Exortações finais de Pedro
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1 Pedro 5
1 Pedro 5
Pedro instrui seus leitores sobre o tipo de liderança pastoral necessário para garantir a sobrevivência da igreja em momentos de provação e perseguição. Os líderes devem supervisionar a igreja de maneira piedosa, pastoreando o rebanho em vez de exercendo domínio sobre ele.
1.1 - Portanto, apelo para os presbíteros que há entre vocês, e o faço na qualidade de presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, como alguém que participará da glória a ser revelada:
Portanto...
A instrução de Pedro lideres vem após a explicação do apóstolo em 4.17-19 de que a perseguição da igreja é o começo do processo de triagem pelo qual os que realmente pertencem a Deus são separados daqueles que não lhe pertencem. E que esse processo de julgamento se inicia pela casa de Deus.
Portanto, os presbíteros, em especial, não devem voltar atrás na responsabilidade de pastorear o povo, porque a vontade de Deus é que eles conduzam a igreja com boa vontade, mesmo que ao fazê-lo se tornem alvo fácil da perseguição.
- Presibiteros...
Os presbíteros na igreja primitiva serviam de liderança para as congregações (At 11.30; 21.18).
Note que Pedro se autodenomina presbítero como os outros (v. 1; comparar com 2Jo 1; 3Jo 1). Ele revela que não se coloca acima dos outros presbíteros e, assim, indica que um apóstolo também pode ser um presbítero
Isso quebra a idéia de que Pedro é alguém que está acima dos outros, ideia difindida no pensamento Católico Romano.
Testemunha...
O apóstolo descreve a si mesmo como um companheiro dos presbíteros e testemunha ocular dos sofrimentos de Cristo. Ele indica o Getsêmani e o Gólgota, mesmo que os evangelhos não digam que Pedro estava presente na crucificação de Jesus.
Participante...
Pedro diz ser “alguém que também irá participar da glória a ser revelada”. Desde o dia em que Pedro seguiu Jesus, ele viu sua glória durante seu ministério, especialmente no momento da transfiguração.
1.2 - pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir.
3 - Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho.
4 - Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória.
“Sejam pastores do rebanho de Deus”…
A imagem é notável, tendo em vista as palavras que Jesus falou na restauração de Pedro: “apascenta os meus cordeiros”, “pastoreia as minhas ovelhas” e “apascenta as minhas ovelhas”.
Não porque vocês devem fazê-lo”. Pedro dá aos presbíteros uma série de instruções sobre como devem executar o seu trabalho.
Não por obrigação
A atitude desejável é semelhante àquela da pessoa que doa suas ofertas: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” 2Co. 9:7
Não por ganância
O Obreiro é digno do seu sálario. Mas os presbíteros, porém, devem lançar fora todo o desejo de enriquecer. Caso cedam a essa tentação, terão cometido o pecado da ganância, “que é idolatria” (Cl 3.5). “O que é proibido não é o desejo de ter remuneração justa, mas o amor sórdido ao lucro”
Não ajam como Dominadores
A palavra dominando “se refere a um governo arbitrário e autocrático sobre o rebanho”. Apesar de Jesus delegar autoridade aos líderes da igreja (ver 1Tm 5.17), nenhum presbítero pode abusar do poder que recebeu.
“Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vossa alegria; porquanto pela fé já estais firmados” (2Co 1.24;
Os apóstolos Pedro e Paulo nunca usaram seu ofício apostólico em benefício próprio. Colocaram-se ombro a ombro com os membros da igreja para fortalecer os fracos, curar os enfermos e cuidar dos feridos.
Quando se manifestar o Supremo Pastor...
Os pastores não devem jamais se esquecer de que prestam contas diretamente a Jesus, que, nesse texto, recebe o título de Supremo Pastor. Devem lembrar-se de que a igreja pertence a Jesus, mesmo que eles amem e sirvam fielmente ao povo de Deus. É preciso que reconheçam que servem o Pastor-mestre e que o fazem até a sua volta. Como co-pastores de Jesus, eles guiam suas ovelhas para os verdes pastos de sua Palavra e dão a elas alimento espiritual
5 Da mesma forma, jovens, sujeitem-se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque“Deus se opõe aos orgulhosos,mas concede graçaaos humildes”.6 Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido.
