Hebreus 4.14-17 - O QUE DEUS ESPERA DE VOCÊ?

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O QUE DEUS ESPERA DE SEUS FILHOS

Hebreus 12.14-17Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados; nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.
CONTEXTO
Sobre a carta aos hebreus, sabemos que o autor é desconhecido, mas também sabemos que ele estava muito preocupado com os irmãos a quem escrevia. Eles enfrentavam algumas provações - que na verdade eram a disciplina de Deus semelhantemente a um pai que disciplina seus filhos - e com isso, estavam considerando abandonar a fé em Cristo.
O autor - podemos chamá-lo de pastor | O pastor toma conhecimento desses fatos nebulosos e lhes escreve uma carta. Nesta carta, eles teriam uma visão absolutamente ampla e clara a respeito de quem era Jesus. Se estavam ponderando entre abandonar a Cristo ou não, eles tinham um problema doutrinário, e deveriam ser expostos diante do que as Escrituras testemunhavam sobre aquele homem que veio de uma família simples de Nazaré, mas que deu testemunho a respeito de sua pessoa diante de sua obra na cruz do Calvário e na Ressurreição.
Ele cumpriu todas as promessas do Antigo Testamento em sua pessoa e obra. E, portanto, seria uma terrível falha tê-Lo somente como mais um profeta que poderia ser seguido ou não. Mas, como um bom pastor, o autor envia sua carta como um “dossiê” contendo inúmeras informações a respeito do Senhor Jesus para que aqueles cristãos permanecessem firmes diante das provações, e até mesmo das perseguições.
Por fim, o pastor, com a finalidade de exortá-los e consolá-los em seus dois últimos capítulos, lhes ensina que a vida cristã é mesmo cheia de desafios, obstáculos e problemas assim como uma corrida. Ainda lhes ensina que se Deus os tem permitido passar por provações é porque Ele os amava, e assim como um pai precisa disciplinar seu filho, Ele disciplinaria seu povo para que permanecessem no caminho certo.
Lembremos de um detalhe anterior ao nosso texto: Ele escreve para que os cristãos erguessem as mãos e fortalecessem as pernas, e assim fizessem caminhos retos para os pés. Portanto, preocupado não somente com a vida individual deles, ele demonstra grande preocupação no tocante a relação deles com Deus e com o próximo. Isto posto, os versículos 14-17 tratam o que seria tais caminhos retos.
Deste modo, o pastor inicia mais uma parte de sua exortação, vejamos o que ele está ensinando ao povo de Deus.
O que Deus espera de seus filhos?
UMA ORDEM IRREMEDIÁVEL - Paz com os homens | Paz com Deus
Hb 12.14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,
Este primeiro versículo traz uma estrutura importantíssima para todo os demais versículos. Ele pode ser entendido como uma unidade, mas que depende de duas partes para que seja realmente completo. A primeira parte trata de uma ordem horizontal, enquanto a segunda lida com uma ordem vertical.
O autor pretende que seus leitores entendam essas partes como algo unificado, mas ao mesmo tempo duplo. Horizontalmente o cristão agirá em relação aos irmãos, verticalmente agirá em relação a Deus. Esta é sua proposta: Comunhão e santificação; Paz e pureza; Paz com os homens e Paz com Deus. São dois lados da mesma moeda.
Portanto… em primeiro lugar...
DEUS ESPERA DE NÓS UMA VIDA DE COMUNHÃO
O autor trata de uma dimensão horizontal, ou seja, os relacionamentos com outras pessoas.
Do coração do pastor emanam amor e preocupação, mas de seus “lábios” ou de sua carta emana uma ordem inicial: Segui a paz com todos!
Segui” - διώκω - significa literalmente “perseguir”. Notemos a grande distinção entre seguir e perseguir. Enquanto o termo “seguir” traz uma ideia de acompanhamento, caminhar juntos na mesma direção sem nenhuma arbitrariedade ou resistência, o termo “perseguir” representa um sentido mais forte como ir no encalço de algo, lutar para obter algo, buscar, fazer de tudo para alcançar.
