Natal O nascimento de Jesus.
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Quando Jesus, o Rei dos reis, nasceu, César Augusto era o imperador de Roma.
Ele foi imperador no período de 27 a.C. a 14 d.C.[1]
O nascimento (2.1–7)
O nascimento de Jesus, levou José e Maria de Nazaré a Belém (2.1–7),
trouxe os anjos do céu à terra (2.8–14)
levou os pastores dos campos a Belém (12.15–20).
um decreto publicado (2.1–3).
O que havia sido planejado na eternidade chegara à hora de acontecer.
A plenitude dos tempos havia chegado.
O eterno entraria no tempo e Deus desceria até nós.
Lucas identifica o tempo do nascimento de Jesus.
Isso aconteceu quando o imperador César Augusto convocou a população do império para um recenseamento.
Josefo fala sobre esse tempo, quando “o povo judaico inteiro” fez um juramento de lealdade a César.
Império Romano se realizavam recenseamentos periódicos com dupla finalidade: impor as contribuições e descobrir aqueles que podiam cumprir o serviço militar obrigatório.3
O termo grego apographesthai, traduzido por “alistar-se”, significa o registro do nome de cada cidadão, de sua idade e posição social, do nome da esposa e dos filhos, do patrimônio e da renda no cadastro oficial, com o objetivo de calcular os impostos.
Esse recenseamento se deu quando Quirino era governador da Síria.
Por ser José da família de Davi, ele precisou ir a Belém para se alistar.
· Deus moveu todo o império para que a profecia se cumprisse, pois, morando José e Maria em Nazaré da Galileia, eles precisariam viajar para Belém, na Judeia, onde Jesus haveria de nascer.
· César Augusto era o imperador, mas Deus é quem estava no comando da história.
O Messias deveria
ser a semente da mulher (Gn 3.15),
da tribo da Judá (Gn 49.10),
da família de Davi (2Sm 7.1–17),
nascido de uma virgem (Is 7.14),
e teria de nascer em Belém (Mq 5.2).
Isso prova que a nossa história é a história de Deus, o rolo aberto da profecia.
uma viagem necessária (2.4,5).
José saiu de Nazaré para as montanhas de Judeia, e Maria foi com ele, numa jornada de mais de 120 quilômetros. (74 milhas)
A viagem deve ter sido muito difícil para Maria, que estava no nono mês de gravidez. Ela precisou enfrentar o calor do dia, a poeira da estrada, a carência de água, a irregularidade da alimentação e a precariedade dos abrigos noturnos.
Por que José a levou também? Numa perspectiva humana, para poupá-la das calúnias e das más línguas de Nazaré e, na perspectiva divina, para cumprir a profecia.
O Messias teria de nascer em Belém (Mq 5.2), a cidade de Davi, a casa do pão (Jo 6.35).
uma manjedoura disponível (2.6,7). (estebaria)
· A cidade de Belém estava abarrotada de peregrinos.
· Não havia sequer uma pensão ou abrigo para acolher o casal nazareno.
· Os apelos e as preces diante da condição de Maria não foram atendidos.
· A cidade estava indisponível para Jesus nascer. Não havia para eles lugar na hospedaria.
Hendriksen, comentando o fato de não haver lugar para eles na estalagem, escreve:
Não foi porque o hospedeiro fosse cruel ou não hospitaleiro, mas porque a estalagem já estava cheia.
Assim também há corações que nunca recebem a Cristo, e isso não porque o odeiam definitivamente, mas simplesmente porque esses corações já estão ocupados por pensamentos de riquezas, honras, prestígio, prazeres, negócios etc., que não têm lugar para Jesus, nem tempo para refletir sobre sua vontade, nem desejos de deixar seu caminho para fazer o que lhe agrada.
Kenneth Bailey diz que há duas possibilidades para definir o lugar onde Jesus nasceu:
a casa de um camponês ou uma manjedoura. No Oriente Médio, a casa do camponês é composta por um cômodo que tem um nível mais baixo em uma extremidade, onde são recolhidos de noite o jumento e a vaca da família. A outra possibilidade seria uma manjedoura. Sou inclinado a pensar que essa é a possibilidade mais plausível.
José e Maria encontraram uma gruta onde os pastores guardavam os seus rebanhos. Ali, numa manjedoura, um lugar onde os animais comiam, Jesus nasceu e foi enfaixado em panos.
Essas circunstâncias, segundo Leon Morris, significam: solidão, obscuridade, pobreza e rejeição. Rienecker é contundente quando escreve: “Com a manjedoura, Israel, o povo eleito de Deus, deu as boas-vindas ao Messias. E com a cruz despediu-se dele da forma mais infame”.11 Jesus nasceu não num palácio, mas numa estrebaria. Porque era o Cordeiro de Deus, a manjedoura era um lugar apropriado. Porque Jesus se fez pobre e nasceu numa manjedoura, o Natal é um golpe no orgulho dos poderosos.
Leon Morris está certo ao dizer que foi a combinação de um decreto do imperador em Roma e das línguas mexeriqueiras de Nazaré que levou Maria a Belém, exatamente no tempo certo para cumprir a profecia (Mq 5.2). Deus opera através de todos os tipos de pessoas para levar a efeito seus propósitos.
