Jesus quebra as nossas tradições
O mesmo Cristo Sob Outro Olhar • Sermon • Submitted
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Transcript
Jesus quebra as nossas tradições
Jesus quebra as nossas tradições
Jesus quebra as nossas tradições
Marcos 3:1-6
Introdução
Tradições são a marca da humanidade. Somos seres tradicionais que carregam hábitos ou costumes que ensinamos para a próxima geração.
Mas o que é normal pra alguns é bem diferente para os outros.
Por exemplo, é tradição comer insetos em vários países do mundo. Sabe qual é o inseto mais comido? O besouro. Provavelmente eles devem ir a um rodízio de insetos ou algo do gênero.
Outra tradição que é bem esquisita é a Santa da Ressurreição. Na cidade de Neves, na Espanha, todos os enfermos à beira da morte ou pessoas condenadas por uma doença grave são levados em procissão dentro de um caixão para a igreja da cidade. - Eles fazem um ensaio de velório.
Os doentes e enfermos prestes a morrer são levados em caixões pelos parentes para um cemitério e depois conduzidos para uma igreja para a celebração de uma missa por suas almas. O gesto simboliza a “volta” ao mundo dos vivos. Depois da missa as pessoas saem para celebrar, divertir e dançar.
Tirando o fato de que existem tradições engraçadas e esquisitas, o fato é que carregamos tradições e costumes conosco.
Jesus já lidou muito com tradições e costumes e tem uma postura bem sábia pra nos ensinar hoje.
Explicação (Aplicação)
Contextualização
Contextualização
Jesus foi um homem que colecionou inimigos. Qualquer atitude dele é confrontadora, libertadora, justa e graciosa.
Aqui, nesse texto, não seria diferente.
Para entendermos o que Deus quer dizer precisamos saber de uma história que está acontecendo por trás dessa cura.
Olhe pro cap 2: 27-28
Os fariseus, uma seita religiosa judaica legalista que dominava nos tempos do Novo Testamento, estavam seguindo Jesus, esperando que ele fizesse alguma coisa no dia de sábado.
A tradição deles contava com inúmeras diretrizes sobre o que se poderia fazer ou não no sábado. Era considerado crime qualquer tipo de trabalho. Até mesmo andar mais de 1 km no sábado era crime. Eles acrescentavam leis a Lei de Deus. É como colocar uma cerca ao redor da cerca.
Jesus, como você vai descobrir, não liga para tradições meramente humanas e sim para a Palavra de Deus. Então seus discípulos colhem espigas, o que era proibido pela tradição dos fariseus.
Jesus então faz a declaração que você leu no v.27-28
O sábado foi feito para o homem. Ele era um sinal da aliança e o cumprimento do sábado era abrir mão de seus próprios interesses para estar com Deus e fazer o bem ao próximo. E quem decide o que é bem é Jesus, então, Ele declara ser Senhor do sábado.
Então o nosso texto começa a ganhar cor.
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Ele se divide em três momentos:
• A tradição e a intenção dos homens (v.1-2)
• Jesus confrontando a tradição e restaurando vida (v.3-5)
• O paradoxo do evangelho (v.6)
A tradição e a intenção dos homens (v.1-2)
A tradição e a intenção dos homens (v.1-2)
Os fariseus então começam a armar um processo jurídico contra Jesus. Eles queriam acusa-lo com o fim de mata-lo. É dito que os judeus tinham o costume de armar situações e testemunhas para que o processo fosse condenatório. A famosa produção de provas.
Então, com esse espírito eles estavam na Sinagoga, que era o local de reunião pra adoração e oração judaica. A forma como texto foi escrito, dá a entender que eles levaram esse homem com a mão ressequida.
Essa mão em formato de garra já apareceu na bíblia antes e foi vista como uma marca de maldição.
Então o cenário estava formado:
Homens que queriam acusar Jesus. Eles não duvidavam que Jesus poderia curá-lo
Um homem com uma doença na mão, marginalizado e amaldiçoado.
E Jesus.
A tradição dizia que ele não poderia ser curado no sábado. A intenção dos fariseus é ver Jesus curar, não para o bem do homem, mas para o mal de Cristo.
Perceba, num momento de culto, num espaço de culto, num dia de culto, havia um homem com a necessidade de uma cura mas uma tradição queria mantê-lo assim.
Tradições são importantes. Mas quando elas são contrárias a Palavra ou não visam o bem das pessoas e a glória de Deus elas precisam ser abandonadas.
O Evangelho está acima de qualquer tradição. Se Jesus tiver que confrontar um sistema estabelecido que impede a sua obra, Ele vai fazer.
A questão era simples: Se Jesus curar no sábado, ele pode ser acusado.
Mas Jesus sabia de tudo isso. Então entramos na segunda parte:
Jesus quebrando a tradição e restaurando vida (v.3-5)
Jesus quebrando a tradição e restaurando vida (v.3-5)
Jesus faz o que ninguém esperava: Ele chama o homem para o meio, para ser público o que ele iria realizar.
Então, Jesus faz uma pergunta que revela o interior dos fariseus:
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 3
É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la?
Ele pede explicação pros especialistas da lei.
A resposta é bem clara, até uma criança sabe responder: Se nos outros seis dias devemos fazer o bem, devemos fazer o mal no dia que Deus separou para si?
Então silêncio.
**Ficar em silêncio.
Sabe esse silêncio que acabamos de viver? É uma pequena parcela do que aconteceu naquela sinagoga.
