Como vive o discípulo - comunhão - Sl 133
Ser e fazer discípulos • Sermon • Submitted
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Social
Introdução
Introdução
Ao ler as Escrituras, é impossível não observar que, nem sempre, os "irmãos" vivem em união.
Caim matou Abel (Gn 4), Ló se desentendeu com Abraão (Gn 13), os irmãos de José o odiavam e o venderam como escravo (Gn 37) e esses mesmos irmãos também não se entediam uns com os outros! (Gn 45:24).
Miria e Arão criticaram seu irmão Moisés (Nm 12), e alguns dos filhos de Davi se voltaram contra ele (2Sm 13 -18; e notar 2Sm 12.10).
Os discípulos de Jesus discutiam com freqüência sobre quem deles era o maior (Mt 18:1ss; Mc 9:33ss; Lc 22:23ss), e Paulo e Barnabé desentenderam-se por causa de João Marcos e, por fim, tomaram rumos separados e escolheram outros companheiros de ministério (Al 15:36-41).
A Igreja teve início visivelmente unida (At 2:1, 44, 46), mas quando lemos as cartas de Paulo, encontramos uma história triste de rivalidade e divisão, e, nos dias de hoje, a situação não é muito melhor.
Aliás tudo indica que este salmo foi composto por Davi quando conseguiu unifircar o reino de Israel.
Depois da divisão das terras feita por Josué, as tribos se dividiram, e foram governadas por juízes, havendo muitas divergências, discussões.
Além disso, cada um fazia o que achava melhor, eles adoravam a Deus como queriam, cada um tinha um santuário em um lugar.
Até que chega uma época que eles pedem um rei, neste tempo houve uma união das tribos sob o comando de Saul, mas sabemos que ele foi um péssimo rei.
Depois da morte de Saul, houve guerra civil entre as tribos e houve uma grande divisão.
A tribo de Judá escolheu Davi para ser seu Rei, mas as demais tribos escolheram Ibosete, que era descendente de Saul.
Grande conflito surgiu aqui, muitos anos de guerra, e finalmente a tribo de Judá venceu, e então Davi unifica o reino e reina sobre todo o Israel em um tempo de paz.
Jerusalém fica agora como o local de adoração oficial.
E sob o governo de Davi, houve harmonia e comunhão, houve crescimento em território, crescimento financeiro, vitória contra os inimigos, prosperidade espiritual, sistema de adoração, levitas, corais e diversas mudanças.
Diante disso, não precisamos investigar mais a história humana para saber que somos bons em gerar discórdia ao invés de vivermos em comunhão.
Num mundo tão dividido podemos desfrutar da realidade deste salmo?
Será que a comunhão é produto de nossos esforços?
1 Oh! Como é bom e agradável
viverem unidos os irmãos!
A resposta a esta pergunta é não.
Não temos as ferramentas para comunhão, apenas para a desunião.
Precisamos de alguém que acabe com nossas tentativas de produzir comunhão entre povos por meio da dominação, de guerras, e eugênias, de engenharias sociais.
A agradável união descrita neste salmo só pode ser desfrutada se antes tivermos em paz com Deus.
E a paz com Deus é fruto do relacionamento com aquele que é o príncipe da Paz, Jesus Cristo.
6 Porque um menino nos nasceu,
um filho se nos deu.
O governo está sobre os seus ombros,
e o seu nome será:
“Maravilhoso Conselheiro”,
“Deus Forte”, “Pai da Eternidade”,
“Príncipe da Paz”.
Toda tentativa de comunhão sem Cristo é um profundo interesse egoísta.
A comunhão não é produto de nossas tentativas de nos unir, ainda que tenhamos hoje grupos bem coesos, mas os motivos dessa comunhão não sustentam nossos anseios.
Motivações altruístas não sustentam nosso anseio por comunhão, tentativas políticas de unir pessoas, não resolvem isso também.
A verdadeira comunhão é produto da ação de Deus por meio da obra de Jesus Cristo aplicada a nós pelo Espírito Santo.
14 Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade.
1 Por isso eu, o prisioneiro no Senhor, peço que vocês vivam de maneira digna da vocação a que foram chamados,
2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros em amor,
3 fazendo tudo para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.
4 Há somente um corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança para a qual vocês foram chamados.
5 Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo,
6 um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.
Como discípulos de Jesus, somos chamados a viver em comunhão, e esta comunhão precisa apresentar três marcas:
Primeira marca - Unidade - v.2
Primeira marca - Unidade - v.2
2 É como o óleo precioso sobre a cabeça,
o qual desce pela barba,
a barba de Arão,
e desce para a gola de suas vestes.
No AT o sacerdote era quem mediava a relação do povo com Deus e de Deus com o povo.
Em sua ordenação, o sumo sacerdote era ungido com um óleo especial, produzido de acordo com as instruções que Moisés havia recebido de Deus (Ex 30:22, 23).
O sumo sacerdote e os outros sacerdotes eram aspergidos com óleo e sangue dos sacrifícios (Ex 29:1-9, 21).
