O primeiro e maior mandamento

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Introdução

Vivemos em um mundo e época de muitos deuses, criados pelo amor e devoção insensatas do homem. São fictícios, mas são muito atrativos e possuem grande poder escravizador. Eles invadem nossas vidas, nossas famílias e casas, ditam nossas decisões, projetos e comportamentos, mesmo enquanto professamos com nossas bocas amarmos a Deus, mesmo enquanto cultuamos a Ele e mesmo quando declaramos que somos cristãos genuínos.
Muitos deles são sorrateiros, porque eles se encontram naquilo que é moralmente aceitável aos olhos de Deus. Eles estão nas redes sociais (Instagram, Whatsapp etc.), nos filmes e séries, no trabalho, no futebol, nos jogos eletrônicos, na política e em muitas outras áreas inofensivas de nossas vidas cotidianas. Mas o que torna essas coisas em deuses diante do homem? Não é necessário muito esforço, basta um simples toque sutil do coração pecador e eganoso do homem.
E o que eles oferecem? Uma esperança inútil e fugaz como um sopro: de uma carreira de sucesso para nós ou nossas crianças; do prazer de um aparente descanso após um dia cansativo de trabalho ou estudo; da diversão para os olhos e mente que um filme, jogo ou série podem proporcionar; do prazer e reconhecimento de pertencer a um determinado grupo que muito almejamos.
Assim, Satanás, em suas ardilosas armadilhas e tentações, tem apresentado esses falsos deuses a muitos cristãos, levando-os a desobedecer não a qualquer mandamento, mas ao primeiro, principal, o maior deles. Ele tenta a Igreja de Cristo a desobedecer esse mandamento de Deus da mesma forma que tentou o povo de Israel no ddeserto, valendo-se de seu coração duro e obstinado.

Contexto geral

O livro de Deuteronômio é uma série de discursos de Moisés ao povo de Israel. O livro de Êxodo e Levítico nos mostra como Deus usou de grande graça e poder ao libertar o seu povo escolhido da escravidão no Egito e fez uma Aliança com eles no Sinai, entregando-lhes seus estatutos e mandamentos, bem como a promessa da Terra Prometida.
Após um período de cerca de 2 anos no Sinai, o povo parte em direção em direção a Canaã e o livro de Números nos relata como a primeira geração do povo de Israel que saiu do Egito falhou na fidelidade à Aliança feita por Deus, desobedecendo os estatutos e mandamentos entregues por Ele.
Depois da peregrinação no deserto, bem mais duradoura do que o previsto devido ao pecado do povo, e já prestes a entrarem na Terra Prometida, Moisés inicia, no livro de Deuteronômio, uma série de discursos direcionado à nova geração de Israelitas, onde relembra a trajetória de seus antepassados até então, de como receberam graça e responderam com infidelidade e desobediência, e entrega-lhes novamente os mandamentos e estatutos de Deus, os convocando à obediência e fidelidade. É nesse contexto geral que nosso texto se encontra, fazendo parte do segundo discurso dentre os quatro ministrados por Moisés em Deuteronômio.

Contexto imediato

Nesse chamado à obediência e fidelidade, Moisés inicia o capítulo Dt 5 relembrando que a aliança que Deus tinha feito no passado e todas as suas cláusulas não aplicavam-se somente à geração que havia visto e ouvido a manifestação da Glória de Deus, mas também a todos aqueles que estavam o ouvindo naquele momento, relembrando assim todos os mandamentos aos quais aquela nova geração de israelitas também estava sujeita.
Moisés então relembra como foi gloriosa a manifestação divina durante a entrega da Lei (Dt 5.22) e como seus antepassados haviam apresentado grande temor ao ouvirem a voz de Deus durante a manifestação no Sinai, rogando pela mediação de Moisés e garantindo consecutiva obediência (Dt 5.25-26).
Entretanto, Deus declara em Dt 5.28-29 que ouviu as palavras do povo e que falaram bem, porém o temor que manifestaram não vinha de sua devoção, mas do medo em meio aos acontecimentos miraculosos e amedrontadores da presença de Deus no Sinai. Isso se reflete em outros momentos, quando o povo recebe ordens de Deus através da mediação de Moisés, mas o povo se rebela seguindo a sua própria vontade. Deus conhecia o coração do povo, sabia o quão edurecido ele era, sabia que ainda existia muitas coisas que ocupavam o lugar que Deus deveria ocupar em seus corações.
Não só isso, mas eles estavam prestes a adentrar uma terra habitada por povos que adoravam os mais diversos tipos de deuses, os quais reprersentavam e ofereciam coisas consonantes com aquilo que preenchia o coração do povo. É nesse contexto que Moisés declara o tão conhecido texto do Shemá de Israel, com o objetivo de exortar aquela nova geração de israelitas para o perigo que habitava em seus corações e instruí-los através de mandamentos em como deveriam se portar e defender desse perigo.

