AVAREZA É O OPOSTO DA FÉ! Lucas 12.13-21

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Grande ideia: Quem espera de Deus, recebe de Deus, mas quem espera do homem, nem sempre recebe do homem.
Estrutura: princípio ensinado (vv. 13-15) e o princípio exemplificado (vv. 16-21)
THOMAS DE AQUINO:
A palavra avareza, segundo a significação originária, está ligada a uma desordenada ambição de dinheiro: como diz Isidoro no livro das Etimologias (X, 9), avarus é como que "avidus aeris", ávido de dinheiro [cobre], em consonância com a palavra correspondente em grego filargiria, amor à prata. Ora, sendo o dinheiro uma matéria específica, parece que a avareza é também um vício específico, segundo a imposição originária do nome. Mas, por extensão, avareza é tomada também como desordenada cobiça de quaisquer bens e, neste sentido, é um pecado genérico, pois todo pecado é um voltar-se desordenadamente a algum bem passageiro: daí que Agostinho (Super Gen. XI, 5) afirme haver uma avareza "geral", pela qual se deseja  mais do que o devido alguma coisa, e uma avareza "específica", à qual se chama usualmente amor ao dinheiro.
Efésios 5.3 RA
Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos;
Efésios 5.5 RA
Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.
Colossenses 3.5 RA
Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;
Hebreus 13.5 RA
Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.
KENNETH BAILEY:
# As parábolas de Jesus muitas vezes expressam uma profunda preocupação com os pobres. Para Ele, justiça inclui uma preocupação pelas necessidades, e não simplesmente pelas aquisições (Mt 20.1-16). Mas aqui um clamor egoísta pedindo justiça é entendido por Jesus como sintoma de uma enfermidade. Ele se recusa a respondê-lo, mas pelo contrário, dedica-Se à cura da doença que produzira o pedido.
# As possessões materiais são dádivas de Deus. Deus na verdade outorga suprimentos de coisas materiais que não são adquiridos pelo esforço humano. Cada vida é um empréstimo. O homem rico da parábola presumia que possuia as coisas ("meus bens" e "minha alma"). A parábola o apresenta como errado em ambos os casos.
# A pessoa que pensa que a segurança e a boa vida podem ser encontradas nas coisas materiais é néscia.
# A vida abundante pode ser encontrada em se "entesourar para Deus" e não para si mesmo.
Princípio ensinado. (vv. 13-15)
(a) Há uma conexão com a porção anterior: o temor dos homens x temor de Deus.
Isaías 51.12–13 (NAA)
12“Eu, eu sou aquele que os consola; quem, então, é você, para que tenha medo do homem, que é mortal, ou do filho do homem, que não passa de erva?
13Por que você se esquece do Senhor, que o criou, que estendeu os céus e fundou a terra, e todo o dia, sem cessar, teme a fúria do opressor, que se prepara para destruir? Onde está a fúria do opressor?
(b) Lucas registra que alguém do meio da multidão, resolve interromper o ensino de Jesus com uma queixa familiar: “Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança”.
(c) Jesus chama a atenção acerca de quem ele não foi chamado a ser: “juiz ou partidor”.
Lucas 12.14 (NTLH)
14Jesus disse: — Homem, quem me deu o direito de julgar ou de repartir propriedades entre vocês?
(d) O ensino de Jesus sempre foi na direção de um contentamento em relação ao que temos, e esse princípio reverberará em Paulo.
Filipenses 4.11–13 (NAA)
11Digo isto, não porque esteja necessitado, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.
12Sei o que é passar necessidade e sei também o que é ter em abundância; aprendi o segredo de toda e qualquer circunstância, tanto de estar alimentado como de ter fome, tanto de ter em abundância como de passar necessidade.
13Tudo posso naquele que me fortalece.
