1 Co 9.1.27: O Ministério de Paulo demonstra os Direitos Cedidos em prol da Igreja e do Reino

1 Coríntios: Maturidade Cristã   •  Sermon  •  Submitted
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O exemplo apostólico demonstra como os coríntios deveriam abrir mão de seus privilégios pela igreja e pelo evangelho.

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Questões Introdutórias Relevantes

A Cidade de corinto era uma cidade conhecida pela carnalidade, sexualidade, filosofia pagã e arrogância. A igreja vinha absorvendo essas características e confundiu a mensagem do evangelho com a filosofia humana, especialmente após o impacto de um excelente orador como Apolo. De modo que a igreja ficou dividida entre os líderes de acordo com suas preferencias pessoais.
O propósito da Carta é Desenvolver a Maturidade da Igreja de Corinto.

Desenvolvimento

Paulo incia a argumentação de que a Maturidade Espiritual é Expressa Pela Unidade [1.10-4.21].
Agora nesse segundo bloco ele dá Sequencia demonstrando como A Maturidade Espiritual é Expressa pela Unidade na Santidade e Testemunho [5.1-6.20].
Após falar a respeito da Unidade e Pureza da Igreja que revelam a maturidade, entramos em um grande bloco da argumentação de Paulo que é bem difícil de definir logicamente, visto que provavelmente foram questionamentos da igreja de corinto que demonstra que A Maturidade Espiritual não Busca o Bem-Estar Individual, mas Comum [7.1-14-40]
Iniciando com Orientações a Respeito do Casamento que Demonstram a Maturidade Espiritual [7.1-40] em seguida lida com a superioridade da Unidade em relação aos direitos, conhecimento e liberdade [8.1-13] e então demonstram como seu ministério Demonstra os Direitos Cedidos em prol da Igreja e do Reino [9.1-27]

Contexto

Paulo introduz essa etapa respondendo a questão dos alimentos sacrificados a ídolos se eles deveriam ou não comer. Aparentemente havia um embate teológico e prático na igreja a esse respeito, então Paulo demonstra como a Unidade da Igreja é mais Importante do que os Direitos, Liberdade ou Conhecimento.
Os encontros nos templos pagãos serviam como “networking”, nem todos tinham acesso de modo que provavelmente os membros mais ricos defendiam que não havia problema porque os ídolos sequer existiam, tendo um conhecimento superior que justificava frequentar esses lugares. E Paulo precisa lidar com esse conhecimento que justifica uma necessidade muito mais social do que religiosa.
Os templos ofereciam o risco não apenas do orgulho e idolatria, mas moral, visto que ali haviam as orgias após esses banquetes. De modo que abrir mão desses direitos eram um grande desafio. Assim Paulo demonstra como seu ministério servia de modelo para que os direitos e conhecimento não servisse de pedra de tropeço, mas colaborasse com o avanço e desenvolvimento tanto da igreja local quanto da expansão do Reino no Mundo.
Assim nossa exposição se dividirá em duas grandes partes, a primeira demonstrando o direito do apóstolo e a igreja e a segunda o direito do apóstolo e a extensão do reino.
Alguns consideram o capítulo 9 como um trecho de outra carta de Paulo, outros ainda como uma digressão, mas nenhuma das possibilidades é necessária, visto que faz sentido no argumento geral do apóstolo quanto a forma que o crente deve agir abrindo mão dos direito individuais em prol do bem comum e seu ministério valida o ensino que ele trás.
Paulo era um fabricante de tendas e isso ocupava boa parte da sua energia e rotina, e o fazia por sua cultura judaica e para não pesar sobre as igrejas que servia. Isso provavelmente era um dos motivos da oposição dos coríntios, afinal seu trabalho era manual e sua convivência com classes inferiores e escravos.

Os Direitos do Apóstolo e a Igreja [9.1-15]

Após demonstrar de forma persuasiva com um a conclusão chocante de que se for necessário, para não desviar um irmão fraco na fé nunca mais Paulo comeria carne ele começa a demonstrar aos coríntios como suas palavras não são vazias e que de fato ele em seu ministério apostólico tem feito isso constantemente em prol da igreja.
Ele inicia estabelecendo a base do direito apostólico e como ele tem aberto mão constantemente de seu direito em relação aos próprios coríntios.

