Quem é Jesus?
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· 35 viewsA mensagem do Sermão tem o objetivo de conscientizar, principalmente as pessoas do ocidente que há diversos "Jesuses". Por essa razão, há uma necessidade de ministrarmos sobre o que a palavra de Deus diz sobre Jesus, afinal, isso irá influenciar nosso estado eterno. Sem dúvida alguma, é a pessoa mais importante para uma pessoa conhecer.
Notes
Transcript
1. Introdução
“Não importa a ideia ou crença pessoal de alguém acerca dele, Jesus de Nazaré vem sendo a figura dominante na história da cultura ocidental há quase vinte século” - Jaroslav Pelikan
A figura de Jesus tornou-se comum para aqueles que convivem em uma cultura ocidental. É normal nos depararmos com algum elemento, como por exemplo, uma cruz pendurada em um comércio, ou talvez um terço pendurado no retrovisor de algum uber, ou até uma tatuagem de um Jesus ocidental, na maioria dos lugares há algum elemento que nos remete a pessoa de Jesus. Entretanto, a grande maioria das pessoas que utilizam esses elementos não conseguem responder algumas indagações simples que os cristãos deveriam saber responder. Como por exemplo, Quem é Jesus? Talvez, a grande maioria responderia que Jesus é o Filho de Deus. E de fato, é verdade, entretanto, a resposta é dada pela razão de ser algo altamente disceminado e não pela convicção daquela pessoa.
Quando indagamos de forma um pouco mais profunda, como por exemplo, Jesus era Divino ou Humano? Talvez, a grande maioria não saberia responder. Outra questão, talvez haveria muitas respostas distintas sobre a pessoa de Jesus, portanto, qual seria a correta? A religião Islâmica diz que Jesus é somente um Profeta, os testemunhas de Jeová não creem que Jesus é um ser Divino, alguns dizem que Jesus foi apenas um sábio, revolucionário político, entre outros. Por essa razão, dentre vários “Jesuses” em qual devemos acreditar?
Em um dos podcasts que gosto de ver diariamente que o tema do programa é trazer pessoas comuns para que as mesmas possam expor suas vocações, estudos, atividades e etc. Em um dos episódios trouxeram um ateu para que ele discorrese sobre o assunto ateismo. O mesmo expôs que sua sogra era evangélica, entretanto, a mesma não cria de forma abitolada de que a Bíblia é um livro sem adulteração, ou seja, erros. É justamente o entendimento da natureza das Escrituras que faz com que Jesus seja entendido de diversas maneiras. Entretanto, para aqueles que se denominam cristãos, as Escrituras é a palavra de Deus. Por essa razão, não há erros de nenhuma tipo na palavra de Deus, pois senão não seria a palavra de Deus. Dito isto, é através do livro de João que estaremos respondendo a pergunta e o tema da nossa mensagem, Quem é Jesus?
é extremamente importante sabermos sobre quem é a pessoa de Jesus. Sem dúvida alguma, a pessoa mais importante que um ser humano possa conhecer em sua vida é Jesus de Narazé. O fato de conhecermos a Jesus implica em nosso estado eterno, por essa razão, estaremos expondo aquilo que as Escrituras dizem sobre Jesus.
1.1 Introdução ao Livro de João
O Livro de João é abundantemente cristológico, ou seja, o tema proposto pelo autor bíblico é provar a divindade de Cristo. Em um contexto Judaico, havia a espera de um Messias que viria e que estabeleceria um reino terreno e através desse reino haveria paz, liberdade e a nação de Israel seria reestabelecida. Entretanto, o perigo de constuirmos um Salvador em nossa mente, faz com que tenhamos uma expectativa muitas das vezes diferente da realidade. E de fato, os judeus não reconheceram Jesus como o Messias pela razão de entenderem que o Messias deveria estabelecer um reino terreno, e na verdade, Cristo estabeleceu um reino Espiritual.
Portanto, o livro de João tem como objetivo provar que Jesus não foi um simples sábio Judeu, mas que Jesus era Deus. E logo no prólogo podemos observar de maneira profunda o que João desenvolverá em todo o seu livro sobre a pessoa de Jesus.
2. Exposição
1.1-2 No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Ele, a Palavra, estava no princípio com Deus.
João começa diferente dos outros evangelistas, Mateus aborda a Genealogia de Jesus, Lucas começa com o nascimento de João Batista, Marcos começa com a pregação de João de Batista e João começa com Jesus antes do tempo, no princípio. Essa palavra para nós cristãos nos remete a Genêsis 1.1, certamente essa mesma lembrança remetia aos judeus também. Portanto, devemos ter uma consciência que João se utiliza de diversos simbolos judaicos que foram enriquecidos e melhor compreendidos através da pessoa de Jesus. Por essa razão, devemos compreender o que João queria dizer com Logos.