Jesus deixa doutores de silêncio.
Jesus olha ao redor e sente raiva. Poucas vezes você vê essa expressão aparecer nos evangelhos, mas Jesus sente profunda ira. Os corações deles estavam endurecidos e distantes de Deus. Eles adoravam a tradição e os ritos e não o Deus verdadeiro.
Eles queriam incriminar, condenar e acusar. Jesus queria cumprir o mandamento e amar. O amor não é um sentimento ou declarações, o amor é uma disposição de coração que leva a uma atitude real que visa o bem do próximo. Amar faz a diferença.
A tradição era clara: A menos que fosse perigo de morte, nenhum médico poderia curar ou ajudar alguém.
>> Mas a ira de Jesus dá lugar a uma tristeza. O compromisso deles com regras que eles estabeleceram estavam acima da vida do próximo. O compromisso deles com a tradição os impedia de ver o agir de Deus.
Talvez você não possa curar, mas quando você deixar algumas coisas que te impedem de amar e amar o próximo, você verá como faz a diferença.
Quero contar uma pequena experiência:
Eu era diácono, estava de roupa social e tudo mais.
Passei na esquina e tinha uma mulher virada do baile. Eu olhei pra ela, ela olhou pra mim mas eu a ignorei. Sabia do Evangelho, sabia do amor de Deus, mas estava arrumado. Estava atrasado, pra variar. Uma amiga minha, passou pelo mesmo caminho que eu e estendeu a mão a ela. Aquela mulher aceitou Jesus e apareceu na minha igreja naquela manhã. Fiquei feliz por ela, mas fiquei triste por mim. A tradição, o que eu achava que era prioridade , me impediu de ama-la
A prioridade de Deus é a sua glória, e não há nada mais glorioso do que uma vida transformada e vivendo com Jesus.
Então Todos na Sinagoga prendem a respiração, os discípulos, os fariseus, os judeus, até o homem diante de Jesus.
Então Ele cura.
Ele cura uma vida, ele cura uma história, ele cura um homem.
Uma cura que envergonha as religiões humanas. Uma cura que envergonha aqueles que amam a tradição, mas não amam a vontade de Deus.
Jesus enxergou o homem atrás da dor e o amou, assim como Ele faz conosco.
Quando a Palavra diz que ele teve sua mão restaurada, o termo que é utilizado aqui mostra que a restauração da mão desse homem é a mesma prometida na restauração de todas as coisas, no Dia que Jesus voltar. Um sopro da perfeição futura que Jesus trará.
Quantas vezes, nossa religião nos impede de ver o agir de Jesus?
Quantas vezes, o cumprimento de regras nos impede de participar da vontade de Deus na transformação de vidas?
O evangelho quebra tradições e convenções humanas para transformar o perdido.
Olhe o cenário de novo. Discípulos surpresos, observadores sem palavras, o homem imensamente feliz e Jesus olhando com amor para ele.
Os fariseus não acreditam em como a situação mudou tão rapidamente.
Então, o texto continua e:
O paradoxo do Evangelho (v.6)
O paradoxo do Evangelho (v.6)
Os fariseus não aguentam e saem dali. Eles acabaram de ser humilhados por Jesus publicamente. Não havia como acusá-lo agora.
Eles se unem aos herodianos. Os herodianos era um grupo político judeu que apoiava a família de Herodes e Roma.
Fariseus que odiavam Roma e os Herodianos que amavam Roma se unem. Inimigos naturais se unem para matar o Senhor.
Jesus era um problema para os fariseus porque destruía toda a tradição rabínica judaica e denunciava todos os seus pecados.
Jesus era um perigo pros herodianos porque seus ensinamentos condenavam o mundanismo, a idolatria e a libertinagem.
E esse é o ponto alto do evangelho de Marcos o tempo todo.
Jesus que vem dar a vida, liberdade e restaurar todas as coisas vai fazer tudo isso por meio de sua morte. Nenhum plano humano pode conte-lo. Apenas o plano de Deus foi seguido, pôs a Bíblia diz Ele que entregou sua própria vida.
1. A acusação que eles tentaram fazer resultou em cura para o homem.
2. A morte que eles tentaram armar, gerou vida para todos que vão até Jesus.
3. O paradoxo do evangelho é esse: Como através de morte é possível gerar vida?
Aqui começa o fim. Aqui começa a caminhada para cruz, onde Jesus mais uma vez vai envergonhar não somente os fariseus, não somente os herodianos, mas o diabo e toda tradição que não vem da Palavra de Deus.
Eu espero que você esteja incomodado e perplexo.
• Seja como discípulo, ao enxergar um Jesus que faz coisas maravilhosas.
• Seja como um religioso, onde Jesus surpreende ao ignorar tradições por uma vida.
• Seja como um homem que precisa ser curado por Deus, e é surpreendido quando Deus estende a mão a cura sua vida.
Aplicações:
1. Avalie suas tradições. Veja se elas impedem a obra de Deus. A única coisa que é inspirada é a Palavra de Deus. Nossas percepções e nossa forma de agir, pode estar equivocada assim como os fariseus.
2. Avalie sua compreensão sobre Jesus. Se você fechar sua bíblia, vai ficar cego para o que Deus está fazendo diante de você.
3. Avalie o que precisa ser curado. Jesus vê você atrás da sua dor. Tradições, pensamentos ou pecados, não podem impedi-lo de te curar. Venha até Ele.
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 53
4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Orar.