REINO QUE CRESCE E APARECE! Lucas 13.18-21

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“Ninguém pode parar, a igreja do Senhor”.

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Grande ideia: “Ninguém pode parar, a igreja do Senhor”.
Estrutura: O reino que cresce como um grão de mostarda (vv. 18-19) e aparece como o fermento na farinha (vv. 20-21).
365 DIAS COM DEUS: Devocionais para a caminhada diária com Deus.
As duas parábolas são muito próximas em seu significado. O Reino de Deus embora seja humilde em seu começo (pequeno grão de mostarda e um pouco de fermento) se tornará tão extenso que será capaz de abençoar todo o mundo (a grande árvore que abriga pássaros) e influenciar positivamente ao ponto de causar profundas transformações (farinha levedada pelo pouco de fermento).
Essas parábolas eram muito importantes para encorajar os discípulos de jesus diante de tantas oposições sofridas no mundo. A história do cristianismo deixa claro de onde vem o poder do Reino: Jesus escolheu doze homens que seriam considerados fracassados segundo os padrões deste mundo, quando houve uma reviravolta na história: Jesus ressuscitou dentre os mortos pelo poder do Espírito Santo. E os doze discípulos e mais alguns seguidores receberam esse poder. Em pouco tempo foram conhecidos como “aqueles que agitaram o mundo” (At 17.6). Conhecemos onde a história está! E fazemos parte dela. Nenhum grupo na história foi tão expressivo em seu crescimento e tão intenso nas transformações que causou quanto o Cristianismo. O Segredo está aqui: o Evangelho é o poder de Deus para a salvação!
Vincent Cheung:
Dessa forma, as parábolas podem ajudar o crescimento espiritual de alguém que busca a Deus, visto que essa pessoa precisa submergir nas parábolas e suas explicações. Por outro lado, essas parábolas impedirão uma pessoa cuja mente não foi aberta por Deus, visto que ela não buscará sincera e diligentemente o entendimento espiritual como alguém cuja mente foi aberta por Deus.
Cresce como o grão de mostarda. (vv. 18-19)
(a) Tudo no Reino de Deus começou pequeno.
Lucas: Jesus, o Homem Perfeito O Crescimento Externo e Visível do Reino de Deus (13.18,19)

A igreja, agente do reino, começou pequena e fraca em seu berço. A semente da mostarda é um símbolo proverbial daquilo que é pequeno e insignificante. Era a menor semente das hortaliças (Mc 4.31). Foi usada para representar uma fé pequena e fraca (17.6).

Zacarias 4.10 (NAA)
10 Pois quem despreza o dia dos humildes começos, esse ficará alegre ao ver o prumo nas mãos de Zorobabel. Aqueles sete olhos são os olhos do Senhor, que percorrem toda a terra.
(b) Mas o crescimento do Reino é certo.
Lucas: Jesus, o Homem Perfeito O Crescimento Externo e Visível do Reino de Deus (13.18,19)

A parábola do grão de mostarda é a história dos contrastes entre um começo insignificante e um desfecho surpreendente, entre o oculto hoje e o revelado amanhã. O reino de Deus é como tal semente: seu tamanho atual e sua aparente insignificância não são, de modo algum, indicadores de sua consumação, a qual abrangerá todo o universo.

(c) O menor dos grãos cresce até ser uma árvore que aninha as “aves do céu”.
Lucas: Jesus, o Homem Perfeito O Crescimento Externo e Visível do Reino de Deus (13.18,19)

As aves que se aninham nos seus ramos frequentemente são um símbolo das nações da terra (Ez 17.23; 31.6; Dn 4.12). E, de fato, quarenta anos depois da morte e ressurreição de Cristo, o evangelho tinha chegado a todos os grandes centros do mundo romano. Desde aquele tempo, ele continua se expandindo e ganhando pessoas de todas as raças e nações.

