SOMOS FILHOS DE DEUS NÃO APENAS EM FUNÇÃO, MAS TAMBÉM EM ESSÊNCIA.
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TIAGO 2:1-13.
TIAGO 2:1-13.
Todos os homens foram criados iguais. Não trouxemos nada para este mundo e não podemos levar nada dele. Diante de Deus, não podemos nos gloriar de nossas posses ou realizações, pois tudo o que temos nos foi dado por Deus, e Deus não mostra parcialidade (At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; Cl 3.25; 1Pe 1.17).
PASTORAL
Deus ama os pobres, cuida deles e supre suas necessidades. Quando a igreja de Jesus Cristo proclama o evangelho e recebe pobres na comunhão dos crentes, ela o faz demonstrando amor e preocupação por eles? Quando os pobres ouvem o evangelho do amor de Jesus, a mensagem da salvação e a promessa do cuidado constante de Deus e então experimentam uma fria indiferença, uma falta de interesse e preocupação por parte dos membros da igreja, sentem-se deixados de lado.
Hoje em dia, muitos templos cristãos estão parcialmente cheios durante os cultos. Os bancos desses templos são estofados, os crentes acomodam-se confortavelmente, mas os pobres estão ausentes.
O evangelho deve ser proclamado aos pobres em palavras e ações. O crente mostra seu coração repleto de amor quando estende a mão para ajudar. O amor do Senhor Jesus, quando é genuinamente levado àqueles que ouvem o evangelho, constrói com eficácia o corpo de Cristo.
INTRODUÇÃO
VAMOS DÁ UMA OLHADA EM TIAGO 2.1- NA NAA (Nova Almeida Atualizada)
Meus irmãos, vocês não podem ter fé em nosso Senhor Jesus Cristo, o Senhor da glória, e ao mesmo tempo tratar as pessoas com parcialidade.
προσωπολημψία -ας, ἡ; (prosōpolēmpsia), SUBS. parcialidade
1. parcialidade — uma inclinação para favorecer um grupo ou vista ou opinião sobre alternativas; especialmente considerado uma injustiça.
ROMANOS 2.11 Porque para com Deus não há acepção de pessoas
EFÉSIOS 6.9 E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas
COLOSSENSES 3.25 pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas.
V1 Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não demonstrem favoritismo.
O apelo é pessoal: “meus irmãos”. Em sua epístola, Tiago usa essa forma de dirigir-se aos seus leitores com relativa frequência, mas aqui ele é mais específico. Ele diz que os irmãos são aqueles que têm “a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória”.
Tiago fala a crentes. Somente eles de fato são capazes de compreender o que afirmará em seguida. Com o termo “irmãos” são expressas duas coisas.
1 - Por um lado nossa posição em relação a Deus: pelo envio do Filho unigênito que se tornou nosso irmão também nós nos tornamos filhos de Deus.
GL 4.4 Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei
RM 8.14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus
2 - Por outro, o termo declara algo acerca de nossa posição em relação a outros cristãos: apesar de todas as diferenças humanas e da diversidade das tarefas na igreja, estamos todos no mesmo nível: “Um só é vosso Mestre: Cristo, e vós todos sois irmãos” (Mt 23:8).
“Não tenhais fé […] com acepção de pessoas”:
Ele tem em mente que a acepção de pessoas é inconsistente com a fé em Cristo, de modo que não podem estar unidos, e com razão; pois, pela fé, estamos unidos em um só corpo, no qual Cristo mantém a primazia.
SENHOR DA GLÓRIA
O termo descritivo glorioso nessa passagem demonstra contraste entre a glória de nosso Senhor Jesus Cristo e o brilho das riquezas terrenas.
Os irmãos não devem olhar para o seu próximo e julgá-los simplesmente pela aparência externa.
Assim, Tiago admoesta seus leitores a não fazerem “acepção de pessoas” (prosōpolēmpsia).
Não olhem para o rosto, as roupas, a riqueza ou a posição! Não sejam parciais em seu julgamento! “Um justo juiz não deve ser influenciado por preconceitos pessoais, esperanças ou medos, mas pelo desejo único de fazer justiça.
PRESTEM ATENÇÃO AQUI MEUS IRMÃOS
Nos versículos seguintes nessa seção, Tiago enumera as razões pelas quais os cristãos não devem mostrar favoritismo:
1 Se assim o fizerem, tornar-se-ão “juízes com pensamentos perversos” (v. 4);
2 Deus olha o coração, e não a aparência externa do homem (v. 5);
3 Deus deu ao homem a lei de amar o próximo como a si mesmo (v. 8)
4 e, por último, “a misericórdia triunfa sobre o juízo” (v. 13).
