O evangelho do Reino: as bem-aventuranças - Parte 5 | Mateus 5.7
Quarta com Fé! - Sermão do Monte • Sermon • Submitted
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Social
Introdução!
Introdução!
Semana passada falamos sobre “OS QUE TEM FOME E SEDE DE JUSTIÇA!”.
Que esse desejo e esse clamor por justiça acaba sendo uma das necessidades básicas da vida do cristão.
Jesus usa nesse sermão palavras fortes para criar algumas definições.
Mostrar intensidade e urgência naquilo que devemos buscar e viver.
Quando fala de fome e sede de justiça, fala que precisamos buscar isso.
Faz parte da vida cristã.
Falamos também que a nossa Justiça em Deus é através de Jesus Cristo o seu filho.
Somos justificados por Jesus Cristo.
Não existe nenhum tipo de purificação humana que possa lavar os nossos pecados.
A única expiação suficiente é a que Cristo fez na cruz do calvário por nós.
A nossa única atitude é a de se arrepender do pecado e se voltar pra Deus.
Aceitar o perdão divino e saber que é no seu filho que encontramos salvação.
A nossa justiça está baseada nas misericórdias de Deus e não nas nossas obras.
Não podemos fazer nada para a nossa salvação no que se fala de obras, não somos salvos por ela.
Mas também não podemos largar viver sem fazê-las.
Não somos salvos pelas obras, mas fazemos as obras porque somos salvos.
Hendricksen diz que os que são salvos acabam fazendo as obras como forma de uma vida de gratidão a Deus.
Como um sacrifício de gratidão.
Falamos também da justiça bíblica em 3 aspectos.
Justiça Legal, Moral e Social.
Justiça legal: a nossa justificação por meio do sacrifício de Jesus.
Justiça moral: uma vida que agrada a Deus, obediência aos seus mandamentos e ensinamentos.
Justiça social: a busca pela libertação do homem de toda opressão junto com a promoção dos direitos civis, jurídico, integridade, honra e nos relacionamentos familiares.
A nossa fome e sede é sobre esses aspectos da justiça na palavra de Deus.
Um aspecto legal, onde tenho que entender que sou justificado em Deus pelo sangue de Jesus Cristo.
No aspecto moral, onde tenho que viver para agradar a Deus.
Procurar viver uma vida santa, reta que agrade ao Senhor em pensamentos, atitudes e palavras.
Obedecendo tudo aquilo que Ele tem mandado.
No aspecto social também, quando começo a olhar o necessitado, o cuidado que tenho que ter com o próximo.
Observar e ajudar aquele que está necessitando.
Encerramos dizendo que aquele que tem fome e sede de justiça será saciado ou farto.
Hoje vamos falar da próxima bem-aventurança também.
Ler o texto: Mateus 5.7.
Estamos entrando em um novo tempo das bem-aventuranças.
Como assim pastor? Vou explicar...
Essas próximas bem-aventuranças descrevem agora os frutos da obra que Deus que realizar em nossos corações e através de nós no mundo.
Da primeira a quarta bem-aventurança (v.3-6) tem uma ênfase maior em nossa relação diante de Deus.
Martyn-Lloyd-Jones vai dizer que o agora que lançamos o fundamento do SER alguém diante de Deus, essas próximas bem-aventuranças vão tratar do FAZER para Deus.
Porque quem sabe quem é em Deus faz.
O que falamos agora a pouca recapitulando a bem-aventurança anterior.
Falar sobre a misericórdia também fala de um aspecto interior, mas que está transcendendo para o exterior.
Ou seja, aqueles que foram cheios/saciados da justiça de Deus agora vão manifestar isso através da misericórdia.
Interessante perceber que acaba tendo uma utilização da palavra misericórdia.
Jesus diz que bem-aventurado os misericordiosos e que eles alcançarão a misericórdia.
Os misericordiosos!
Os misericordiosos!
O que é misericórdia (Definição da palavra)
Vamos lá...
Misericórdia tem origem latina e é formada pela junção de 2 palavras: miserere (ter compaixão) + cordis (coração).
Ou seja: Olhar para a necessidade do outro com o coração.
Ter misericórdia de alguém é observar o sofrimento e ter compaixão.
A misericórdia, podemos entender também e que está dentro desse conceito é: amor demonstrado em favor de quem vive na miséria.
Podemos encontrar um exemplo maravilhoso na Parábola do bom Samaritano (Lucas 10.25-37)
Um homem assaltado e agredido em uma estrada.
Veio passando por essa estrada o sacerdote (o religioso que dava falava o evangeliquÊs com todos), olha o homem e passa de largo/longe.
Depois veio um levita (alguém de um ministério de louvor), nada faz… tava indo pro ensaio e não podia atrasar.
Depois veio o sacerdote (o religioso que dava falava o evangeliquÊs com todos), olha o homem e passa de largo/longe.
Aí vem o próximo, um samaritano (até então um “inimigo”, indigno de ter atenção de alguém.), olha o moço largado e arrebentado, se compadece dele, tem misericórdia, leva ele e faz o tratamento, paga tudo...
Jesus nos manda fazer igual ao Samaritano, encontrando o necessitado oferecer ajuda.
