REINO QUE CRESCE E APARECE! Lucas 13.18-21
A igreja, agente do reino, começou pequena e fraca em seu berço. A semente da mostarda é um símbolo proverbial daquilo que é pequeno e insignificante. Era a menor semente das hortaliças (Mc 4.31). Foi usada para representar uma fé pequena e fraca (17.6).
A parábola do grão de mostarda é a história dos contrastes entre um começo insignificante e um desfecho surpreendente, entre o oculto hoje e o revelado amanhã. O reino de Deus é como tal semente: seu tamanho atual e sua aparente insignificância não são, de modo algum, indicadores de sua consumação, a qual abrangerá todo o universo.
As aves que se aninham nos seus ramos frequentemente são um símbolo das nações da terra (Ez 17.23; 31.6; Dn 4.12). E, de fato, quarenta anos depois da morte e ressurreição de Cristo, o evangelho tinha chegado a todos os grandes centros do mundo romano. Desde aquele tempo, ele continua se expandindo e ganhando pessoas de todas as raças e nações.
Se a parábola da semente da mostarda fala sobre a expansão externa do reino, a parábola do fermento fala sobre sua influência invasiva, secreta e interna. O fermento aqui não é usado no sentido negativo como em outros textos (Êx 12.14–20; 1Co 5.7), mas é usado para referir-se à sua influência rápida, silenciosa e eficaz.
Foi pela influência do evangelho que as grandes causas sociais foram promovidas: a libertação da escravidão, a valorização das crianças e das mulheres, o amparo aos idosos, o alívio à pobreza, a valorização do conhecimento, das ciências e das belas artes, a promoção do crescimento econômico e social da sociedade. O evangelho não aliena os seres humanos. Ao contrário, transforma-os e faz deles agentes de transformação.
William Barclay diz que essas duas parábolas encerram quatro lições: 1) o reino de Deus começa de forma pequena, como a menor das sementes; 2) o reino de Deus trabalha sem ser visto, de forma silenciosa, como o fermento age na massa; 3) o reino de Deus trabalha de dentro para fora, pois a massa não pode crescer a não ser que o fermento nela opere esse crescimento; 4) o reino de Deus provém de fora. A massa não tem poder de mudar a si mesma, tampouco o temos nós.