SERMÃO - APOC 16.8-21 - Est. 36 - O Fim Chegou

Temos três histórias do VT que nos chamam a atenção para o livramento de Deus para seu povo: JOSAFÁ – 2 Cr 20 – os inimigos chegaram e Deus os aniquilou sem nenhuma guerra / EZEQUIAS – Isaías 37 – e o cerco de Rabsaqué / DÉBORA e BARAQUE – Juízes 4-5 – guerra no vale de Megido.

Chegamos agora ao final da quinta seção paralela... os sete selos, trombetas e taças, se referem aos julgamentos de Deus que ocorrem ao longo da era da igreja. O sexto nesta série, no entanto, refere-se a eventos pouco antes do fim da era, e o sétimo nos leva ao retorno de Cristo.

Tema: Características do grande Dia do Deus Todo-Poderoso:

O Fim da Graça Comum – 8-11

A quarta taça de ira foi derramada "no sol", para faze-lo "queimar pessoas com fogo" (16:8). A chave para esta taça é notá-la como o oposto do que a Bíblia promete ao povo fiel de Deus. Salmo 121:5-6 diz: "O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua”.

7:16 prometeu que os redimidos "Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum”.

Em sua graça comum Deus faz o sol nascer sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos (Mt 5.45)

No entanto, chega a hora em que Deus remove a bênção da vida daqueles que se rebelam contra ele, de modo que o que normalmente é uma fonte de bênção se torna um veículo para o julgamento divino.

Como um julgamento pelo pecado, a quarta taça aborda a situação da sociedade ocidental hoje.

Nossa cultura deliberadamente rejeitou Deus e tentou barrar sua influência. Como Apocalipse prevê, substituímos Deus pela besta do governo ateu, o falso profeta do humanismo secular, e as seduções da prostituta Babilônia.

Mas Deus não é realmente destronado ou excluído... Rom. 1.18; 26-31...

Qual é a resposta do secularista corrompido à miséria que resulta do julgamento de Deus sobre o pecado? Ouvimos a resposta o tempo todo hoje, enquanto figuras da mídia blasfemam incessantemente contra Deus.

v. 9 - Nesta mesma base, "religião" e cristianismo são publicamente caluniados hoje.

Ateus furiosos apontam para a pobreza generalizada, ignorância, doença, ilegalidade e quebras de relacionamento — todos enraizados no pecado — e, em seguida, amaldiçoam Deus por eles. "Onde está esse Deus gentil e amoroso de que vocês cristãos falam?" A resposta é que a idolatria e o pecado do próprio homem afastaram o rosto de Deus com ira.

Nossa sociedade hoje mata seus bebês, promove ativamente a imoralidade sexual, e criam leis contra o projeto criado por Deus para a humanidade.

Que outra explicação bíblica pode haver para o colapso da nossa sociedade, senão o julgamento de um Deus indignado?

V. 10 - Deus não só coloca sua maldição de julgamento sobre um mundo ímpio, mas também tem como alvo os líderes da oposição espiritual... v. 10: o trono da besta...

Este julgamento é baseado na quarta praga no Egito no êxodo, quando Deus trouxe escuridão ao reino do Faraó. A intenção era desonrar o deus sol egípcio Ra, a quem o faraó dizia representar.

Da mesma forma, Deus envergonhará o domínio satânico por trás dos governos que se opõem ao evangelho.

Um líder político seria repreendido se sugerisse que desastres como furacões, tornados, ataques terroristas e quedas no mercado de ações são na verdade atos divinos de julgamento.

essas calamidades estão bem dentro do escopo das aflições descritas em Ap precisamente como julgamento de Deus.

Os não "se arrependam de seus atos", e "remordiam suas línguas em angústia e blasfemaram o Deus dos céus" (10-11).

O Fim da Paz com Deus – 12-16

As 5 primeiras taças mostram o julgamento de Deus em atingir poderes satânicos durante toda a era da igreja, a 6ª. taça, como o 6º. selo (6:12-17) e a 6ª. trombeta (9:13-19), nos move para os eventos que precedem o retorno de Cristo.

O rio Eufrates era a fronteira entre as terras que Deus deu a Israel e seus inimigos além dele.

A cidade da Babilônia estava localizada no Eufrates, e em Ap a Babilônia simboliza o sistema mundial idólatra.

No AT, a separação ou seca das águas foi um ato de intervenção de Deus para avançar a causa de seu povo. Aqui, ele seca o Eufrates para preparar o caminho para os reis do leste (poderia ser os partos, ou Ciro...)

Precisamos ser lembrados novamente que o Ap apresenta símbolos visionários, não uma narrativa simples de eventos históricos. Isso fica claro quando vemos a resposta de Satanás a este ataque de poderes mundanos: v. 13.

Por meio de sua trindade profana e falsificada - o dragão, a besta e o falso profeta, significando Satanás, a regra tirânica do Anticristo, e falsos mestres na sociedade e dentro da igreja organizada - Satanás desencadeia um ataque espiritual.

