Vivendo das glórias do passado: Igreja em Sardes (Ap 3.1-6)

Ao vencedor: Promessas de Jesus para a sua igreja  •  Sermon  •  Submitted
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Introdução ao tema

Vivendo das glórias do passado. Esse é o tema desta mensagem, olhando para a história da igreja em Sardes. Quando percebemos a complexidade dos nossos dias, entendemos a relevância que esta carta endereçada a uma igreja passando por crises bem complexas tem para nos ensinar. A igreja atualmente corre o risco de cair em dois perigosos extremos, quando o assunto é a sua história.
a) Supervalorizar o passado
Aquele sentimento saudosista, de que apenas o que está no passado é o melhor. “Os dias são maus” e devido a isso, as glórias do passado são profundamente mais incríveis e grandes do que atualmente. O presente é uma tentativa de vivenciar os gloriosos dias que passaram. O saudosismo não é uma valorização do passado, mas uma fidelidade a princípios, ideais, usos e costumes que já não aceitos. Então quer dizer que Deus não está mais presente atualmente, atuando diretamente?
b) Subestimar o passado
Aquele sentimento revolucionário, de que o passado é meramente história para expor em livros e no museu, que não conta. O que importa é o futuro glorioso que nos aguarda, passando a mensagem de uma desvalorização da história, dos feitos e das pessoas que vieram anteriormente. Então quer dizer que Deus não estava presente, atuando diretamente através de pessoas e eventos da história?
Ambos os extremos tem uma grande capacidade de dividir a maneira como vemos a igreja atualmente. E nesse ponto, que as cartas as igrejas de apocalipse são um alerta e um norte para lidarmos com essa tendência dos extremos como lidamos com a história. Vamos perceber então o que Jesus tem para nos ensinar como lidamos com a história. Particularmente creio que há um enorme poder de transformação do nosso presente, a maneira como lidamos com a história.

A cidade

Retirado de: COMENTÁRIO EXEGÉTICO APOCALIPSE - OSBORNE
- Cidade de grande renome e glória do passado. Fundada em 1200A.C., foi a capital do antigo império de Lídia
- "Sardes estava situada no vale do rio Hermo, sobre uma das colinas aluviais que ficavam entre a planície e o monte Tmolo. A acrópole se localizava parcialmente no cume de uma dessas colinas, com precipícios de 460 metros em três lados dela, e com um declive íngreme próximo ao lado sul, que conectava a cidade ao monte. Desde o início, foi uma fortaleza militar quase inconquistável. Sardes também se expandiu sobre a planície, ao norte, e a oeste do monte."
- "A cidade era uma potência militar que raramente perdia uma batalha, e era temida por todos, alcançando também grande riqueza através do comércio e dos negócios. Uma lenda dizia que Midas deixou seu ouro nas nascentes do rio Pactolo que atravessava a cidade."
- O rei Creso, filho de Giges (aquele que foi o maior rei da história de Sardes) foi a Persia para conquistar o império de Ciro, sendo depois surpreendido e conquistado por ele, em 546a.C. A fama desta primeira grande derrota de Sardes no mundo Greco-Romano é de uma “realização impossível”.
Apocalipse Apocalipse 3.1–6

Ele não esperava que Ciro o seguisse, portanto não mobilizou seus soldados. Quando os exércitos persas chegaram a Sardes, Creso simplesmente se trancou na fortaleza, certo de que ninguém conseguiria escalar os paredões quase verticiais do promontório. Mas quando um dos seus soldados deixou cair seu capacete de um dos muros e foi pegá-lo, ele inadvertidamente mostrou que o paredão podia ser escalado. À noite, os soldados persas escalaram os paredões, não encontraram nenhuma resistência e tomaram a cidade.3 Por causa do descuido de um soldado e o fato de não ter os paredões vigiados, Creso perdeu a guerra.

