Sem título Sermão (34)
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Cânticos de Preparação: O Cântico dos Anjos Lc 2:8-20
O grande dia do projeto de redenção chegou, “um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros” (Is 9:6a). Jesus encarnou conforme foi profetizado, nasceu de uma virgem (Is 7:14); descendente de Abraão (Gn 12:2-3) e de Davi (Sl 89:3-4) na cidade de Belém (Mq 5:2). O cumprimento dessas profecias era o sinal de que algo maravilhoso estava começando a acontecer, a salvação estava chegando para todos nós. A profecia anunciava: Ele fora ungido para “levar boas notícias aos pobres [...] para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas ao prisioneiros (Is 61:1). Talvez, por isso, tenha nascido em uma época tão difícil! Israel estava dominado por Roma, havia ali vários tipos de injustiça social e muitas expectativas por uma libertação política. As pessoas tinham muitos motivos para chorar, para reclamar e desistir. No entanto, Deus envia os seus anjos com um grande convite: vamos celebrar!
1. VAMOS CELEBRAR, POIS JESUS É A ALEGRIA DOS POVOS (vs. 8-11)
Um anjo do Senhor apareceu para um grupo de pastores de ovelhas que estava trabalhando à noite “e a Glória de Deus resplandeceu ao redor deles” (vs. 8-9). Aquela manifestação maravilhosa, no entanto, deixou os pastores aterrorizados! Por que eles tiveram medo? Ora, não somos todos assim? Não perdemos, em grande parte, a capacidade de contemplar a Glória de Deus? Esse é um convite para enxergar aquilo que “nenhum olho viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou” (I Co 2:9), mas Deus preparou para nós: o seu Filho Amado, o nosso Salvador. Onde havia alegria, os pastores enxergaram medo. Mas o anjo os tranquilizou dizendo: “Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo” (v. 10). Os corações se aliviaram, o anjo era portador de “boas notícias”. Às vezes, tudo que precisamos é de boas notícias. Pois, cada época carrega as suas próprias dificuldades e desafios. A nossa época não é diferente. Jesus diz “Não se turbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim” (Jo 14:1). Na segunda parte do anúncio, o anjo informou qual era o motivo da alegria de todo o povo: “Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor” (v.11). A encarnação de Jesus é anunciada como o motivo da nossa celebração, a razão da nossa alegria! Mesmo que Ele não tivesse nos trazido alívio para a alma e cura para o corpo, mesmo que Ele não tivesse trazido alimento para as nossas mesas e não nos tivesse suprido nas nossas necessidades mais profundas... ainda assim Sua gloriosa presença sobre a terra, a visita do “Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9:6b) seria, por si só, motivo da mais profunda alegria. Alegremo-nos! Pois, Ele trouxe a salvação, a vida eterna, a viva esperança. Ele mudou a realidade do mundo. Sim! Jesus é a alegria de todos os povos por quem Ele é, e, também, pelo que Ele tem feito no meio de nós. A Glória de Deus nos rodeia, pois E
le é a manifestação do amor divino. Deus nos convida a celebrar. Não importa como estamos agora, Jesus está aqui! Isso nos basta.
2. VAMOS CELEBRAR, POIS JESUS É A GLÓRIA DE DEUS E A PAZ ENTRE OS HOMENS (vs. 12-14)
Jesus não apenas nasceu em uma época difícil. Ele nasceu em meio à dificuldade! Cercado de incertezas e desconfianças, José queria anular o casamento, pois suspeitava de que Maria o traíra (Mt 1:19); sua mãe grávida teve que caminhar de Nazaré até Belém (Lc 2:4); não havia lugar para ele na hospedaria, por isso foi posto em uma manjedoura (Lc 2:7); qualquer um reclamaria. Mas, esse era o sinal de que Jesus era o enviado de Deus (v. 12a). O frágil menino, “envolto em panos e deitado numa manjedoura” (v. 12b) era a manifestação da Shekinah de Deus. Era a Glória, era o poder, era o amor, era o sublime presente de Deus para uma humanidade que não era digna dEle. Ali estava, “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29), aquele que veio por nós quando ainda éramos inimigos de Deus, trazendo reconciliação entre nós e Deus (Rm 5:10). “Uma grande multidão do exército celestial” (v.13) veio celebrar junto ao anjo, diante dos pastores. O nascimento do Senhor Jesus, o Advento, precisava ser celebrado no céu e na terra. Aquele era o passo mais duro de um projeto difícil, a primeira grande vitória sobre o Inimigo. A encarnação de um Deus santo, para viver no meio de pecadores, como se fosse um deles (um de nós), foi o fato mais importante da história da humanidade. Era a proclamação da vitória definitiva. O exército cantou: “Glórias a Deus nas alturas” (v. 14a), um reconhecimento ao grande esforço de Deus para entregar o seu Filho Amado nas mãos dos pecadores; um reconhecimento do infindável amor que motivava aquela atitude; um reconhecimento da grandiosidade de um Deus que se humilha para que a sua criação seja salva. Glórias a Deus nas alturas é um cântico de reconhecimento! “Paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor” (v. 14b), um agradecimento ao Senhor por derramar paz nos corações de homens que vivem em um mundo caótico e cheio de guerras. “A paz de Deus que excede a todo o entendimento” (Fl 4:7a) é a repercussão que esse nascimento tem sobre as vidas de todos os crentes, pois essa paz guarda os nossos corações e mentes em Cristo Jesus (c.f. Fl 4:7b).
3. VAMOS CELEBRAR, POIS JESUS É A MENSAGEM MAIS LINDA PARA SER ANUNCIADA (vs. 15-20)
Assim que os pastores partiram, entenderam que deveriam correr para Belém, eles precisavam ver aquilo que lhes havia sido anunciado. Não porque não cressem, mas porque sabiam que era maravilhoso demais. Eles precisavam testemunhar o nascimento e precisavam se sentir próximos ao Rei dos reis. Ao ver, ouvir e viver tudo aquilo, os pastores sabiam que precisavam anunciar o Filho de Deus ao mundo. Eles “voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido” (v. 20). E levaram essa mensagem a todos, pois eles também entenderam que o grande privilégio de conhecer ao Senhor não pode ficar restrito a uma experiência íntima. Aceitamos, portanto, o convite de Deus, celebramos o Natal para anunciar, aos povos e nações, “as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pe 2:9b).