PREGAÇÃO
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PREGAÇÃONesta reflexão gostaria de voltar nosso pensamento para o evangelho de ontem (reis). Mateus 2, 11. Esta cena amplamente conhecida e popularizada na festa de reis, é na verdade uma figura que nos remete ao mistério da encarnação. Mas por outro lado queremos especialmente hoje, em que estamos em uma semana de adoração a Jesus eucarístico, trazer nossa mente a essa passagem e pensar em que medida ela pode nos ajudar a crescer na espiritualidade eucarística.
PREGAÇÃONesta reflexão gostaria de voltar nosso pensamento para o evangelho de ontem (reis). Mateus 2, 11. Esta cena amplamente conhecida e popularizada na festa de reis, é na verdade uma figura que nos remete ao mistério da encarnação. Mas por outro lado queremos especialmente hoje, em que estamos em uma semana de adoração a Jesus eucarístico, trazer nossa mente a essa passagem e pensar em que medida ela pode nos ajudar a crescer na espiritualidade eucarística.
Interessante que o nosso cerco coincida com a celebração dessa solenidade, pois ainda estamos no tempo do natal do Senhor. Essa reflexão é baseada também no livro A Infância de Jesus - Joseph Ratzinger.
Pois bem, o primeiro ponto que quero trazer a reflexão é a pergunta fundamental: quem eram esses magos e como era possível haver pessoas fora de Israel que vissem precisamente no “rei dos judeus” o portador de uma salvação que lhes dizia respeito?
Esses magos eram sábios, com conhecimentos astronômicos e filosóficos, mas também religiosos, pagãos, segundo alguns biblistas da região da Pérsia. Esse dado é importante para o sentido a que iremos chegar.
Sobre a segunda parte da pergunta: como eles sendo de outra cultura, religião e lugar poderiam ir até as terras judaicas me busca de um rei que não lhes dizia respeito?
Vários argumentos foram expostos por estudiosos para entender a questão do surgimento da estrela e de como esses sábios podiam ter visto nela um fenômeno singular. Vou apontar rapidamente um ponto:
“A conjunção dos planetas Júpiter e Saturno, que teve lugar nos anos 7-6 a.C. – considerada hoje a verdadeira data do nascimento de Jesus –, poderia ter sido calculada pelos astrônomos babilônicos, tendo-lhes indicado a terra de Judá e um recém-nascido “rei dos judeus”.”
Um erudito encontrou em tábuas cronológicas chinesas, que no ano 4 a.C. “aparecera e foi vista durante longo tempo uma estrela brilhante”.
“Júpiter, a estrela da mais alta divindade babilônica, aparecia no seu máximo esplendor no momento da sua aparição de noite ao lado de Saturno, o representante cósmico do povo dos judeus”. A partir desse encontro de planetas os astrônomos babilônicos podiam deduzir um evento de importância universal: o nascimento no país de Judá de um soberano que havia de trazer a salvação.
Na figura desses homens, sábios, certamente conhecedores de vários saberes, está o ser humano, que busca investigando o mundo e o universo em busca de respostas para a sua vida. O homem se distingue de outras criaturas justamente pelo fato de que ele não aceta a sua existe como dado, mas quer saber, precisa de um sentido para o seu ser.
A questão posta é, onde o ser humano busca as suas repostas e mais, o que ele encontra é suficiente?
Quando os magos veem uma estrela com um brilho fora do comum e decidem ver o que de especial tem nela, nesta investigação o que eles encontram não é apenas uma questão astrológica. Para além dessa busca exterior havia também neles uma busca interior a qual faz com que decidam partir em direção, não da estrela, mas aquilo para o qual a estrela indicava.
Também nos temos nossas inquietações, nossas dúvidas, nossos questionamentos. Mas em tudo isso podemos ter a certeza de que há um lugar onde podemos ir e sanar tudo isso. Há um lugar onde podemos nos locar totalmente sem máscaras, sem distinção. Diante do menino Deus, senhor da história, rei dos povos, fonte de toda resposta para nossas vidas. Esse é o convite para nós hoje.