- "A segunda maior derrota, porém, ocorreu quando Antíoco iii invadiu a cidade, em 214 a.C., para esmagar uma rebelião. Uma vez mais, um cretense chamado Lágoras escalou o despenhadeiro em um ponto sem vigilância, acompanhado de quinze homens (os soldados de Sardes vigiavam de forma descuidada apenas a passagem principal para a cidade), e eles abriram os portões. Depois disso, Sardes perdeu sua importância para Pérgamo. Continuou com sua riqueza e prosperidade comercial (afirmava ter inventado o processo para tingir lã e era um centro dessa indústria), mas nessa época vivia principalmente de seu passado."
- “Em 17d.C., um terremoto terrível devastou Sardes e Filadélfia, nomeado como o mais terrível desastre da memória humana. O imperador Augusto auxiliou muito na reconstrução. Em 26d.C. apelaram a Roma para ter a honra de erigir um templo para César, sendo negado e concecido a cidade de Esmirna. E além disso, naquela cidade tinha um grande templo (inacabado) da deusa Ártemis, que competia com o templo em Éfeso. Cibele (deusa da Anatólia) era a deusa padroeira de Sardes.
O aspecto religioso da cidade tinha como ênfase a morte e a imortalidade. Toda a religiosidade rodava em torno da adoração a natureza e no pós morte. Havia uma grande comunidade judaica entre V -IV a.C. com provavel cidadania Romana. Foi descoberto através das escavações uma sinagoga fazendo parte do ginásio da cidade, dando indícios de uma acomodação judaica e cristã ao ambiente judaíco, um sincretismo na cultura local.

Descrição do remetente

Apocalipse 3.1 “1 “Ao anjo da igreja em Sardes escreva: “Estas são as palavras daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Conheço as suas obras; você tem fama de estar vivo, mas está morto.”
A questão é, Jesus é o mais interessado na sua igreja. E ele é aquele que está vindo ao encontro da realidade de Sardes, propondo que ela volte seus olhos para o seu Senhor.

A grande questão

Apocalipse 3.1 “1 “Ao anjo da igreja em Sardes escreva: “Estas são as palavras daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Conheço as suas obras; você tem fama de estar vivo, mas está morto.”
Conheço as tuas obras - Sim, Jesus conhece a realidade da sua igreja. Ele conheço cada detalhe da beleza da igreja, mas também as sujeiras e tristes realidades que estão no meio do seu povo. E a carta endereçada a essa igreja tem como alvo trazer a tona a realidade que está por trás do que essa igreja estava sendo vista.
Fama de estar vivo - A palavra grega traduzida por “fama” é literalmente nome (RA). O nome para a cultura grega tinha como objetivo caracterizar algo, um sinal verbal, analisado através de uma etimologia (estudo da origem) para compreender o seu significado e relevância. Desta forma, o nome também significa a “reputação - fama”
Apocalipse Apocalipse 3.1

A igreja como um todo conhecia Sardes como uma congregação que tinha a fama de ser viva. Supomos que a riqueza e influência financeiras tenham contribuído para criar essa aparência externa de uma espiritualidade vigorosa. A aparência externa talvez engane os crentes que conhecem a igreja superficialmente, mas Jesus examina a condição interior da igreja e constata uma ausência da fé vibrante, que resultou na morte espiritual. Quase toda a igreja havia capitulado diante do mundo da religião pagã e do judaísmo e, ao invés de ser uma influência sobre aquela cultura, ela fora influenciada por ela.

O Evangelho que eles pregavam e vivenciavam, era fraco demais! Enquanto Esmirna e Filadélfia mencionam uma perseguição vinda dos judeus (Ap 2.9; 3.9) Sardes, uma cidade de longo histórico de judeus não há menção NENHUMA de ameaça de judeus.
Apocalipse 5. Sardes (3.1–6)

O evangelho que os cristãos locais proclamavam e aplicavam era fraco demais para ofender os judeus. Além disso, os templos pagãos dedicados a Cibele, Zeus Lídio, Héracles e Dionísio exerciam grande influência sobre a religião do povo. Portanto, o evangelho que os habitantes de Sardes ouviram dos cristãos não representava nenhuma ameaça a suas religiões pagãs.