Os Direitos do Apóstolos são bem Fundamentados [9.1-10]

Paulo inicia sua argumentação destacando as bases que fundamentam seu direito como apóstolo

Autoridade de Apóstolo [9.1-6]

Paulo demonstra como ele tinha a autoridade de apóstolo, afinal ele viu o SENHOR a semelhança dos outros apóstolos e ainda que não fosse considerado apóstolo para outros deveria para os coríntios, porque foi Paulo quem iniciou essa igreja de modo que a igreja “sela” seu apostolado no SENHOR.
A palavra selo aqui é a mesma utilizada em Efésios 1.13 “Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa,” indicando a posse. De modo que os coríntios são a expressão visível do seu ministério apostólico. Ao que parece o sentido que Paulo usa nesse texto para apóstolo é missionário ou plantador da igreja e não o sentido técnico mais amplo daquele que representa Cristo e é parte do fundamento da igreja.
Dessa forma ele poderia ter todos os direitos de um apóstolo como comer e beber, levar a esposa e receber o sustento financeiro não só por si, mas pela família e tudo isso viria da igreja.

Exemplos da Vida Diária [9.7]

Paulo relembra aos coríntios que ainda que não seja um apóstolo para eles, um soldado quando batalha na guerra não o faz as próprias custas. Um agricultor ou pecuarista também desfrutam de seu trabalho. Assim se Paulo tem servido a igreja, batalhado, plantado e nutrido o povo de Deus não é absurdo considerar que ele tem direito a ser mantido pelo seu trabalho, em especial entre os coríntios, afinal estes são fruto da batalha, semeadura e cuidado do apóstolo.

Escrituras [9.8-10]

Em seguida Paulo usa o argumento mais convincente, ainda que sua autoridade e exemplos da vida diária não fossem suficiente as escrituras garantem esses direitos. Assim ele demonstra que esse direito não tem fundamentos apenas humanos [serviço e autoridade], mas espirituais a própria Lei traz essa segurança.
Então cita o texto:
Deuteronômio 25.4 NVI
4 “Não amordacem o boi enquanto está debulhando o cereal.
Interpreta esse texto lembrando que não é a respeito de bois que Deus está preocupado, mas impedir aquele que trabalha de continuar realizando seu papel. O boi não deveria ser impedido de comer do alimento que cai enquanto ele “debulha”, assim como os ministros não deveriam ser impedidos de ser sustentados pelo ministério.
Lembramos aqui que o papel de Paulo não é apenas de interprete das escrituras, qualquer um que pegar essa lei entre várias que não dão um contexto claro dificilmente aplicaríamos aos apóstolos e por extensão como fazemos a todos aqueles que trabalham em prol do ministério do Evangelho do Reino!
Entretanto Paulo não tem o papel de intérprete das escrituras como apóstolo e fundamento da igreja ele tem o papel de revelação, assim ele pode trazer nova revelação em área que nós como interpretes não podemos.
Aqui não fica uma nova forma de interpretar as escrituras ou base para a alegoria, mas precisamos reconhecer que Paulo traz nova revelação em cima de um texto conhecido trazendo um novo significado o que pode ser feito apenas pelos autores inspirados por Deus.
Há ainda a possibilidade de Paulo fazer uma aplicação do menor ao maior. Se Deus se preocupa com bois quanto mais com seus ministros, semelhante ao que Jesus fez em Mateus 6.30
Mateus 6.30 NVI
30 Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé?
Ideia que é confirmada em 1Tm 5.18 quando Lucas 10.7 cita o ensino de Jesus aplicando o mesmo texto de Dt 25.4
1Timóteo 5.18 NVI
18 pois a Escritura diz: “Não amordace o boi enquanto está debulhando o cereal”, e “o trabalhador merece o seu salário”.
Lucas 10.7 NVI
7 Fiquem naquela casa, e comam e bebam o que lhes derem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de casa em casa.
Deuteronômio 25.4 NVI
4 “Não amordacem o boi enquanto está debulhando o cereal.

Paulo Abriu mão de todos os Direitos em prol dos coríntios e eles deveriam fazer o mesmo [9.11-15]

Paulo tem Direitos com base na autoridade, exemplos da Vida e Escritura e abriu mão desses direitos pela Igreja [911-12]

