OSTENTAÇÃO NA CASA DO REI! Ester 1.1-9

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O reino dos homens é ostentação que não rende glória a Deus.

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Grande ideia: O reino dos homens é ostentação que não rende glória a Deus.
Estrutura: um rei em seu trono diante dos nobres (vv. 1-4), um rei se exibindo para o seu povo (vv. 5-6), um rei que bebia e deixava beber (vv. 7-9).
AO LONGO DO LIVRO:
1-2: Festa (Assuero-Vasti-Ester).
3-4: Mobilização (Hamã-Mordecai-Ester).
5-7: Banquetes. (Ester- Assuero-Hamã).
8-9: Resistência. (Ester-Mordecai).
9-10: Festa (Ester-Mordecai-Assuero).
“Nosso Deus atua nos detalhes, para preservação do seu povo eleito, usando providencialmente pessoas improváveis.”
VAMOS DE FILME:
O filme 300 (de 2006) estreou em 2007 nos cinemas brasileiros. Os seguidores do politicamente correto detestaram o filme, e não foi à toa. Nele, os militares não são covardes armados, os políticos pacifistas não são confiáveis e os vilões são provenientes do Oriente — um verdadeiro “crime” na Hollywood de hoje.² Baseado numa famosa graphic novel de 1998,³ o filme retrata a Batalha das Termópilas, ocorrida em 480 a.C. Durante três dias, cerca de 7mil soldados de vá- rias cidades gregas, comandados por 300 espartanos e seu rei, Leônidas I, lutaram contra 100 a 150 mil homens das tropas do Império Persa, que incluíam, além dos persas, escravos egípcios, cilícios, fenícios, assírios, etíopes e afegãos, liderados por Xerxes, que tem sido identificado como o rei Assuero do livro de Ester. No final, o confronto nos desfiladeiros das Termópilas foi fundamental para que os exércitos das cidades-estado gregas, entre as quais Corinto, Égina, Esparta e Ate- nas, derrotassem as forças persas nas batalhas de Salamina, em 480 a.C., e de Pla- teias, em 479 a.C. Desse modo, os espartanos ajudaram a preservar a cultura das cidades-estado gregas, possibilitando que ela chegasse a seu auge, no primeiro experimento de liberdade (eleutheria) política e de pensamento histórico, valores que, até hoje, dirigem o Ocidente.
1:1–9 Os eventos no livro de Ester ocorrem cerca de 55 a 65 anos após o término do exílio babilônico do povo judeu. A história se passa em Susa, a principal capital do Império Persa durante o reinado de Assuero (também conhecido como Xerxes). Cronologicamente, isso o coloca no meio do livro de Esdras - depois que o segundo templo em Jerusalém foi dedicado em 516 aC, mas antes de Esdras liderar um grupo de exilados para Jerusalém (em 458 aC)
Barry, John D., Douglas Mangum, Derek R. Brown, Michael S. Heiser, Miles Custis, Elliot Ritzema, et al., Faithlife Study Bible (Bellingham, WA: Lexham Press, 2012, 2016), p. Et 1.1-9
Bryan Gregory diz algo parecido: “A vasta maioria das pessoas hoje em dia verá sua própria experiência em Ester, muito mais do que em muitos dos livros da Bíblia [...] um mundo onde eventos e situações não mostram ações óbvias de Deus. Nada fora do ordinário, nada milagroso, e nada explicitamente sobrenatural. Na superfície, muitas vezes parece que Deus está ausente ou escondido da vista”.
Garofalo Neto, Emilio. Ester na casa da Pérsia e a vida cristã no exílio secular (p. 19). Edição do Kindle.
Diante dos nobres. (vv. 1-4)
(a) Esse Assuero só irá aparecer em um outro texto da Bíblia:
Esdras 4.6 (NAA)
6No começo do reinado de Assuero, escreveram uma acusação contra os habitantes de Judá e de Jerusalém.
(b) Era um vasto império:
Franklin Ferreira:
O Império Persa estendia-se da Índia à Etiópia (1.1), compreendendo a região em que hoje se situam Irã, Iraque, Líbano, Israel, Jordânia, Egito, Turquia e partes da Grécia, Bálcãs, Rússia, Afeganistão e Paquistão.
(c) Era uma baita festa:
Franklin Ferreira explica que “o provável contexto seria uma reunião das principais autoridades do império para estudar uma campanha contra a Grécia”.
Garofalo Neto, Emilio. Ester na casa da Pérsia e a vida cristã no exílio secular (p. 21). Edição do Kindle.
(d) Assuero expôs sua grandeza em seus detalhes, durante uma festa que durou seis meses. Impressionante.
2. Exibindo-se ao seu povo. (vv. 5-6)
(a) Depois desse tempo, agora foi a fez do povo (durante um tempo menor, uma semana) conhecer da glória do rei.