Você está morto: A morte da igreja em Sardes foi vender-se para a acomodação. Ela acomodou-se a realidade ao seu redor, dando-se as glórias do passado e esquecendo do presente. Pastor Hernandes Dias Lopes diz que uma igreja morta é quando seus membros tem o nome do rall de membros, mas não estão listados no livro da vida.
Apocalipse 5. Sardes (3.1–6)

Entre as sete igrejas, a de Sardes era a que apresentava menos fervor espiritual. Sua adaptação ao ambiente religioso evitou que a igreja fosse perseguida, pois quase ninguém a percebia. Seu estilo de vida inofensivo garantia uma paz religiosa, mas resultou na morte espiritual aos olhos de Deus. Com a exceção de alguns poucos membros fiéis, que mantinham a chama do evangelho acesa, a igreja estava morrendo aos poucos, como um fogo que não é reabastecido. No entanto, entre as cinzas ainda se encontravam algumas brasas ardentes.

Aplicação ponto 1: Muito pior que a perseguição, a acomodação acaba com a igreja. A história de Esaú e Jacó tem algo que me chama atenção (Gn 25.27-33 “27 Os meninos cresceram. Esaú tornou-se caçador habilidoso e vivia percorrendo os campos, ao passo que Jacó cuidava do rebanho e vivia nas tendas. 28 Isaque preferia Esaú, porque gostava de comer de suas caças; Rebeca preferia Jacó. 29 Certa vez, quando Jacó preparava um ensopado, Esaú chegou faminto, voltando do campo, 30 e pediu-lhe: “Dê-me um pouco desse ensopado vermelho aí. Estou faminto!” Por isso também foi chamado Edom . 31 Respondeu-lhe Jacó: “Venda-me primeiro o seu direito de filho mais velho”. 32 Disse Esaú: “Estou quase morrendo. De que me vale esse direito?” 33 Jacó, porém, insistiu: “Jure primeiro”. Ele fez um juramento, vendendo o seu direito de filho mais velho a Jacó.”)
A igreja atual está inclinada para:
a) trocar sua cidadania celestial por um prato de lentilhas da acomodação da cidadania atual. Quando nossa esperança está firmada na política deste tempo, ou em políticos de estimação, temos a inclinação de vender a primogenitura por um prato de lentilhas.
b) trocar sua moral por um prato de lentilha dos prazeres. Quando somos levados por nossos desejos mais profundos de satisfação e curtição, vendemos nossa primogenitura por uma noite de curtição. A Lascívia é um desejo profundo pelo proibido e secreto. Uma pequena dose de lascívia tem o poder de gerar morte!
c) trocar sua ética por um prato de lentilha das mordomias e tranquilidades. Quando somos levados a negociar de maneira fraudulenta, abrindo pequenas brechas em nossa ética, relativizando a ética do reino, vendemos nossa primogenitura por uma vida tranquila, boa que os benefícios da corrupção ética proporciona.
d) trocar sua mensagem contracultural por um prato de lentilhas do reconhecimento e da aprovação com uma mensagem light. Quando deixamos de pregar a mensagem do Evangelho e passamos a abordar de maneira mais profunda temas até que “necessários” e atuais pensando na acomodação da realidade ao nosso redor, nas necessidades de sermos “relevantes” e amados, vendemos nossa primogenitura por uma aprovação que nunca teremos.
Quando você está acomodado a realidade ao seu redor, quando não é mais tencionado por Deus a crescer em sua caminhada com Ele, ligue o sinal de alerta, pode ser que você está caminhando em direção de vender o que você tem de mais precioso por um prato de lentilhas.
Contra essa igreja que se acomodou a realidade ao seu redor, Jesus faz uma advertência, mostra a beleza que há nessa igreja, e faz uma promessa!
a) Advertência (Ap 3.2-3 “2 Esteja atento! Fortaleça o que resta e que estava para morrer, pois não achei suas obras perfeitas aos olhos do meu Deus. 3 Lembre-se, portanto, do que você recebeu e ouviu; obedeça e arrependa-se. Mas se você não estiver atento, virei como um ladrão e você não saberá a que hora virei contra você.” )
Esteja atento!
Vigiem! Acordem! Não está certo o que vocês estão vivendo! Não baixem a guarda!
Apocalipse Apocalipse 3.2–3

