PIB Corrente - Confiança

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MANHÃ - Deus é o fundamento da nossa confiança

2Tm 1.7Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.”

INTRODUÇÃO

Paulo aqui está estimulando Timóteo a manter viva a chama da sua vocação em Deus!
Timóteo era um jovem pastor que recebeu a missão de liderar a igreja de Éfeso, e enfrentava diversas limitações:
Enfermidades frequentes (1Tm 5.23);
Timidez (1Co 16.10);
Era jovem (1Tm 4.12; 2Tm 2.22);
Seus opositores eram resistentes e coesos (1Tm 1.3-7, 19, 20; 4.6,7; 6.3-10; 2Tm 2.14-19, 23);
Os crentes eram perseguidos pelo Estado Romano.
A mensagem aqui é que Timoteo, ainda que em meio a tantas dificuldades, deveria apegar-se não as suas limitações, mas ao que ele havia recebido de Deus! O medo e a covardia diante das limitações não provinha de Deus. Pelo contrário, o mesmo Deus que chama concede PODER, AMOR e MODERAÇÃO! O poder capacita, o amor dá o fundamento, e a moderação equilibra as ações!
Esse texto aqui nos ensina que o que vai condicionar a nossa caminhada não são as circunstâncias, por mais adversas que sejam. O que vai condicionar a nossa caminhada é aquilo que recebemos de Deus: poder, amor e moderação!

DESENVOLVIMENTO

Há um exemplo interessante que gostaria de compartilhar com os irmãos, que se encontra no Salmo 46.1-5
“1. Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. 2. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; 3. ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam. 4. Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. 5. Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã.
O FUNDAMENTO DA CONFIANÇA
O Salmo se inicia destacando um entre os vários aspectos da Pessoa de Deus - PROTEÇÃO, trazendo ao conhecimento dos ouvintes o caráter protetor e provedor do Deus de Israel. Dentre tantos objetivos possíveis, acredito que o salmista deseja despertar ou fortalecer no coração do povo escolhido a certeza de que a esperança deles não é vã.
O Deus no qual eles confiam é refúgio e fortaleza. Refúgio, hb machaseh - lugar de proteção, lugar onde posso pisar é ter certeza que não vai ruir. Deus é o lugar seguro do Seu povo!
O Deus no qual eles confiam é socorro bem presente nas tribulações. Esse trecho também pode ser traduzido como “Em Deus encontramos um exemplo supremo de socorro nas tribulações”. A forma como o verbo “encontrar” é conjugada aqui, trás a ideia de que o socorro de Deus não é uma ação isolada, ou seja, Deus não vem esporadicamente, Deus está presente em todo tempo!
Esse versículo 1 é a base da confiança dos escolhidos de Deus! É a convicção que o povo de Deus tem. É a fé declarada, é o fundamento da esperança!
A SEGURANÇA QUE VEM DA CONFIANÇA
A partir de agora o salmista vai trazer a força dessa convicção na prática. Aquele que confia em Deus, convicto de que Ele é tudo o que o versículo 1 revela, vai superar toda e qualquer adversidade, seja qual for o grau de dificuldade.
O verso 2 começa dizendo “portanto”, ou seja, tomando como verdade o versículo 1, não temeremos! O Salmista está afirmando “se o Deus que eu creio e sirvo é isso tudo mesmo, e É! eu não preciso temer nada!”. Isso aqui não significa que seremos completamente insensíveis as tribulações ao ponto de não sentirmos nenhum tipo de medo ou receio, ao ponto de o mundo estar desabando e a gente não se abalar com nada, não é isso que o texto quer trazer. A ideia aqui é que o temor e o medo, ainda que venham por um momento a ocupar a nossa mente, não serão suficientemente fortes para fazer sucumbir a nossa fé, que por fim há de superar o medo e o temor!
O salmista vai usar nos versos 2 e 3 o exemplo de uma catástrofe natural como adversidade. Geralmente em catástrofes naturais são as situações onde o homem mais se sente impotente. Terremotos, enchentes, furacões, geralmente quando alguém passa por esse tipo de evento não se tem o que fazer, fica-se totalmente à mercê. E o salmista vai usar exatamente uma situação de catástrofe para mostrar a sólida esperança de quem confia no Deus refúgio e fortaleza. Ainda que o curso natural das coisas seja abalado, que haja um abalo sísmico nos montes que se encontram no seio dos mares, e que por conta disso as águas dos mares tumultuem e espumejem, e na sua fúria, chocando-se contra os montes, os montes se estremeçam. Em outras palavras, pode vir um tsunami!!!! pode acontecer tudo isso, tudo aquilo que parece ser inabalável pode vir a ser abalado, mas, HÁ UM RIO, CUJAS CORRENTES ALEGRAM A CIDADE DE DEUS!!! Perceba o contraste que há aqui. Os montes e a própria estrutura da terra que podem parecer firmes e inabaláveis, podem até negar a sua força, mas o rio da presença de Deus dentro da cidade não pode ser abalado e não vai deixar que a cidade seja abalada.
Aqui é uma linguagem que figura para os judeus o rio que flui do templo (Ez. 47), e gera vida por onde passa. Este rio representa a presença do próprio Deus. Além disso, uma das formas de fazer uma cidade sucumbir antigamente era sitiando a cidade, o que comprometia o suprimento de água da cidade, fazendo-a perecer por falta de água. A Cidade de Deus não precisava se preocupar com isso, pois o rio que flui por ela afastava esse mal.
ILUSTRAÇÃO - Confiança em Deus
Meu pai é o piloto
O menino estava sozinho na sala de espera do aeroporto, aguardando seu vôo.
Quando o embarque começou, ele foi colocado na frente da fila para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos.
O menino foi simpático quando puxaram conversa com ele, e em seguida começou a passar o tempo colorindo um livro.
Não demonstrava ansiedade ou preocupação com o voo enquanto as preparações para a decolagem estavam sendo feitas.
Durante o voo a aeronave entrou numa tempestade muito forte, o que fez com que balançasse como uma pena ao vento.
A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram alguns dos passageiros, mas o menino parecia encarar tudo com a maior naturalidade.
Uma das passageiras sentada do outro lado do corredor, ficou preocupada com ele e perguntou:
- Você não está com medo?
Não, senhora, respondeu ele, levantando os olhos rapidamente de seu livro de colorir e piscando um dos olhos, meu pai é o piloto!