Burroughs o define assim: "Contentamento cristão é aquele estado doce, interior, sereno e gracioso de espírito, que livremente se submete e se delicia na disposição sábia e paternal de Deus em toda e qualquer situação".
Breve Catecismo de Westminster, perguntas 80 e 81:
P. O que exige o décimo mandamento?
R. O décimo mandamento exige o pleno contentamento com a nossa condição, bem como disposição para com o nosso próximo e tudo o que lhe pertence.
P. O que proíbe o décimeo mandamento?
R. O décimo mandamento proíbe todo o descontentamento com a nossa condição, todo o movimento de inveja ou pesar à vista da prosperidade do nosso próximo e todas as tendências ou afeições desordenadas a alguma coisa que lhe pertence.
(e) O homem é mais do que o que ele possui. Esse é o principio de uma forma bem clara.
E ele lhes disse: “Prestai atenção, e tende cuidado com toda espécie de desejo insaciável. Pois a vida de uma pessoa não consiste na abundância das suas posses”.
Lucas 8.14 (NAA)
14A parte que caiu entre espinhos, estes são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com as preocupações, as riquezas e os prazeres desta vida; os seus frutos não chegam a amadurecer.
Lucas 16.14–16 (NAA)
14Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e zombavam de Jesus.
15Mas Jesus lhes disse: — Vocês são os que se justificam diante dos homens, mas Deus conhece o coração de vocês; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus.
16— A Lei e os Profetas duraram até João; desde esse tempo o evangelho do Reino de Deus vem sendo anunciado, e todos se esforçam para entrar nele.
Lucas 21.34–36 (NAA)
34— Tenham cuidado para não acontecer que o coração de vocês fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vocês repentinamente,
35como uma armadilha. Pois sobrevirá a todos os que vivem sobre a face de toda a terra.
36Portanto, vigiem o tempo todo, orando, para que vocês possam escapar de todas essas coisas que têm de acontecer e para que possam estar em pé na presença do Filho do Homem.
2. Princípio exemplificado. (vv. 16-21)
(a) Parábola do “rico insensato”.
Jó 31.24–28 (NAA)
24“Se no ouro pus a minha esperança ou se eu disse ao ouro fino: ‘Você é a minha garantia’;
25se me alegrei por ser grande a minha riqueza e por ter a minha mão alcançado muito;
26se olhei para o sol, quando resplandecia, ou para a lua, que caminhava em seu esplendor,
27e o meu coração se deixou seduzir em segredo, e eu lhes atirei beijos com a mão,
28também isto seria um delito a ser punido pelos juízes, pois eu teria negado a Deus, que está lá em cima.”
(b) Há aqui um paralelo interessante com a história de dois outros homens ricos, em Lucas.
Lucas 16.19–22 (NAA)
19— Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que se alegrava todos os dias com grande ostentação.
20Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de feridas, que ficava deitado à porta da casa do rico.
21Este desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico, e até os cães vinham lamber-lhe as feridas.
22E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
Lucas 19.1–3 (NAA)
1Entrando em Jericó, Jesus atravessava a cidade.
2Eis que um homem rico, chamado Zaqueu, chefe dos publicanos,
3procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura.
(c) Esse homem era miseravelmente rico, e solitário: “arrazoava consigo mesmo” (v. 17), “direi à minha alma” (v. 19).
(d) De que adiantariam os seus celeiros cheios quando esse homem estivesse ao limite de sua existência aqui na terra?
Jeremias 17.11 (NAA)
11Como a perdiz que choca ovos que não pôs, assim é aquele que ajunta riquezas desonestamente; no meio da vida ficará sem elas e no seu fim passará por tolo.
(e) Ele é um louco mesmo: egocêntrico, ambicioso e condenado.

