ABRAÃO E A FÉ QUE SEGUE
A fé que agrada a Deus • Sermon • Submitted
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Leonardo Ravenhil: A Oração Toca A Eternidade.
Embora a igreja seja pobre sob muitos aspectos, é mais pobre ainda na questão da oração. Contamos com muitas pessoas que sabem organizar, mas poucas dispostas a agonizar; muitas que contribuem, mas poucas que oram; muitos pastores, mas pouco fervor; muitos temores, mas poucas lágrimas; muitas que interferem, mas poucas que intercedem; muitas que escrevem, poucas que combatem. Se fracassarmos na oração, fracassaremos em todas as frentes de batalha.
O mundo está marchando para o inferno a um ritmo tão rápido que, se comparado aos modernos aviões supersônicos, estes pareceriam tartarugas. E, no entanto, para vergonha nossa, nem recordamos quando foi a última vez que passamos uma noite toda em oração a Deus, suplicando-lhe que derrame sobre nós um avivamento que abale o mundo. Não temos compaixão pelas almas. Estamos pensando que os andaimes são o prédio. As pregações de hoje, com sua falha interpretação das verdades bíblicas, nos levam a confundir agitação com unção, e comoção com avivamento.
O segredo da oração é orar em secreto. Quem se entrega ao pecado pára de orar. Mas aquele que ora pára de pecar. O fato é que somos pobres, mas não humildes de espírito.
A oração é profundamente simples, e ao mesmo tempo profunda. “É uma forma de expressão tão simples que até uma criancinha pode exercitá-la”. Mas é igualmente tão sublime que ultrapassa os recursos da linguagem humana, e esgota seu vocabulário. Lançar diante de Deus uma torrente de palavras não irá necessariamente impressiona-Io ou comovê-lo. Uma das mais significativas orações do Velho Testamento foi feita por uma pessoa que não pronunciou palavras: “Seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma”. (1 Sm 1.13). De fato ela não tinha grandes dons de oratória. Sem dúvida existem “gemidos inexprimíveis”.
5.2. OLHOS QUE ENXERGAM LONGE – Parte II – Pág. 87-91
Hebreus 11:10
5.2.1. Quando Deus regenerou Abraão e lhe fez as promessas gloriosas, os olhos dele começaram a enxergar mais longe. Ele não estava esperando uma tenda nova, nem mesmo, em últimas instância, a terra prometida ou uma casa em Jerusalém, mas a cidade cujo arquiteto e edificador é Deus, a cidade celestial. Colossenses 3:1-5
5.2.2. Considere um investidor. O investidor ingênuo só enxerga e pensa no lucro “a curto prazo”. Já o investidor esperto enxerga e pensa no lucro “a médio prazo”. Contudo, o investidor sábio, enxerga e pensa no lucro “a longo prazo”.
5.2.3. Na sua vida espiritual, você tem tido uma visão de galinha ou de águia? Você tem olhado fixamente para o prêmio futuro proposto por Deus ou se satisfeito com a concupiscência dos olhos? Tesouros no céu ou na terra?
5.2.4. É curioso como hoje temos mais posses, porém somos mais infelizes. Enquanto os antigos crentes batalhavam mais, porém eram mais felizes. Uma diferença era que eles tinham um olho nas labutas do dia a dia e um olho na eternidade.
5.3. LÍNGUA QUE SE CONSAGRA. Hebreus 11:13-14
5.3.1. Quando Deus falou com Abraão, com seus ouvidos ele escutou com toda atenção e temor, com seus pés obedeceu e seguiu a Deus e com sua boca professou sua esperança, sua fé, seu alvo.
5.3.2. Eu imagino Abraão em um armazém da região de Neguebe, encontrando-se com um jovem sitiante, todo empolgado com suas 47 cabeças de gado. Os dois puxam um papo, falam sobre o mercado pecuário, que anda promissor. O jovem, todo animado, conta como conquistou tudo em pouco tempo e como pensa em ficar rico e, assim curtir a vida.
5.3.3. Então, Abraão, com jeito, fala que já pensou assim, mas que hoje pensa diferente. Ele diz: “Depois que encontrei-me com Deus, meus sonhos mudaram. Você está feliz com suas 47 cabeças de gado, mas o Senhor me deu milhares. Porém, o que eu mais quero não é curtir essa vida. Eu quero mais é desse Deus, mais de sua presença, seu amor, sua paz, sua glória!”
5.3.4. Pela fé, nós também, enquanto peregrinamos por este mundo, devemos testemunhar daquilo que Deus fez em nossa vida, em como nos salvou e nos concedeu vida eterna. Saiba, da mesma forma que a conversa de Abraão e Sara revelava sua convicção espiritual, assim nossas conversas revelam o que há dentro de nós. Lucas 6:45
5.3.5. Como está sua boca? Cheia de amargura, ironia, reclamação e palavras torpes? Ou cheia da palavra da salvação?
5.4. CORAÇÃO QUE SE DEDICA. Hebreus 11:15-16
5.4.1. Alguém disse que “o coração humano contém uma bússola, que sempre nos dirige na direção daquilo que amamos”! O coração de Abraão o dirigia na direção da promessa de Deus! Ele tinha um coração dedicado a essa promessa. Pois “se estivessem pensando naquela (pátria) de onde saíram, teriam oportunidade de voltar.” Porém, apesar de poder voltar, ele não voltou.
5.4.2. Por outro lado, o povo de Israel no Egito agiu de forma totalmente oposta. Deus os tirou da escravidão e os estava levando para a terra prometida. Contudo, na primeira dificuldade eles queriam voltar. No coração, eles tinham uma “agenda secreta”! Números 11:5
5.4.3. Aceitaram ser libertos da escravidão e seguir a Deus, contudo com uma condição. Eles tinham dois planos. O plano A era: obedecer a Deus enquanto houver conforto e prosperidade. O plano B era: voltar para a vida antiga sempre que houver desconforto e provação.
5.4.4. Qual foi o resultado? Nenhum desses planos deu certo. Eles nunca voltaram para o Egito, nem entraram na terra prometida, mas morreram no deserto! Eles participaram da procissão funeral mais longa da história, deixando um rastro de sepulturas.
5.4.5. Em contraste, Abraão, por onde passou, deixou um rastro de fé, confiança, devoção, compromisso e amor à Deus! Por onde Abraão passava, ele armava sua tenda e levantava um altar de louvor e sacrifício a Deus. Ele armava sua tenda para testificar que era um peregrino neste mundo, sem casa própria. E ele levantava um altar para testificar de sua cidadania celestial.
5.4.6. Nossas vidas estão passando e o tempo corre! Todos precisamos deixar um rastro de fé verdadeira, de vida e não de morte. Para isso, precisamos abandonar a agenda secreta do plano A e plano B. Precisamos nos consagrar inteiramente ao Senhor.
5.4.7. A fé verdadeira transforma o homem e dá ouvidos que escutam, pés que obedecem, olhos que enxergam longe, língua que se consagra e coração que se dedica a Deus. Se você olha para sua vida e não vê essa fé transformadora, clame a Deus pelo dom da fé sobrenatural.