Ao ouvi-lo, os habitantes de Sardes se lembrariam imediatamente de sua história. O texto grego enfatiza o presente contínuo para indicar que a igreja precisa sempre ser vigilante em relação a perigos internos e externos: falsos mestres dentro da igreja e doutrinas falsas vindas de fora (compare com At 20.29–31; veja também Mt 24.24). A ordem de Jesus referente à vigilância revela que ainda resta alguma vida na congregação, apesar de ele a ter descrito como morta.

Fortaleça o que resta e que estava para morrer, pois não achei suas obras perfeitas aos olhos do meu Deus. Lembre-se, do que você recebeu
Apesar desta crítica tão dura, nem tudo está perdido. Fortaleçam-se no que está caminhando bem, mas não sejam negligentes com o que está errado. As obras estão incompletas! E esse é o risco iminente, devido a essa vida acomodada a tornar-se inativo completamente.
Apocalipse Apocalipse 3.2–3

A ênfase nessa frase está no verbo fortalecer, de modo que tanto os agentes como as atividades que ainda restam em Sardes são reforçadas. As obras da fé e do amor praticadas por alguns membros devotos correm o risco de morrer.

A expectativa de Jesus nunca foi a quantidade nem perfeição desta igreja, mas qualidade.
Apocalipse Apocalipse 3.2–3

Ele não deseja quantidade, mas qualidade. Ou seja, ele quer que o que seja feito seja feito com fé e amor por Deus e pelo próximo. Ele quer que o crente esteja repleto do Espírito Santo e expresse isso por meio de obras de gratidão. A palavra íntegras transmite a impressão de algo perfeito (veja Mt 5.48).

Então, aqui entra a importância de relembrar do que os que vieram antes vivenciaram com relação a fé. Lembrem-se do que se passou!
Apocalipse a. A Advertência (3.1–3)

O verbo lembrar parece apontar não para o passado recente de alguns anos, mas para um passado remoto de mais de uma geração. Se o evangelho foi levado a Sardes em meados dos anos 50 e João escreveu o Apocalipse nos meados dos anos 90, quarenta anos teriam se passado. Além disso, o grego apresenta o verbo receber no perfeito, indicando assim que um tempo considerável havia se passado.

A primeira geração de cristãos havia colocado sua fé em ação, mas a segunda geração apenas descansava sobre o que havia sido feito no passado. Por isso, Jesus os instrui a se lembrarem do que seus pais haviam feito, pois a primeira geração havia recebido a mensagem da salvação, dado ouvidos a ela e seguido suas instruções em obediência (veja 2.5)