Portanto, inicialmente devemos redefinir em nossa mente o significativo apelo aos leitores. Persigam, lutem, busquem, façam de tudo pela paz com todos.
A paz” é o alvo de todo verdadeiro cristão. E este deve persegui-la perseverantemente até tê-la alcançado.
Buscar a paz significa lutar por uma comunhão viva e sadia no meio do povo de Deus. É perceptível como a paz mantém os crentes unidos, e nesse ambiente cheio de nutrientes floresce vida espiritual. Mas a ausência de paz, ou seja, as guerras são como uma nuvem de gafanhotos que se movem rápido sobre os campos trazendo destruição e morte.
O pastor se preocupou também com a extensão desta atitude, ele ordena que os crentes persigam a paz com todos. Mas todos quem? Será que ele está incluindo aqueles que não tem se preocupado em manter o ambiente pacífico? Até com os inimigos?
Jesus pode responder com suas próprias palavras: Mt 5.44-45Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.
Zelar pela paz é uma marca, um selo, uma evidência, um testemunho daqueles que são chamados “filhos de Deus”.
Mt 5.9Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Viver em paz uns com os outros não é um apelo somente no Novo, mas também no Antigo Testamento. O Rei Davi exortava os israelitas a se afastarem do mal e fazerem o bem, procurando a paz a ponto de persegui-la.
Sl 34.14Aparta-te do mal e pratica o que é bom; procura a paz e empenha-te por alcançá-la.
O apóstolo Pedro entendia a relevância desta atitude quando disse em 1Pe 3.11: “aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la.”
Paulo também disse em Rm 12.18quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”.
Portanto, Deus espera de nós que sejamos homens e mulheres pacificadores. Devemos lutar pela paz em nosso meio a qualquer preço. Perseguir a paz com absolutamente todos os irmãos.
Em segundo lugar...
2. DEUS ESPERA DE NÓS UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO
O outro lado da moeda se trata da busca intensa pela santificação. Essa seria a dimensão vertical, ou seja, nosso relacionamento com Deus.
A mesma ênfase no tocante a paz com todos é aplicada no sentido da santificação. “Persigam a santificação!”
O termo grego para santificação é “hagios” (ἅγιος). Significa ser separado por Deus do uso profano para a adoração à glória de Deus.
Santificação se trata do processo na vida do crente após a conversão. Desta forma, o crente pode refletir as virtudes de Deus, se tornando mais semelhante a Cristo.
Contudo, a mesma tendência que há no ser humano sobre viver em confusão e conflitos entre si, também há no tocante a viver em conflitos com Deus.
Esse terrível conflito se iniciou no Éden, quando a serpente inseriu no coração de Eva dúvidas a respeito da ordem de Deus. A partir dali, o homem passa a viver em conflito direto com Deus. A exemplo disso, é possível perceber em Caim e seus descendentes uma obstinação em ferir a santidade de Deus através de seus comportamentos relacionados a tudo o que há o dedo de Deus.
Mas Deus espera dos membros de sua igreja uma busca pela santificação porque por meio de seu Filho Jesus, eles foram adotados, sendo feitos filhos novamente. Filhos daquele que é santo e que exige santidade dos seus eleitos.
Podemos definir santificação como um ato sobrenatural de Deus que se inicia na regeneração, consistindo no progressivo abandono do pecado em direção a Deus tendo como padrão a imagem de Jesus Cristo. (Hermisten Maia)
Deus iniciou um processo de purificação em cada um de seus filhos no exato momento em que os deu vida. Assim como Jesus disse a Nicodemos que era necessário nascer de novo, a partir do novo nascimento é iniciado.
