Por que não ordenamos mulheres?
1. Todos estamos debaixo de uma autoridade
2. Deus concedeu aos homens a autoridade para liderar a igreja
3. As restrições dizem respeito ao ofício, não ao ministério geral
Em seguida o apóstolo ministra algumas diretrizes acerca da relação das mulheres com o recebimento e comunicação de conhecimento (aprendizagem e ensino), uma vez mais com referência especial ao culto público. Ele escreve:
Que a mulher aprenda em silêncio em total submissão. Eu, porém, não permito que uma mulher ensine, nem que exerça autoridade sobre o homem, mas que permaneça em silêncio.
Embora estas palavras e as paralelas de 1 Coríntios 14.33–35 possam soar como pouco amistosas, na verdade são precisamente o oposto. Aliás, expressam o sentimento de terna simpatia e de compreensão básica. Significam que a mulher não deve entrar na esfera de atividade para a qual a força de sua própria criação não é apta. Que a ave não tente viver debaixo d’água. Que o peixe não tente viver em terra seca. Que a mulher não queira exercer autoridade sobre o homem, instruindo-o nos cultos públicos. Por amor a ela e para o bem-estar espiritual da igreja, proíbe-se essa pecaminosa intromissão na autoridade divina.
No serviço da Palavra, no dia do Senhor, a mulher deve aprender, não ensinar. Deve permanecer em silêncio, permanecer quieta (ver C.N.T. sobre 1Ts 4.11 e sobre 2Ts 3.12). Não deve fazer com que sua voz seja ouvida. Além do mais, essa aprendizagem em silêncio não deve ser com uma atitude de rebeldia no coração, mas “em total submissão” (cf. 2Co 9.13; Gl 2.5; 1Tm 3.4). Deve de bom grado refugiarse sob a lei de Deus para sua vida. Sua plena igualdade espiritual com o homem como participante em todas as bênçãos da salvação (Gl 3.28: “não há homem nem mulher”) não implica nenhuma mudança básica em sua natureza como mulher ou na tarefa correspondente que, como mulher, foi chamada a cumprir. Que a mulher continue sendo mulher. Paulo não pode permitir outra coisa. Ele não pode permiti-lo, porque a santa lei de Deus não o permite (1Co 14.34). Essa santa lei é sua vontade expressa no Pentateuco, particularmente na história da criação da mulher e de sua queda (ver especialmente Gn 2.18–25; 3.16). Daí, ensinar, isto é, pregar de um modo oficial e, desse modo, exercer autoridade sobre o homem pela proclamação da Palavra no culto público, dominá-lo, é algo impróprio para a mulher. Ela não deve assumir o papel de mestre.
Não permito a uma mulher ensinar publicamente. O tom de autoridade é o mesmo de 1 Co 14:34, com a diferença de que lá ele parece ser ainda mais duro que aqui, porque formulado de modo impessoal. Ensinar precisa ser entendido em dois sentidos nas cartas do NT, inclusive nas past. 1) Instrução, diálogo doutrinário, proclamação. 2) Instrução compromissiva, exercício da disciplina eclesial com autoridade contra heresia e conduta desordeira. A frase subordinada subseqüente assinala que aqui se deve subentender o segundo sentido de ensinar.
Não deve exercer autoridade (com palavras) sobre um homem; mas manter-se calma. A mulher não deve abusar de sua nova liberdade de participar do diálogo doutrinário, para emitir como mulher, conforme os hereges, baseando-se em Deus, declarações de mando sobre o homem na reunião da igreja. Como todas as demais, essa orientação dirige-se contra uma deturpação. O que começou como oração e falar profético facilmente podia acabar em ensinamento autoritário. Uma profetiza poderia sentir-se superior aos mestres, estribando-se na posição destacada dos profetas.x). Pelo que se evidencia, essa luta por posições e reconhecimento não era travada apenas em Corinto.y) Contra essa tendência Paulo ordena: uma mulher não deve ensinar publicamente e se portar como comandante com o intuito de assim se posicionar acima do homem. Também seria equivocado tentar concluir o in-verso a partir da proibição de exercer o ensino com autoridade de mando, a saber: pelo contrário, o homem deve dominar sobre a mulher pelo ensino. Tampouco se pode deduzir dessa palavra que a mulher não deva ensinar de forma alguma. Não apenas nas primeiras cartas, mas também nas past ensinar é evidentemente direito e dever da mulher.z) Quando ela ora, profetiza, instrui ou participa do diálogo doutrinário, seu espírito calmo e tranqüilo a) e seu comportamento sereno sempre demonstrarão que ela não quer nem precisa se afirmar como mulher, mas que é uma “mulher santa” como Sara, que como senhora158 chamava o marido de senhor.b)