Ezequiel 31.6 (NAA)
6 Todas as aves do céu se aninhavam nos seus galhos, todos os animais do campo davam cria debaixo dos seus ramos, e todos os grandes povos se assentavam à sua sombra.
Daniel 4.12 (NAA)
12 A sua folhagem era bela, o seu fruto era abundante, e nela havia sustento para todos. Debaixo dela os animais selvagens achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos; e todos os seres vivos se alimentavam dela.
(d) Dar abrigo aos que não se encontraram ainda no caminho, esse é o alvo do crescimento do evangelho no mundo: o princípio e um exemplo.
Essa grandeza do reino de Deus, simbolizada no pé de mostarda, tinha como objetivo dar abrigo e segurança, e não apenas ser grande em comparação a outros. Geralmente pensamos no vôo livre das aves apenas como expressão de liberdade, mas imagine como seria terrível se não tivessem onde pousar, onde descansar, onde fazerem ninhos e cuidar de seus filhotes até que estes aprendessem a voar.
Gouvêa de Oliveira, Flávio; Gouvêa de Oliveira, Flávio. O Evangelho em Carne e Osso: Uma exposição do evangelho de Lucas para pessoas de corpo e alma (p. 263). Flávio Gouvêa de Oliveira. Edição do Kindle.
Salmo 84.3 (NAA)
3 O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes, perto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!
O famoso filósofo francês, ateu, que morreu em 1778, talvez o maior escritor francês, Voltaire, crítico do Cristianismo, escreveu que num espaço de cem anos (com o desenvolvimento das ciências) não haveria nenhuma Bíblia na terra senão nas prateleiras, vitrinas e amostras de museus, para ser investigada (procurada) por algum curioso em antiguidades, passando à história.·.
Mas aconteceu que quem passou à história foi Voltaire, visto que a circulação da Bíblia continua a aumentar em quase todas as partes do mundo, levando bênçãos aonde quer que vá. Alguém já expressou com muita propriedade "É mais fácil empregar os nossos esforços para interromper a trajetória do sol, do que tentar interromper a circulação da Bíblia”. A respeito da presunção de Voltaire, apenas cinquenta anos depois da sua morte, a Sociedade Bíblica de Genebra comprou a residência onde Voltaire escreveu a insidiosa declaração, transformando a sua casa num enorme depósito de distribuição e de impressão de Bíblias! Mais tarde aquela mesma casa tornou-se a sede da filial de Paris, da Sociedade Bíblica Britânica e Internacional, a qual distribui Bíblias em toda a Europa! Que ironia da história!
2. Aparece como o fermento na farinha. (vv. 20-21)
(a) A influência dos valores do Reino sempre pôde ser percebida.
Lucas: Jesus, o Homem Perfeito A Influência Interior e Invisível do Reino de Deus (13.20,21)

Se a parábola da semente da mostarda fala sobre a expansão externa do reino, a parábola do fermento fala sobre sua influência invasiva, secreta e interna. O fermento aqui não é usado no sentido negativo como em outros textos (Êx 12.14–20; 1Co 5.7), mas é usado para referir-se à sua influência rápida, silenciosa e eficaz.

Lucas: Jesus, o Homem Perfeito A Influência Interior e Invisível do Reino de Deus (13.20,21)

Foi pela influência do evangelho que as grandes causas sociais foram promovidas: a libertação da escravidão, a valorização das crianças e das mulheres, o amparo aos idosos, o alívio à pobreza, a valorização do conhecimento, das ciências e das belas artes, a promoção do crescimento econômico e social da sociedade. O evangelho não aliena os seres humanos. Ao contrário, transforma-os e faz deles agentes de transformação.

(b) Essa influência é interna e silencioso: não precisa de aparato militar.
O reino de Deus não chegava como os impérios da época, dominando os reinos menores com sua grandeza e poder bélico. Não era algo que desejava o domínio político dos reinos sobre a terra, como o próprio Satanás ofereceu a Jesus nas tentações. Não era também algo que trazia uma dura hierarquia de cima pra baixo como no mundo onde “os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o
Gouvêa de Oliveira, Flávio; Gouvêa de Oliveira, Flávio. O Evangelho em Carne e Osso: Uma exposição do evangelho de Lucas para pessoas de corpo e alma (p. 264). Flávio Gouvêa de Oliveira. Edição do Kindle.
(c) Em suma:
Lucas: Jesus, o Homem Perfeito A Influência Interior e Invisível do Reino de Deus (13.20,21)

William Barclay diz que essas duas parábolas encerram quatro lições: 1) o reino de Deus começa de forma pequena, como a menor das sementes; 2) o reino de Deus trabalha sem ser visto, de forma silenciosa, como o fermento age na massa; 3) o reino de Deus trabalha de dentro para fora, pois a massa não pode crescer a não ser que o fermento nela opere esse crescimento; 4) o reino de Deus provém de fora. A massa não tem poder de mudar a si mesma, tampouco o temos nós.

