Mateus 24.1-14

Série expositiva no Evangelho de Mateus  •  Sermon  •  Submitted
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O autor apresenta à igreja o sermão profético de Cristo, demonstrando que a via dolorosa trilhada pelo Senhor (e por sua igreja) não é o fim, mas o meio do percurso que, como mostram os sinais, antecedem a publicação da glória já recebeu desde sua ressurreição, da qual a igreja participará.

Notes
Transcript
“[...] Porque é chegado o Reino dos céus” (Mateus 3.2).
Pr. Paulo U. Rodrigues
Introdução
Avançando na narrativa evangélica de Mateus, o autor dá prosseguimento a seu texto enfatizando outro grande discurso do Senhor Jesus, iniciado implicitamente no final do capítulo 23, quando dirigiu e publicou o juízo divino que recairia sobre os anciãos do povo, por terem se voltado contra o Messias e seu Reino. Entretanto, agora no capítulo 24, as palavras de Cristo ganham um contorno profético/escatológico que introduz uma parte importante da mensagem evangélica, que servirá aos discípulos como advertência para a compreensão do tempo no qual "estas coisas (os eventos profetizados por Cristo) sucederão" (v.3), e que deverá ser anunciada por eles "para testemunho a todas as nações" (cf. v.14).
Ao passo que, ao longo de toda essa sexta seção de seu texto, Mateus registrou (de maneira concentrada) toda a perseguição dos escribas, fariseus e principais sacerdotes contra o Messias, uma conexão foi feita por ele entre Cristo e a igreja, em termos do trajeto sofrimento-exaltação a ser percorrido por todos aqueles que foram chamados ao Reino, conforme demonstrado ao longo do capítulo 22, e no início e fim do capítulo 23. O autor faz isso, a fim de exortar seu público quanto a necessidade de experimentarem a perseguição como parte do percurso histórico-progressivo que objetiva a completude e encerramento do plano redentivo do Senhor, através do qual glorifica seu nome e salva seu povo eleito, tal como aconteceu com o próprio Cristo quando de sua primeira vinda.
Aliado a esse intuito pastoral consolador, o autor apresenta essa mesma mensagem de anúncio de juízo sob o tom de uma cronologia escatológica que demarca o fim da perseguição e início da glorificação da igreja. O evangelista situa o momento desse derramamento da ira divina, sob os auspícios do retorno do Messias, rememorando o momento em que entrou pelas portas de Jerusalém sendo aclamado como "Bendito o que vem em nome do Senhor!"(cf. 23.39), o que serve como referência para sua segunda vinda, que ocorrerá nos mesmos moldes.
Com isso, toda a temática escatológica do discurso iniciado neste capítulo 24, possui como finalidade a apresentação dos sinais antecedentes à vinda de Cristo e do juízo mencionado por ele sobre os opressores da igreja (v.3). A compreensão que Mateus deseja elaborar aos seus leitores é quanto aos tempos do fim: que sinais antecederão todo esse movimento conclusivo da história?
À luz dessa temática, Mateus ecoa a união dos dois lados da trama histórico-redentiva das ações divinas, executadas desde o início dos tempos para o estabelecimento de seu Reino: juízo e salvação são novamente unidos na história da redenção, a fim de encerrarem o drama cósmico do qual a igreja participa, sendo Cristo o ator principal, e Deus o Pai, o diretor, que segue o enredo inspirado e revelado pelo Espírito Santo.
A primeira parte desse discurso (que compreende também o parágrafo a ser analisado) (i.e. Mateus 24.1-14), concentra-se na introdução dessa temática escatológica, a qual consiste na divulgação dos sinais antecedentes à volta de Cristo à Redenção da igreja.
Elucidação
Embora a saída de Jesus do templo e sua ida ao monte pareçam sugerir a abertura de uma nova seção, como muitas vezes ocorreu ao longo do presente evangelho, o teor das palavras de Cristo a seguir, apontam para uma conexão temática entre os final do capítulo 23 e o início deste outro longo discurso do Senhor.
Ao ter apontado para o julgamento dos escribas e fariseus, Mateus, como já comentado, anuncia aos leitores/ouvintes de seu texto, o derramamento da justiça sobre os opositores da igreja, uma mensagem que tanto consola, quanto serve de advertência a que a igreja perceba a movimentação histórico-progressiva do andamento do plano redentivo executado pelo Pai em seu Filho Ungido, Jesus Cristo.