(b) Os detalhes são impressionantes:
Comentaristas explicam que esse suntuoso palácio tinha trinta e seis colunas, cada uma com mais de 20 metros de altura, entalhadas, com belíssimos ornamentos, detalhes de ouro e coberturas de seda.
Garofalo Neto, Emilio. Ester na casa da Pérsia e a vida cristã no exílio secular (p. 21). Edição do Kindle.
Cosper, Faith among the faithless, p. 2. Ele diz mais: “Eis o quão rico Xerxes era: alguns anos depois, quando a guerra com os gregos terminou em fracasso para a Pérsia, os persas recuaram, e os gregos tomaram seu acampamento, Heródoto escreveu que os gregos encontraram sofás de ouro e prata deixados para trás. Não moedas. Não estátuas. Sofás”.
Garofalo Neto, Emilio. Ester na casa da Pérsia e a vida cristã no exílio secular (p. 32). Edição do Kindle.
3. Bebendo e deixando beber. (vv. 7-9)
(a) A bebida era servida generosamente. O cenário é de luxúria e despreocupação para com a vida.
(b) “Bebiam sem restrições”: Nada mais babilônico. Nada mais persa. Nada mais brasileiro.
https://hospitalsantamonica.com.br/conheca-8-dos-principais-efeitos-do-alcool-no-organismo/
Conheça 8 dos principais efeitos do álcool no organismo.
No Brasil, o consumo de bebidas alcoólicas cresceu 43,5% em dez anos, passando de 6,2 litros/ano por brasileiro com mais 15 anos, em 2006, para 8,9 litros, em 2016. Esse dado mais recente, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), supera a média mundial de 6,4 litros de álcool puro/ano por pessoa.
A bebida alcoólica age de maneiras diferentes em cada pessoa devido a vários fatores, tais como a quantidade consumida, a frequência de uso, a idade, o sexo, o histórico familiar e as condições de saúde física e psíquica do usuário.
Alguns efeitos do álcool no organismo são mais comuns e aparecem logo após os primeiros goles, outros são cumulativos e demoram a se manifestar.
1. Alterações cerebrais.
O álcool é um depressor do sistema nervoso central, ou seja, uma substância que diminui a atividade do cérebro, alterando a ação de neurotransmissores, como o ácido gama-aminobutírico, o glutamato e a serotonina. Conforme a pessoa ingere a bebida, o organismo reage de uma determinada forma, seguindo alguns estágios.
Quando a concentração de álcool no sangue é baixa (entre 0,01 e 0,12 gramas/100 mililitros), o indivíduo tende a ficar desinibido, relaxado e eufórico. À medida que essa quantidade aumenta, outras reações aparecem, como lentidão dos reflexos, problemas de atenção, perda de memória, alterações na capacidade de raciocínio e falta de equilíbrio. Em níveis muito altos (a partir de 0,40 gramas/100 mililitros), pode haver intoxicação severa e parada cardiorrespiratória, com possibilidade de sequelas neurológicas e até mesmo morte.
Além desses efeitos visíveis e imediatos, o consumo exagerado de álcool, principalmente na infância e adolescência, pode prejudicar o desenvolvimento cerebral, inibir o crescimento de novos neurônios e causar lesões permanentes, além de ser um fator de risco para a depressão ou outro transtorno mental.
2. Lesões hepáticas.
Um órgão bastante afetado pela ingestão de bebidas alcoólicas é o fígado, responsável pelo metabolismo dessas substâncias. Há evidências de que o consumo imoderado de bebidas alcoólicas pode causar esteatose hepática, conhecida também como fígado gorduroso. Essa doença é causada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado, podendo regredir ou ficar estável conforme os anos passam, ou evoluir para a hepatite alcoólica, uma inflamação cujos sintomas são dor abdominal, inchaço da barriga, pele e olhos amarelados, náusea, vômito, perda de apetite, entre outros.
O abuso da ingestão de bebidas alcoólicas também pode ser responsável pela cirrose hepática, uma lesão crônica que se caracteriza pela formação de cicatrizes (fibrose) e formação de nódulos que bloqueiam a circulação do sangue. Em muitos casos, há a necessidade de transplante do órgão.
3. Irritação do estômago.
Fora os conhecidos sintomas de enjoo, náusea e vômito, o álcool pode causar irritações, infecções ou erosões na mucosa gástrica, resultando em uma gastrite aguda. Isso acontece porque a bebida chega primeiro ao aparelho gastrointestinal, aumentando a secreção de ácido clorídrico. O resultado são dores abdominais, queimação, azia, perda de apetite e vômito recorrente.
4. Disfunção renal.
Os rins são responsáveis pela filtragem do sangue, eliminação de resíduos nocivos ao organismo, regulação do equilíbrio ácido/básico, manutenção do volume de água no corpo, produção de hormônios, entre outras funções importantes.
A ingestão exagerada de álcool pode aumentar a diurese, que é a produção de urina, o que provoca desregulação da concentração de eletrólitos no sangue, elevação da pressão arterial e alteração no funcionamento do órgão.
