Não a nós Senhor

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Através da história, os Salmos têm servido de inspiração tanto para a comunidade judaica como para a comunidade cristã. Nos salmos somos inspirados a conhecer mais do caráter de Deus, adorar a Ele e renovar as nossas esperanças em momentos nos momentos mais difíceis da nossa vida.
Os Salmos, inspirados pelo Espírito Santo, trazem consigo o coração do salmista a sua dor, os seus medos, as suas alegrias, talvez por isso, nos identificamos com muitos deles.
O salmo que lemos, parece ter sido escrito depois da saída do povo do cativeiro. Revela um coração aliviado por ter experimentado um grande livramento. Além disso, o tom de zombaria aos deuses estranhos e aos seus adoradores, sugere, de fato que a vergonha foi desfeita.
Neste sentido, o salmista conclama ao povo para adorar ao Senhor. Nesta adoração há um clamor: que a tua glória seja vista, Senhor.
É como se o povo estivesse dizendo: Mostra a tua glória Senhor e não nos deixe pensar que somos nós.
Há uma tendência no coração do homem afetado pelo pecado de atribuir para si os bons resultados, o sucesso as cconquistas da caminhada. O coração do homem é uma fábrica de idolos, um deles é ele mesmo.
João Batista entendeu isso, entendeu a sua missão, entendeu o seu papel:
João 3:30 “Convém que ele cresça e que eu diminua.”
João, porém, afirmou isso de forma integral, e reconheceu nisso uma necessidade sagrada. Por isso ele disse a seus discípulos que “precisa” ser assim. Com isso ele conferiu à igreja de Jesus e a todos os seus servos e servas uma regra inesquecível. Qualquer atuação na igreja unicamente poderá servir para que Jesus “cresça” e se torne grande. Em contrapartida, toda “grandeza” humana precisa “diminuir” e ser anulada.
Servos e servas de Jesus têm o privilégio de, como João, consentir, concordar, com plena alegria, também quando esse “diminuir” às vezes acontece de modo muito concreto e doloroso.
Razões pelas quais ele é digno de glória:
Misericórdia - Ele não nos dá o que merecemos.
Merecíamos a morte e ele nos deu vida.
Mereciamos o inferno e ele nos deu o céu.
Mereciamos o abandono e ele nos adotou em sua família !
Fidelidade - confiável, certo, estado de que não muda. Podemos confiar no Senhor. Ele nunca falhou, ele nunca mentiu. Seu poder não se perdeu
Infinitude de Deus - não há limites para o Senhor em todas as suas perfeições. Salmo 145:3 “Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é insondável.”
Is 40:12-17 “Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos? Quem recolheu na terça parte de um efa o pó da terra e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de precisão? Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de entendimento? Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta. Nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um holocausto. Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo. Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele?
Soberania de Deus - Afirmar que Deus é soberano é afirmar que Deus reina universalmente e invencivelmente.
Conclusão
O salmista nos conclama a adorar a Deus e exalta as suas virtudes incomparáveis. A teologia chama cada um desses atributos de incomunicáveis, só Deus os possui. Ele é Deus !
Mas com toda majestade, todo poder, sendo um Deus tão grande, ele se relaciona conosco, o Samista usa a expressão “nosso Deus”. Ele é um Deus que se relaciona, que nos ama. Ele veio até nós na pessoa de Jesus, tocou em nós, sarou as nossas feridas. Ele se humilhou, assumiu a forma de servo, foi morto em nosso lugar.
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