Quando o sumo sacerdote era ungido, o óleo escorria por sua barba, para seu colarinho e sobre seu peito e na verdade ia até as bordas de suas vestes.
Isso indica que o óleo banhava as doze pedras preciosas que usava no peitoral sobre o coração simbolizando as 12 tribos de Israel, e esse banho era uma imagem de união espiritual.
Em toda a escritura o óleo simboliza o Espírito Santo, e para vivermos em unidade precisamos ser banhados pelo poder do Espírito Santo, que se dá por meio do novo nascimento.
A unidade é fruto do novo nascimento, nos unimos a Cristo pela fé, á igreja pela adoção e à missão de Deus pelo chamado de Jesus.
Quando o povo de Deus anda no Espírito, esquece as coisas terrenas e temporais e se concentra nas coisas eternas do Espírito.
As coisas externas nos dividem - gênero, riqueza, aparência, preconceitos étnicos, condição social e posicionamento político enquanto o Espírito Santo promove nossa unidade e glorifica a Cristo.
Porque a unidade é importante para a vida em comunhão?
O texto de Efésios nos mostra isso.
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,
12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,
13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de pessoa madura, à medida da estatura da plenitude de Cristo,
Essa unidade dos discípulos gera um testemunho público da ação de Deus em nossa comunidade.
20 — Não peço somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por meio da palavra que eles falarem,
21 a fim de que todos sejam um. E como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti, também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
22 Eu lhes transmiti a glória que me deste, para que sejam um, como nós o somos;
23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.
27 Acima de tudo, vivam de modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo até aí para vê-los ou estando ausente, eu ouça a respeito de vocês que estão firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé do evangelho;
Segunda marca - Dependência - v.3a
Segunda marca - Dependência - v.3a
3 É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali o Senhor ordena a sua bênção e a vida para sempre.
Neste trecho o salmista trás a figura de dois montes:
O Monte Hermom, no extremo norte de Israel, é o monte mais alto da região, com quase 3 mil metros, e Sião é um dos montes mais baixos de Israel.
Os dois são separados por uma distância de mais de 300 quilômetros, e, ainda assim, o Orvalho do Hermon serve o pequeno monte Sião e o Sul da região.
O monte Sião era um local importantíssimo, onde Davi reinou, não há cidade mais sagrada, santuário ou lugar sobre a terra que dava acesso à presença de Deus, como era a Sião do AT.
Mas este local dependia do orvalho de outro monte para seu desenvolvimento.
É desta forma que devemos viver, a comunhão uns com os outros é a ferramenta de Deus para que tenhamos vida, para que cresçamos, para que possamos nos desenvolver como Deus deseja.
15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
16 de quem todo o corpo, bem-ajustado e consolidado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio crescimento para a edificação de si mesmo em amor.
Fomos feitos para a vida em comunhão, se estamos em Cristo não devemos desprezar o auxílio de Deus por meio de outras pessoas para que cresçamos em Cristo.
13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de pessoa madura, à medida da estatura da plenitude de Cristo,
Terceira marca - Benção - v.3b
Terceira marca - Benção - v.3b
3 É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali o Senhor ordena a sua bênção e a vida para sempre.
A benção que Deus ordena é resultada de desfrutarmos da vida concedida por Cristo em comunidade.
Deus abençoa seu povo em comunhão.
A comunhão é a base da benção de Deus, aliás o resultado da obra de Cristo é unir homens que outrora estavam separados por uma grande inimizade.
E agora em Cristo temos vida, somos seu corpo, somos família de Deus.
Um grande exemplo de Deus ordenar benção em meio a comunhão foi em Pentecostes.
Os discípulos estavam vivendo em harmonia e paz, unidos em oração, esperando juntos o Espírito Santo prometido.
De repente, o Espírito de Deus desceu sobre todos em sua plenitude, e saíram levando consigo o evangelho de Jerusalém até os confins do mundo.
A bênção é explicada como vida para sempre.
Vida para sempre é uma promessa que se cumpre em Cristo, que chega a nós com garantia de vida eterna se depositarmos nossa fé nele.
Se quisermos de fato vida e comunhão, precisamos de Cristo.
Pois somente em Cristo desfrutamos da benção que Deus ordena, somente em Cristo temos vida, pois a comunhão é um atributo de quem está vivo.
Como discípulos de Cristo, somos chamados a viver em comunhão, pois isso é bom para nós e agradável aos olhos de Deus.
E mais que isso, a comunhão dos discípulos que vivem em unidade e dependência sob a benção de Deus, é um forte testemunho público da obra de Cristo em nós.
Enquanto a crença na humanidade se perde devido a tanta divisão e guerras.
A igreja é o lugar onde Deus ordena a benção de que em Cristo todos os povos podem comungar de paz, amor e graça de Nosso Amado Salvador, Jesus Cristo.
Como nós, discípulos seus podemos ser agentes de comunhão na Aviva Palhoça e na cidade de Palhoça?
S.D.G