A esperança da restauração do povo de Deus

Texto: Ez 37.1-14

Introdução

Ezequiel: significado do nome é “Deus fortalece” ou “Fortalecido por Deus”.

Sacerdote e profeta da Judeia levado ao exílio pelos babilônios em 597 a.C..

Seu ministério foi caracterizado por visões extáticas, comportamento dramático, representações vívidas do pecado de Israel e a mensagem de juízo e restauração divinos.

Um levita chamado

O nome do autor significa Javé fortalece, que se ajusta bem à espinhosa missão para a qual o profeta fora comissionado

Ezequiel é mencionado pelo nome duas vezes na Bíblia (Ez 1:3; 24:24).

Almeida Revista e Atualizada (Capítulo 1.3). “veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do SENHOR”.

Almeida Revista e Atualizada (Capítulo 24.24) “Assim vos servirá Ezequiel de sinal; segundo tudo o que ele fez, assim fareis. Quando isso acontecer, sabereis que eu sou o SENHOR Deus”.

Ezequiel foi o instrumento de Deus no exílio para demonstrar quão profundo era o pecado de Israel e quão doloroso o tratamento divino precisaria ser: O povo...

Envolvido com idolatria

Separado da glória de Deus

Rebelde, infiel

Entre o povo havia ingratidão e a prostituição espiritual de Israel

Lugar de origem:

Babilônia foi o lugar de origem de sua profecia, Israel estava exilada na Babilônia.

a sudeste da Babilônia havia um canal, segundo os estudos arqueológicos, esse canal provavelmente seria o “rio Quebar” (1.1).

Ezequiel foi um dos habitantes de Judá levados à Babilônia.

A profecia de Ezequiel é dividida em três partes:

O profeta começa com uma relação dos pecados de Judá e adverte acerca do juízo iminente de Deus acompanhado da deportação do povo e da destruição de Jerusalém.

Ezequiel deu um forte aviso através da previsão explícita da queda de Jerusalém combinada com a morte súbita de sua esposa (Ez 24:1–27):

X. O sinal da morte da esposa de Ezequiel (24:15–27)

24:15–18 O Senhor adverte Ezequiel de que sua esposa, a delícia dos seus olhos, morreria. Na tarde daquele mesmo dia, a mulher do profeta morreu, e, em vez de reagir de forma normal, Ezequiel seguiu a instrução divina e não lamentou.

24:19–24 Quando o povo perguntou o motivo de seu comportamento estranho, o profeta lhes disse que quando a delícia dos […] olhos deles (o templo) fosse destruída e seus filhos e […] filhas fossem mortos, eles não deviam lamentar.

Um dos propósitos das profecias cumpridas é mostrar ao mundo quem é o SENHOR Deus (v. 24).

24:25–27 Ezequiel só devia voltar a profetizar a Judá quando um mensageiro lhe trouxesse a notícia de que o objeto do […] orgulho do povo havia caído.

A segunda seção condena os vizinhos de Judá por sua idolatria e pelo modo cruel com que trataram o povo de Deus. Fala dos amonitas, moabitas, edomitas, filisteus, tírios, sidônios e egípcios.

Na seção final, Ezequiel trata da restauração e reunião de Israel e Judá. Quando o povo se arrepender de seus pecados, Deus colocará neles o seu Espírito.

Propósito do livro:

demonstrar à nação exilada que a glória de Javé não fora de nenhuma maneira ameaçada pela captura e destruição de Jerusalém e do Templo, mas que tais eventos eram parte do plano de Javé para revelar Sua glória não só ao Seu povo, mas para todas as nações, enquanto Ele julgava o pecado em Israel e além.

ao demonstrar como a glória de Deus será revelada na humilhação, na destruição e no cativeiro de Jerusalém em razão de sua rebelião idólatra contra o Soberano Senhor (1.1–24.27).

A terceira e última parte da profecia (33.1–48.35) diz respeito à restauração final de Israel (caps. 33–39) e ao glorioso estabelecimento do reino de Javé entre os homens, centrado em uma nova Jerusalém na qual Ele habita (caps. 40–48).

A terceira e última parte da profecia

Israel restaurada. A fonte de esperança para Israel não seriam mais os pastores indignos de confiança que a nação tivera durante as últimas gerações, mas seu genuíno Pastor.

guiará e alimentará Seu povo (cap 34).

inimigos de Israel, serão destruído (cap. 35).

a bênção de uma nação renovada (cap. 36).

Israel passará por uma renovação espiritual de acordo com a restauração física da sua terra (36.24–38).

A esperança da restauração do povo de Deus

Texto: Ezequiel 37.1–14 (ARA).

Em que a esperança precisa estar baseada?

Na soberana onisciência de Deus: vv.1-6.

1 Veio sobre mim a mão do Senhor; ele me levou (a ideia é de posse, trazer para fora.) pelo Espírito do Senhor e

me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos, = O texto não sugere a idéia de um cemitério, mas, isto sim, de um campo de batalha, sobre o qual tinham ficado estendidos os cadáveres dos que tombaram no combate.