Infelizmente se olharmos hoje é difícil encontrar os misericordiosos.
Hernandes Dias Lopes diz que: A misericórdia está desaparecendo da terra.
Achamos que se formos misericordiosos iremos passar como “manés”.
A ajuda ao próximo não pode ser esperando algo em troca.
O nosso maior exemplo de misericórdia está em Jesus Cristo.
Tanto no que Deus fez pela humanidade, como também na parte prática.
Na ação que Jesus demonstra através da misericórdia para com os outros.
Em vários textos podemos ver que Jesus se compadece do próximo.
Curando os doentes, alimentando os famintos, sendo amigo de muitos, tocando nos leprosos.
Fez com quem era solitario se sentisse amado e também levou consolo aos aflitos.
Olha quantas manifestações de misericórdia em uma pessoa.
Olha como podemos exercer a misericórdia em diversas áreas da vida.
Olha como nós podemos ser bênção na vida das pessoas com atitude simples e verdadeiras ensinadas pelo nosso Mestre.
Se batemos no peito e falamos que somos filhos de Deus, temos que entender que o nosso Pai é também misericordioso e com isso precisamos manifestar a misericórdia com as pessoas.
Na verdade, o Ap. Paulo fala que Deus é o Pai de misericórdias e Deus de toda a consolação.
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!
Ele teve misericórdia de nós, pecadores e enviou o seu filho por amor a nós.
Perdoou os nossos pecados e tem cuidado de tudo.
Recebemos a misericórdia de Deus e precisamos exercer também essa misericórdia uns com os outros.
Thomas Watson, um puritano inglês, vai dizer que: devemos ser misericordiosos porque a prática das boas obras é o grande fim para qual nós fomos criados.
O texto de Efésios 2.10 é o que faz ele ver dessa forma e consequentemente nos faz enxergar que precisamos fazer boas obras.
Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.
Meus irmãos, temos algumas ações importantes para cumprir enquanto estamos aqui na terra e as boas obras é uma delas.
Cada um de um jeito e uma forma manifestando a glória de Deus no mundo.
Uma frase que usamos muito para falar de servir é: Quem não vive para servir, não serve para viver.”
Somos feitos para servir a Deus e ao próximo.
Amando a Ele acima de todas as coisas e ao nosso próximo como a nós.
Devemos ser misericordiosos porque por essa prática resplandecemos o caráter de Deus, que é misericordioso.
Sejam misericordiosos, como também é misericordioso o Pai de vocês.
Deus é misericordioso e esse é um dos atributos que partilha conosco, dentro da teologia falamos que é um atributo comunicável de Deus.
Quando manifestamos misericórdia estamos manifestando Deus em nossa vida.
Deus se agrada daqueles que manifestam a misericórdia.
Não se esqueçam da prática do bem e da mútua cooperação, pois de tais sacrifícios Deus se agrada.
Deus se agrada quando entregamos o nosso serviço também através da misericórdia com os outros.
Dividir com os outros…
Isso me lembra a igreja de Atos...
44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. 45 Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. 46 Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração,
Exerciam misericórdia uns com os outros e iam alcançando a simpatia de todas as pessoas que estavam por perto.
Pessoas, devido a misericórdia da igreja com os necessitados, eram encorajadas a ouvir sobre esse Deus que faziam as pessoas amarem umas as outras.
E isso foi fazendo com que a igreja fosse crescendo.
Demonstração de misericórdia também é uma estratégia de evangelismo.
Queremos demonstrar aos outros que o amor de Deus está disponível a todos e tudo o que estamos fazendo (tendo misericórdia) é movido por esse amor.
Mas assim como as outras bem-aventuranças existe uma recompensa para os misericordiosos.
ELES ALCANÇARÃO MISERICÓRDIA.
A misericórdia que virá não será de quem tivemos misericórdia, mas virá de Deus.
John MacArthur destaca o fato de que a recompensa de quem é misericordioso vem de Deus.
“Sejam misericordiosos com os outros, e Deus será misericordioso com vocês”. Deus é o sujeito da segunda frase. - John Mcarthur
Sempre apontamos pra Deus, nunca será por nós, sempre por causa dEle, por causa da sua obra e seu amor dispensado a nós.
Ser misericordioso, assim como ter fome e sede de justiça, não salva ninguém.
Mas acaba sendo um meio de demonstração que eu entendi a salvaçao em Cristo Jesus.
Que sou obediente em seus mandamentos, no amor ao próximo...
Quero encerrar com um esclarecimento de John Stott sobre esse ponto.
Não que possamos merecer a misericórdia através da misericórdia, ou o perdão através do perdão, mas porque não podemos receber a misericórdia e o perdão de Deus se não nos arrependermos, e não podemos proclamar que nos arrependemos de nossos pecados se não formos misericordiosos para com os pecados dos outros. - John Stott.
Conclusão
Conclusão
Um tempo de reflexão para nós diante da palavra de Deus.
Temos sido misericordiosos? Como tem estado o nosso coração ultimamente?
Deixa Deus usar a sua vida no seu serviço, manifeste a misericórdia e saiba que a nossa recompensa é a misericórdia de Deus sobre a nossa vida.