CRENTES PARA ESTE TEMPO! Ester 4
Ester • Sermon • Submitted
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· 37 viewsA igreja de Jesus milita a causa do Evangelho em contextos adversos e age em resposta à soberania intencional divina.
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Grande ideia: A igreja de Jesus milita a causa do Evangelho em contextos adversos e age em resposta à soberania intencional divina.
Estrutura: em um tempo de ataques ao povo de Deus, temos de nos informar dos fatos (vv. 1-9), em um tempo de ataques ao povo de Deus, temos de nos conscientizar dos riscos (vv. 10-17).
Sem dúvida, a soberania de Deus é intencional, tem propósito e busca um objetivo. No entanto, sabemos isso não simplesmente porque Deus é soberano, mas também porque é sábio e porque a Bíblia o retrata como tendo propósitos em tudo que faz. “O meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46.10).
Providencia eBook (Locais do Kindle 364-368). Edição do Kindle.
Mordecai não pode fazer muito, porém o que ele pode, ele faz. Como diz David Strain: “A soberania de Deus governa e dirige todas as coisas, inclusive nossas livres ações e decisões, e, ainda assim, Ester 4 nos ensina; nossas responsabilidades não podem ser negadas apelando para a soberania de Deus”.
Garofalo Neto, Emilio. Ester na casa da Pérsia e a vida cristã no exílio secular (p. 71). Edição do Kindle.
Eu sou apenas um, mas mesmo assim sou um. Não posso fazer tudo; mas, mesmo assim, posso fazer algo; e porque não posso fazer tudo não me recusarei a fazer o algo que posso fazer.
Informe-se do que está ocorrendo em sua volta. (vv. 1-9)
(a) Mardoqueu agiu quando “soube tudo o que havia passado”.
Mardoqueu deu todas as demonstrações da dor mais pungente. Nem ele escondeu isso da cidade; e o grego diz que ele pronunciou estas palavras em voz alta: Αιρεται εθνος μηδεν ηδικηκος· ‘Um povo que não fez mal algum será destruído.
Blayney, B., Thomas Scott, e R.A. Torrey com Canne, John, Browne, The Treasury of Scripture knowledge (Londres: Samuel Bagster and Sons), I, 341
(b) O rito é de um desespero pessoal: roupas rasgadas, coberta de pano de sanco e cinza, e clamores e gritos em alta voz, de amargura.
Joyce Baldwin:
De fato, os persas da época de Xerxes, em Susã, segundo se registra, rasgaram as suas roupas numa tristeza irreconciliável depois da sua derrota em Salamina. Portanto, Mordecai estava se comportando de acordo com os costumes locais bem como com os costumes judaicos, ao rasgar as suas vestes.
(c) Ele chega até a “porta do rei”, mas não entra “pela porta do rei”.
(d) Mais uma vez é importante relembrar do caos de tristeza que pairava sobre os judeus em toda a Pérsia.
(e) Ester é avisada. E ela reage: “muito aflita”, “muito se doeu”.
(f) Mas Mardoqueu não aceita as roupas que Ester lhe havia mandado. Ele está resoluto em tornar Ester conhecedora do que estava acontecendo nos bastidores do Reino da Pérsia. E agora, ele que antes disse para que ela negasse o seu povo, pede para que ela defenda o seu povo.
É hora de decidir o que ela é: “Por alguns anos, desde que foi ao harém, ela vem vivendo uma vida submersa na cultura persa, com suas raízes judaicas completamente escondidas e obscurecidas. Mas agora ela não pode mais viver assim. Não há como pertencer ao povo de Deus, enquanto vivendo como filha do mundo. Não há como ser um cristão secreto e um pagão público. Ester terá de escolher. E nós também”.
Garofalo Neto, Emilio. Ester na casa da Pérsia e a vida cristã no exílio secular (pp. 72-73). Edição do Kindle.
(g) Faço um destaque de que foi mostrado tudo: o cuidado para não fazer nada fruto de um boato ou de um achismo irresponsável.
Ester 4.8–9 (NAA)
8Também lhe deu uma cópia do decreto escrito que havia sido publicado em Susã, ordenando a destruição dos judeus. Mordecai pediu a Hataque que mostrasse a cópia a Ester e a pusesse a par de tudo, a fim de que ela fosse falar com o rei e lhe pedisse misericórdia e, na sua presença, lhe suplicasse pelo povo dela.
9Hataque voltou e transmitiu a Ester as palavras de Mordecai.
2. Aja de acordo com a sua consciência dos riscos. (vv. 10-17)
(a) Ester sabe dos riscos que ela corria: ela tinha de esperar que Assuero estendesse o seu cetro de ouro em sua direção.