Um dos pontos que marcam o teor escatológico imbuído na fala do Senhor, foi a referência que deu quanto a quando aconteceria o julgamento:
Mateus 23.38–39 ARA
Eis que a vossa casa vos ficará deserta. Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!
Essa fala, como analisado na introdução, possui uma dupla referência: aponta para a entrada de Cristo em Jerusalém — quando foi aclamado exatamente da forma descrita —, e, a partir disso, para sua segunda vinda, quando novamente será visto como o Rei Prometido, nesta ocasião porém, de maneira universal.
Diante dessa evolução narrativa, a iminência da crucificação de Cristo não pode ser perdida de vista, e com ela, a temática do ingresso da igreja na mesma via dolorosa. Perseguição e sofrimento estão assolando a igreja, assim com ocorreu com o Messias em seus últimos momentos neste mundo; circunstâncias que antecederam a exaltação de Cristo em sua ressurreição. A marcha imparável da igreja sob perseguição, também culminará em exaltação e triunfo, porém, até que o momento de sua glorificação chegue, a igreja deverá curtir certa dose de desconforto, oriundo da oposição dos inimigos do Reino.
Deparando-se com esse cenário de contagem dos tempos que antecedem o fim, Mateus apresenta à igreja o grande discurso profético de Cristo, que introduz essa mensagem consoladora para o povo de Deus.
A referência usada pelo evangelista que demarca essa transição temporal, ou abreviação dos dias finais, ocorre a partir dos diálogos de Cristo com seus discípulos em relação ao templo. Tal como nas narrativas paralelas (i.e. Mc 13.1-2; Lc 21.5-6), a menção à destruição do templo situa a chegada da nova aliança. Cristo, embora estivesse também profetizando a destruição do templo do Jerusalém (que ocorreu em 70 d.C.), referia-se especificamente à figura remetida pelo prédio, isto é, à intenção do Deus Triuno em "tabernacular" (cf. Jo 1.14 "σκηνόω" - levantar o tabernáculo) no meio de seu povo.
A figura transitória do templo apontava para a realidade completa e permanente da chegada da plenitude dos tempos, em que o Filho de Deus, Jesus Cristo, viria a fim de estabelecer o reinado divino e o consumar a obra redentiva (cf. Jo 2.18-22). Como Graeme Goldsworthy asserta:
"Do tabernáculo, nos movemos para o templo e, depois, para o novo templo da escatologia profética. Então, Jesus vem como o verdadeiro templo em que Deus habita" (GOLDSWORTHY, 2013, p. 254).
Retratando esses princípios elucidativos, Mateus registra o diálogo entre os discípulos e Cristo, no qual os pupilos do Senhor admiram o templo que fora remodelado por Herodes, o grande, no século I a.C. À luz das considerações anteriores, é registrado que o Senhor Jesus responde toda aquela admiração, remetendo ao fato de que aquele que era o cumprimento perfeito de toda figuração expressa pelo templo, inauguraria tempos superiores de comunhão entre Deus e seu povo, e que para tanto, o templo (figura ambígua que se refere à construção e ao próprio Jesus) deveria ser destruído:
Mateus 24.1–2 ARA
Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.
No segundo bloco cênico da narrativa, os discípulos procuram o mestre em particular, tencionando obterem melhores informações sobre esse evento:
Mateus 24.3 ARA
No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século.
A pergunta dos discípulos (de acordo com a narrativa evangélica de Mateus) especifica o questionamento, entendendo que, na fala anterior, ao ter Cristo mencionado a destruição do templo, ele referia-se a eventos maiores do que a possível demolição do prédio que viram, mas referenciava a completude do fluxo redentivo. De pronto, o Senhor confirma a visão dos discípulos, iniciando a extensa exortação quanto aos tempos do fim, revelando-lhes sinais que apontariam para o seu retorno.
É possível compreender essa primeira fala do Senhor (vs 3-14) como um resumo de todos os sinais que serão apresentados posteriormente, seguindo uma linha intensificativa que culmina com "o sinal do Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céus..." (cf. v.30). O tom exortativo de Cristo (usado por Mateus), salienta que os agentes do Reino devem estar atentos a esses sinais, de modo a serem consolados, por quanto atestam que o retorno de Cristo deverá em breve acontecer.
