Jerusalém (Dá a ideia de um grupo oficial)
o Provável que estivessem o acompanhando
o Eles chegaram no momento em que Jesus tinha acabado de curar um homem endemoninhado que não podia ver nem falar. Como resultado desse milagre múltiplo, “todas as pessoas estavam admiradas dizendo: ‘Certamente não pode ser este o Filho de Davi?’ ” (Mt 12.22–23; cf. Lc 11.14).
o Eles reconhecem que milagres são possíveis e Jesus realiza
o ACUSAÇÃO: Está possesso por Belzebu (v.30)
§ Senhor das moscas
§ Baal o príncipe
§ Residência de Baal – EDWARDS.
o A acusação feita contra Jesus, pelos escribas e fariseus, era perversa.
o Foi resultado de inveja. Cf. Mateus 27.18.
o Eles sentiram que estavam perdendo seus seguidores, e isso não podiam tolerar.
o ACUSAÇÃO: Expele demônios pelos Maioral dos demônios
§ Uma coisa fica clara: Belzebu é definitivamente o príncipe dos demônios. Belzebu é Satanás.
· Diante de tal ofensa, Jesus começa sua defesa:
o Verso 23 – 26
· Após ouvir tais pensamentos, Jesus convoca seus acusadores para pensarem nas suas acusações.
o Um Reino em Guerra
· O mestre coloca uma situação bem óbvia diante dos seus acusadores.
· Como penso em conquistar um pais e destruí-lo ao mesmo tempo?
· A resposta de Jesus diante de tal ilustração é que: tal reino não pode subsistir
o Uma casa dividida
· Imagine que uma parte dos proprietários da casa querem construir no restante do terreno e a outra parte quer destruir, ficar apenas com o terreno para vender.
· Tal família desunida gera um caos total. Isso causará intrigas, brigas e muitas discussões.
o A mesma lógica das ilustrações anteriores se aplica a Satanás
· Como Satanás iria dominar um corpo, e ele próprio seria expulso de tal corpo de forma vergonhoso por sua parte?
o Retrato de Satanás nas palavras de Jesus
· Talvez a resposta seja um trocadilho com o significado do nome Belzebu (Residência de Baal)
§ Ele tem uma casa (Ele domina o sistema; Ele domina corpos e almas)
§ Ele é valente – Ou seja, ele demonstrar ser forte diante dos seus opositores
§ Ele tem bens – Como mencionado anteriormente: Pessoas estão escravas dele
§ É possível acabar com o valente, se o amarrar – Na cruz Cristo amarra e derrota Satanás.
§ Saque na casa do valente – Somente Cristo pode libertar aqueles que estão presos no domínio de Satanás.
o A resposta de Cristo mostrou que a sua autoridade sobre os demônios era o início da derrota do valente. Cristo não era Satanás; Cristo não era aliado de Satanás, mas, Cristo era aquele que iria destruir o domínio de Satanás e estabelecer o seu reino.
o O Senhor está expulsando os servos de Belzebu, os demônios, e restaurando aquilo que, por intermédio desses demônios, Satanás tem feito à alma e ao corpo dos homens. Jesus está fazendo tudo isto, porque, por meio de sua encarnação, sua vitória sobre o demônio na tentação do deserto, suas palavras de autoridade dirigidas aos demônios, toda a sua atividade, ele começou a amarrar Belzebu, um processo de amarrar e reduzir o poder do maligno, que seria muito mais reduzido pela vitória sobre Satanás na cruz (Cl 2.15) e na ressurreição, ascensão e coroação (Ap 12.5, 9–12) – (HENDRIKS)
o o diabo está sendo, e progressivamente será, privado de seus “bens”, de sua “mobília”, isto é, das almas e dos corpos dos homens, e isso, não somente por curas e expulsões de demônios, mas por meio de um poderoso programa missionário, alcançando primeiro os judeus, mas também, mais tarde, todas as nações (Jo 12.31–32; Rm 1.16) – (HENDRIKS).
· CONSEQUÊNCIAS DA ACUSAÇÃO:
o Verso 28-30
o Chamada de atenção: Em verdade vos digo (ideias de verdade e fidelidade) ou Eu vos asseguro.
o Tudo será perdoado
§ A referência é, claro, a todos os pecados dos quais os homens sinceramente se arrependerem.
§ Dessa forma o pecado contra o Espírito Santo não é:
· Proferir certas afrontas quando éramos descrentes
· Não é uma afronta não identificável
o Menos a Blasfêmia contra o Espírito Santo
§ O que seria Blasfêmia contra o Espírito Santo?
o “Irreverência desafiadora”; linguagem insolente; difamação, injúria (Ef 4.31; Cl 3.8; 1Tm 6.4).
o Existe perdão para todos os tipos de irreverência desafiadora, com exceção de um.
§ Se isso não fosse verdade, como poderia Pedro ter sido perdoado de seu pecado (Mc 14.71)
§ E como poderia ter sido ele restaurado (Jo 21.15–17)?
§ Como poderia Saulo (Paulo) de Tarso ter sido perdoado (1Tm 1.12–17)?
§ No entanto, para a “blasfêmia contra o Espírito Santo” nuncahaverá perdão.
§ Tal pessoa é culpada de um “pecado eterno”, isto é, seu pecado nunca será apagado (HENDRIKS).