Joyce Baldwin:
O acesso ao rei era estritamente controlado, como todos sabiam. Como todo chefe de estado, Assuero precisava ser protegido tanto de atentados contra a sua vida, quanto de amolação com os problemas das pessoas. Não que ele ficasse sentado dias a fio no esplendor do seu trono segregado. Ele dava audiências, à sua discreção, e mediante seu convite pessoal, mas até a sua esposa não tinha o direito de se aproximar dele.
(b) A resposta de Mardoqueu foi uma daquelas que entram para a história, vamos ver aqui em três versões diferentes:
Ester 4.13–14 (NAA)
13Então Mordecai pediu que respondessem a Ester: “Não pense que, por estar no palácio real, você será a única, entre todos os judeus, que conseguirá escapar.
14Porque, se você ficar calada agora, de outro lugar virá socorro e livramento para os judeus, mas você e a casa de seu pai perecerão. Mas quem sabe se não foi para uma conjuntura como esta que você foi elevada à condição de rainha?”
Ester 4.13–14 (BKJ 1611)
13Então, Mardoqueu ordenou que se respondesse a Ester: Não imagines que, estando na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus.
14Pois se de todo te calares agora, de outra parte se levantará socorro e livramento para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; quem sabe se não foste elevada a rainha para tal tempo como este?
Ester 4.13–14 (NTLH)
13Mordecai mandou o seguinte recado para ela: “Não pense que, por morar no palácio, só você, entre todos os judeus, escapará da morte.
14Se você ficar calada numa situação como esta, do Céu virão socorro e ajuda para os judeus, e eles serão salvos; porém você morrerá, e a família do seu pai desaparecerá. Mas quem sabe? Talvez você tenha sido feita rainha justamente para ajudar numa situação como esta!”
Gênesis 22.14 (NAA)
14E Abraão deu àquele lugar o nome de “O Senhor Proverá”. Daí dizer-se até o dia de hoje: “No monte do Senhor se proverá.”
1Samuel 12.22 (NAA)
22Pois o Senhor, por causa do seu grande nome, não abandonará o seu povo, porque o Senhor decidiu fazer de vocês o seu povo.
Tim Keller:
“Mardoqueu [Mordecai] está dizendo que, se Ester se arriscar a perder o palácio, talvez perca tudo, mas, se não se arriscar a perder o palácio, perderá tudo. É um argumento angustiante. [...] É natural firmar sua identidade na posição que ocupa no palácio; sentir-se seguro em ter algum controle sobre as variáveis de sua vida; encontrar significado na influência que exerce em determinados círculos. círculos. Mas se não estiver disposto a arriscar sua posição no palácio em benefício dos semelhantes, o palácio controla você”.
Garofalo Neto, Emilio. Ester na casa da Pérsia e a vida cristã no exílio secular (p. 73). Edição do Kindle.
(c) E o retorno de Ester foi também emblemático, e seguiu um roteiro: reunião dos judeus em Susã, jejum comunitário (destaque para a participação dela e de suas servas!) e ousadia em falar com o rei.
O fato relatado neste versículo foi, sem dúvida, a razão pela qual Ester foi elevada às honras régias, pela providência dominante de Deus: ela estava, portanto, obrigada a prestar esse serviço a Deus em gratidão, senão ela não teria respondido ao fim de sua elevação: e ela não precisa temer o aborto do empreendimento, pois se Deus a designou para isso, ele certamente a suportaria e daria sucesso. Pareceu pelo evento que Mordecai falou profeticamente, quando modestamente conjecturou que Ester veio ao reino para que ela pudesse ser o instrumento da libertação dos judeus. Mordecai acreditava firmemente que era uma causa que de uma maneira ou de outra certamente seria levada, e que, portanto, ela poderia se aventurar com segurança. Os instrumentos podem falhar, mas a aliança de Deus não. Há um desígnio sábio em todas as providências de Deus, que nos é desconhecido até que seja realizado; mas provará na questão que tudo se destina e se centra no bem daqueles que confiam nEle.
Blayney, B., Thomas Scott, e R.A. Torrey com Canne, John, Browne, The Treasury of Scripture knowledge (Londres: Samuel Bagster and Sons), I, 341
Esdras 8.21–23 (NAA)
21Então ali, junto ao rio Aava, proclamei um jejum, para nos humilharmos diante do nosso Deus, para lhe pedirmos uma boa viagem para nós, para os nossos filhos e para tudo o que era nosso.
22Porque tive vergonha de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porque já lhe havíamos dito: “A mão do nosso Deus está sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira são contra todos os que o abandonam.”
23Assim nós jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus, e ele nos atendeu.
"Deus é poderoso para fazer qualquer coisa, independente de nós. Porém, por alguma razão Ele nos convida a participar daquilo que Ele está construindo e realizando na história. Dessa maneira Ele age em nós e através de nós. Mas se por alguma razão deixarmos de caminhar na direção de realizar a vontade de Deus, ainda assim ela será feita, porque Ele é Senhor sobre tudo." (from "Livro de Ester (Série Reflexões)" by Rodrigo Leitão)
(d) “Se eu tiver de morrer, morrerei”.