Obedeça; Arrependa-se
Chega desta acomodação e preguiça espiritual! Saia desta situação. Não seja apenas um ouvinte da realidade ao redor, guarde sua vida deste câncer espiritual, dobre-se diante do Senhor e volte-se a ele! Arrependa-se! A maneira como Jesus fala a sua igreja com relação ao seu desempenho não é diante das pessoas, mas de Deus! A maneira de vida cristã “deixa a desejar”. E Jesus não está te pedindo meia vida, é tudo ou nada. Reputação e aplausos das pessoas, diante de Deus não basta. Promessas vazias diante de Deus não bastam! É tudo ou nada. Ou abraçamos a tudo ou negligenciamos a tudo.
Mas, se você não estiver atento, virei como um ladrão e você não saberá a que hora virei contra você.
A advertência de Jesus apresenta para o caminho daqueles que não vão atentar para a realidade de sua advertência é dura. Quando não valorizamos a nossa história, repetimos os erros do passado. Por duas vezes Sardes foi conquistada na calada da noite por poucos soldados. Aqueles que se gabavam por suas enormes fortalezas, sofreram de maneira dupla as consequências de não atentar para os detalhes. E assim será com cada um que não se atentar para a realidade de sua acomodação espiritual. Vender-se por um prato de lentilhas pode até parecer uma boa opção no momento, mas as consequências serão devastadoras.
Aplicação ponto 2.1: Corremos um sério perigo, chamado secularismo.
Tenho percebido que um dos meios de Satanás atacar a sua igreja no ocidente, exclusivamente no Brasil, é através de um processo de secularização. A secularização é um fenomeno de se parecer cada vez mais com esse século. Viver os valores que estão sendo propostos nesses dias, misturando com uma visão cristã. Esse processo aconteceu com a Europa onde as igrejas estão fechando e dando lugares a bares e restaurantes. E isso tem acontecido com a igreja no Brasil. Particularmente um dos maiores desafios que vivemos aqui no Sul do Brasil como igreja evangélica é o secularismo. Com um desejo de ser agradável aos princípios deste tempo, passamos a enfraquecer o que cremos, relativizando a verdade e visando sobreviver aos dias atuais, abrimos mão de nossa função como profetas de denunciar os erros e princípios.
Quando falo da influência do secularismo, não estou falando de costumes. Uma igreja secularizada não tem nada a ver com uma igreja de parede preta. Muito menos com o uso de certo estilo de roupas, nem a ver se no seu louvor se utiliza guitarra e bateria. Uma igreja secularizada é uma igreja que negocia intencionalmente verdades basilares da fé como: A inspiração das Escrituras, a verdade de Jesus como o único salvador, a importância da igreja, a sexualidade como Deus assim o criou, o pecado como uma realidade global. Quando negociamos esses pontos basilares da fé, o secularismo começa a entrar em nossas vidas e a nossa caminhada torna-se semelhante com a da igreja de Sardes.
Meu querido irmão da PIBPB, fuja do secularismo! Não saia deste mundo, essa é a realidade que estamos, mas não permita que os princípios deste tempo tome conta da sua vida. Não há um caminho mais periogoso para uma total destruição da igreja do que o secularismo. Precisamos aprender a ser fieis ao Senhor no mundo secular, não negando o que cremos e testemunha que o Evangelho é um amor grandioso mas uma justiça inegociável.
b) A beleza da igreja (Ap 3.4 “4 “No entanto, você tem aí em Sardes uns poucos que não contaminaram as suas vestes. Eles andarão comigo, vestidos de branco, pois são dignos.”)
Em uma conversa com um amigo pastor muito querido, ele me disse algo que no primeiro momento me chocou, mas que me marcou muito. Ele disse que a beleza da igreja está no “Joio e o trigo crescerem juntos”. Sim, essa é a beleza da igreja, porque apesar de uma igreja de fama de estar viva, diante de Deus está morta, ainda sim existe aqueles (nesse caso, poucos) que não se venderam nem negociaram as “suas vestes”
No entanto, você tem aí em Sardes uns poucos que não contaminaram as suas vestes.
Apocalipse Apocalipse 3.4

Entre as cinzas do fogo ainda há algumas brasas ardentes que, com o sopro do vento, podem reacender o fogo. O texto grego diz “uns poucos nomes” e transmite a ideia de que o Senhor conhece seus seguidores fiéis individualmente pelo nome e e que se alegra com o amor deles por ele.

Não temamos, pois o próprio Deus não somente conhece as obras da sua igreja, mas conhece aqueles que são fieis! Se você tem sido fiel, Ele te conhece!
Apocalipse Apocalipse 3.4

O pequeno número de servos fiéis não contaminaram suas vestes, o que significa que eles não haviam sido influenciados pela cultura secular dos seus dias. A palavra vestes é um símbolo para a conduta espiritual e o estilo de vida moral deles (Jd 23). Eles não foram manchados pelos pecados do adultério e da idolatria; eles não minaram a mensagem do evangelho; e eles se recusaram a fazer concessões. Eram fiéis à sua palavra, dada no batismo, de seguir a Jesus. Mesmo que esses poucos fiéis fossem considerados estranhos e alheios à sua cultura, eles caminhavam firmes nos passos dos apóstolos e de outros cristãos que haviam trazido e proclamado o evangelho da salvação.