Jesus é denominado como a Palavra pela razão de ele ser a Sabedoria de Deus, a vontade de Deus e o propósito de Deus. Em Pv 1.20 observamos que Salomão personifica a Sabedoria e no prólogo de João podemos compreender melhor acerca de quem é essa Sabedoria. O logos também é a expressão daquilo que Deus quer que sejamos, por essa razão é que Paulo diz: Tornem-se meus imitadores, como eu sou de Cristo (1Co 11.1). Quando buscamos transmitir algo é fundamental que busquemos uma comunicação acessível e é imprescindível usarmos palavras compreensíveis, entrentanto, nenhuma forma de falar se torna tão marcante quanto a representação disso, por exemplo, uma aula se torna marcante quando é utilizado recursos visuais, representativos, do que somente o discurso. E pela misericórdia de Deus, o propósito de Deus encarnou-se para que possamos sermos limpos e curados dos nossos pecados.
Dito isto, nota-se que os verbos ser/estar estão no passado e por essa razão é claro que o Logos estava além do tempo. Quando ainda não havia ocorrido o início da criação o Verbo estava com com Deus, logo o Verbo é um ser diferente da criação de Deus, entretanto, co-igual com o Pai. No verso posterior, João nos revela algo que é o tema de todo o seu livro, o Logos era Deus. Portanto, logo nos dois primeiros versos é possível identificarmos alguns atributos do Logos, que é a sua eternidade e sua divindade.
1.3 Todas as coisas foram feitas através dele, e, sem Ele, nada do que existe teria sido feito.
Neste verso o autor bíblico expõe a participação do Verbo no ato da criação e a necessidade de sua participação. Como diz Abraham Kuyper: “Não há nenhum centimetro quadrado deste mundo do qual Cristo não possa dizer: é meu!”. Portanto, nós não viemos do acaso, há uma mente, uma lógica, uma pessoa por tráz deste glorioso acontecimento, por essa razão, aqueles que professam a fé cristã valorizam o ser humano, não somos apenas um monte de átomos, fazemos parte da criação do Logos e somos a sua imagem e semelhança. Possuimos a capacidade de nos relacionarmos uns com os outros e principalmente com Deus. Em nosso tempo, é comum ouvirmos dircusos de que o ser humano é inferior ao restante da criação, por exemplo, a natureza, ou os animais, entretanto, isso não é um conceito bíblico fomos criados para a Glória de Deus e somos a única criação de Deus que é chamada de a imagem e semelhança de Deus. E o Logos é a expressão máxima da Glória de Deus, como veremos, ele é a Glória de Deus. Dito isto, o Logos é Criador.
1.4 Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens;
A vida está no Logos, ou seja, dele é que provém o sopro da vida que nos dá a capacidade de respirarmos, pensarmos, entre outros. Não somente isto, mas a preservação da vida também é responsabilidade do Logos. Por essa razão, devemos agradecê-lo pelas dádivas de todos os dias. Essa vida é tanto a capacidade de iluminação natural como também a iluminação espiritual que é acompanhada pelo novo nascimento. Portanto, o fato de reconhecermos quem realmente é o Logos é somente concedido pelo próprio Logos. Temos apenas a incumbência de refletirmos a luz de Cristo.
1.5 E a luz resplandece nas trevas, mas as trevas não a venceram.
Por menor que seja a Luz, ela dissipa as trevas. Talvez vocês sejam assim como minha esposa que ao nos preparmos para dormir pede para colocar objetos tampando as luzes que existem no quarto. Da mesma maneira quem esta em trevas se incomoda com a luz. Através da primeira vinda de Cristo iniciou-se a dissipação das trevas, estavámos perdidos em nossos delitos e pecados e Cristo nos concedeu sua maravilhosa Luz na Cruz. Em 1517, houve um acontecimento que marcou a história, a reforma protestante. O lema desse evento ficou conhecido como Post Tenebra Lux, que significa depois das Trevas, Luz. Os reformadores queriam dizer que a volta a palavra de Deus fez com que a Igreja se despertasse daquele período sombrio em que a liderança da Igreja estava imersa. Por fim, houve-se divisões que perpetuam até em nossos dias, pela razão de que quando nos voltamos a palavra de Deus é impossível que permaneçamos nas mesmas práticas, é necessário mudança. Desta maneira é em nossos dias, não há como a luz de Cristo se fazer presente e nos mantermos em práticas pecaminosas.
1.6-9 Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Ele veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos vissem a crer por intermédio dele. João não era a luz, mas foi enviado para testemunhar da luz. A palavra é a luz verdadeira que, vinda ao mundo, ilumina a toda a humanidade.
A partir deste verso, João começa a abordar o arauto do Verbo, que se refere a João Batista. Interessante notarmos que uma das formas que Deus estabeleceu para que a luz pudesse ser difundida é através de homens que pregam a sua palavra, que testificam acerca da sua verdade. Entretanto, é necessário tomarmos cuidado com o orgulho humano e não nos confundirmos com a luz, ou deixarmos as pessoas referir-se a nós como a luz. Infelizmente em nossos dias há muitos que buscam ser a luz e através disso se beneficiarem de bens financeiros, poder, privilégios, contrariando a palavra de Deus. Ao invés de sermos homens com roupas estranhas, comendo comidas simples, com um discurso não muito palatavél. Há muitos homens que se dizem de Deus, vestindo as melhores roupas, comendo nos melhores restaurantes, com uma mensagem palatavél, mas que não salva.
