O Discípulo de Cristo e o Tempo de Deus

João 7.1-14

Introdução:

Neste capitulo 7, a cena se dá novamente em Jerusalém, durante a Festa dos Tabernáculos, provavelmente seis meses depois dos últimos acontecimentos. Esta era a festa mais popular dos judeus, pois celebrava a passagem de Israel pelo deserto, e também celebrava a colheita anual (conf. Êx 23.16). Era celebrada seis meses antes da Páscoa, na época de setembro/outubro, e sua duração era de oito dias.

Itamir Neves e John Vernon McGee, Comentário Bíblico de João, org. Israel Mazzacorati, Segunda edição, Série Através da Bíblia (São Paulo, SP: Rádio Trans Mundial, 2012), 123.

Nova Almeida Atualizada (Capítulo 7)

1 Passadas essas coisas, Jesus andava pela Galileia, porque não desejava andar pela Judeia, visto que os judeus queriam matá-lo. 2 E a festa dos judeus, chamada de Festa dos Tabernáculos, estava próxima. 3 Então os irmãos de Jesus se dirigiram a ele e disseram:— Deixe este lugar e vá para a Judeia, para que também os seus discípulos vejam as obras que você faz. 4 Porque, se alguém quer ser conhecido, não pode realizar os seus feitos em segredo. Já que você faz essas coisas, manifeste-se ao mundo. 5 Acontece que nem mesmo os irmãos de Jesus criam nele. 6 Então Jesus lhes disse:— O meu tempo ainda não chegou, mas para vocês qualquer tempo é oportuno. 7 O mundo não pode odiar vocês, mas a mim ele odeia, porque eu dou testemunho a respeito dele, dizendo que as suas obras são más. 8 Vão vocês para a festa. Eu não vou, porque o meu tempo ainda não se cumpriu. 9 Tendo dito isso, Jesus continuou na Galileia. 10 Depois que seus irmãos tinham ido à festa, Jesus também foi, não publicamente, mas em segredo. 11 Ora, os judeus o procuravam na festa e perguntavam:— Onde estará ele? 12 E havia grande murmuração a respeito de Jesus entre as multidões. Uns diziam:— Ele é bom.E outros afirmavam:— Não, não é! Ele engana o povo. 13 Entretanto, ninguém falava dele abertamente, por ter medo dos judeus. 14 Quando a festa já estava na metade, Jesus foi ao templo e começou a ensinar.

1. E o tempo de parar - vs.1-2:

“1 Passadas essas coisas, Jesus andava pela Galileia, porque não desejava andar pela Judeia, visto que os judeus queriam matá-lo. 2 E a festa dos judeus, chamada de Festa dos Tabernáculos, estava próxima.”

Há ocasiões e lugares que apresentam um certo perigo as nossas vidas, por isso em alguns momentos não é o tempo de se expor, mas o de parar e buscar a direção de Deus.

2. Pressões e incredulidades ao discípulo de Cristo - vs. 3-5:

“3 Então os irmãos de Jesus se dirigiram a ele e disseram:— Deixe este lugar e vá para a Judeia, para que também os seus discípulos vejam as obras que você faz. 4 Porque, se alguém quer ser conhecido, não pode realizar os seus feitos em segredo. Já que você faz essas coisas, manifeste-se ao mundo. 5 Acontece que nem mesmo os irmãos de Jesus criam nele.”

Jesus já havia voltado de Jerusalém a cerca de seis meses e estava na Galileia, provavelmente durante todo esse tempo. A Galileia era um lugar pacato, parado, sem grandes acontecimentos por não ser um grande centro urbano daquela sociedade.

Muitas vezes somos tentados e cobrados a agirmos de uma forma só porque outras pessoas fizeram e deu certo, ou que em outro lugar está dando certo (ao menos aparentemente). Mas Deus não quer que façamos daquele jeito, ou pelo menos ainda não.

Essas pressões podem vir de quem é muito próximo de nós e por se tratar de nós, de nós mesmos.

3. O discípulo e sua convicção - vs. 6-9:

“6 Então Jesus lhes disse:— O meu tempo ainda não chegou, mas para vocês qualquer tempo é oportuno. 7 O mundo não pode odiar vocês, mas a mim ele odeia, porque eu dou testemunho a respeito dele, dizendo que as suas obras são más. 8 Vão vocês para a festa. Eu não vou, porque o meu tempo ainda não se cumpriu. 9 Tendo dito isso, Jesus continuou na Galileia.”

O discípulo precisa saber a hora de agir e não agir.

O não discípulo não tem convicção e é volúvel, sendo levado pela onda do momento não tem raiz na Vontade e Senhorio de Cristo.

O discípulo de Cristo confronto o mundo corrompido pelo pecado com a mensagem do Evangelho e o seu bom testemunho de Cristo. Mesmo que isso lhe traga impopularidade.

O discípulo de Cristo permanece onde Deus quer que ele permaneça.

4. O tempo de Deus - vs.10-14:

10 Depois que seus irmãos tinham ido à festa, Jesus também foi, não publicamente, mas em segredo. 11 Ora, os judeus o procuravam na festa e perguntavam:— Onde estará ele? 12 E havia grande murmuração a respeito de Jesus entre as multidões. Uns diziam:— Ele é bom.E outros afirmavam:— Não, não é! Ele engana o povo. 13 Entretanto, ninguém falava dele abertamente, por ter medo dos judeus. 14 Quando a festa já estava na metade, Jesus foi ao templo e começou a ensinar.

O discípulo precisa estar bem sincronizado e entrosado com o tempo de Deus para , número 1: saber deixar irem outros (que estão apressados e afobados) à sua frente, sem pressa e pressão. 2: observar e ficar calado e 3: falar e agir na hora certa.

Conclusão: Um grande inimigo para nós como discípulos de Cristo é a nossa ansiedade e inquietação. Em nossa caminhada rumo a Nova Jerusalém Celestial é necessária uma plena satisfação, contemplação e dependência do Senhor para que venhamos cada dia mais sermos discípulos de Cristo e Seus obreiros aprovados.