Os fieis são como os 300, tem a capacidade de gerar uma grande revolução no meio do seu povo.
Eles andarão comigo, vestidos de branco, pois são dignos.
Eles andarão com Deus, com vestes brancas (que simboliza a pureza e a santidade) dadas pelo próprio Deus como refência a realidade prometida no AT (Is 61.10)
Apocalipse Apocalipse 3.4

Esses poucos fiéis são dignos. Ou seja, aos olhos de Jesus, eles são declarados dignos, não por causa dos seus próprios méritos, mas por causa dos méritos dele. Suas próprias boas obras nada mais são do que trapos da imundícia (Is 64.6). Mas por ouvirem obedientemente a voz de Jesus e seguirem seus passos (veja Ap 14.4), eles são declarados dignos por causa da expiação de Jesus

Aplicação ponto 2.2: Você que tem sido fiel, entenda a beleza de como Deus cuida da sua igreja.
Jesus contou uma parábola sobre o Reino dos céus: Mt 13.24-30 “24 Jesus lhes contou outra parábola, dizendo: “O Reino dos céus é como um homem que semeou boa semente em seu campo. 25 Mas enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e se foi.26 Quando o trigo brotou e formou espigas, o joio também apareceu. 27 “Os servos do dono do campo dirigiram-se a ele e disseram: ‘O senhor não semeou boa semente em seu campo? Então, de onde veio o joio?’ 28 “ ‘Um inimigo fez isso’, respondeu ele. “Os servos lhe perguntaram: ‘O senhor quer que o tiremos?’ 29 “Ele respondeu: ‘Não, porque, ao tirar o joio, vocês poderão arrancar com ele o trigo. 30 Deixem que cresçam juntos até a colheita. Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro’ ”.”)
Enquanto crescia o trigo, o joio crescia junto, com uma semelhança incrível, que caso fosse arrancado o joio, o trigo pode ser retirado junto. Há um momento que haverá ambos serão separados. É ali, nesse momento, que joio e trigo serão destinados de maneira diferente. E essa é a ilustração que Jesus deu com relação ao reino. E dentro da igreja, a beleza da igreja está nesse processo, pois humilha nosso pretenso desejo de escolher quem é trigo e quem é joio.
Para você que julga ser fiel ao Senhor, está diariamente buscando viver para agradar ao Senhor em sua vida, deseja andar de maneira digna diante do Senhor, tem duas atitudes que você precisa ter: Amor profundo e paciência.
Jonathan Edwards escreve em um dos seus livros chamado “afeições religiosas” diversas marcas que “aparentemente” demonstram a verdadeira religião em um indivíduo, e quando ele se encontra diante desse dilema a partir do seu conceito de afeições religiosas, ele diz que nós precisamos amar de maneira intensa e profunda aqueles que tem demonstrado ação divina, orar por eles para que Deus os alcance e capacite a perseverar. Mas não devemos ser precipatados, e aguardar os frutos maduros, não aqueles frutos iniciais, a empolgação inicial da fé, mas com os frutos que vem após período.
1Co 4.5 “5 Portanto, não julguem nada antes da hora devida; esperem até que o Senhor venha. Ele trará à luz o que está oculto nas trevas e manifestará as intenções dos corações. Nessa ocasião, cada um receberá de Deus a sua aprovação.”
Sim, a beleza da igreja está no Senhor que a cuida e guarda, e um dia, julgará a cada um de acordo com a sua realidade diante Dele!
c) Promessa a igreja (Ap 3.5 “5 O vencedor será igualmente vestido de branco. Jamais apagarei o seu nome do livro da vida, mas o reconhecerei diante do meu Pai e dos seus anjos.”)
Ao vencedor, aquele que não negociar a sua fé ao secularismo, que deseja ser fiel até o fim, as promessas de Deus são um refrigério e uma motivação essencial.
Vestido de branco: A vitória da fidelidade a Deus no mundo está em receber da parte de Deus vestes brancas, de pureza, diante Dele! Santidade aparentemente parece NADA diante dos banquetes da atualidade, mas saiba que a sua recompensa virá da parte de Deus! Ele te dará vestes de justiça, puras!
Jamais apagarei o seu nome do livro da vida: Aqueles que perseveram no presente, experimentam a segurança quanto ao seu futuro!
Apocalipse Apocalipse 3.5–6

Ela os assegura de que estão absolutamente salvos e seguros. Seus nomes foram escritos no livro da vida e nunca serão apagados. Em outra passagem, Deus diz a seu povo: “Nas palmas das minhas mãos te gravei” (Is 49.16). Ele está inseparavelmente ligado a eles, pois são a menina dos seus olhos (Dt 32.10; Sl 17.8; Zc 2.8). João revela que os nomes registrados nesse livro da vida foram inscritos desde a fundação do mundo (17.8).

Apocalipse Apocalipse 3.5–6

As pessoas que confessam o nome de Jesus, mas cujo estilo de vida não confirma sua confissão nunca teriam seus nomes registrados no “livro da vida”. Jesus lhes diz que nunca os conheceu e ordena que saiam de sua presença (Mt 7.21–23).

Reconhecerei diante do meu Pai e dos seus anjos
As palavras do próprio remetente da carta ecoam aqui: Mt 10.32 “32 “Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai que está nos céus.”
Servo bom e fiel, vem! Entra! Chegou o seu momento. Diante de Deus não precisamos temer, pois o próprio Jesus nos reconhecerá como fieis! Diante das pessoas os adormecidos da igreja de Sardes estavam bem, mas diante de Deus estavam mortos. O contrário acontece com aquele que persevera em Deus. Diante de Deus será reconhecido!
Aplicação ponto 2.3: A vitória está reservada aos que não se venderam ao caprichos desta vida.
Não se engane, e seja muito franco nesta manhã diante de Deus. Qual é a sua posição atualmente diante de Deus? Lembre-se, o joio e o trigo crescem juntos no meio do seu povo. A vitória está reservada não aos que tem o nome no rall de membros da PIBPB. A vitória não está preparada para aqueles que são dizimas, Deus não se vende por dinheiro! A vitória não está reservada para você, que leva a sua vida com Deus com levianidade e descuidado. A vitória está reservada para todos os fieis, aqueles que creram em Jesus e entregaram tudo o que tem e são diante do Seu Senhor.
Mas, saiba de algo, tudo o que Deus está preparando para os seus fieis seguidores, será concretizado apenas na eternidade. É na eternidade que estaremos desfrutando destas grandiosas promessas: Quem aguardar Cristo apenas para essa vida, é dos mais dignos de compaixão (1Co 15.19).

Ouça, PIBPB

a) “Quem tem ouvidos, ouça...” (Ap 3.6)
Deus está falando com você? Diante desse texto só há duas opções:
a) Há muitos ruídos te impedindo de entender o que Deus está nos alertando e encorajando
b) Você não possui o Espírito Santo de Deus.
Como seria a carta de Jesus para a PIBPB? Como você está diante dessas advertências e promessas do Senhor Jesus?
Para uma visão coerente da história, nós necessitamos de um avivamento. O meu desejo é ver um grande avivamento nessa igreja.
Conversões e batismos
Restauração de famílias
Envio de missionários aos lugares mais necessitados
Relevância na cidade
Tudo isso somente será possível, quando deixarmos de lado o anseio do nome do passado, um saudosismo dos tempos que nunca mais voltarão. Encararmos a realidade presente com o coração firme em Cristo, lembrando que o mesmo Deus que agiu lá atrás, na história, é o Deus que faz infinitamente mais do que pedimos ou pensamos!
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