Demônios, chamados de "espíritos impuros", saem "como rãs". Isso aponta novamente para o êxodo, quando Deus enviou uma praga de rãs sobre o Egito (Ex. 8:2-14). É tanto para a corrupção quanto para o engano de seu discurso liso e escorregadio que os demônios são comparados com sapos.

Em resposta ao ataque das potências mundiais, Satanás engana todas as nações para se reunirem para a batalha final contra Deus. Foi com esse mesmo propósito que Deus secou o rio, o que simboliza a remoção de sua contenção que impediu as forças terrenas de se unirem contra sua igreja.

O título "reis do mundo inteiro" nos lembra do Salmo 2:2-4... As nações são enganadas a pensar que estão se reunindo para exterminar os santos, mas elas estão reunidas por Deus apenas para cumprir seu próprio julgamento nas mãos de Jesus.

V. 16 - O significado do Armagedom significa "Monte Megido". Har é a palavra hebraica para "montanha", e Megido era uma cidade fortaleza com vista para a planície a noroeste de Jerusalém que sediou grandes batalhas na antiguidade: Débora/Baraque, Saul, Elias e os 400 profetas de baal, Gideão, Josias...

"É, então, completamente apropriado que Megiddo simbolize a localização da batalha do Senhor contra as forças das trevas e que a batalha final e cataclísmica deve ser retratada como ocorrendo aqui."

Alguns estudiosos vislumbram uma batalha literal que ocorre no futuro em Megido, na qual os exércitos de toda a terra estarão reunidos para atacar um futuro Estado judeu. Mas isso não se encaixa na natureza simbólica das visões do Ap.

Além disso, a planície ao redor de Megido era grande para a guerra antiga, mas não poderia manter sequer uma única formação militar grande hoje, muito menos os exércitos combinados do mundo.

simbolismo: 17.15 - As batalhas em Israel associadas a Megiddo ... são um símbolo tipológico da última batalha contra os santos e Cristo, que ocorre em toda a terra."

Armagedon, portanto, se refere a um símbolo da guerra que as nações e culturas infringem ao povo de Deus. A Bíblia testemunha abundantemente um conflito final no qual as forças do mundo se unem sob um Anticristo satanicamente inspirado para travar uma guerra contra o povo de Deus. Ap. 16.14 / Mt 24.24 / 2 Ts 2.3-4; 9-10 / Ap 11.7-8; 20.8-9.

V. 14 - "o grande dia de Deus, o Todo-Poderoso", ao qual as Escrituras tantas vezes olharam, quando Cristo retorna para destruir Satanás e seus poderes malignos, para resgatar sua igreja, e através da ressurreição final e julgamento para estabelecer seu reinado eterno sobre uma criação resgatada e renovada que irá exibir plenamente sua glória.

O Fim do Mundo – 17-18

enquanto a sétima taça da ira é derramada, a voz do trono do céu grita palavras que emocionam os corações dos crentes bíblicos: "Está feito!" (16:17). Leitores familiarizados com o Evangelho de João inevitavelmente associam com o grito de vitória de Jesus na cruz, "Está consumado", depois de expiar nossos pecados (João 19:30). Afinal, João era o autor de ambos os livros

Isso se encaixa perfeitamente na relação redentora entre os dois eventos: a salvação que Cristo realizou no dia de sua crucificação virá totalmente na vitória coroada de seu dia de retorno.

V. 18 - Esses fenômenos violentos intensificam descrições que vimos anteriormente sobre o fim do mundo. Ap 6:12-14 falou de "um grande terremoto" e o céu desaparecendo "como um pergaminho que está sendo enrolado". Agora, com a 7ª. taça de ira jogada no ar, o mundo físico é atacado por raios, trovões e um terremoto para acabar com todos os terremotos.

v. 20 - Objetos que simbolizam a permanência — montanhas e ilhas — são varridos pela destruição. Apocalipse 21:4 diz disso que "as primeiras coisas passaram".

A terra que foi corrompida junto com a humanidade no pecado de Adão (Gen. 3:17) e condenada por sua rejeição ao Filho de Deus é despedaçada na vinda de Cristo e no julgamento final.

1 Cor. 7:29-31 - Seu ponto não era que os cristãos rejeitassem os assuntos desta vida atual, mas que evitassem ser preocupados por eles. Tudo o que fazemos aqui e agora deve servir ao então e lá para o qual somos chamados no reino de Cristo, bem como o avanço do evangelho, que por si só concede a admissão na glória que está por vir.

O Fim do Pecado – 19

Deus julgou o pecado da Babilônia ao “dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira” (19).

Isso mostra que nossos pecados não apenas nos desviam do manual de vida do proprietário de alguma forma impessoal, mas também ofendem pessoalmente o Santo Deus que nos fez. Deus responde ao pecado com "a fúria de sua ira".

Também mostra a justiça perfeita pela qual Deus faz um fim do pecado. A punição da Babilônia se encaixa no crime: ela fez outros beberem para serem intoxicados por suas abominações, então agora ela deve estar intoxicada com os terrores do julgamento divino, bebendo o cálice da ira de Deus até a escória.