Divisão do texto

Deuteronômio 6.4 - A verdade fundamental
Deuteronômio 6.5-6 - O mandamento fundamental
Deuteronômio 6.7-9 - Vivendo a verdade pela prática do mandamento

A verdade fundamental (Dt 6.4)

Deuteronômio 6.4 (NVI)
Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor.
Moisés inicia com a ordem que nomeia o texto no judaismo: “Shemá”. Esse termo implica em muito mais do que escutar as palavras proferidas, mas implica em prestar atenção e considerar tudo que é dito, respondendo em concordância prática. Moisés está chamando o povo a prestar atenção, considerar e deveriam responder através de uma vida em consonância com a verdade fundamental que ele irá declarar em seu discurso.
A verdade fundamental que Moisés apresenta é formada por dois princípios complementares:
O primeiro relaciona-se ao fato de que Deus é identificado como “nosso Deus”:
Moisés não está declarando que Deus é é um deus tribal, à semelhança dos deuses de outras nações que eram suas divindades específicas; nem que Deus de alguma forma era sua propriedade e que poderia ser manipulado. Essa expressão ecoa aquilo que Deus declarara na aliança realizada no Monte Sinai:
Êxodo 19.5–6 (NVI)
Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a terra seja minha, vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. Essas são as palavras que você dirá aos israelitas”.
Deus é soberano sobre toda a Criação e é Deus sobre toda ela. Entretanto, aprouve em sua maravilhosa graça escolher um povo para relacionar-se. O termo “nosso Deus” representa exatamente isso, o fato de Deus ter escolhido e separado um povo para ser Seu e para ser representado por ele na Terra.
Paulo expande esse termo aos gentios que compõem a Igreja de Cristo em sua carta aos Colossenses, ao dizer que como povo escolhido e separado por Deus a igreja deve se revestir daquilo que concorda com o caráter do novo homem, em conformidade com Cristo.
Colossenses 3.12 (NVI)
Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência.
O segundo relaciona-se ao fato de que Deus é “Único”:
Ao declarar que o Deus de Israel é o “Único Deus”, Moisés não está apenas declarando que só há um Deus, mas, além disso, está declarando que o Senhor Yahweh não divide a sua Glória com outros, de modo que, como Deus de Israel, ele ocupa a posição de Único.
É exatamente o que Deus declara nos dois primeiros mandamentos:
Deuteronômio 5.7–9 (NVI)
“ ‘Não terás outros deuses além de mim.
“ ‘Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor, o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelo pecado de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam,
A verdade fundamental apresentada por Moisés é, então, exatamente essa: Deus escolheu para si um povo e requer fidelidade total dele, ao serem fiéis representantes do seu caráter na Terra, não do caráter de outos deuses.

