Sermão do Monte (10)
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As utilidades do cristãos no presente kosmo
As utilidades do cristãos no presente kosmo
13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;
15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.
16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Introdução:
1. Jesus nos versículos anteriores comunicou várias bençãos, como devemos viver, as recompensas, o contraste entre o pensamento do mundo e o nosso e que tais atitudes são confirmações da nossa cidadania.
2. Agora Jesus deixa claro que os cristãos (discípulos) têm suas responsabilidades de influenciar.
3. Jesus mostra a eles a utilidade que têm para a obra e para a gloria de Deus.
4. Jesus ensina que os crentes não fazem parte do mundo, Tg 4.4
4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;
16 porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.
17 Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.
mas precisam ser enviados ao mundo para testemunhar do Evangelho, Rm 12.2
2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
John Stott diz que, mesmo a igreja sendo perseguida pelo mundo (5.10–12), é chamada para servir a este mundo que a persegue (5.13–16). A igreja responde ao ódio e às mentiras do mundo com o amor e a verdade.
Quando somos utilizados pelo Espirito Santo, quando somos influenciadores para o Reino, quando fazemos diferença nesse presente século, precisamos entender que teremos desgastes.
Estamos disposto a estes desgastes? Sal e luz desgastam.
O que o sal e a luz eram para a vida no primeiro século na Palestina, os cristãos são para a sociedade em que vivem. Sinclair Ferguson “Sincler Forgueson”
São duas meneiras que o crente pode ser usado pelo Espírito para influenciar nesse kosmo:
Sal- internamente. Porque o sal não é visto, mas tem um poder quando infiltrado, torna o gosto diferenciado.
Luz- externamente.
Porque a luz é vista, v.16.
O sal influencia ao infiltrar-se. A luz influencia ao irradiar-se. O sal, embora não possa ser visto, é sentido. A luz, embora não possa deixar de ser vista, é reveladora. Hernandes Dias Lopes
I. O cristão sendo sal:
v.13- Vós sois o sal da terra= aqui está uma declaração não de ordem, mas do que os crentes são, ou seja, Jesus mostra duas analogias do que faz parte da vida de alguem convertido, sua nova natureza.
Utilidade do sal:
1. A utilidade do sal era preservar os alimentos da decomposição, ou seja, impede a corrupção da putrefação.
O sal é como uma nova alma enxertada no corpo morto. Willian Barclay
Não diferente do papel da igreja nesse mundo, a igreja traz vida e por isso não vivemos em um mundo putrefato, a igreja tem o poder de semear vida nova.
2. A utilidade do sal é ser esfregado ou desgastado. Ez 16.4
4 Quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste, não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água para te limpar, nem esfregada com sal, nem envolta em faixas.
Este texto faz alusão à prática judaica de esfregar sal em bebês recém-nascidos.
Muito provavelmente, essa prática não dizia respeito à pureza cerimonial, mas à higiene.
Já era do conhecimento geral que doenças e mesmo a morte poderiam sobrevir, se a higiene fosse ignorada.
O crente precisa empenhar-se por ser sal, pagar preço, ter desgastes, tudo para impactar o mundo.
3. A utilidade do sal é temperar, ou seja, dar sabor.
Qual sabor do Evangelho temos transferido para as pessoas? Um Evangelho amargo, infeliz, problemático, imperfeito ...
Ou um Evangelho que renova, traz vida, alegria, amor, esperança, mas também desafios… Cl 4.6
6 A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.
29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.
Contudo, o contexto que Jesus disperta isso nos discípulos era após o ensino de perseguição, o sal era despresível e insignificante, porém, Jesus ensina que o sal tem a sua exepcionalidade.
Neste texto os discípulos são chamados a purificar moralmente o mundo, onde não há uma moralidade estável
São chamados para trazerem um saber diferente ao mundo, o Reino de Deus.
São chamados para manter a chama viva da salvação, esperança do dia vindouro.
Ser sal significa entrar em contato e penetrar com sua influência, a pergunta é: a igreja influencia o mundo ou o mundo influencia a igreja?
