SERMÃO - APOC 14.13-20 - Est. 33 - A Grande Colheita

Jesus usa "uma coroa de ouro na cabeça" (14:14). Esta é a coroa de louro do vitorioso (grego, stephanos), que designa o Messias como aquele que conquistou e, assim, ganhou o direito de agir em julgamento.

O fato de Jesus vir julgar é mostrado pela foice em sua mão. Parábola Joio e Trigo (Mat. 13:30).

Esta representação da segunda vinda de Cristo = seu retorno com o julgamento imediato do mundo.

A visão premilenista da escatologia ensina que Jesus retorna para inaugurar um reinado terrestre de mil anos, após o qual há uma rebelião final que resulta no julgamento de Deus.

Mas João mostra Jesus voltando com a foice já na mão: não haverá atraso, mas a colheita acontece quando ele chegar.

Primeiro os eleitos são ceifados, depois os ímpios; primeiro o trigo, depois o joio.

Tema: A Grande Colheita

Promovida por Jesus – 14-16

Jesus descreveu o julgamento final como uma colheita dupla, na qual os crentes em Cristo serão separados para ele mesmo para uma recompensa eterna, enquanto aqueles que o rejeitaram serão julgados com uma punição eterna (Mt. 25:32-46).

Este julgamento duplo se reflete na visão de Apocalipse 14:14-20, a primeira metade das quais mostra a colheita de Cristo dos eleitos para bênção e a segunda metade mostra a colheita do ímpio para o lagar da ira de Deus.

A questão é que há uma diferença qualitativa entre aqueles que são salvos e aqueles que são condenados muito antes da colheita final. Essa diferença é evidenciada pela reação deles à Palavra de Deus.

A maneira de saber que você estará reunido para a salvação quando Cristo voltar é receber a Palavra de Deus na fé agora e viver de uma maneira que dê frutos piedoso para o Senhor.

Esta fé ou incredulidade é a marca decisiva entre o trigo recolhido de Deus e o joio que é lançado no fogo eterno.

A colheita veio porque "a seara da terra já amadureceu" (14:15). Esta declaração indica que Cristo retorna quando o número completo de eleitos de Deus entrou na igreja através da fé.

Por isso a tarefa da igreja é proclamar a mensagem bíblica da redenção do pecado através do sangue de Jesus Cristo.

Todo cristão é chamado a espalhar o evangelho, através do qual Deus está reunindo a colheita de seus eleitos.

Ser salvo é ouvir pessoalmente a voz de Cristo falando com seu coração através da Palavra de Deus, chamando: "Segue-me" (Mt. 9:9). "Minhas ovelhas ouvem minha voz", disse Jesus, "e elas me seguem. Eu lhes dou vida eterna, e eles nunca perecerão" (João 10:27-28).

Através de sua morte expiadora e seu chamado salvador no coração de cada crente através da Palavra, Jesus está reunindo seu povo agora, assim como "a salvação da foice de Cristo [reunirá] seus seguidores fiéis" no dia em que ele retornar.

Promovida para Felicidade dos Salvos – 13

A morte em si não é bênção: é fruto do pecado e atinge a todos: os bons e os maus...

A bênção de Cristo sobre aqueles que enfrentam a morte com ele mostra mais claramente do que nunca a grande diferença entre o cristão e o não-cristão. Na vida há uma profunda diferença entre os dois.

O crente está em guerra com o diabo, o mundo e o pecado, mas em paz com Deus; o incrédulo está em paz com o diabo, o mundo e o pecado, mas em guerra com Deus. A divisão entre os dois é ainda maior na morte.

"morrer no Senhor" = os que concluem sua peregrinação na vida, confiando em Jesus Cristo para a salvação

Hb 11.13 Fp 3.7-10 Morrer no Senhor, então, é deixar esta vida em união com Cristo através de uma fé que é o instrumento de nossa justificação. Na verdade, a única maneira de morrer no Senhor é viver no Senhor:

morrer em Cristo = triunfo final do crente que viveu bravamente por Jesus Jo 3.36a: Quem crê no filho tem a vida eterna

Saber o que acontece na morte nos prepara para viver corajosamente na vida:

A. imediatamente após a morte, a alma é separada do corpo, até que os dois sejam reunidos na ressurreição final.

B. as almas dos crentes estão com o Senhor no céu enquanto seus corpos aguardam a convocação para a ressurreição.

C. Na morte nossas almas são imediatamente aperfeiçoadas em santidade de modo a participar da glória do Senhor.

“os crentes não devem falar de "morte súbita", mas sim de "glória súbita" para aqueles que morrem "no Senhor".

A primeira bênção é o fim do trabalho cansativo que conhecemos neste mundo do pecado e da labuta...

A segunda é que “suas obras os acompanham”. Nossas obras não ganham a recompensa DA vida eterna, mas sim recompensas NA vida eterna. Jesus nos instou a "ajuntar para vós mesmos tesouros no céu" (Mt. 6:20).

Nossas obras NÃO VÃO antes de nós, abrindo um caminho para o céu, mas Cristo e seu trabalho acabado são nosso "precursor" (Heb. 6:20).

Note que Cristo não menciona grandes e famosas conquistas cristãs, mas os atos diários de fé e amor como as obras que mais importam e lhe agradam o melhor.

Ilust.: Desenho da criança na escola leva para o Pai: Tudo o que já fizemos com um desejo sincero de honrar, agradecer e glorificar nosso Senhor seguirá atrás de nós como uma bênção no céu.