NOITE - 4 degraus para uma confiança inabalável

2Tm 1.7Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.”
Vimos pela manhã que nesse versículo Paulo está estimulando Timóteo a manter viva a chama da sua vocação em Deus! Timóteo como um jovem pastor que recebeu a missão de liderar a igreja de Éfeso, enfrentava diversas limitações: enfermidades, timidez, era jovem, oposição ferrenha de alguns “crentes” e perseguição pelo Estado Romano. Paulo então incentiva Timoteo, mesmo em meio a tantas dificuldades, a apegar-se ao que ele havia recebido de Deus e não as suas limitações! O medo e a covardia diante das limitações não provém de Deus. Pelo contrário, o mesmo Deus que chama concede PODER, AMOR e MODERAÇÃO! O poder capacita, o amor dá o fundamento, e a moderação equilibra as ações! Ou seja, o que vai condicionar a nossa caminhada não são as circunstâncias, por mais adversas que sejam. O que vai condicionar a nossa caminhada é aquilo que recebemos de Deus: poder, amor e moderação! E por fim utilizamos um exemplo no Sl 46.1-5 de como a como a confiança em Deus nos leva a superar as situações mais desafiadoras que possamos enfrentar.
Hoje à noite vamos meditar sobre 4 degraus para manter a confiança, com base no Salmo 60.
Sl 60:1-12: "1. Ó Deus, tu nos rejeitaste e nos dispersaste; tens estado indignado; oh! Restabelece-nos! 2. Abalaste a terra, fendeste-a; repara-lhe as brechas, pois ela ameaça ruir. 3. Fizeste o teu povo experimentar reveses e nos deste a beber vinho que atordoa. 4. Deste um estandarte aos que te temem, para fugirem de diante do arco. 5. Para que os teus amados sejam livres, salva com a tua destra e responde-nos. 6. Falou Deus na sua santidade: Exultarei; dividirei Siquém e medirei o vale de Sucote. 7. Meu é Gileade, meu é Manassés; Efraim é a defesa de minha cabeça; Judá é o meu cetro. 8. Moabe, porém, é a minha bacia de lavar; sobre Edom atirarei a minha sandália; sobre a Filístia jubilarei. 9. Quem me conduzirá à cidade fortificada? Quem me guiará até Edom? 10. Não nos rejeitaste, ó Deus? Tu não sais, ó Deus, com os nossos exércitos! 11. Presta-nos auxílio na angústia, pois vão é o socorro do homem. 12. Em Deus faremos proezas, porque ele mesmo calca aos pés os nossos adversários."
Quando o hino contido nesse Salmo foi escrito, o povo de Deus acabara de amargar uma derrota diante dos idumeus (povo de Edom).