Muitas pessoas, ao se tornarem crentes, isolam-se das outras pessoas, trancam-se numa estufa, numa redoma de vidro, numa bolha espiritual, e se tornam sal no saleiro e depois sal insípido. Elas não se apresentam, não se inserem, não influenciam, não salgam. Tornam-se antissociais e antiespirituais. Hernandes Dias Lopes
Enquanto o mundo apodrece, onde está o sal? ou o que temos feito como sal?
Não somos sal para ficarmos no saleiro, numa plateleira ou despensa.
Não somos sal carentes de sabor ou gosto.
A palavra grega para “… vier a ser insípito...” = μωραίνω (mōrainō “môrreinô”), VB. tornar-se tolo. Significado é sem sabor.
A comida precisa ter a medida adequada de sal para não deixá-la sem sabor e nem muito salgada, ou seja, precisa haver um ponto de equilibrio.
Olhando nessa perspectiva podemos dizer que: assim como o sal, o crente precisa nesse mundo ter uma boa qualidade de vida, ou seja, ser um ótimo sabor na presença de Jesus. Por outro lado o excesso é insuportável (καταπατέω (katapateō), VB. pisotear. Sentido de ser pisoteado ou pisado fortemente ou grosseiramente); o crente precisa ter equilibrio.
II. O cristão sendo luz: A ideia no grego é fonte de luz.
a. O crente quando brilha no mundo-
William Barclay diz que a luz tem três funções primordiais: ser vista por todos, servir de guia e servir como advertência.
Quando o mundo estava em trevas, Deus disse: haja luz; Gn 1.2-4
2 A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.
3 Disse Deus: Haja luz; e houve luz.
4 E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.
Para o mundo sair das trevas, veio Jesus, Jo 8.12
12 De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.
Agora para haver a influência da igreja, o testemunho do Filho de Deus, fomos feito a luz, v.14.
Observa uma coisa, o sal dissemos que é inserido, sendo assim, a igreja inserida testemunhará, ou seja, vai fazer a luz de Cristo brilhar.
15 para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo,
Não podemos ser cristãos ocultos, a luz para ser eficaz ela não pode estar escondida, precisa ser como uma cidade edificada no monte (edificada significa tornar-se situada em um determinado lugar; deitar).
e não como uma candeia de baixo de um alqueire, mas no velador, vv.14-15.
Cidade edificada sobre o monte= a cidade está acima de tudo o que está ao seu redor e brilha.
nem se acebde uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire… = Jesus ensina que a luz precisa brilhar (candeia= lâmpada, vela; lamparina) e chegar a todos e não ficar oculta (debaixo do alqueire= recipiente ou cesto de medidas).
Agora, o que a nossa luz deve refletir, o nosso brilho? Evidente que não. O brilho que salva, restaura edifica é Jesus. O Brilho de Jesus reflete nas boas obras, assim o Pai será glorificado.
Não podemos esquecer que sendo luz, travamos batalhas espirituais, porque o diabo reina nas trevas, Cl 1.13
13 Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor,
4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.
5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus.
6 Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.
Podemos chegar em um comum acordo, o crente tem uma responsabilidade relevante para dizermos, deixa pra lá, ou desisto, ou não tenho nada com isso...
A luz sempre vence as trevas, revela tudo que estava na escuridão, traz clareza para limpeza e purificação.
A luz traz direcionamento correto.
A luz traz identificação.
A luz traz uma caminhada segura.
A luz é uma advertência, alerta de perigo e cautela, sinais no trânsito ou “olho de gato”; triângulo...
A igreja mostra todos estes sinais ao mundo.
b. O crente quando brilha para o mundo-
As pessoas vêm as boas obras, v.16.
A palavra grega kalos, traduzida por “boas”, indica que essas obras não devem ser apenas boas, mas também belas, atraentes ou mais próximo do grego= exelencia moral.
A intenção destas obras é glorificar a Deus e apontar para o trono de Deus.
Conclusão/Aplicação:
É perfeitamente claro que o cristianismo verdadeiro envolve algo mais do que ser batizado e ir à igreja. “Sal” e “luz”, evidentemente, implicam uma peculiaridade, tanto no coração como na vida diária, tanto na fé como na prática. Se nos consideramos salvos, devemos ousar ser singulares e diferentes da humanidade em geral. J. C. Ryle
Como podemos viver nesse mundo para causar impacto para gloria de Deus?