Ilustração: Imagine um homem que encontra uma criança abandonada. Ela está toda suja, sedenta, esfomeada, vestida de trapos, com cabelos desgrenhados. Ele vai até ela e, depois de saber que é órfã, decide levá-la consigo até um juiz, que depois de um longo processo, lhe concede a filiação daquela criança. No mesmo dia, aquele homem, agora pai, leva a criança para seu lar, e lhe trata como um filho. A criança agora está limpa, alimentada, com roupas novas, com os cabelos cortados e penteados. O que esse pai pode esperar de seu novo filho? Que ele permaneça em seu novo lar, onde pode se limpar, se alimentar, se vestir de boas roupas. O pai planeja o futuro de seu novo filho e espera dele uma atitude: se empenhar ao máximo para que haja paz com seus irmãos novos, e para que permaneça em casa, amando seu pai, e lhe sendo grato pelo grande amor.
Santificação é mais do que uma atitude de se manter distante das coisas que te prejudicam e te afastam de Deus. Santificação é viver uma vida de comunhão com o Pai.
Fomos arrancados do lugar em que estávamos perdidos e escravizados. Pela obra do Filho de Deus fomos feitos filhos de Deus. Jesus nos passa a chamar de irmãos porque reconhece a obra para qual veio cumprir (Hb 2.11). Agora, santificados pela obra de Cristo, convém a nós uma atitude, que exigirá nosso esforço: Perseguir a paz com os irmãos e a comunhão com o Pai.
Reflita, a santidade que o Pai nos pede não é uma forma para que tornemos seus filhos, mas é o que se espera de um filho legítimo. É uma consequência daqueles que são filhos de Deus.
O autor ainda diz em Hb 10.14:
Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.”
A morte de Cristo na cruz trouxe sobre nós, que somos sua igreja, a sua própria perfeição, justiça e santidade, e ainda nos colocou no caminho da santificação.
Portanto, nesse sentido, santificação é um papel que pertence a nós. Dentro de todo o processo de salvação, a santificação é o único aspecto que Deus espera que nos comprometamos.
“Sem a qual ninguém verá o Senhor” - Esta é a conclusão destas duas ordens irremediáveis. Jesus diz no sermão do monte que “os limpos de coração verão a Deus” (Mt 5.8).
Rm 5.1 “1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;”
O ímpio não suportará a visão da presença de Cristo, porque no último dia, sua ira será terrível.
Ap 6.16e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro,”
Se até os anjos cobrem suas faces na presença de Deus (Is 6.2), como uma pessoa sem ser santo como Deus é poderia suportar a visão de sua face?
TRÊS PERIGOS PARA OS FILHOS
Hb 12.15-17atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados; nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.
Neste momento, o pastor prossegue listando três ameaças para os cristãos, tanto individual quanto coletivamente.
Portanto...
3. DEUS NÃO ESPERA QUE SEJAMOS NEGLIGENTES
atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus;”
Essa é uma preocupação legítima. Diante do possível abandono da fé em Cristo, ele escreve para que ninguém se separasse do Senhor.
Por mais que ele entendia o valor cabal da salvação, como um bom e cuidadoso pastor, estava alertando aqueles que poderiam se comportar superficialmente diante de Deus.
Jesus disse sobre suas ovelhas:
Jo 10.28Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.
Isso não quer dizer que a obra de Cristo salvará até mesmo aqueles que não buscam sua presença. Seria paradoxal pensar que Cristo salvaria até mesmo aqueles que permanecerão incrédulos até o último dia.
Resumindo, se a sua vida cristã é superficial, talvez você deva ficar preocupado.
Isto posto, o versículo traz um caráter comunitário em relação àqueles que estão firmes e os que estão fracos. É dito que todos precisam estar atentos em relação ao próximo:
“Tomem cuidado para que ninguém abandone a graça de Deus” NTLH
Como membros do corpo de Cristo somos responsáveis uns pelos outros.
Essa não é uma tarefa exclusiva do pastor e dos presbíteros, mas é uma responsabilidade de toda igreja. Todos precisam se importar com a vida espiritual do próximo de modo que contribua para seu crescimento espiritual. Desta forma, quando você estiver necessitado ou abatido, haverá um ou mais irmãos te fortalecendo e não deixando que a semente do mal cresça em seu coração.
Devemos buscar aqueles que parecem ter retrocedido ou se desviado, indagar acerca de suas lutas, exortar e encorajá-los na verdade do evangelho. Dessa maneira, somos usados por Deus para a perseverança daqueles que pertencem a ele.