Tiago lança mão de uma ilustração e diz:
V 2 Suponham que um homem chegue em sua reunião usando um anel de ouro e roupas finas, e que entre também um homem pobre com roupas esfarrapadas. V 3 Se vocês derem atenção especial ao homem trajando roupas finas e disserem “eis um bom assento para você”, mas disserem ao pobre “fique em pé aqui” ou “sente-se no chão, aos meus pés”, V 4 não discriminaram entre vocês mesmos e tornaram-se juízes com pensamentos perversos?
VAMOS ANALISAR
a. “Suponham que um homem chegue em sua reunião”. O autor usa o termo reunião, que pode significar tanto o culto como uma reunião especial para tratar de questões oficiais.
b. “Usando um anel de ouro e roupas finas”. O homem rico era membro da igreja? Era um visitante? Era oficial do governo ou dignitário? Não sabemos. Talvez fosse uma pessoa de autoridade, e não um membro da igreja local.
c. “E que entre também um pobre com roupas esfarrapadas”. O contraste é intencional, pois o homem rico veste roupas brilhantes, de cores vivas; as roupas do pobre estão sujas, gastas e feias. Ele é miserável; as únicas roupas que possui são aquelas que está vestindo. Mais uma vez, não sabemos se o homem é membro da igreja. Provavelmente não. Ele parece ser um visitante também.
d. “Se vocês derem atenção especial ao homem com roupas finas”. A ênfase nesta parte da passagem é sobre a aparência externa desses dois visitantes. Só os trajes dos dois são importantes. É claro que as vestimentas refletem a condição social desses dois indivíduos: um é rico e tem influência, o outro é pobre e nada tem.
QUAL A REAÇÃO DA IGREJA?
A reação imediata dos membros da igreja é tratar com deferência o homem rico e dar-lhe um bom lugar para assentar-se. Na sinagoga local daquela época, escribas e fariseus ocupavam os assentos mais importantes (Mt 23.6; Mc 12.39; Lc 11.43; 20.46).
No ambiente da igreja retratada por Tiago, o homem rico recebe uma recepção calorosa e é levado para um bom assento, talvez num lugar mais alto.
O homem pobre pode ficar em pé no fundo da sala ou assentar-se no chão com as pernas cruzadas. Na verdade, o texto diz “assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés”.
e. “Não discriminaram entre vocês mesmos?” Fazer essa pergunta é o mesmo que respondê-la. Certamente eles discriminaram e tornaram-se “juízes com pensamentos perversos”.
Ao invés de olhar para a incomparável glória de Deus, estão olhando fixamente para o esplendor de um anel de ouro e trajes finos.
Ao invés de honrar a Jesus Cristo, estão honrando com deferência um homem rico e desprezando um pobre. E, ao invés de aceitar a pessoa, tomando por base sua fé em Cristo, estão mostrando favoritismo baseado em aparências e posição.
O QUE NÓS TEMOS AQUI É MUITO SÉRIO MEUS IRMÃOS É MAS DO QUE UMA PREFERÊNCIA POR UMA CLASSE SOCIAL O QUE NÓS TEMOS AQUI É PECADO.
Tiago não fala para juízes eleitos oficialmente, mas para os membros da igreja. A congregação deve perceber a plena extensão do seu pecado de discriminação. Esse não é um pecado que pode ser considerado insignificante.
De acordo com Tiago, o que está em jogo é a injustiça, pois o coração dos crentes está cheio de pensamentos perversos. Um juiz cujos pensamentos são perversos não pode jamais ser imparcial, a justiça que ele exerce é uma farsa.
Desde os tempos mais remotos, a justiça é retratada como uma mulher com os olhos vendados, segurando em sua mão uma balança. A venda impede que ela veja qualquer um, de modo que possa servir à causa da justiça com imparcialidade.
Dentro do contexto da fé cristã, a prática da discriminação é exatamente o oposto do amar ao próximo como a si mesmo.
SEJAM RICOS EM FÉ 2:5-7
Depois do exemplo, Tiago volta-se para o princípio: os pobres são preciosos aos olhos de Deus. Jesus veio para pregar o evangelho aos pobres (Is 61.1; Lc 4.18; 7.22) e declarou os pobres bem-aventurados e herdeiros do reino de Deus (Mt 5.3; Lc 6.20).
IS 61.1 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;
MT 5.3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
V5 Escutem, meus queridos irmãos: acaso Deus não escolheu aqueles que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o reino que ele prometeu aos que o amam?
a. Escolheu. Tiago faz uma pergunta que só pode ser respondida na afirmativa. “Deus não escolheu aqueles que são pobres aos olhos do mundo?” É claro que sim. As Escrituras ensinam claramente que, em sua graça eletiva, Deus não faz a escolha com base no mérito, mas no amor para com seu povo
MEUS IRMÃOS
Deus dirige seu amor aos pobres e necessitados, pois seus olhos estão sempre sobre eles (Jó 5.15,16; Sl 9.18; 12.5; Pv 22.22,23). Isso não significa que todos os pobres estão incluídos e que Deus escolheu somente os pobres, “pois a pobreza e a riqueza em si não conferem ao homem nenhum bem ou mal”.