αφρων aphron

de 1 (como partícula negativa) e 5424; TDNT - 9:220,1277; adj

1) sem razão

2) sem sentido, tolo, estúpido

3) sem reflexão ou inteligência, precipitação

https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2012/03/parabola-do-rico-insensato.html
G. H. Lang resume assim o seu verdadeiro objetivo: A. "Segurança por muitos anos, uma confissão de que não confiava em Deus, no futuro; B. Um amor por uma vida fácil, em desrespeito à vontade de Deus, a qual devia buscar para seu próprio bem (Gn 3:17-19); C. O desejo de agradar às paixões da carne por comer, beber e rir à toa, tolamente."
Esse homem nada tinha a dizer a Deus, mas Deus tinha muito para falar a ele, e o condenou por cometer três erros. Em primeiro lugar, ele se enganou quanto ao propósito de sua vida, ao imaginar que consistia na abundância de suas posses materiais. Paulo disse: "Pois para mim o viver é Cristo". Mas, ao substituir a direção divina pela motivação humana, esse louco jamais conseguiu a felicidade de viver, nem manter-se vivo sobre a terra.
Além disso, ele se enganou quanto ao uso correto dos recursos deste mundo. Preferiu obedecer à sua própria vontade, em lugar da obediência a Deus, quanto ao que deveria fazer com esses recursos; por isso acumulou seus bens, quando a coisa mais sábia e mais útil a fazer, era usá-los para o bem de outras pessoas. Como Ambrósio define a situação, ele se esqueceu de que os celeiros, os quais usava para o seu excesso de riqueza, eram "os abrigos dos necessitados, as casas das viúvas, as bocas dos órfãos e das crianças". Talvez o erro mais destacado desse homem tenha sido a sua negligência com relação ao futuro. Ele preferiu riquezas que podia ver e manusear, aos tesouros ocultos e eternos armazenados no céu. Confiou demasiadamente que teria muitos anos pela frente, quando a noite do dia em que se vangloriou seria a última de sua existência. A cobiça é perigosa e deu-lhe o troco pelo uso egoísta que fez de suas posses. Ele perdeu os seus bens materiais e sua alma. Que fim desonroso!
3. Outras aplicações:
(a) Jesus não veio para ser “repartidor”, mas sim para ser “reconciliador”. Mas essa reconciliação será entre os da família da fé. Em outras palavras, Jesus fará distinção nos últimos dias.
Lucas 12.49–53 (NAA)
49— Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e bem que eu gostaria que já estivesse aceso.
50Mas existe um batismo pelo qual tenho de passar, e como me angustio até que o mesmo se cumpra!
51Vocês pensam que vim para dar paz à terra? Eu afirmo a vocês que não; pelo contrário, vim para trazer divisão.
52Porque, daqui em diante, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois e dois contra três.
53Estarão divididos: pai contra filho, filho contra pai; mãe contra filha, filha contra mãe; sogra contra nora e nora contra sogra.
(b) Só pode ser louco o homem ou a mulher que decide deixar Deus de fora de sua vida. Infelizmente encontramos pessoas assim em nosso entorno, que simplesmente vivem como se Deus não existisse.
Eclesiastes 5.10 (NAA)
10Quem ama o dinheiro jamais se fartará de dinheiro; e quem ama a abundância nunca ficará satisfeito com o que ganha. Também isto é vaidade.
Tiago 1.9–11 (NAA)
9O irmão de condição humilde glorie-se na sua exaltação,
10e o rico, na sua humilhação, porque ele passará como a flor do campo.
11Porque o sol se levanta com seu calor ardente, a planta seca, a sua flor cai e a formosura do seu aspecto desaparece. Assim também o rico murchará em seus caminhos.
Ilustr.:
MINHA FILHA NÃO VAI CASAR COM UM HOMEM POBRE. Bill Gates explica por que sua filha não pode se casar com um homem pobre Alguns anos atrás assisti a uma conferência nos EUA sobre investimento e finanças. Um dos oradores foi Bill Gates e na fase de perguntas e respostas, eu fiz uma pergunta que tinha feito todo mundo rir. Se Ele, o homem mais rico do mundo pudesse aceitar que sua filha se casasse com um homem pobre ou modesto. Sua resposta transformou algo em mim. Bill Primeiro, entenda que riqueza não significa ter uma conta bancária bem preenchida. Riqueza é primeiramente a capacidade de criar riqueza. Exemplo: Alguém que ganha na lotaria ou nos jogos de azar. Mesmo ganhando 100 milhões não é um homem rico: é um homem pobre com muito dinheiro, é por isso que 90 % dos milionários da loteria voltam a ser pobres depois de 5 anos. Você também tem pessoas ricas que não têm dinheiro. Exemplo, A maioria dos empreendedores. Eles já estão no caminho da riqueza, mesmo que eles não tenham dinheiro, porque eles estão desenvolvendo sua inteligência financeira e isso é riqueza. Como os ricos e os pobres são diferentes? Para ser simples: O rico pode morrer para ficar rico, enquanto o pobre pode matar para ficar. Se você vir um jovem que decide se formar, aprender coisas novas, tentando melhorar continuamente, saiba que ele é um homem rico. Se você vê um jovem que acha que o problema é o estado, e acha que os ricos são todos ladrões e que criticam constantemente, saiba que ele é um homem pobre. Os ricos estão convencidos de que eles só precisam de informação e treinamento para decolar, os pobres acham que os outros devem dar dinheiro para eles decolar. Concluindo, quando eu digo que minha filha não vai casar com um homem pobre, eu não estou falando de dinheiro. Estou falando da capacidade de criar riqueza desse homem. Desculpe-me pelo que vou dizer, mas a maioria dos criminosos são pessoas pobres. Quando eles estão na frente de dinheiro, eles perdem a cabeça, é por isso que eles roubam, assaltam etc... Para eles, isso é uma graça, porque eles não sabem como eles mesmos poderiam ganhar dinheiro. Um dia, o vigilante de um banco encontrou um saco cheio de dinheiro, pegou o saco e foi entregar ao gerente do banco. As pessoas chamaram esse senhor de idiota, mas na verdade esse senhor era apenas um homem rico que não tinha dinheiro. 1 ano depois, o banco ofereceu-lhe um cargo de recepcionista, 3 anos depois ele estava encarregado de clientes e 10 anos depois, ele gerencia a direção regional desse banco, ele gerencia centenas de funcionários e seus bônus anuais estão além do valor que ele poderia ter roubado. Riqueza é primeiro um estado de espírito, meu amigo.
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