Marcos 13.11–12 (NAA)
11— Quando, pois, levarem vocês para os entregar, não se preocupem com o que irão dizer, mas digam o que lhes for concedido naquela hora. Porque não são vocês que estão falando, mas o Espírito Santo.
12Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai entregará o filho. Haverá filhos que se levantarão contra os seus pais e os matarão.
Como Kevin DeYoung coloca: “Ester não esperou semanas ou meses num limbo decisório tentando discernir a vontade de Deus para sua vida antes de agir. Ela simplesmente fez o que era certo e avançou sem uma palavra especial de Deus. Se o rei estendesse seu cetro dourado, louvado seria o Senhor. Se ele não o fizesse, ela morreria. Ester foi mais corajosa do que a maioria dos homens que conheço, incluindo a mim mesmo. Muitos de nós – homens e mulheres – somos extremamente passivos e covardes. Não assumimos riscos em nome de Deus porque estamos obcecados com a segurança e o futuro. É por isso que a maioria das nossas orações se divide entre duas categorias: ou pedimos que tudo fique bem ou pedimos para saber que tudo ficará bem. Oramos por saúde, viagens, empregos – e devemos orar por essas coisas. Mas muitas das nossas orações se reduzem a: ‘Deus, não permita que qualquer coisa desagradável desagradável aconteça. Faça com que tudo fique bem para todos’”.
Garofalo Neto, Emilio. Ester na casa da Pérsia e a vida cristã no exílio secular (p. 76). Edição do Kindle.
Charles Swindoll:
Que resposta esplêndida! Ester não é mesmo uma grande mulher? Ela teve apenas alguns momentos para refletir no que Mordecai lhe dissera, uma breve fração de tempo para pesar o seu conselho. Era tudo de que precisava. Está determinada a mudar a situação, sem se importar com as consequências pessoais: “Se perecer, pereci. Se um guarda enterrar uma espada em meu corpo, morro fazendo o que é certo”.
Ela passou do medo à entrega e à fé, da hesitação à confiança e determinação, da preocupação com a sua própria segurança ao interesse pela sobrevivência de seu povo. Havia chegado a sua hora da decisão, e não teve de esperar.
3. Outras aplicações:
(a) A igreja de Jesus sempre esteve a uma geração do seu fim. Somos perseguidos por todos os lados. Ninguém nos defendeu ao longo da história, a não ser o nosso Deus.
Eugene Peterson:
Onde quer que haja um povo de Deus, há inimigos de Deus.
… a compreensão de que existe, de fato, um inimigo, força uma reavaliação de prioridades… No momento em que Hamã surgiu, Ester começou a transformar-se de rainha da beleza em santa judia, de um simbolo sexual mentalmente vazio em intercessora fervorosa, da vida indolente do harém para a aventura altamente arriscada de falar e identificar-se com o povo de Deus.
Mateus 5.10–12 (NAA)
10— Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
11— Bem-aventurados são vocês quando, por minha causa, os insultarem e os perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vocês.
12Alegrem-se e exultem, porque é grande a sua recompensa nos céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.
(b) Temos de ter a consciência de como devemos lutar nossa guerra, que é espiritual. Não adianta lutarmos contra homens e suas ideologias, quando nossos verdadeiros inimigos são demônios e seus ardis.
Efésios 6.12–13 (NAA)
12Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais.
13Por isso, peguem toda a armadura de Deus, para que vocês possam resistir no dia mau e, depois de terem vencido tudo, permanecer inabaláveis.
Ilustr.:
Charles Swindoll:
Recordo-me de outra pessoa que tomou uma posição. Seu nome era Martinho Lutero e a data, 18 de abril de 1521, na Dieta de Worms, onde ele disse: “Esta é a minha posição. Não tenho outra. Que Deus me ajude. Amém.”
Os prelados d igreja romana o desprezaram pela sua firme determinação e espirito independente. Eles o teriam matado se pudessem, mas tiveram de contentar-se em excomungá-lo. Não obstante, ali estava ele. Com a ajuda de Deus, Lutero levantou uma tocha que acendeu a chama da Reforma Protestante. Você teria feito isso? Teria esse tipo de coragem?
Quando Madre Tereza, a compassiva freira de Calcutá falou diante de uma audiência na sofisticada cidade de Washington, D C. , tratou de um assunto que muito a preocupava: a questão do aborto. Mesmo tendo o nosso presidente pró aborto sentado ao seu lado, ela anunciou corajosamente: “Enviem-me os seus bebês”.
Grande ideia: A igreja de Jesus milita a causa do Evangelho em contextos adversos e age em resposta à soberania intencional divina.