Deixou= assentou.

Vale= uma longa depressão na superfície da terra (áreas rebaixadas na terra); frequentemente contendo um rio.

2 e me fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos.

Ezequiel tem uma visão dos ossos secos de Israel e Judá em um vale.

Recebe ordem de profetizar a esses ossos para que voltem à vida.

Yates aplica a passagem a nossa necessidade do sopro vivificador nos dias de hoje:Com realismo e força dramática, o profeta apresenta, por meio de uma imagem espantosa, a notícia animadora de que Israel poderia ter esperança de viver. O reavivamento era possível! Até mesmo ossos secos, desprovidos de tendões, carne e sangue, poderiam voltar à existência. A vinda do Espírito de Deus vivifica. A mesma verdade maravilhosa ainda é necessária em um mundo no qual há ossos secos por toda parte. Precisamos que o Espírito Santo venha com seu poder vivificador para que um reavivamento genuíno se espalhe por toda a terra. (Cf. tb. Gn 2:7; Ap 11:11.).

3 Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: Senhor Deus, tu o sabes.

4 Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi (dêem atenção - NTLH) a palavra do Senhor.

Devemos observar o paralelo com nossa regeneração que ocorre por meio da palavra do Senhor.

5 Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis.

espírito= pode significar, segundo o contexto, vento ou sopro de vida. Aqui, se refere ao princípio vital que procede de Deus e penetra nos corpos inanimados para lhes dar vida (cf. Gn 2:7; Jó 34:14-15; Sl 104:29–30).

NTLH- traduz, “Eu porei respiração”

6 Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o Senhor.

Da primeira vez que Ezequiel profere a palavra de Deus, tendões […] carnes e pele se estendem sobre os ossos.

A esperança da restauração do povo de Deus

Texto: Ezequiel 37.1–14 (ARA).

Em que a esperança precisa estar baseada?

Na soberana onisciência de Deus: vv.1-6.

Na obediência da Palavra de Deus: vv.7-10

7 Então, profetizei segundo me fora ordenado(comandado); enquanto eu profetizava, houve um ruído (som; voz), um barulho (substantivo hebraico que significa: terremoto; tremor); (ARC- traduz commo “um rebuliço”) de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso.

8 Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram (subir) as carnes, e se estendeu (cobriu) a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito.

9 Então, ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos (de toda direção- NTLH), ó espírito, e assopra (exalar forte) sobre estes mortos, para que vivam.

Em sua profecia seguinte, agora ao espírito (ou “vento”, “sopro”), este entra nos corpos.

Devemos observar o paralelo com nossa regeneração que ocorre por meio do Espírito (sopro) de Deus.

10 Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso.

‌‌‌‌A esperança da restauração do povo de Deus

Texto: Ezequiel 37.1–14 (ARA).

Em que a esperança precisa estar baseada?

Na soberana onisciência de Deus: vv.1-6.

Na obediência a Palavra de Deus: vv.7-10.

Na promessa de Deus: vv.11-14.

11 Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; (os ossos secaram e a nossa esperança está perdida); estamos de todo exterminados (excluido ⇔ ser cortado = ser impedido de entrar ou ser mantido fora de algum lugar, concebido como sendo cortado, ou seja, sem perspectiva futura).

estes ossos são toda a casa de Israel = Notar a importância desta frase para compreender o significado exato da visão profética. Ezequiel compara os exilados de Israel a um montão de ossos humanos estendidos em campo aberto e apresenta a libertação dos exilados como um retorno à vida. A referência expressa à casa de Israel indica claramente que ele não fala da ressurreição dos mortos no fim dos tempos, mas que está descrevendo simbolicamente a restauração de Israel e o seu retorno à Terra Prometida após o exílio (cf. v. 14: vos estabelecerei na vossa própria terra).

12 Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Eis que abrirei a vossa sepultura (figura do cativeiro), e vos farei sair (erigir), ó povo meu, e vos trarei (trazer para dentro)à terra de Israel.

13 Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu.

14 Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei (descanso; assentar) na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor.

Trata-se de um retrato da restauração nacional de Israel (v. 11–14)

Primeiro a restauração de um povo espiritualmente morto e, depois, sua regeneração.

Conclusão/Aplicação:

Se queremos assitir uma igreja restaurada, um povo transformado e restaurado, precisamos:

Ter esperança num Deus que sabe de todas as coisas.

Ter esperança não nas nossas palavras ou sabedorias, mas nas Palavras de Deus e sabedorias dos céus.

Ter esperança Naquele que não é homem que menti e nem filho do homem que se arrepende, mas Naquele que fala e cumpre, que promete e faz acontecer.

“Ezequiel ministrou aos companheiros de exílio pouco antes e durante os primeiros vinte anos do cativeiro. Os judeus alimentavam a falsa esperança de voltar em breve a Jerusalém, daí Ezequiel lhes mostrar a necessidade de se voltarem, primeiramente, para o Senhor”. William MacDonald