3. Outras aplicações:
(a) O crescimento da igreja de Jesus não é metodológico, mas orgânico. O corpo de Cristo cresce naturalmente.
Marcos 4.26–29 (NAA)
26 Jesus disse ainda: — O Reino de Deus é como um homem que lança a semente na terra. 27 Ele dorme e acorda, de noite e de dia, e a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. 28 A terra por si mesma frutifica: primeiro aparece a planta, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. 29 E, quando o fruto já está maduro, logo manda cortar com a foice, porque chegou a colheita.
Phillip Yansey:
Estranhamente, á medida que olho para trás, para os dias de Jesus da perspectiva presente, é a extrema simplicidade dos discípulos que me dá esperança. Jesus não parece escolher seus seguidores com base no talento inato, ou na perfeição, ou no potencial da excelência. Quando viveu na terra rodeou-se de pessoas comuns que não o entendiam direito, não exerciam muito poder espiritual e às vezes se comportavam como alunos mal-educados. Três discípulos em particular (os irmãos Tiago e João, e Pedro), Jesus escolheu para repreensões mais fortes- mas dois deles se tornariam os líderes mais notáveis dos cristãos primitivos.
Não posso evitar a impressão de que Jesus prefere trabalhar com recrutas nada promissores. Uma vez, depois que enviou os setenta e dois discípulos em missão de treinamento, Jesus regozijou-se pelo sucesso que relataram na volta. Nenhuma passagem dos evangelhos o apresenta mais exuberante. “Naquela mesma hora alegrou-se Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas. Assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.”. De tal bando de néscios Jesus organizou uma igreja que não parou de crescer em dezenove séculos.
(b) Nossa influência é por dentro (valores) e não por fora (personalidades). O evangelho do Reino marca os processos e não necessariamente as instituições de poder.
1Pedro 2.4–5 (NAA)
4 Chegando-se a ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, 5 também vocês, como pedras que vivem, são edificados casa espiritual para serem sacerdócio santo, a fim de oferecerem sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por meio de Jesus Cristo.
John Stott:
Em 1850, David Livingstone, o intrépido missionário pioneiro na África, escreveu para sua irmã Inês:
Jamais deveríamos considerar parte de uma missão do Rei dos reis como sendo um sacrifício, enquanto outros homens estimam o serviço de um governo terreno como uma honra (…) Eu sou um missionário de corpo e alma. Deus tinha um filho único, e ele era um missionário e um médico. Sou apenas uma pobre imitação dele (…) Neste serviço espero viver; nele desejo morrer.
Alguns anos depois, Robert Speer, secretário viajante do Movimento de Estudantes Voluntários nos Estados Unidos, escreveu em seu diário: “Se você quer seguir Jesus Cristo, deve segui-lo até os confins da terra, pois é para lá que ele está indo (…) Não podemos pensar em Deus sem pensar nele como um Deus missionário.
Ilustr.:
https://itaudeminas.mg.gov.br/arquivos/ere/livros/as-cronicas-de-narnia-vol-vii-a-ultima-batalha.pdf
"Vocês ainda não parecem tão felizes como eu gostaria."
"É que estamos com medo de ser mandados embora, Aslam! Já fomos mandados de volta ao nosso próprio mundo muitas vezes."
"Não precisam ter medo – disse o Leão. Vocês ainda não perceberam?"
Sentiram o coração pulsar forte e uma leve esperança foi crescendo dentro deles. "Aconteceu mesmo um acidente com o trem" –explicou Aslam. "Seu pai, sua mãe e todos vocês estão mortos, como se costuma dizer nas Terras Sombrias. Acabaram-se as aulas: chegaram as férias! Acabou-se o sonho: rompeu a manhã!"
E, à medida que Ele falava, já não lhes parecia mais um leão. E as coisas que começaram a acontecer a partir daquele momento eram tão lindas e grandiosas que não consigo descrevê-las. Para nós, este é o fim de todas as histórias, e podemos dizer, com absoluta certeza, que todos viveram felizes para sempre. Para eles, porém, este foi apenas o começo da verdadeira história.
Toda a vida deles neste mundo e todas as suas aventuras em Nárnia haviam sido apenas a capa e a primeira página do livro. Agora, finalmente, estavam começando o Capítulo Um da Grande História que ninguém na terra jamais leu: a história que continua eternamente e na qual cada capítulo é muito melhor do que o anterior.
Apocalipse 7.9–10 (NAA)
9 Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestes brancas, com ramos de palmeira nas mãos. 10 E clamavam com voz forte, dizendo: “Ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.”
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