SERMÃO - APOC 9.1-21 - Est. 21 - O Poço do Abismo

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Mateus 25.14-30 – A Condenação do Talento Escondido
©Rev. Saulo Pereira de Carvalho - 05.12.2021 - (Barclay)
Introdução
Não há dúvida de que, em sua intenção original, toda a atenção da parábola se concentra no servo inútil que recebeu um talento. A quem representa este servo? E a quem Jesus adverte e observa?
É evidente que o servo inútil representa os escribas e fariseus, e sua atitude para com a Lei e para com a verdade de Deus. O servo inútil tomou seu talento e o enterrou a fim de poder devolvê-lo a seu senhor tal como este lhe deu.
Todo o objetivo vital dos escribas e fariseus era obedecer a Lei tal como Deus a entregou. Segundo suas próprias palavras, queriam "construir um cerco ao redor da Lei".
Qualquer mudança, desenvolvimento, alteração, algo novo era um anátema. Seu método implicava a paralisação da verdade religiosa e o ódio para com tudo o que era novo. Tal como o homem do talento, queriam manter tudo como estava, e é por isso que são condenados.
Mas esta parábola contém muito mais que isso: A CONDENAÇÃO DO TALENTO ESCONDIDO
Deus dá diferentes dons aos homens.
Um homem recebeu cinco talentos, outro dois e o outro um. O que importa não é o talento do homem e sim a forma em que faz uso dele. Deus jamais exige do homem habilidades que este não possui, mas exige que empregue a fundo as habilidades que tem.
Os homens não são iguais quanto a seus talentos, mas podem ser iguais em seu esforço. A parábola nos diz que qualquer que seja o talento que possuamos, grande ou pequeno, devemos entregá-lo para servir a Deus.
A recompensa do trabalho bem feito é mais trabalho.
Aos dois servos que tinham atuado bem não se lhes diz que se sentem a descansar sobre os louros. São dadas tarefas maiores e responsabilidades mais sérias na obra do senhor.
A recompensa do trabalho não é o descanso e sim mais trabalho.
O homem que recebe um castigo é aquele que se recusa a fazer algum esforço.
O homem que recebeu um talento não o perdeu, limitou-se a não fazer nada com ele. Inclusive se tivesse arriscado e o tivesse perdido, teria sido melhor que não fazer nada com ele.
O homem que tem um só talento sempre se sente tentado a dizer: "Tenho um talento tão pequeno, e posso fazer tão pouco com ele, que não vale a pena provar, porque minha contribuição seria insignificante."
Mas a condenação se dirige àquele que, com um só talento, recusa-se a usá-lo e não quer arriscá-lo em favor do bem comum.
Esta é uma lei da vida que tem validade universal.
Diz-nos que quem tem lhe será dado, e quem não tem, inclusive o que tem lhe será tirado.
O sentido da frase é o seguinte: Se um homem tiver um talento e o usa, é cada vez mais capaz de fazer mais coisas com ele. Mas se tiver um talento, e não o usa, ele o perderá irremediavelmente.
Se tivermos alguma capacidade para algum jogo ou artesanato, se tivermos habilidade para fazer algo, quanto mais empreguemos essa capacidade e esse dom, maior será o trabalho que seremos capazes de fazer.
Enquanto que se não o usamos, o perderemos. Isto se aplica tanto ao jogo do golfe, como a tocar piano, a cantar, a escrever sermões, a esculpir madeira ou a pensar.
A vida nos ensina que a única forma de manter um dom é empregá-lo a serviço de Deus e de nosso próximo.
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