Por fim, devemos sermos pessoas que iluminam a outros através do resplandecer Cristo através de nós. Assim como a Lua brilha por meio do Sol, desta maneira somos nós que brilhamos pela luz de Cristo. E essa luz ilumina a todas as pessoas, sejam negros, brancos, judeus, brasileiros, qualquer tipo de pessoa a luz de Cristo alcança.
1.10-11 Aquele que é a palavra estava no mundo, e o mundo foi feito através dele, mas o mundo não o reconheceu. Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.
O Logos sempre esteve presente no mundo. Immanuel Kant dizia que havia duas coisas que o encantavam: “O céu estrelado acima de sua cabeça e a Lei moral dentro do seu coração”. Os céus proclama a glória de Deus, é difícil quando pensamos friamente na complexidade da natureza e acreditar que isso veio do acaso, o caos não forma o cosmo. Ainda que a pessoa não saiba nada sobre o Logos, há evidências de sua existência. Outra questão, é sobre o senso de certo e errado, há certas questões que possuem certa concordância, como por exemplo, o estupro é algo que é repudiado por quase todas as pessoas. Podemos observar que a sociedade possui padrões de certo e errado, ainda que hoje em dia tenhamos pensadores que defendem uma relatividade extrema.
Neste verso podemos ver a grandiosidade de Deus que mesmo em meio a rejeição de sua própria criação não foi motivo para que pudéssemos sermos fulminados. Pelo contrário, o Criador dos céus e da terra esvaziou-se de si mesmo e foi concebido através de uma virgem, nasceu em uma manjedoura, sofreu nossas dores e chorou nossas lágrimas para que fossemos restaurados pela sua morte de Cruz. Entretanto, somos tão depravados que rejeitamos a Deus. Estamos em trevas e precisamos da luz.
1.12-13 Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, ou seja, aos que creem no seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
Primeira questão é que nem todos são Filhos de Deus. Há um dito popular que merecemos algo pois todos somos Filhos de Deus. Entretanto, esse dito não é bíblico, e por essa razão, não é verdade. Para que possamos nos tornarmos Filhos de Deus é necessário reconhecermos todos os atributos anteriores acerca do Logos, e é por essa razão, que muitas pessoas que até confessam que Jesus é o Filho de Deus não é Filho de Deus. Esses atributos são desconhecidos e até contrário a opinião da maioria dessas pessoas. Se faz necessário o Novo nascimento que é produzido somente por Cristo. Não é pela sua inteligência, ou por obras, ou por caridade, bondade, ou qualquer tipo de coisa que não seja Deus, não conseguiremos passar pelo novo nascimento.
1.14 E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. Vimos a sua Glória, Glória como a do Unigênito do Pai, cheio de Graça e Verdade.
Por fim, o Verbo encarnou-se. Berkouf dizia que: “A maior humilhação de Cristo foi ele ter pisado na terra”. Por essa razão, concordo com Billy Graham que diz que: “O maior acontecimento da história não foi o homem subir e pisar na lua, mas Deus descer e pisar na terra”. O Verbo é humano. Assim como o Verbo é plenamente Divino, ele também é plenamente humano. Desta maneira, é que seu sacríficio na cruz abrangiu todas as pessoas e satisfez a Justiça de Deus.
A palavra habitou significa que ele tabernaculou, ou seja, o Logos fez da terra seu tabernáculo para revelar a Glória de Deus, assim como era com o povo do Israel.
Tamanho privilégio é pensarmos que a maioria dos autores bíblicos puderam ver o Logos, a historicidade de Jesus já não é mais discutida entre os estudiosos. O Verbo realmente pisou na terra, a proposta agora é humanizar Jesus em detrimento de sua divindade. A cegueira humana se estende pelos séculos por sermos pecadores. Entretanto, o Logos que é o único Filho de Deus, veio cheio de Graça e de Verdade. Devemos agradecer a Deus pelo fato de não dependermos de nós mesmos para a Salvação, senão de fato, seriamos condenados. A Graça é o favor imerecido de Deus. Que aonde abundou o pecado, superabunde a Graça. E que possamos crer que Jesus é a verdade, tudo isso para a Glória de Deus.
3. Considerações finais
Por fim, Quem é Jesus? Jesus é o Logos. Jesus é eterno. Jesus é Deus. Jesus é o criados dos céus e da terra. Jesus é luz dos homens. Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Jesus é aquele que devemos testificar. Jesus é Cordeiro que tira o pecado do mundo. Jesus é aquele que encarnou-se. Jesus é humano. Jesus é o meio de Salvação. Jesus é cheio de Graça. Jesus é a Glória de Deus. Amém.