4. DEUS NÃO ESPERA QUE CORTEMOS AS RAÍZES DE AMARGURA
“nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados;”
Este trecho, como muitos outros, faz referência a Deuteronômio 29.18
para que, entre vós, não haja homem, nem mulher, nem família, nem tribo cujo coração, hoje, se desvie do Senhor, nosso Deus, e vá servir aos deuses destas nações; para que não haja entre vós raiz que produza erva venenosa e amarga,
O que ele queria dizer com isso?
A primeira coisa que vem a nossa mente é aquela pessoa que não consegue perdoar aquele que lhe prejudicou.
Mas, o autor está fundamentando seu pensamento na agricultura. Imagine a igreja como uma árvore, Cristo é o caule e os crentes são os ramos cheios de folhagens e frutos. Agora pense em uma planta que a partir de uma simples semente, ou resto de raiz tem potencial para crescer vultuosamente. A “erva daninha” seria o exemplo mais parecido com a “raiz de amargura”.
Portanto raiz de amargura se trata do indivíduo que se desviou da presença de Deus estando ainda em meio ao povo de Deus.
Além de ter abandonado a fé, passa a viver indiferente a Deus e seu povo. Logicamente, trará problemas significativos em meio a igreja.
São pessoas totalmente amargas, venenosas, possessivas, maléficas, mas que estão disfarçadas de cristãos. Essas pessoas prejudicam a si mesmas, mas o foco é prejudicar o próximo, mesmo que seja inconscientemente. São pessoas que trazem mais problemas do que soluções e trabalham semeando discórdia entre os irmãos.
Obviamente, este tipo de comportamento afeta também os relacionamentos. Essas pessoas não conseguem pedir perdão e muito menos perdoar. São ressentidas, sensíveis, facilmente magoadas, e desejosas de vingança.
Essas raízes não vivem em paz e não transmitem paz. Mas somente discórdia, dissenção, facção e todo tipo de obra da carne e de Satanás.
O veneno dessas raízes não fica contido em seus ramos, mas se espalham por onde passam. Espalham mau humor, espalham azedume.
Podemos considerar tal veneno e amargor como a disseminação do mal moral e morte espiritual. Ela contamina e mata. Traz em meio ao povo de Deus apostasia, heresia e descontentamento com Deus.
O que seria cortar tais raízes?
Seria o mesmo que identificá-las e tratá-las como pessoas que só querem trazer o mal. Até que demonstrem verdadeiro arrependimento e voltem aos caminhos retos de Deus.
E, principalmente, cuidar para que essas pessoas não estejam em funções de ensino destilando seu veneno aos que o ouvem. Paulo se preocupa com isso ao falar com Timóteo:
1Tm1.3-4...te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé.
5. DEUS NÃO ESPERA QUE SEJAMOS IMORAIS
2.3 Deus não deseja que vivamos em meio a impureza
“nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.
Deus espera que tenhamos cuidado em não sermos, também, impuros e profanos.
Seu exemplo é Esaú, o irmão ímpio de Jacó. Esaú foi educado em um lar piedoso, seus pais Isaque e Rebeca lhe ensinou tudo aquilo que conheciam e viveram com Deus.
Mas Esaú escolheu viver deliberadamente uma vida que desagradava aos pais e a Deus:
a) Ele se casou com mulheres cananitas, ferindo a santidade de Deus com impureza moral.
b) Ele desprezou o direito de primogenitura trocando por um prato de comida.
c) Ele não seguiu os passos de seu pai Isaque e avô Abraão.
d) Esaú fingiu arrependimento quando, querendo a bênção, derramou lágrimas falsas.
Esaú foi um homem imoral, mesmo fazendo parte da árvore genealógica de Abraão, viveu como um homem que desconhecia a Deus.
O que isso tem a ver com a igreja?
O nosso trabalho como cristãos é assegurar que esse tipo de atitude secular não tenha espaço na igreja, e que cada irmão seja advertido contra ela.