5. Inflamação do pâncreas.
Quem consome muita bebida alcoólica pode desenvolver pancreatite crônica, uma inflamação do pâncreas que provoca endurecimento e redução do tamanho do órgão. As consequências são forte dor na região abdominal, diarreia com fezes gordurosas — devido à menor produção de lipase, enzima responsável pela digestão de gorduras —, perda de peso e diabetes. Essa última decorre das alterações que o álcool pode causar no funcionamento do pâncreas, como a diminuição da produção de insulina ou a incapacidade do órgão de produzir esse hormônio.
6. Problemas cardíacos.
Há estudos que mostram que a ingestão de álcool em doses moderadas pode trazer benefícios à saúde por melhorar a circulação sanguínea e proteger o sistema cardiovascular. O vinho tinto, por exemplo, é rico em flavonoides e resveratrol, uma substância antioxidante encontrada na pele e nas semente das uvas que impede a formação de coágulos de sangue, tem ação anti-inflamatória, neutraliza os radicais livres e reduz o colesterol ruim.
Porém, a ingestão excessiva de álcool pode desencadear problemas cardíacos significativos, entre eles:
a cardiomiopatia alcoólica — uma alteração na função contrátil do músculo do coração;
a arritmia — caracterizada pela desregulação do ritmo dos batimentos cardíacos;
o acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC hemorrágico) — causado pelo sangramento de uma artéria;
a hipertensão arterial — conhecida popularmente como pressão alta.
7. Enfraquecimento do sistema imunológico.
Por entrar facilmente na corrente sanguínea, o álcool percorre todo o organismo, reduz a produção de glóbulos vermelhos e compromete o sistema imunológico, deixando o corpo mais suscetível ao aparecimento de infecções e doenças. Uma pessoa que bebe uma grande quantidade de álcool, mesmo que em uma única ocasião, tem mais chances de desenvolver pneumonia, tuberculose e anemia, por exemplo.
8. Aumento do risco de câncer.
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, tais como de laringe, faringe, boca, esôfago, fígado, estômago, intestino e mama.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), a relação dose/resposta entre o consumo de bebidas alcoólicas e o risco de câncer é evidente, sendo que o álcool está associado a 4% dos óbitos por câncer.
Provérbios 20.1 (NAA)
1O vinho é zombador e a bebida forte causa alvoroço; todo aquele que é vencido por eles não é sábio.
Provérbios 23.31–35 (NAA)
31Não olhe para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e desce suavemente.
32Pois no fim morderá como a cobra e picará como a víbora.
33Os seus olhos verão coisas esquisitas, e o seu coração o levará a dizer coisas perversas.
34Você será como o que se deita no meio do mar e como o que se deita no alto do mastro do navio.
35Você dirá: “Fui espancado, mas não doeu; bateram em mim, mas eu não senti nada! Quando vou despertar? Então voltarei a beber.”
(c) A citação de Vasti aqui prepara o terreno para a próxima porção: nesse cenário de homens, havia algo similar entre as mulheres.
9. Também Vasti, a rainha, fez um banquete para as mulheres – A celebração foi dupla; pois, como de acordo com a moda oriental, os sexos não se misturam na sociedade, as damas da corte eram recebidas em um apartamento separado pela rainha.
Jamieson, Robert, A. R. Fausset, e David Brown, Comentário Crítico e Explicativo sobre a Bíblia Inteira (Oak Harbor, WA: Logos Research Systems, Inc., 1997), I, 303
4. Outras aplicações:
(a) O reino dos homens é assim mesmo: muita ostentação e pouco conteúdo.
Romanos 14.17–19 (NAA)
17Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
18Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelas pessoas.
19Assim, pois, sigamos as coisas que contribuem para a paz e também as que são para a edificação mútua.
(b) As riquezas vêm e vão: não podemos nos tornar reféns do dinheiro.
Mateus 6.19–21 (NAA)
19— Não acumulem tesouros sobre a terra, onde as traças e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam;
20mas ajuntem tesouros no céu, onde as traças e a ferrugem não corroem, e onde ladrões não escavam, nem roubam.
21Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração.
(c) A bebida não deve ser tolerada em nosso meio. Crente que bebe expõe uma necessidade que só pode ser suprida por Deus.
Há desgraça para quem assim procede, que estes leiam e tremam (Hc 2.15,16), etc. Rouba-se do homem a razão, sua mais preciosa jóia, e transforma-se-o em um tolo, o maior mal que pode haver.
Henry, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento Volume 2 . Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Edição do Kindle.
Habacuque 2.15–16 (NAA)
15Ai daquele que dá ao seu companheiro vinho misturado com o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar a nudez!
16Você ficará coberto de vergonha em vez de honra. Beba você também e mostre a sua incircuncisão! Chegará a sua vez de pegar o cálice da mão direita do Senhor, e a sua glória se transformará em vergonha.
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