O final dos tempos e nossas preocupações

Mt.24.1-13

Verso 1 -

(a) Parece que os discípulos de Jesus estavam “encantados” com a arquitetura e a riqueza de detalhes do templo.

(b) Jesus saiu do templo. Quando Jesus não está conosco no templo, no culto, damos lugar a outros pensamentos, outras ações, outros sentimentos, que podem não estar afinados com a vontade de Deus. (com o que nos encantamos em nosso dia a dia? O que tem motivado nossa vida cristã?)

Verso 2 - Jesus lhes faz entender que toda aquela beleza era “passageira”. Parece que vejo Jesus dizendo que não vale a pena encantar-se com coisas passageiras, e que há coisas melhores e perenes com as quais a gente deve se encantar. Cl.3.1-2.

Verso 3 - Passa-me a impressão de que Jesus e seus discípulos falavam da segunda vinda de Jesus e do final do mundo, mas a beleza física do templo roubava o lugar das coisas espirituais, razão pela qual Jesus os traz de novo ao assunto que realmente interessava. (com o que nos ocupamos em nossos pensamentos?)

Verso 4-13 - Jesus, então, tem a oportunidade de “ensinar” um conteúdo interessante, dando ideia de continuidade de algum assunto anterior nesse sentido.

Verso 4 - “Tende cuidado para que ninguém vos engane”. (hoje em dia podemos estar sendo enganados por pregadores e igrejas que só ensinam “bênçãos”, “prosperidade”, que vivem de campanha em campanha, mas pregam muito pouco o Evangelho que mostra ao pecador seus pecados e a necessidade urgente de se converter a Cristo - mas ninguém (ou poucos) querem ouvir a respeito de seus pecados! Querem elogios, afagos, bênçãos, prosperidade, saúde e muito pouco compromisso com a Palavra e com a Oração - com a santificação. Por isso, se tornam vítimas potenciais dos falsos profetas, falsos cristos (verso 5) que enganam a muitos.

Verso 10 - “Muitos haverão de abandonar a fé” - isto pelo esfriamento e a “barra pesando”, muitos são levados ao abandono da fé. É fácil seguir um grupo ou uma ideologia quando não se há exigências ou pressões. Quando estas existem, a tendência é abandonar aquilo que antes me era agradável. A isso se soma a “falta de convívio”, da “comunhão” (Sl.133.1; Hb.10.25), da “prática” dos princípios básicos da fé; essas “faltas” levam ao esfriamento e consequente abandono daquilo em que supostamente se acreditava. Assim agiram e agem muitos cristãos, por abandono do convívio eclesial, das reuniões de fortalecimento através de encontros de oração e de estudo e leitura da Palavra de Deus neste período horrível e destruidor de vidas.

Essa situação poderá ocorrer com qualquer pessoa que não esteja vigilante e firme em suas convicções de fé. Mas nossas atitudes não conseguirão apagar o efeito das Boas Novas do Evangelho para aqueles que perseverarem até o fim (verso 13). E mesmo que não o façamos, o Evangelho continuará sendo pregado pelo mundo inteiro, como testemunho de Jesus a todos os povos. Só depois é que virá o fim (v.14). Mas nós não somos dos que voltam atrás e se perdem. Pelo contrário, somos dos que continuam firmes na fé que nos levará à salvação.1

1 Hb.10.39 - Sociedade Bíblica de Portugal, Bíblia Sagrada, A Boa Nova em Português Corrente (Sociedade Bíblica de Portugal, 1993).