O mandamento fundamental (Dt 6.5-6)

Deuteronômio 6.5–6 (NVI)
Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças.
Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração.
Agora, Moisés dá a instrução de o que precisariam para viverem em concordância a a verdade fundamental apresentada, ou seja, para viverem o fato de que o Deus de Israel é Único: eles deveriam amar a Deus.
A palavra utiliada para “amar” não reflete um sentimento razo, como uma emoção apenas. Muito mais que isso, reflete uma condição de total entrega e fidelidade àquele que é amado. Para isso, deveriam entregar totalmente a esse amor os três pilares que definem o ser:
O coração (“levav”): A mente, o local dos pensamentos e da consciência do que é certo e errado;
A alma (“nefes”): A garganta, que representava o eu interior, a fonte dos sentimentos, desejos e vontades;
As forças (“meod”): A propriedade de ser física e mentalmente forte, ou seja, o esforço e dedicação, física e mental.
O povo escolhido de Deus deve amar a Ele através de uma entrega completa de si, isso mostrará que vivem em concordância com a verdade de Ele ser Único. Isso rquer uma entrega de mente, desejos e dedicação, qualquer falta em algum dos aspectos dessa entrega, demonstrará a discordância com essa verdade. O amor a Deus é demonstrado quando dedicamos todos os nossos pensamentos, desejos e esforços a Deus. Ele não abre mão de parte de qualquer um desses aspectos.
Cristo reafirma esse mandamento e trata-o como o maior dentre os mandamentos, denotanto a sua relevância como a base para todos os demais mandamentos:
Mateus 22.34–38 (NVI)
Ao ouvirem dizer que Jesus havia deixado os saduceus sem resposta, os fariseus se reuniram. Um deles, perito na lei, o pôs à prova com esta pergunta: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”
Respondeu Jesus: “ ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento.
Observação: o termo entendimento tem o sentido de disposição, preparar-se para pensar cada vez mais.
É impossível ter a Deus como Único em nossas vidas se não amarmos por completo. Se alguma parcela do nosso ser for incoerente com o caráter de Deus, isso atacará o fato de que, como Único, Ele não divide a sua glória e logo estaremos entregando glória a outro deus.
Moisés então deixa claro algo interessante e de suma importância para a compreensão desse mandamento: tudo se inicia no coração. Ele deixa claro que esse mandamento deveria ser guardado em seus corações, ou seja, em suas mentes. O ponto de partida para a obediência a esse mandamento é guardá-lo constantemente no coração, na mente, nos pensamentos. Aquilo que em que continuamente pensamos certamente será aquilo que mais desejaremos e aquilo pelo que mais nos esforçaremos para obter, de modo que se nossos pensamentos estiverem desalinhados com Deus, certamente nossos desejos também estarão e no esforço para atender aos nossos desejos pecaminosos estaremos colocando outro deus no lugar dAquele que é Único.
É exatamente por isso que todo falso deus, apesar de irreal e fictício na realidade, só habita em um lugar: no coração do homem. É por isso que Calvino declara que “o coração humano é uma fábrica de ídolos”. Cientes disso, precisamos cuidar de nossos corações, guardando sempre em nossas mentes que nosso Deus é Único e que requer o amor de todo o nosso ser.

Vivendo a verdade pela prática do mandamento (Dt 6.7-9)