O hino é uma lamentação, que inicia com um cântico fúnebre:

Deus é o agente principal (vs 1);
Rejeição, dispersão, Deus indignado (vs 1);
Terra abalada e ferida (vs 2);
Reveses, atordoamento (vs 3);
Bandeira de fuga (vs 4);
Depois segue com um clamor, um pedido de socorro:
Salva-nos com a tua destra (vs 5)

Em seguida vem uma promessa de vitória:

Reestabelecimento de terras (vs 6-8);
Vingança aos inimigos (vs 8)

Por fim, uma declaração de fé e dependência em Deus:

Quem pode nos restituir? (vs 9)
Se Deus não estiver conosco não venceremos (vs 10)
Somente Deus é socorro eficaz (vs 11);
Se Deus estiver conosco viveremos o sobrenatural, é Ele que concede vitória (vs 12).

Algumas lições:

A vida com Deus não é isenta de fracassos - nem tudo vai dar certo sempre, nem tudo vai sair como planejamos, nem todos os sonhos serão realizados, nem sempre teremos um sim da parte de Deus!
Muitas vezes Deus nos coloca em situações indesejadas - o amor e a bondade de Deus não significam que de Deus só recebemos aquilo que nos parece bom. Pelo contrário, Deus muitas vezes vai trazer sobre nós a privação para cumprir seus propósitos soberanos, e não necessariamente vai trazer a explicação. Precisamos amadurecer na fé o suficiente para crer mesmo sendo contrariados e mesmo sem entendermos.
Nós precisamos clamar a Deus - quanto mais clamamos a Deus mais nos tornamos conscientes da nossa dependência Dele. Sempre que clamamos os nossos ouvidos espirituais se abrem e nós conseguimos ouvir uma palavra de ânimo e esperança (clamor no vs 5, respostas no vs 6) (Jr 33.3).
Deus alimenta a nossa fé com promessas de bençãos - o fim que Deus tem para nós é de paz e não de mal (Jr 29.11). Tudo que está acontecendo (de bom ou de ruim) está colaborando juntamente para o nosso bem (Rm 8.28). Estamos sendo aperfeiçoados (Fp 1.6). Deus está cuidando de nós (1Pe 5.7).
Alimentados pelas promessas de Deus somos fortalecidos na fé - o curso natural para que busca ao SENHOR e crê na sua Palavra é uma confiança sobrenatural no amor de Deus tomando o lugar de toda falsa confiança (Jr 17.5-8). Confiamos em Deus ainda que não pareça fazer sentido (Jó 13.15). Vivemos sempre na esperança de realizar coisas sobrenaturais!
ILUSTRAÇÃO - Rito de passagem Cherokee
O pai conduz o filho pela floresta sombria no final da tarde, sobe a montanha com ele, venda-lhe os olhos e o deixa sozinho.
O menino se assenta e passa a noite sozinho, na mais absoluta escuridão.
Se quiser ser aprovado, ele não pode remover a venda até o dia amanhecer. Também não pode chorar nem gritar por socorro.
Se ele aguentar a noite toda, será considerado um homem. E, como os outros que vieram antes dele, não poderá contar a sua experiência aos próximos candidatos, porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. Ele, naturalmente, está amedrontado.
O seu medo o faz ouvir toda espécie de barulho. Animais selvagens podem estar por perto. Talvez índios de uma tribo adversária o encontrem e o matem. Os insetos vão atormentá-lo. As cobras lhe causam terror. Ele terá frio, fome e sede. O vento sopra e até o solo parece se mexer. Tudo lhe parece ameaçador, mas ele não remove a venda .
Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem. É o rito de passagem cherokee da infância à fase adulta.
Finalmente, após esta noite horrível, o sol aparece e o menino pode remover a venda. E vê, então, seu pai sentado ali por perto, cuidando dele a noite toda.
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