Jo 3.16 - Deus amava os pecadores enviando Jesus como o Salvador oferecido, através da fé em seu evangelho. Mas os pecadores que recusam a oferta amorosa de Deus de salvação em Cristo descobrirão que, no final, até mesmo a própria criação se levanta em violência contra eles por trazer uma maldição tão grande na terra.

Saber que o pecado será derrotado no final da era deve moldar decisivamente os estilos de vida daqueles que olham para Cristo para a salvação: 2 Pedro 3:11-15

O Fim da Sociedade Mundana – 19-21

Ainda mais apontado do que o fim do mundo é o fim da sociedade mundana: v. 19.

Não é apenas uma cidade ou uma nação que se enquadra nesse julgamento, mas "as cidades das nações", ou seja, todo o sistema mundial corrupto a serviço de Satanás e oposição a Cristo.

O fato de que a sétima taça foi derramada "no ar" (16:17) fortalece a ideia da grande cidade como a sociedade mundial anti-cristã, uma vez que Satanás é chamado de "o príncipe da potestade do ar" (Ef. 2:2).

O diabo manipulou e fortaleceu a oposição mundana a Deus desde que ele levou nossos primeiros pais ao pecado no jardim do Éden. Mas agora seu reino espiritual e a cultura mundana que ele levou à rebelião contra Deus estão sob julgamento final.

"Deus se lembrou da grande Babilônia" (16:19). Quantas vezes parece que Deus esqueceu os assuntos deste mundo, as terríveis injustiças contra seu povo e os pecados de pessoas más em posições de poder mundo. Isso será especialmente verdade durante a grande tribulação que precede o fim, quando o mal parece vitorioso e toda a esperança parece perdida.

Mas Deus não esqueceu. Ele ouviu o grito de seu povo sob aflição (Ex. 2:24-25). E quando ele optar por se lembrar de modo a agir contra os ímpios, aqueles que se opuseram a Cristo e seu evangelho e perseguiram a igreja receberão seus justos devidos em um julgamento devastador.

Este julgamento lembra os crentes de hoje a não serem intimidados pelo poder ameaçador do mundo ou seduzidos pela atração sedutora de seus prazeres pecaminosos.

"nossa cidadania está no céu" (Fil. 3:20). Os pais cristãos deveriam, portanto, criar seus filhos não para o mundo, mas para o reino de Cristo. Enquanto os crentes vivem no mundo, não devemos ser do mundo de modo a entrar em sua maneira de pensar e agir. Não devemos sonhar sonhos de glória terrena, segurança financeira e vida egocêntrica.

As igrejas não devem tentar colocar uma fachada mundana ou adotar estilos de adoração projetados para ganhar a aprovação da grande cidade mundana.

CONCLUSÃO: Acordado e Vestido – 15

Vitória Final só no Final

A Bíblia não prevê a vitória dos cristãos sobre o mundo antes do retorno de Cristo. Em vez disso, após uma era em que o evangelho foi para as nações, a história terminará com Satanás orquestrando uma perseguição mundial aos cristãos.

Por isso, quando surge a perseguição, os cristãos devem responder não com desânimo, mas com a antecipação da vinda do Senhor. Esse resgate repentino de Cristo deve confortar especialmente os crentes abatidos hoje. Seria um erro pensar que figuras bíblicas como Débora, Josafá e Ezequias conseguiram fazer tudo certo.

Deus os resgatou não porque mereciam a salvação por realizações marcantes, mas por causa de sua graça para os humildes que o invocam na fé. Como eles, e como a igreja no final, você pode descobrir que quando tudo parece perdido, Deus está prestes a organizar sua salvação. Deus salva pecadores!

Preparados e Firmes para o Final

V. 15 - Aqui temos uma palavra de conforto, assegurando-nos que Jesus virá inesperadamente, aparecendo aos seus inimigos do jeito que um ladrão vem à noite, e uma palavra de exortação: o que fazer enquanto essas coisas não vem...

Nosso chamado como cristãos, portanto, é viver como cristãos, tendo a esperança dos cristãos, aplicando a fé dos cristãos a uma vida cristã genuína, buscando pelo poder da graça de Deus viver para seu prazer e de olho na vinda de Cristo para nos levar a estar com Deus para sempre.

Buscando a Deus antes do Final

é dirigida ao incrédulo. De acordo com a Bíblia, você estará diante de Deus para o julgamento. No que você está vestido diante dele? A culpa do pecado, ou a justiça de Cristo?

Agora ainda é o dia da salvação! Se você se arrepender e crer em Jesus Cristo, ele vai lavar seus pecados através do sangue expiatório de sua cruz. Ele o receberá na presença de Deus, o Pai, dando-lhe seu próprio manto de justiça para usar "no grande dia de Deus, o Todo-Poderoso" (Rev. 16:14). (João 5:24 – tem a vida eterna, não entra em juízo...).

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