A Conclusão natural para a sequencia anterior é a de que Paulo tem diversos direitos materiais e de sustento por parte da igreja de corinto, direitos que aparentemente não eram respeitados e nem sequer exigidos pelo apóstolo. Mas diante do exposto Paulo demonstra que se outros tinham esse direito será que ele não tinha ainda mais por servir e iniciar essa igreja?
Semear coisas espirituais refere-se a salvação e ao evangelho, ideia parecida com a de Ef 1.3-14. Sustento material usa a palavra “carne”, mas não no sentido negativo, mas no sentido de sobrevivência. E a expressão nós tão frequente evidencia a enfase do apóstolo, visto que o pronome não era necessário.
Fica claro aqui que Paulo não media esforços para que o evangelho avançasse de modo que ele “suporta tudo” em prol da igreja deixando de lado direitos legítimos.
Entretanto abriu mão desses direitos para não servir de empecilho de algum modo ao evangelho entre os coríntios que brigavam por lideranças e tinham “outros apóstolos”, mas não se lembravam do apóstolo que entre eles pregou o evangelho, batalhou, serviu, alimentou e agora demonstra como ele próprio abriu mão de seus direitos em favor da igreja, desse modo eles deveriam fazer o mesmo em favor dos fracos na fé para ajudá-los a maturidade assim como o próprio Paulo vinha fazendo.

Paulo tem Direitos Comuns tanto na Cultura Judaica quanto no Mandamento de Cristo [9.13-15]

Em seguida Paulo argumenta que tanto no templo quanto no altar os sacerdotes que serviam tinham o direito de comer do que era oferecido e que o próprio Cristo ordenou que aqueles que pregam o evangelho deveriam viver do evangelho!
Mateus 10.10 NVI
10 não levem nenhum saco de viagem, nem túnica extra, nem sandálias, nem bordão; pois o trabalhador é digno do seu sustento.
Lucas 10.7 NVI
7 Fiquem naquela casa, e comam e bebam o que lhes derem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de casa em casa.
A semelhança dos coríntios ele tinha direitos, mas não escreve com a intenção de mudar a sua situação, abrir mão dos direitos não era um sacrifício, mas motivo de orgulho! Aqui quem sabe Paulo usando de ironia para demonstrar aos coríntio que o verdadeiro orgulho não estava na arrogância e conhecimento que destrói o “santuário fraco na fé” 1Co 8.11 , mas em abrir mão dos direitos por amor que edifica 1Co 8.2 .
1Coríntios 8.2 NVI
2 Quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece como deveria.
1Coríntios 8.11 NVI
11 Assim, esse irmão fraco, por quem Cristo morreu, é destruído por causa do conhecimento que você tem.
A ironia se destaca também a perceber a diferença de Paulo e dos sofistas, o sofista se orgulhava de receber sustento e Paulo de não receber em benefício da igreja. Ao invés de receber sustento por atividade intelectual e bem vista ele abria mão tendo que trabalhar em uma atividade mau vista para o beneficio da igreja.
Paulo aqui provavelmente está sob fortes emoções de modo que interrompe, prefere morrer a.... e perder o motivo do seu orgulho, talvez aqui Paulo evita a frase “receber sustento de vocês”, poderia estar escrevendo ou ditando a um amanuense.
Paulo lida aqui com um desafio aos coríntios, para os rabinos, a Torá era uma “coroa” não uma “pá” de modo que não podiam usá-la para o sustento, essa é a referencia de Paulo e por isso de modo geral ainda que Paulo apoie a legitimidade de receber sustento ele aproveita a oportunidade para usar a sua situação e ensinar a legitimidade e privilégio de abrir mão de direitos, já que a expectativa dos corintios era que o intelectual recebesse sustento e não se sustentasse com trabalhos manuais que era inferior ao trabalho intelectual, possível motivo da oposição dos coríntios a Paulo.
Vale notar ainda que as traduções sejam parecidas e o conceito possa ser intercambiável a palavra traduzida por orgulho dos coríntios significa “estar inchado” enquanto o orgulho que Paulo se refere aqui significa “motivo de se gloriar”.
Paulo demonstra que os coríntios não deveriam ser inchados com seu conhecimento que destruía os fracos, mas que o abrir mão dos direitos em prol da igreja era um motivo legitimo de se gloriar, por contribuir com o reino de Deus.
Quem sabe algo parecido com o que ele disse em 1Co 1.31 quando cita Jr 9.24 Ideia que ele repete ainda em 2Co 10.17.
1Coríntios 1.31 NVI
31 para que, como está escrito: “Quem se gloriar, glorie-se no Senhor”.
Jeremias 9.24 NVI
24 mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado”, declara o Senhor.
2Coríntios 10.17 NVI
17 Contudo, “quem se gloriar, glorie-se no Senhor”,
Demonstrando assim a necessidade que os coríntios precisavam deixar o orgulho pecaminoso de seu conhecimento imaturo e caminhar na direção de que o SENHOR a igreja de Cristo e o evangelho fosse seu verdadeiro motivo de glória em amor e serviço.