O mesmo comportamento sexualmente imoral de Esaú é um perigo terrível para o povo de Deus. Uma ameaça que devemos levar a sério a cada segundo.
Tenhamos cuidado para que não haja entre nós pessoas que vivem em desprezo pela vontade de Deus. Frequentando os cultos mas vivendo irreligiosamente. Pessoas que podem até sentir remorso e chorarem lágrimas de crocodilo, mas no fundo menosprezam a santidade de Deus.
APLICAÇÕES
1- Ter paz com os homens é resultado de ter paz com Deus.
É um fato, a maioria dos nossos problemas vêm de outras pessoas. As pessoas nos ferem, nos magoam, nos decepcionam, nos atacam e até testam nossa paciência.
Mas isso não faz deste versículo uma verdade que deve ser aplicável somente em alguns casos. O texto não limita nossa busca pela paz somente até os que nos tratam bem. Mas estende sua validade até “todos”.
Buscar a paz com os homens é um reflexo de quem tem paz com Deus. Jesus afirma que os pacificadores são “bem aventurados porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9)
Podemos parar um pouco por agora e refletir:
Eu estou buscando a paz para com todos os irmãos do lugar onde congrego?
Eu sou um pacificador no meu trabalho?
Em casa sou uma pessoa que quando chega traz paz ou guerra?
O que está me impedindo de perseguir a paz, ao invés de guerra? Raízes de amargura?
Como filhos de Deus, devemos desejar, lutar, buscar e perseguir a paz e não os conflitos, as discussões, as divisões etc.
O povo de Deus representa uma comunidade de irmãos, uma fraternidade de gente de que apoia, se ama, que cuida uns dos outros. Essa é a melhor maneira de passar pelas provações, ao lado de irmãos que perseguirão a paz mutuamente.
2- Ter paz com Deus te auxiliará a buscar paz com os homens.
Você está em paz com Deus?
Veja o que Paulo escreve aos romanos:
Rm 5.1Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;”
Ele explica que aqueles que foram reconciliados com Deus por meio da morte de Cristo, receberam a justiça de Cristo sobre si. Isso pode ser traduzido como: A santidade de Cristo foi depositada na vida daqueles que foram chamados por Deus e creram pela pregação do evangelho em Cristo.
Quer dizer que a ira de Deus sobre muitos foi aplacada pela substituição da culpa do pecador pela justiça de Cristo. Portanto, Deus não mais está irado com aqueles que creram no nome de Cristo. Portanto, resumindo, todos os que creem verdadeiramente no Senhor Jesus, estão em paz com Deus.
Mas, ainda se espera obediência de um filho. E Deus também espera obediência de nós que somos seu povo.
Esta é uma obra progressiva em que cada um de nós deve se aplicar diligentemente. Esta obra só terá fim no dia em que estivermos junto com o Pai em seu lar celestial. Semelhantemente ao que Paulo diz:
Fp 3.12Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.
Você está em paz com Deus? Então você terá todo auxílio por parte do Senhor quando lutar para ter paz com o próximo. Amando a Deus nós poderemos amar o próximo.
3- Tenha atitudes de um servo de Deus.
O pastor aconselha a igreja dos hebreus a combaterem os perigos que diariamente podem prejudicá-los.
São três atitudes:
a) Preocupe-se com os irmãos que estão faltosos, eles podem estar se desviando do caminho.
b) Cuidado com as raízes de amargura dentro da igreja que podem trazer discórdia e heresias.
c) Atente-se para que não caia em imoralidade, trocando a bênção da comunhão com Deus por um prazer momentâneo.
CONCLUSÃO
O que Deus espera de nós?
Ele espera que nos esforcemos por uma vida em comunhão com Ele e com todos, tanto os que nos amam, quanto os que nos odeiam.
Ele espera que cuidemos da igreja, do seu povo, dos seus filhos, dos nossos irmãos.
Ele espera que sejamos um ramo vivo ligado a Cristo, e não uma erva daninha que carrega veneno e amargura.
Ele espera que vivamos em santificação, progressiva e contínua. Pois com a santificação, veremos a face gloriosa do Senhor JESUS.
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