E se você NÃO crê em Jesus?

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Contexto

Passadas estas coisas: Jesus como o pão da vida (cap. 6)
Galiléia: região ao norte do território de Israel. Os acontecimentos do cap. 6 ocorreram na Galileia, mas especificamente, na sinagoga de Cafarnaum (João 6.59 “Estas coisas disse Jesus, quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum.” )
Judeia: região mais ao sul na qual estava Jerusalém, distante cercal de 140 km da Galileia na época de Jesus.
Jesus andava pela Galileia: Jesus fez um ano do seu ministério nessa região. Os sinóticos dão mais atenção a este período.
Festa dos Tabernáculos: Ela foi instituída no AT para celebrar a colheita. Era uma das três grandes festas junto com a Páscoa e o Pentecostes (Ex 23.16 “Guardarás a Festa da Sega, dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo, e a Festa da Colheita, à saída do ano, quando recolheres do campo o fruto do teu trabalho.”).
Era a festa mais popular na época de Jesus. Durante 7 dias as pessoas moravam em cabanas (por isso o outro nome) para lembrar do período de peregrinação no deserto.
TEMA: Algumas evidências da incredulidade a Jesus.

1. Ódio (v. 1,7)

Por que ele não desejava percorrer a Judeia? Porque as autoridades da Judeia queriam mata-lo. Veja João 5.18 “Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” curavam matá-lo.
v. 7: O mundo me odeia, porque eu dou testemunho a seu respeito de que suas obras são más.
Aplicações:
a. o maior sinal de incredulidade é o ódio a Jesus.
b. O mundo odeia que seus pecados sejam expostos.
c. Você já sofreu por testemunhar do evangelho?
b. Em nosso coração não pode haver lugar para o ódio.

2. Desejo por fama (v. 3-5)

Irmãos de Jesus: seus irmãos mais novos, filhos de Maria e José.
Por que Jesus deveria ir a Judeia, segundo os discípulos?
a. Para reerguer seu ministério, que havia tido uma grande redução (João 6.66 “À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.”
b. Por que seria a melhor oportunidade para ser famoso seria em uma das maiores festas dos judeus.
c. Por que achavam que Jesus deveria agir claramente (João 7.4 “Porque ninguém há que procure ser conhecido em público e, contudo, realize os seus feitos em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo.” )
É como seus irmãos dissessem: no seu lugar nós faríamos isso. Por que você não faz?
A reação de Jesus foi mostrar que o tempo dele ainda não havia chegado. No caso, o tempo de subir a Jerusalém. Quando Jesus fala “o vosso está sempre presente” ele se refere ao fato de que eles poderiam ir livremente a Judeia a qualquer momento.
Aplicação:
a. É possível estar perto de Jesus e ainda assim não crer nele.
b. o desejo por exaltação e fama nos tira do verdadeiro propósito dessa vida.
c. Não podemos permitir que o conselho dos ímpios (Salmo 1.1) estabeleça nossa agenda. Assim como Jesus, devemos agir no tempo do Pai.

3. Ignorância

Embora tendo acesso a Escritura e aos atos e palavras de Jesus, todos os presentes nessa passagem se mostraram grandemente ignorantes. Essa ignorância se dá nos seguintes aspectos:

3.1. Ignorância a respeito das Escrituras (v. 2)

As Escrituras demonstram que a festa dos tabernáculos é uma festa de provisão. E quem é Jesus se não a provisão em pessoa?
No capítulo anterior, Jesus mostra que o Maná dado no deserto aponta para ele como o pão da vida.
Por tudo isso, era tempo de aproveitar a festa e celebrar a vinda de Jesus. Mas eles não compreenderam isso.
De um lado queriam mata-lo. De outro queriam que ele se exaltasse como um rei comum. Jesus optou pela cruz.

3.2. Ignorância a respeito da obra de Cristo (v. 6-9)

Ao falar sobre o fato de sua hora não ter chegado, Jesus aborda a sua obra salvífica. Haveria o momento dele se manifestar publicamente, mas não era aquele momento.
Essa expressão aparece continuamente no evangelho de João. Nas bodas de Caná da Galileia (cap. 2), Jesus diz a Maria que a sua hora não era chegada. Essa expressão se repete até o momento em que ele afirma: “É chegado a hora” João 12.23
Ao incentivarem uma aparição pública de Jesus, os seus irmãos demonstraram uma falta de conhecimento acerca da sua obra salvífica.

3.3. Ignorância a respeito da pessoa de Cristo (v. 12,13)

Outro elemento que demonstra a ignorância como evidência de incredulidade está na ignorância a respeito de quem é Jesus.
Diante das escrituras que lhes eram ensinadas, diante dos atos de Jesus e diante dos seus ensinamentos, duas definições aparecem em meio a multidão: ele é bom e ele engana o povo.
A primeira definição de Jesus (ele é bom) até reconhece que Cristo era alguém bem intencionado. Ela pode admitir também que Jesus é um profeta ou, como disse Nicodemus, um mestre vindo da parte de Deus (João 3.2)
O problema dessa definição é que ela reconhece muita coisa, menos o mais importante: o fato de Jesus ser o Cristo, o Messias, o verbo encarnado. Por mais que eles possam ter visto bondade em Jesus, sem o reconhecimento dele como Senhor e Salvador eles estavam em perdição.
A segunda definição sobre Jesus (ele engana o povo) é derivada por ódio e inveja. Estes sentimentos são tão determinantes nessas pessoas, que eles buscava alguma maneira de explicar porque Jesus fazia o que fazia. Seu ceticismo era tão forte que chegaram a levantar uma acusação que não podiam provar. Afinal, eles conseguiam demonstrar que Jesus enganava o povo? Nem fazendo dizer algo que não devia, nem fazendo ele agir de forma imprópria.
Como mostra o texto mais a frente, a grande acusação contra Jesus era o fato de ele ter curado no sábado. Mas esta objeção é tão baixa que a multidão não se preocupava com isso. Tratava-se de apenas um preciosismo dos fariseus.
Diante dessas duas definições, o que temos de certo é que nenhuma delas são suficientes para descrever quem é Jesus. A melhor definição para Jesus é: Ele é o Cristo. Ponto.
Conclusão
Aplicação
Você cultiva ódio no seu coração?
O que você deseja? Ser reconhecido por Deus ou pelas pessoas?
Você conhece a Jesus? Você de fato sabe e crê na sua pessoa e na sua obra? Ou você é na prática um incrédulo.
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