Salmo 119.20
Salmo 119 • Sermon • Submitted
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Transcript
Em nosso último estudo voltamos a nossa atenção para o versículo 19, dando uma ênfase a fato de que não pertencemos a este mundo, mas que somos peregrinos nesta terra.
O versículo 19 diz:
Sou peregrino na terra;
não escondas de mim os teus mandamentos.
Hoje nos focaremos em apenas mais um versículo, o versícuo 20.
Nele lemos:
Consumida está a minha alma
por desejar, incessantemente, os teus juízos.
O que aprendemos nestes dois versículos é que o salmista tinha fome da Palavra de Deus, da lei de Deus.
Telos: O nosso desafio hoje é que tenhamos essa mesma disposição, essa mesma fome que o salmista tinha pela Palavra de Deus.
Nos dois versículos anteriores o salmista clama a Deus, pedindo, em primeiro lugar que Ele desvende os seus olhos para que ele possa contemplar a lei de Deus (vs 18) e, em seguida que Deus não esconda dele os seus mandamentos (vs 19).
Agora no versículo 20 ele revela o porquê dos pedidos anteriores.
Ele está angustiado por desejar os juízos de Deus.
Há duas palavras marcantes neste versículo.
Em primeiro lugar ele fala que a sua alma está consumida.
A versão NVI traz:
A minha alma consome-se de perene desejo...
Este é um desejo ardente por algo. Um desejo que só pode ser saciado por seu objeto.
É algo que o guia, que o controla todo o corpo.
Quando olhamos versiculos paralelos temos uma ideia melhor do seu significado, por exemplo:
Eis que tenho suspirado pelos teus preceitos;
vivifica-me por tua justiça.
Abro a boca e aspiro,
porque anelo os teus mandamentos.
Suspiro, Senhor, por tua salvação;
a tua lei é todo o meu prazer.
No Salmo 42.1-2 é onde a ideia fica mais clara.
Como suspira a corça
pelas correntes das águas,
assim, por ti, ó Deus,
suspira a minha alma.
A minha alma tem sede de Deus,
do Deus vivo;
quando irei e me verei
perante a face de Deus?
Há uma hino muito conhecido nos Estados Unidos com as seguintes palavras.
As the dear pants for water
A letra diz assim:
Como o cervo suspira pela água
Tal qual a minha alma anseia por Ti
Apenas Tu és o desejo do meu coração
E eu desejo adorar a Ti
Apenas Tu és a minha força, o meu escudo
Somente a Ti meu espírito pode ceder
Apenas Tu és o desejo do meu coração
E eu desejo adorar a Ti
Que assim como o salmista e como o autor deste hino, este também seja o nosso desejo.
Em segundo lugar o salmista usa uma outra palavra; incessantemente.
O desejo dele pelos estatutos de Deus é incessante.
Não é algo que vem e que passa em poucos momentos, mas algo duradouro.
O Teólogo Matthew Henry descreve esse desejo como:
o temperamento habitual de toda alma santificada; ter fome da palavra de Deus como seu alimento necessário, sem o qual não há como viver. [1]
O pastor Mauro Meister nos alerta dizendo:
Se essa dedicação for temporária, seu zelo logo se desvanecerá. Portanto, é necessário firmeza, para que por meio do cansaço não desfaleçamos em nossa mente. [2]
O desejo do salmista era algo ardente e que controlava todo o seu ser.
Seu desejo era algo incessante, contínuo.
Conclusão
Quais coisas você poderia dizer que tem essas mesmas qualidades na sua vida?
Que coisas ocupam o seu dia a dia ao ponto de você dizer que são incessantes e que controlam o seu desejo?
Aquilo que veio a sua mente é a resposta.
7 A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.
Por isso, que:
14 As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!
[1] - Henry, M. (1994). Matthew Henry’s commentary on the whole Bible: complete and unabridged in one volume (p. 915). Hendrickson.
[2] - Meister, M. F. (2009–2012). Prefácio à Edição em Português. In F. Ferreira, T. J. Santos Filho, & F. W. Ferreira (Orgs.), & V. G. Martins (Trad.), Salmos (Primeira Edição, Vol. 4, p. 186). Editora Fiel.