Os Direitos do Apóstolo e o Avanço e a Pregação do Reino [9.16-27]

Após demonstrar de forma eloquente que abrir mão de seus direitos contribuiu com a igreja ele estende a eficácia de abrir mão dos direitos não apenas para a maturidade da igreja e crescimento do fraco na fé, mas também para a extensão do reino na pregação do evangelho. Os direitos não devem superar o esforço para alcançar o perdido tanto quanto não desviar o fraco na fé.

A Pregação do Evangelho não é motivo de orgulho, mas obrigação [9.16-18]

Paulo inicia aqui uma transição entre os direitos do apóstolo e a igreja e os direitos do apóstolo e o reino. Assim ele encerra o argumento anterior de que é sua responsabilidade abrir mão de seus direitos em prol da igreja. Paulo deixa claro que ele não deve ser recompensado pela pregação do evangelho. Aqui ele inicia um contraste, não usar os direitos de apóstolo era para ele motivo de orgulho, mas isso não poderia acontecer com a pregação do evangelho porque ele tinha essa responsabilidade como apóstolo! Ele foi chamado por Deus para a pregação do evangelho, em especial entre os gentios.
Ele afirma que se ele fosse livre poderia ser recompensado pela pregação, referencia direta ao argumento anterior do que motivou abrir mão de seus direitos, mas como ele não é livre é escravo de Cristo então a pregação do evangelho não deve gerar recompensas ou motivo de orgulho, afinal ele foi chamado por Deus para pregar o evangelho de Cristo.
Demonstrando aos coríntios orgulhosos que Paulo havia aberto mãos dos direitos da pregação do evangelho não apenas por orgulho, mas por necessidade, afinal ele era um escravo e o fazia por obrigação. Assim mostrando aos coríntios que deveriam abrir mão de seus direitos em benefício dos “fracos” ao mesmo tempo já expandindo o tema para o reino de Deus, onde deveriam pregar o evangelho pela obrigação como escravos de Cristo.

Abra mão dos direitos e expectativas para ser “coparticipante do reino” [9.19-23]

Paulo continua desenvolvendo seu argumento demonstrando aos coríntios que ele mesmo abriu mão não apenas de seus direitos,mas também de suas expectativas em prol do reino. Inicia com argumentações que provavelmente os corintios concordariam. Para alcançar os judeus, ainda que ele mesmo fosse judeu não estava mais sob o julgo da lei, ele age de modo a não causar escândalo aos judeus. Em relação aos gentios “sem lei” agiu de forma adequada para que alcançasse esse grupo ainda que não tenha saído da lei de Cristo. E destaca que aos fracos ele mesmo também se tornou fraco, fraco aqui pode se referir a status social (ele mesmo seria um fraco pelo seu trabalho braçal), crente que facilmente pudesse se desviar (capítulo 08) ou ainda um não crente. As duas primeiras possibilidades são mais prováveis em especial a segunda por causa do argumento inciado no capítulo 08.
Destaca que se fez de tudo para com todos para de alguma forma salvar alguns, afinal essa era sua obrigação e por isso abria mão de seus direitos. Tudo para ser um coparticipante do evangelho, ou seja, um cooperador do avanço do reino no mundo.

Modelo de atleta ilustra como abrir mão dos direitos tem um objetivo claro e sacrifício necessário [9.24-27]