A eleição é obra de Deus, como ensina Paulo. “Deus escolheu as coisas humildes… a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1Co 1.28,29, e ver Ef 1.4).
b. Herdarem. Tiago repete a ideia expressa anteriormente (1.9) quando escreve que “aqueles que são pobres aos olhos do mundo são ricos em fé”. O que conta não são as riquezas terrenas, mas os tesouros espirituais (Mt 6.19–21; Lc 12.16–21). Deus não olha para os bens materiais instáveis das pessoas, mas para a confiança e segurança que elas depositam em Deus.
AQUI TEM UMA BOA NOTÍCIA
Deus enriquecerá os crentes; eles são o povo herdeiro do seu reino.
V6 Vocês, porém, insultaram o pobre. Não são os ricos que estão explorando vocês? Não são eles que estão arrastando vocês para os tribunais? V7 Não são eles que estão difamando o nome sublime daquele a quem vocês pertencem?
A acusação que Tiago fez aos leitores de sua epístola é séria. Ele declara um fato: “insultaram o pobre” (ver também 1Co 11.22).
Desprezar os pobres implica desprezar Jesus Cristo, o protetor e guardião dos pobres. Eles não defendem mais a causa de Cristo.
Ao mostrar favoritismo para com o rico, eles “tomaram o partido do diabo contra Deus”. Qual é o efeito desse esnobismo? Em seus ensinamentos, Jesus usou as seguintes palavras: “Quem não é por mim, é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mt 12.30).
Sua intenção é arrancar a raiz do favoritismo do solo da igreja cristã primitiva. Ele exorta o crente a abrir os olhos, enxergar a realidade e responder a estas três questões:
a. Quem os explora? Tiago responde essa pergunta mais adiante na epístola, quando repreende o rico que oprime o pobre. Ele menciona exemplos específicos: “Vejam! Os salários que vocês deixaram de pagar para os trabalhadores que ceifaram os seus campos estão clamando contra vocês. O clamor dos ceifeiros chegou aos ouvidos do Senhor Todo-Poderoso” (5.4).
b. Não são eles que estão arrastando vocês para os tribunais? O Novo Testamento oferece alguns exemplos bastante claros de apóstolos sendo levados para tribunais por judeus e gentios (At 5.27; 16.19; 18.12). Judeus ricos e influentes tinham o poder de arrastar judeus cristãos pobres para os tribunais a fim de prejudicá-los.
c. Não são eles que estão difamando o nome sublime daquele a quem vocês pertencem? Tiago é bem mais específico nessa terceira pergunta. Ele está chamando seus leitores de volta à realidade. Pede que digam quem são os que blasfemam o nome daquele a quem os leitores pertencem.
3. Obedeçam à lei régia 2.8–11
V 8-9 Se, de fato, vocês guardam a lei régia que se encontra nas Escrituras, “amem o seu próximo como a si mesmos”, fazem bem. 9 No entanto, se mostram favoritismo, pecam e são condenados pela lei como transgressores.
Tiago vai direto ao cerne da questão e evita detalhes, isto é, ele não está interessado em procurar nas Escrituras e achar um determinado mandamento contra o pecado de favoritismo.
Ao invés disso, declara o princípio fundamental da lei de Deus ao qual Jesus se referiu quando foi interrogado por um intérprete da lei.
O intérprete perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o grande mandamento na lei?” (Mt 22.36). Ao invés de mencionar um mandamento específico, Jesus resume a lei para ele e diz: “Amarás o Senhor teu Deus… Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (vs. 37–39; ver também Dt 6.5; Lv 19.18).
V10 -11
Pois devemos observar sempre a razão pela qual algo é dito. Ele nega que nossos semelhantes sejam amados quando só uma parte deles é escolhida em decorrência de ambição, e o restante é negligenciado. Ele prova isto, porque não é obediência a Deus quando ela não é prestada igualmente em conformidade com seu mandamento.
O QUE TIAGO ESTÁ DIZENDO É MUITO SÉRIO MEUS IRMÃOS E RECAI SOBRE NÓS TAMBÉM.
Agora, pois, entendemos qual seja o desígnio de Tiago, a saber, que, se eliminarmos da lei de Deus o que nos é menos agradável, ainda que em outras partes podemos ser obedientes, contudo, nos tornamos culpados de todas, porque em uma coisa particular violamos toda a lei.
AQUI É BEM SIMPLES
12 Falem e ajam como aqueles que serão julgados pela lei que concede liberdade, 13 pois, a qualquer um que não tiver sido misericordioso, será mostrado julgamento sem misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo!