A preciosidade na rejeição
1. Pedro 2 - 10
Pedras vivas. Pedro descreve Jesus como a “pedra viva” (v. 4) e os crentes como “pedras vivas”. Os cristãos extraem o princípio vivificador de Jesus. Na forma de pedras, são os blocos usados na construção da casa de Deus. Oportunamente, Pedro oferece um paralelo de uma casa espiritual e um sacrifício espiritual.
Casa espiritual. Pedro fala metaforicamente, pois não são pedras, mas membros individuais que formam a casa de Deus (Ef 2.19–22; 1Tm 3.15; Hb 3.6; 10.21). Essa metáfora transmite a idéia de uma comunidade de crentes que, como sacerdócio santo, apresentam sacrifícios vivos.
Sacerdócio Santo. Essa expressão, que aparece com freqüência como “sacerdócio de todos os crentes”, refere-se à comunidade de sacerdotes e significa que todo cristão é um sacerdote na casa de Deus (ver v. 9). “É uma honra singular, o fato de que Deus não apenas nos consagrou como templo para ele, no qual ele habita e é adorado, mas também nos fez sacerdotes”. O adjetivo santo significa que o sacerdócio é dedicado a Deus e separado do mundo.
Sacrifícios aceitáveis. Qual é a tarefa de um sacerdote? Ele não precisa oferecer sacrifícios para remover o pecado e a culpa, pois “Cristo [ofereceu-se] uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos” (Hb 9.28). Um membro do sacerdócio de todos crentes, portanto, oferece sacrifícios de gratidão a Deus por sua obra redentora em Cristo, ou seja, ele apresenta a Deus “sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15). Além disso, o sacerdote procura refletir a santidade de Deus, de acordo com sua ordem: “Sede santos, porque eu sou santo” (1.16). E, por fim, ele oferece seu corpo como sacrifício vivo em grato serviço a Deus (Rm 12.1). Esses sacrifícios espirituais só podem ser apresentados a Deus por meio de Jesus Cristo, pois sem Cristo nossas obras de justiça não passam de trapos imundos (Is 64.6).