Promovida para Juízo dos Ímpios – 17-20

A segunda colheita começou com "outro anjo" saindo "do templo no céu" com "uma foice afiada" (14:17). No entanto, "outro anjo saiu do altar, o anjo que tem autoridade sobre o fogo" (14:18).

Este anjo tem "autoridade sobre o fogo", que provavelmente fala de seu papel em julgar os ímpios. Ele traz, portanto, o comando de Deus para reunir a humanidade rebelde: v. 18

Cristo não colhe o ímpio para seu julgamento, mas isso é feito pelos anjos. Enquanto Jesus está imediatamente envolvido na salvação de seu povo, o julgamento dos rebeldes, enquanto sob sua autoridade, não envolve tal contato pessoal.

É a própria mão de Cristo que salva seu povo, mas sua ordem é suficiente para o julgamento dos rebeldes.

Não há como evitar a colheita da humanidade rebelde para julgamento. Todo o pecado deve ser e será pago na santa corte da justiça todo-poderosa de Deus.

Se seus pecados não foram punidos sobre os ombros de Jesus Cristo, como ele morreu na cruz para pagar a pena que seu povo merecia, então seus próprios ombros terão que suportar o peso infinito da condenação de Deus. Jo 3.36b

Aqueles que rejeitaram Deus e rejeitaram a oferta evangélica de Jesus merecerão plenamente este julgamento.

A colheita da ira é a consequência de seu desprezo alegre da honra de Deus enquanto viviam, sua retenção de adoração e obediência dele, e em muitos casos sua participação na zombaria e aflição do amado povo de Deus.

O LAGAR (piso onde se prensa uvas) retrata ainda mais o terror do julgamento de Deus no dia de sua ira. Em tempos bíblicos, uma prensa vinícola seria construída de rocha ou tijolo. As uvas eram colocadas em um cocho superior e eram pisoteadas pelos pés, de modo que o suco fluia por um canal em um cocho inferior que coletava o fluido.

É difícil imaginar uma imagem mais vívida da terrível violência de Deus ao julgar seus inimigos.

V. 20 - "fora da cidade" = a rejeição envolvida no julgamento de Deus. Os ímpios são colocados fora dos distritos da aliança da cidade da salvação de Deus, mostrando "a exclusão dos ímpios da sociedade dos redimidos".

Muitas pessoas recuam em choque ou detestam tais descrições bíblicas da ira vingativa de Deus. As imagens parecem fora de lugar com a ideia de um Deus do amor. Mas eles não percebem que é precisamente por causa do amor de Deus pela justiça, verdade e paz que ele responde tão violentamente contra todo o mal.

A razão é que corresponde ao horror terrível que o pecado é. Aqui vemos porque as pessoas acham difícil aceitar as imagens bíblicas da terrível ira de Deus: porque elas não compartilham a repulsa de Deus pelo pecado.

Não há nada em Sua visão tão odioso como o pecado. Por um pecado, Deus baniu Adão e Eva do Paraíso. Por um pecado, os descendentes de Canaã caíram sob a maldição de Deus por gerações. Moisés foi excluído de entrar na terra prometida por um pecado, e Ananias e Safira foram mortos por um único pecado.

Os pecados que estamos tão acostumados e confortáveis com são terríveis para o Deus perfeitamente santo cuja natureza justa é pessoalmente ofendida pelo pecado. A menos que nossos pecados sejam redimidos pelo sangue de Cristo, através da fé em sua cruz, então eles e nós devemos ser pisados como uvas maduras na pressão da sua ira.

Um rio de sangue é visto fluindo em todas as direções, alto o suficiente para que um cavalo tenha que nadar nele, tão grande será o julgamento da raça humana que rejeitou Jesus.

1.600 estádios (cerca de 300 kms) = aproximadamente toda a região da Palestina. Julgamento completo / OU: quadrado de 40 (4 é o número da terra – 40 número que simboliza punição: 40 anos no deserto, 40 chicotadas...)

APLICAÇÕES

1. Os cristãos são lembrados de que devemos estar dispostos a ser diferentes agora das pessoas incrédulas, uma vez que esperamos um fim tão diferente do que os espera.

No Salmo 73, Asaph se ressentia da dificuldade de viver uma fé obediente em um mundo como o nosso. Ele invejava os ímpios pela diversão que pareciam ter, e até pensou em ir para o lado deles. MAS quando foi no santuário... (Sl 73.17-18)

Nunca inveje o ímpio, por mais que eles pareçam desfrutar de uma alegre vida de pecado... as festas no facebook...

Se você pertence a Jesus Cristo, lembre-se que ele o separou agora à maneira de sua fé e vida, e ele irá separá-lo no dia de seu retorno para que você possa entrar na vida eterna, escapando da ira de Deus através da fé nele.

2. devemos urgentemente alertar o ímpio do julgamento que em breve aparecerá, e o terror da ira de Deus.

Muitos cristãos hoje se esquivam de mencionar o terrível julgamento de Deus, pensando em tornar o evangelho mais palatável. Eles não percebem que o evangelho nos salva da ira de Deus...

Devemos proclamar a verdade tanto da justiça de Deus quanto da redenção de Cristo, confiando em sua graça soberana para chamar os pecadores através de todo o conselho de Deus.

3. Finalmente, se você ainda não confessou seu pecado a Deus e recorreu a Cristo para o perdão e a salvação, este é o assunto mais urgente de sua vida.

Através da fé na cruz, você descobrirá que Jesus sofreu a ira de Deus por você, para que ele possa reuni-lo em sua colheita da vida eterna, e dizer: “muito bem, servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei”.

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