Deuteronômio 6.7–9 (NVI)
Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.
Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa.
Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões.
A partir daqui, Moisés inicia uma série de ordenanças práticas para demonstrar como deveriam colocar em prática o mandamento de amar a Deus de todo o ser (coração, alma e forças). A primeira ordenança prática é de certo modo surpreendente e impactante.
Moisés inicia com uma ordenança aplicada aos filhos, às crianças de Israel. Isso, por si só, é algo que deve trazer ao povo de Deus o senso do peso da grande responsabilidade que Deus ordena que tenhamos para com nossos filhos, nossas crianças. Dentre as demais ordenanças que Deus poderia dar ao seu povo como forma de demonstrar seu amor total para com Ele, a que ele inicia é aplicada aos filhos.
Ele diz, primeiramente, que seu povo deve exercer seu amor integral para com Deus ensinando Sua palavra com persistência aos seus filhos. O sentido que o verbo original para “ensinar com persistência” tem é o de tratar do assunto a ser ensinado com repetições frequentes. O que isso quer dizer? Primeiro, que, depois de guardarmos a palavra de Deus em nossos corações, Deus ordena que devemos ensinar nossos filhos em seus caminhos, em seus mandamentos e estatutos; segundo que devemos fazer isso através da dedicação do tempo necessário para que através, não de uma, nem duas, mas de constantes e frequentes repetições dos ensinamentos de Deus. É verdade que o testemunho e o exemplo originados de um coração que guarda os mandamentos de Deus têm a real capacidade de ensinar, mas a ordenança aqui entregue traz o sentido primordial do ensino verbal. Precisamos pregar para nossos filhos, isso requer tempo, esforço e, muitas vezes, sacrifícios pessoais.
É interessante salientar, também, que o termo usado para filhos, aqui, também pode denotar crianças. Isso leva o mandamento a um outro patamar: todo o shemá é direcionado ao povo de Israel como unidade, de modo que aqui vemos também a responsabilidade coletiva do povo de Deus no ensino de suas crianças; trata-se de uma responsabilidade primordial dos pais para com seus filhos na unidade básica da família, mas também uma responsabilidade coletiva de todo o povo de Deus ensinar suas crianças os caminhos do Senhor.
Depois da primeira ordenança quanto aos filhos, Moisés segue para uma ordenança sobremodo explicativa: ele declara que deveriam “conversar” a respeito da Palavra de Deus em diversos momentos:
“Sentado em casa”: o termo “yashav” (sentado) designa sentar propriamente dito, mas, também, habitar;
“Andando pelo caminho”: o termo “halak” (andando) designa viajar para um local não familiar;
“Se deitar”: o termo “shakav” (deitar) designa literalmente descansar;
“Se levantar”: o termo “qwm” (levantar) designa literalmente acordar.
Aqui Moisés deixa bem claro que a ordenança do maior dentre os mandamentos não é para viverem algum tipo de ascetismo, ao dedicarem todo o ser ao Senhor. Muito pelo contrário, Deus deixa bem claro que sim, devem viver todos os caminhos ordinários e rotineiros de suas vidas: suas vidas diárias do lar, seus assuntos externos ao lar, o dormir e o levantar, ou seja, todas as áreas da vida do ser humano. Porém, a ordenança aqui é para que todas as áreas de nossas vidas diárias, deste o acordar até o dormir, devem ser embebidas pelo “conversar” da Palavra de Deus.
Entretanto, precisamos ter em mente que Deus não nos chama para sermos incovenientes em nossas responsabilidades diárias, prejudicando-as de algum modo. Dois termos nos ajudam a entender o princípio aqui envolvido: o primeiro é a propria ordenança “converse” e o segundo é o termo “quando”, associado a cada ocasião listada por Moisés. O primeiro, “converse” denota claramente o falar audível, o conversar, o que mostra que, em nossas vidas diárias, devemos ter a sabedoria para identificarmos os momentos oportunos para a pregação da palavra, mas o termo também denota o pensar verbal e individual, o mesmo que dito por Salomão em Eclesiastes 2.15 quando diz que “disse a mim mesmo que também isso era vaidade”. O segundo, “quando”, mostra que o mandamento deve ser obedecido no ato de executar as demais atividades, durante, enquanto, bem como na própria atividade. Precisamos ser oportunos na conversa acerca da Palavra de Deus, mas toda a nossa rotina diária precisa ser embebida de pensamentos que ecoem a Sua Palavra. O interessante é que, avaliando o contexto coletivo do povo de Deus, esse mandamento tem exatamente o objetivo de estímulo, admoestação e edificaçao mútua da Palavra de Deus, de modo que suas vidas inviduais e seus relacionamentos estariam tão envolvidos pela Palavra de Deus que isso os levaria a guardá-la em seus corações e isso protegeria suas almas e forças de não se dedicarem ao amor ao Senhor.
Nosso texto finaliza com três ordenanças práticas. Moisés declara que o povo deveria:
Amarrar a palavra de Deus como um sinal no braço;
Prendê-las na testa;
Escrevê-las nos batentes da porta e nos portões
É difícil dizer se aqui Moisés está entregando uma ordenança literal ou metafórica, fato é que a bíblia nos deixa claro que, no período de Jesus, os judeus as interpretavam como ordenanças literais e até mesmo se aproveitavam delas para se projetarem em superioridade diante dos outros. De qualquer modo, cabe a nós extrairmos os princípios envolvidos nessas ordenanças: é como se Moisés estivesse declarando que o povo escolhido de Deus deveria ser visivelmente distinto dos demais pela forma como deveriam refletir a palavra de Deus e a obediência a ela.
Todas as ações do povo de Deus devem refletir a Palavra de Deus e nossa obediência a ela como um sinal em nossos braços;
Todos os pensamentos do povo de Deus devem refletir e serem direcionados pela Palavra de Deus como um sinal preso na testa;
O lar e a comunidade do povo de Deus deve refletir a Palavra de Deus e a obediência a ela como se as estradas de suas casas e os seus portões estivessem gravados com ela.