Rienecker diz que a Igreja Católica Romana crê que a expressão primogênito (2.7) significa o mesmo que “filho único”, isto é, que Maria não teve outros filhos. Porém, a expressão “primogênito” (prototókos) deve ser usada de forma conscientemente contrária a “filho único” (monogenés). Hendriksen esclarece que a explicação natural é certamente esta: depois que Maria deu à luz Jesus, ela continuou a gerar filhos. Os próprios nomes dos irmãos de Jesus são mencionados (Mt 13.55). O fato de que ele tinha irmãos é também claro (Mt 12.46,47; 13.56; Mc 3.31,32; Lc 8.19,20; Jo 2.12; 7.3,5,10; At 1.14). É claro que o fato de Maria ter tido um relacionamento conjugal normal com José depois do nascimento de Jesus e ter tido outros filhos não é uma desonra para ela (Gn 2.24; 1Co 7.5), pois o casamento é digno de honra, o relacionamento sexual no casamento é legítimo e ter filhos é uma bênção!
A proclamação (2.8–20)
Destacamos aqui alguns pontos.
a quem é dada a mensagem (2.8,9).
· Os pastores são os primeiros a serem informados da grande Noticias de boas novas.
· Pastores não desfrutavam de boa reputação naqueles dias.
· Não eram considerados fidedignos e não lhes era permitido dar testemunho nos tribunais. Pertenciam a uma classe desprezada.
· Os fariseus os caracterizavam como ladrões e enganadores, igualados aos publicanos e pecadores.
· Os pastores eram considerados plebe (classe social mais baixa) que desconhece a lei.
Eram privados da honra dos direitos civis.16 Mas Deus vira a mesa e fere a soberba dos grandes da terra, enviando o anjo para dar a melhor e maior notícia do mundo, de primeira mão, não aos reis, nem mesmo aos escribas e sacerdotes, mas aos pastores.
William Barclay diz que, para assegurar a provisão de cordeiros perfeitos para os sacrifícios do templo, as autoridades do templo tinham seus próprios rebanhos, que pastavam próximos a Belém. É muito provável que esses pastores estivessem a cargo desses rebanhos. É espantoso pensar que os pastores que cuidavam dos cordeiros do templo fossem os primeiros a ver o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
o conteúdo da mensagem (2.10–12). O anjo desceu e a glória de Deus brilhou ao redor dos pastores. Eles ficaram envoltos por um mar de luminosidade, diante do qual as estrelas empalideceram e a noite se transformou em dia. Sempre que a glória do céu irrompe no meio da escuridão da terra, temor e pavor são a primeira reação do ser humano mortal e pecador.
A mensagem do anjo era uma boa nova de grande alegria para eles e para todo o povo. O conteúdo da mensagem é o nascimento de uma criança que está envolta em faixas, deitada numa manjedoura. Naquela época, esse herdeiro do trono de Davi possuía uma estrebaria como salão real, uma manjedoura como trono, feno e palha como lugar de repouso e duas pessoas desabrigadas como séquito.
Essa criança, entretanto, é o Salvador, o Cristo, o Senhor. Ele veio para salvar o seu povo. É o Messias prometido, o Senhor dos senhores e o Rei dos reis. Warren Wiersbe diz que Deus não enviou um soldado, um juiz ou um reformador, mas o Salvador. Rienecker, citando Lutero, diz que a boa nova não era para os anjos, mas para os homens. Os anjos não precisam do Redentor e os demônios não o querem. Ele veio por nossa causa; nós, pecadores, é que precisamos dele.21
a celebração angelical (2.13,14). Os céus cobriram-se de anjos, as nuvens transformaram-se em partituras musicais e uma música excelsa ecoou das alturas, o Gloria in Excelsis.
O nascimento do Salvador trouxe glória a Deus no céu e paz na terra entre os homens. De acordo com Leon Morris, os anjos estão dizendo que Deus trará paz para os homens sobre os quais repousa seu favor. A ênfase é dada a Deus, não aos homens. São aqueles que Deus escolhe, e não aqueles que escolhem a Deus, sobre os quais os anjos falam.
Essa paz, é lógico, significa a paz entre Deus e os homens, a cura da alienação causada pela maldade humana. Neste hino angelical, a glória e paz correspondem, nas alturas e na terra, a Deus e aos homens a quem ele quer bem.23
Em quarto lugar, a visita dos pastores (2.15–18). Quando os anjos se ausentaram, os pastores foram imediata e apressadamente a Belém ver os acontecimentos. Ao chegarem, encontraram Maria e José e a criança deitada na manjedoura. Eles viram e divulgaram o que lhes havia sido dito acerca do menino. Aqueles que ouviram o testemunho dos pastores se admiraram. É impossível ouvir falar sobre Jesus sem verificar quem ele é. É impossível ter um encontro com Jesus sem divulgar essa boa nova a outras pessoas.
a ponderação de Maria (2.19). Maria, ainda extasiada, sem alcançar todas as implicações daquele nascimento milagroso, guardava todas essas palavras, meditando-as no coração. Maria não se exalta, mas se curva maravilhada com o glorioso propósito de Deus.
a exultação dos pastores (2.20).
Os pastores que viram a glória do Senhor brilhando ao redor deles (2.9),
que escutaram a mensagem do anjo (2.11),
que ouviram o coro da milícia celestial (2.14),
que viram Jesus (2.16,17)
e que divulgaram o nascimento de Jesus (2.17),
voltam glorificando e louvando a Deus (2.20).
A circuncisão (2.21)
Para cumprir plenamente a lei, Jesus foi circuncidado ao oitavo dia. Esse era o selo da aliança (Gn 17.9–12). Ele nasceu sob a lei para resgatar os que estavam sob a lei (Gl 4.4,5). Cumpriu a lei (Mt 5.17) para nos resgatar da maldição da lei (Gl 3.13).[1]