Não podemos aqui transformar a ilustração em total equivalência precisamos tratar a ilustração como de fato uma ilustração do conceito do qual Paulo deseja tratar, se não incorremos em um de dois erros ou assumir que apenas um alcança o prêmio e a vida cristã é uma competição ou dizer que é a igreja quem ganha o premio porque se manteve firme. Parece que Paulo deseja estabelecer dois conceitos:
Temos um objetivo claro
Alcançar o objetivo exige sacrifício
A ilustração do atleta que os coríntios eram tão familiarizados serve a esse propósito apenas ilustrar esses dois conceitos.
Tanto o lutador quanto o corredor tem um alvo bem definido pelo qual ambos batalham, que é o premio, ou seja, uma coroa. Paulo demonstra como esses atletas se sacrificam para alcançar seu objetivo, é curioso que o sacrifício de ambos seria semelhante, ambos deixariam de comer para se prepararem melhor para atingir o seu objetivo.
O primeiro desafio exegético nesse texto é compreender o significado da expressão coroa. Ela pode ser entendida de três formas:
Salvação - No novo testamento diversas vezes se refere a um momento escatológico
Fidelidade ao ministério que Deus entregou - Olhando para o contexto parece razoável assumir que não tem a ver com a salvação (especialmente pelo paralelo do verso 27 reprovado)
Fraco - Olhando o contexto mais imediato parece razoável que Paulo chame de coroa de seu ministério o fraco na fé pelo qual ele se sacrifica
Das três possibilidades as duas ultimas parecem as mais razoáveis dado o contexto e paralelo que implicaria em “perda de salvação”. Paulo destaca que para alcançar esse objetivo ele precisava a semelhança do atleta se sacrificar com treinamentos e restrições alimentares, o objetivo de Paulo é claro incentivar os coríntios a fazer o mesmo.
Para Paulo sendo um judeu provavelmente a arrogância e necessidade de ser remunerado de forma intelectual ou os alimentos sacrificados a ídolos nos templos não eram grandes sacrifícios como de fato eram para os coríntios, mas o texto fica evidente que para um judeu que é enviado aos gentios sacrifícios tão desafiadores quanto são realizados para a expansão do reino e avanço do evangelho. Esse modelo deveria servir aos coríntios no seu desafio de alcançar os fracos tanto quanto judeus e gentios.
Em seguida Paulo afirma que não corre em vão e esmurra o próprio corpo para fazer dele escravo como ele é escravo de Cristo seu corpo deve seguir a mesma direção para que depois de pregar a outros ele mesmo não seja reprovado.
A interpretação de reprovado aqui é tão desafiadora quanto a coroa e são correlatas. Dependendo do que compreender como a coroa será a reprovação. Ficando assim as possibilidade de reprovação:
Perder a salvação
Infidelidade ao ministério que Deus entregou
Perder o fraco
Dado o contexto as duas ultimas alternativas são as mais razoáveis, mas parece que ainda mais a ultima pelo foco de Paulo na perícope de 1 Co 8-10 enfatizar os sacrifícios necessários em prol do mais fraco. Assim os coríntios a semelhança de Paulo deveriam se sacrificar para alcançar a coroa que são os fracos para que não sejam reprovados ao contribuírem pelo desvio dos fracos.
Assim o bloco de abrir mão dos direito em prol do reino expande a extensão não apenas na igreja, mas na pregação do evangelho para alcançar a todos, mas mantém seu foco desde o capítulo 8 que é abrir mão dos direitos em prol do mais fraco.

Princípios Eternos

O ministro do evangelho tem o direito legítimo de ser sustentado pela igreja, seja o ministério da pregação onde o evangelho nunca foi pregado, seja no cuidado e pregação do evangelho na igreja local
A base do sustento do ministro do evangelho está em sua autoridade, serviço e na escritura
Não devemos trazer impedimentos para aqueles que servem e buscar providenciar o sustento adequado
Abrir mão de direitos para o benefício da igreja é legítimo e em alguns momentos necessários
Deixar de lado os direitos em prol da igreja é motivo de “orgulho no SENHOR”
Se for se orgulhar que seja por abrir mão dos direitos em benefício da igreja e não um “inchaço” pecaminoso e egoísta que divide e destrói a igreja
Seja um agente de edificação e não pedra de tropeço para o evangelho
Pregação do evangelho não deve depender de recursos financeiros porque é uma necessidade do escravo de Cristo
Devo impedir as amarras que afastam as pessoas desde que não abra mão do essencial do evangelho
Devo criar mais pontes e menos muros
Devo ser um coparticipante, ou seja contribuir para o avanço do reino
Preciso ter consciência do papel poderoso da igreja na evangelização como comunidade escatológica do reino
A caminha não é fácil e exige sacrifícios grandes tanto para a evangelização quanto para o suporte aos fracos
Há a possibilidade de ser reprovado nos propósitos de Deus, ainda que isso não implique na perda de salvação

Abrir mão dos Direito por Causa da Igreja e da Expansão do Evangelho é um Privilégio

Desafios

Ore a Deus pedindo que não sejamos pedra de tropeço, mas agentes de edificação
Avalie qual tem sido a sua postura em relação ao conhecimento e aos direitos que possui e seu impacto na igreja
Reflita Quais direitos eu devo abrir mão para alcançar as pessoas com o evangelho de Cristo
Ore para que Deus de oportunidades para alcançar pessoas que necessitam do evangelho
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