Os pacificadores

Mt 5.9-12.

Introdução

1. As bem aventuranças, ou os felizes são benditos por preencher o vazio do coração com a grandeza que vem do poder de Deus. Dentre os vários princípios ensinados por Jesus encontramos o ensino sobre os pacificadores.

2. O que Deus está ensinando é controverso ao homem. E não só controverso, mas também difícil. O temas incorporados no sermão, desde a pobreza de espírito até chegar aos pacificadores são consoladores. Isso contrariava o que os judeus pensavam. Os judeus se orgulhavam da lei e de sua tradição. E a tradição que eles ouviam é que deveriam amar o próximo,mas odiar os inimgos. E isso é o que geralmente o ser humano está disposto a fazer. Se alguém pensa diferente de mim, eu fico seu inimigo.

3. Por isso, é preciso reconhecer que Jesus está ensinando seus discípulos. Não somente os doze, que estavam ao seu redor, mas a multidão que queria ouvir sua palavra.

I - Os bem humorados são felizes.

4. Agora preste atenção - Jesus vai trazer em primeiro plano a visão de valorização da pessoa que é desprezada por uma sociedade que hostiliza a pobreza, a humildade, os mansos, os que tem compaixão.

5. E esse discípulo está aprendendo algo novo. Os bem humorados são os felizes e, não eram os ricos, nem os que estão sempre envolvidos em confusão. Os felizes e bem humorados são os pobres e mansos.

6. Imagine - As palavras de Jesus eram bem diferentes do ensino dos fariseus. Eram palavras que consolavam o coração de pessoas simples, pobres, satisfeitas em seu coração com as circunstâncias que viviam. Essas pessoas os escribas e fariseus chamavam de Plebe. Esse título era dado uma casta inútil para a sociedade judaica tão orgulhosa. Jesus afirma que, mesmo que todos considerem que seus seguidores sejam esses desafortunados, perante Deus eles podem regozijar-se. Isto porque o Reino dos céus é deles, e serão chamados filhos de Deus.

II - Os pacificadores são felizes(v.9).

7. A felicidade é uma sentimento emocional que acontece pelo prazer da realização. Quando alguém se dedica a fazer algo e, aquilo realizou-se conforme a vontade pre estabelecida, essa pessoa se sente feliz. É um sentimento.

8. Agora Jesus diz que os pacificadores são abençoados e felizes. Jesus não está separando uma virtude que uma pessoa possa ter em detrimento às outras sete. Todos que estavam ouvindo deveriam se revestir de todas. Não é coerente alguém ser humilde e se contrapor à paz. Nem os que choram, ou os mansos, ou os misericordiosos, nem os limpos de coração, nem os peseguidos por causa do evangelho. O discípulo de Jesus é uma composição de toas essas virtudes elencadas. Ele é composto disso. Ele vive essa experiência - deles é o reino dos céus.

9. Preste atenção - Cremos que nossas ações ligadas ao trabalho cristão tem poder missionário, mas as palavras de Jesus, em primeiro plano não fala que devemos fabricar crentes com nossas grandes realizações, embora a missão deva acontecer. Jesus não ensinou que deveríamos matar a fome do mundo todo, embora falasse sobre o cuidado com o necessitado. Se envolver na missão de modo individual ou em projetos cristãos deve acontecer. Porém, o principal fator que glorifica Deus está em nos conformar com a semelhança de Cristo. Humildade, mansidão, amor, obediência são os mais importantes dons que vemos em Jesus.

10. Seriam os ensinos de Jesus atrasados para nossa época, quando o conhecimento científico toma o lugar da fé?

11. Seria necessário no momento de disputas pelo governo do país, as ofensas, as brigas, e até mortes? Somos sabedores que não somos chamados para criar conflitos. .

III - A perseguição (v.10-12).

12. A perseguição aos que promovem a paz e procuram viver de forma justa com Deus, por meio da própria justiça que o Pai precisou usar no castigo do Filho, por nossa culpa, também parece que não está em sintonia com o nosso tempo.

13. Mas veja, esses serão perseguidos em vários níveis dependendo de cada ambiente cultural onde se encontram. Onde existe fanatismo religioso e, onde o país é governado por ditadores que proibem a voz do povo, os pacificadores que anseiam pela justiça serão calados com a perseguição.

14. Assim como Jesus foi perseguido, os seus discípulos tambem. E a coragem de continuar persevando foi e é o modo que somos ensinados pelo Mestre. Mesmo que seja necessário ir com Cristo até a Cruz. Ou seja, morrer vivendo pela paz e a justiça.

IV - Não por poder, mas pelo meu Espírito (Zc 4.6).

15. Agora se acharmos que é nosso ativismo que fará diferença, caimos no erro de todos os homens. Faremos de nós os conquistadores.

16. Os judeus ao voltarem do exílio tiveram grandes dificuldades para restaurar os muros e o Templo de Jerusalém. Embora a promessa dos setenta anos estivesse no fim, Deus precisou ser buscado com orações e jejum. Então os inimigos foram sendo vencidos por meio da operação de Deus.

Rm 12.18 (RA)

18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;

19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.

Cl 3.13

Rm 14.1

17. Jesus é chamado de Príncipe da Paz. Ele precisou debater contra seus inimigos, mas Pedro testemunhou o método que usava (1Pe 2.21-23). Seu ensino vinha de seu próprio testemunho. Jesus é o Supremo Pacificador

18. Aprender e ensinar a humildade, a mansidão e a paz é tão necessário, porque são virtudes essenciais para que, em primeiro lugar o ouvinte seja conformado com a semelhança de Cristo. E segundo, não existe meio termo na nossa relação com o Reino de Deus. O mal humorado é infeliz, o mau homor lhe traz infelicidade e, pior que isso é a prova de uma vida que precisa de crescimento espiritual. A vida dessa pessoa está mais afeitçoada às realizações finitas deste mundo. Sua felicidade e paz também são tão passageiras, que passam como as sua realizações e conquistas.

V - Jesus o Príncipe da paz (Is 9.6).

19. A verdadeira paz só pode ser ganha pelo mistério de Cristo em nós. Os discípulos só receberam isso depois de tres anos convivendo com Jesus. Agora, a pergunta é - é fácil ser convencido pelo ES e ter a paz que Jesus nos oferece?

20. A paz de Jesus não é nem a segurança física, ou de um governo que trate bem seus governados. A palavra SHALOM não está relacionada aos fatores que podem acontecer com você. Ela define uma tranquilidade, serenidade e segurança interior. Ou seja, uma harmonia espiritual causada pela restauração do indivíduo com Deus.

21. E foi isso que Jesus fez - eramos inimigos de Deus (Rm 5.10; ele provou seu amor por nós, quando ainda eramos pecadores; agora temos paz com Deus (Rm 5.1).

22. A morte e a ressurreição de Cristo nos permite a receber o ES e receber com ele a paz de Cristo.

23. Por isso - queremos um país que possibilite viver em paz, mas a nossa paz é um fato em cada servo de Cristo e não importa quem esteja no governo.