· “Como deve ser entendido o fato de que a blasfêmia contra o Espírito Santo é imperdoável?”
o Vejamos o cenário:
§ Eles estavam vendo Jesus
§ Estavam presenciando os milagres de Jesus
§ Ouviram os Ensinos de Jesus
§ Ouviram as afirmações de Divindade de Jesus
§ Presenciaram a autoridade de Jesus
o Porém, ainda assim se tornaram incrédulos e blasfemos.
o Os escribas estavam atribuindo a Satanás aquilo que o Espírito Santo estava fazendo por meio de Cristo
o Estavam fazendo isso voluntariamente, de forma a vontade.
o Na narrativa de Marcos os líderes religiosos estão progredindo em seus pecados:
§ Começaram cogitando em seus corações
§ Depois indagaram aos discípulos de Jesus
§ Se direcionaram ao próprio Jesus
§ Começaram a tramar a morte do mestre
§ E agora, Ele não é Deus, ele é Satanás.
o Receber perdão significa que o pecador está verdadeiramente arrependido.
o Entre os escribas aqui descritos, tal arrependimento genuíno não existe.
o Eles trocaram o sacrifício pessoal pelo endurecimento do coração; a confissão, por planos de destruir Jesus.
o Deste modo, por meio de seu próprio endurecimento criminoso e totalmente indesculpável, estavam trazendo sobre si mesmos a condenação merecida.
o Os seus pecados são imperdoáveis porque eles não estão dispostos a trilhar o caminho que leva ao perdão.
o O pecado contra o Espírito Santo, portanto, não é uma ofensa não identificável contra Deus, mas um julgamento equivocado específico de que Jesus é motivado pelo mal, em vez de pelo bem; de que ele é empoderado pelo demônio e não por Deus (EDWARDS).
· Observação: Qualquer pessoa que estiver preocupada sobre ter cometido pecado contra o Espírito Santo ainda não cometeu
o Um salvo não cometerá tal ato
o A sentimento de afronta nos direciona a pedir perdão.
o Quem peca contra o E.S não sente remorso. O pecado já o domina por completo.
· Quando um homem se torna endurecido de tal maneira que inclina sua mente a não prestar atenção ao chamamento do Espírito Santo nem mesmo a ouvir sua voz de advertência, ele se colocou na estrada que leva à perdição. Ele cometeu o pecado “para a morte” (1Jo 5.16; veja também Hb 6.4–8).
· A blasfêmia contra o Espírito Santo é o resultado de um processo gradual.
o O entristecimento do Espírito Santo (Ef 4.30), se não houver arrependimento, leva à resistência ao Espírito Santo (At 7.51), que, havendo persistência, leva à extinção do espírito (1Ts 5.19).
o A verdadeira solução é encontrada no salmo 95.7b,8a: “Hoje, ó, ouçam a sua voz. Não endureçam o coração!” (Cf. Hb 3.7–8) – (HENDRIKS).
· Após tal acusação, resposta e condenação por parte de Jesus aos acusadores, Marcos retorna para cena inicial da família indignada de Jesus.
· No verso 21 os parentes ouvem falar algo de Jesus, no verso 31 em diante eles vão até o encontro de Jesus.
· Jesus é avisado que seus familiares estão fora, e sua pergunta retórica atinge em cheio seus parentes incrédulos.
o Curioso notar que a família está fora da casa, enquanto pessoas distantes estão do lado de dentro ao redor do mestre
· A família de Jesus queria dominá-lo. Ou seja, ela iria direcioná-lo como ele deveria se portar diante da sociedade.
· Uma tentativa de adquirir controle sobre o mestre
· QUEM É MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS?
· Jesus redefine o termo família
· Com essa pergunta o mestre quer apontar para algo maior. A sua família está acima do sangue. A sua família de fato é aquela que faz a vontade de Deus.
o Jesus enfatiza o crer
o Jesus enfatiza o fazer
o Jesus enfatiza o espiritual acima do terreno
o Jesus enfatiza a Obediência no lugar do sangue
· Jesus destaca que o relacionamento de sangue não pode reivindicar qualquer privilégio (Filho de peixe = peixinho?).
O discipulado depende de estar na presença de Jesus e fazer a vontade de Deus, características essenciais do apostolado esboçado: “14Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar 15e a exercer a autoridade de expelir demônios (3.14)”.
· Esse sanduíche de histórias que parecem desconexas fazem uma afirmação repetida em Marcos a respeito dos verdadeiros discípulos e dos falsos. Os verdadeiros discípulos estão com Jesus (3.13) e fazem a vontade de Deus. Esses sim, são a família de Jesus.
· Os falsos discípulos não querem compromisso, apenas querem atrapalhar e criticar os planos do mestre.
Aplicações:
· Para os crentes:
o Será que você faz parte da família de Jesus?
o Estão perto
o Falam dEle
o Agem por meio dEle
o Fazem a vontade do Pai.
· Para Jesus família está ligada mais a ação do que a nomeação
· Para os descrentes:
o Como anda a sua vida?
o Será que você tem sentido que é um pecador e precisa da libertação que só Cristo dá?
o Tenha cuidado com o endurecimento do seu coração.
o Hoje se ouvir a voz do Espírito Santo: não endureça o vosso coração, mas, renda-se a Cristo.
Amém!