Conclusão e aplicações

Irmãos, hoje Deus está chamando sua Igreja a ouvir atentamente as palavra que foram proclamadas e a responder em obediência. Um dia Moisés se colocou diante da geração que tomaria a Terra Prometida por Deus e declarou que as palavras que traria não foram direcionadas apenas a geração que sucumbiu no deserto, mas também a eles. Hoje digo a cada uma que se encontra aqui presente que as palavra ditas aqui não se aplicam apenas à geração que sucumbiu no deserto, nem apenas à geração que tomou a Terra Prometida, mas se aplica também a nós, à todos aqueles que compõem a Igreja de Cristo. Somos o povo escolhido de Deus, santo e amado por Ele.
O Senhor nosso Deus é Único, Ele não divide Sua glória com outros deuses. Não divide Sua glória com seu trabalho, com as redes sociais que você costuma utilizar, com seus projetos pessoais, com seus familiares, com aquilo que você usa como diversão. E justamente por ser único Ele requer que você o ame de todo o seu ser; Ele não quer que apenas parte de seus pensamentos, desejos e dedicação estejam em concordância com a vontade dEle e parte com a sua, Ele quer todos estejam consonantes com a vontade dEle. Ele não quer que dediquemos o resto do nosso dia, aquele momento que sobra depois de termos nos dedicado a todos os outros deuses que nossos corações criou, a buscar a Ele, pelo contrário, Ele quer que dediquemos todo nosso dia, toda a nossa vida a refletir visivelmente o Seu Caráter e Sua vontade.
O Senhor requer que nos lembremos de nossas crianças no ensino de Sua Palavra, para que possam crescer no caminho amá-lo de todo o ser e tê-lo como Único Deus. Por isso, agora me direciono, primeiramente aos pais: quantas vezes vocês têm deixado de lado a dedicação no ensino da Palavra aos seus filhos por causa de projetos pessoais seus (trabalho, estudos etc), ou mesmo por causa daquilo que você projeta neles e inculca em suas cabeças (aceitação em um colégio específico, um faculdade, um concurso, uma profissão)? Ou talvez pior, quantas vezes vocês têm apenas se omitido, usando o tempo em que deveria instrui-los na Palavra da verdade em quaisquer outras atividades inúteis ou fugazes? Pais vocês precisam ser exemplo de amor ao Senhor para o seus filhos, mas você precisam de tempo de qualidade com eles para instruí-los nos caminhos do Senhor, isso por si só já será um grande exemplo de amor ao Senhor. Agora me direciono a toda a Igreja: quantas vezes temos deixado de lado nossas crianças e adolescentes no ensino da Palavra? Quantas vezes temos deixado de exorta-los, admoesta-los, aconselha-los, dedicar tempo a eles. Não só isso, mas será que nossas crianças têm olhado para os homens e mulheres de nossa igreja e visto exemplos de cristãos que amam a Deus em obediência e exultam em alegria por isso?
Meus irmãos, fato é que não somos tão diferentes do povo de Israel. Entretando, nós temos um mediador muito superior a Moisés, Jesus Cristo nosso Senhor,. Pela Sua obra, podemos nos arrepender de nossa idolatria, dos nossos pecados e nos achegar confiadamente a Deus em total conversão de caminho. Não só isso, mas temos o Seu Espírito presente em nós, sempre conosco na luta contra o pecado. Por isso, se você tem vivido a idolatria de não ter ao Senhor como Único Deus, ore a Ele em arrependimento através da obra de Cristo, converta seus caminhos e clame para que o Espírito Santo guarde seu coração protegido com a Palavra da Verdade.
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