Pedro ensina que, na igreja, os presbíteros são chamados à posição de liderança. Ele exorta os homens mais jovens a serem submissos a eles e urge que esses jovens demonstrem respeito de deferência para com aqueles que são de idade mais avançada. Conseqüentemente, eles aprendem obediência e humildade em relação aos mais velhos e ao mesmo tempo são treinados para assumir cargos de liderança na igreja e na comunidade.
Para que ele possa exaltar vocês no devido tempo”.
Por causa das provações pelas quais os leitores estão passando, correm o perigo real de perder a coragem e desanimar
7 - Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.
O verbo lançar significa um ato que exige esforço no sentido de arremessar alguma coisa para longe de nós. Descreve um ato intencional. Uma vez que lançamos fora nossas ansiedades, mesmo que os problemas persistam, sabemos que Deus cuida de nós.
8 - Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.
9 - Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos.
As palavras alertas e vigilante concentram-se em duas características: a sobriedade é a capacidade de olhar para aquilo que é real com a mente clara, e a vigilância é um estado de observação e prontidão.
São as primeiras características que descreve uma pessoa que controla sua própria disposição, enquanto a segunda mostra a prontidão para se responder às influências externas. Um cristão deve sempre manter-se alerta tanto contra forças internas como externas que desejam destruí-lo. Essas forças vêm do maior adversário do ser humano, Satanás.
“o seu inimigo, o diabo”.
Ele fala por experiência própria, pois lembra-se das palavras de Jesus na noite em que foi traído: “Simão, Simão, eis que Satanás reclamou para vos peneirar como trigo. Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça
Procurando alguém para devorar”.
Se não fosse pela revelação de Deus, esse retrato de Satanás inspiraria o terror no coração de um cristão. O crente não teria nenhuma proteção contra este temível adversário. Se fosse vítima de Satanás, seria destruído impiedosamente.
Resistam-lhe
De que maneira nos opomos a Satanás? Pedro diz: “[Mantendo-se] firmes na fé” diante do cenário de sofrimento e perseguição.
Sabendo sobre os irmãos...
“Sabem”. Pedro lembra aos leitores de que a igreja cristã é universal. Por isso, os crentes devem manter-se unidos contra Satanás
10 O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces. 11 A ele seja o poder para todo o sempre. Amém.
12 Com a ajuda de Silvano (Silas), a quem considero irmão fiel, eu lhes escrevi resumidamente, encorajando-os e testemunhando que esta é a verdadeira graça de Deus. Mantenham-se firmes na graça de Deus.
É o mesmo que está sempre junto com Paulo nas viagens e prisões.
O apóstolo indica que ele é o autor da carta e que Silas o ajudou como secretário
13 Aquela que está em Babilônia, também eleita, envia-lhes saudações, e também Marcos, meu filho. 14 Saúdem uns aos outros com beijo de santo amor. Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Não temos nenhuma prova de que Pedro tenha viajado para o Leste, para a Mesopotâmia, a fim de fundar uma igreja na Babilônia. Na verdade, não há informações sobre a igreja na Babilônia durante o século 1.
“Babilônia” é um nome em código para referir-se a Roma
Em tempos de perseguição, os autores tomavam cuidado incomum para não colocar em perigo os cristãos para os quais escreviam as cartas. Quando João foi banido para Patmos durante a perseguição do imperador Domiciano, por exemplo, ele chamou Roma de “Babilônia
Pedro, que menciona perseguição em todos os capítulos de sua epístola, morreu como mártir próximo a Roma. De acordo com a tradição, ele foi crucificado de cabeça para baixo. Em resumo, Pedro escreveu essa epístola perto do fim de sua vida, quando provavelmente estava na cidade imperial.