Conforme adiantado em 23.34-35, a dinâmica referencial entre a perseguição sofrida pela igreja e o retorno do Rei, estrutura o cenário para que os sinais ocorram. A marca evidente dessa dinâmica é que ela está impressa na própria história: o conflito que a igreja sofre por parte do mundo, é retratado no próprio mundo: em primeiro lugar, falsos cristos se levantarão buscando enganar a muitos, e concomitante a isso: "ouvireis falar de guerras e rumores de guerras... nação contra nação, reino contra reino" (vs. 6,7).
A desordem mundial provocada pelo esfriamento do amor de quase todos (v12), retratada mais intensamente na perseguição contra a igreja (cf. "Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome" (v.9), é o sinal para o qual Cristo chama a atenção dos discípulos nessa primeira parte de sua fala. Nesse momento, a aproximação entre o que é dito por Cristo do contexto vivenciado pelo leitores/ouvintes do texto é evidente.
A didática de Mateus consiste em demonstrar aos seus leitores/ouvintes, que a situação de perseguição e luta por permanecer na verdade apostólica que estão enfrentando, consiste não num presságio que antecede a derrota da igreja, mas o exato oposto. Tudo o que estava acontecendo com os cristãos nas várias partes do império, toda a perseguição e sofrimento ao qual estavam sendo submetidos, faz parte do perfeito plano através do qual o Senhor Jesus tem seu nome posto sobre todo nome. O processo de glorificação de Cristo foi iniciado em sua assunção ao céus, e a continuação disso acontece com a participação da igreja mediante seu testemunho através do que Cristo chama nesta seção de "o princípio das dores" (cf. v.8).
Isso fica claro quando, no meio de todos esse sinais, Cristo leva seus discípulos a perceberem que cada aspecto daquilo que parece um cenário de desordem e caos, na verdade reflete perfeitamente o desejo soberano de Deus de guiar a história para o fim que determinara: "[…] Vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim" (v.6).
Diferentemente do que poderiam supor muitos, o trajeto por meio do qual Cristo tem seu nome exposto à todo o mundo como o Rei dos reis, e o Ungido do SENHOR para publicar seu reino sobre e no cosmos, ocorre por meio da aparente contradição em que conflito e iniquidade parecem dominar o cenário. A igreja do primeiro século precisava ter seu conceito de vitória remodelado pelas lentes do evangelho: a fim de redimir o cosmos, o Pai estabeleceu que seu Filho deveria sacrificar-se em resgate por muitos (cf. 26.28); humilhação e sofrimento marcam o início da estrada através do qual Cristo Jesus é declarado vitorioso sobre todos os inimigos do Reino: a morte, o pecado e o inferno.
A corrupção e degeneração crescentes também são usados como que compondo o palco do triunfo de Cristo: concomitante à perseguição, "muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros" (v.10). Entretanto, esse cenário paradoxal de conflito e proliferação da corrupção, não reduzirá o avanço do trabalho da igreja. A última parte da fala de Cristo reserva uma profecia que se refere exatamente a reação que a igreja deve ter diante de tudo isso, e tal palavra é direcionada pelo autor, para encorajar os crentes a permanecerem testificando do evangelho: "E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações" (v.14).
Em que pese todo o cenário doloroso de perseguição, e a escalada crescente do pecado no coração dos homens, o martírio (gr. "μαρτύριον") da igreja será mantido pelo Senhor, de modo que a profecia de Cristo reserva um tom de promessa: o pecado e a perseguição não pararão o povo de Deus em sua missão testificadora, e somente quando os quatro cantos do mundo tiverem sido alcançados pela mensagem de que o Reino está próximo, "virá o fim".
Transição
Antes de adentrar no registro da crucificação, morte e ressurreição de Cristo, Mateus preocupa-se em demonstrar para a igreja qual a narrativa está por trás dos eventos que ocorrerão em relação ao Senhor Jesus, e de modo análogo, à sua igreja.
O quadro de perseguição e oposição retratado nesta seção do texto, servem ao propósito da consolidação da obra redentora. O Messias não está sendo apenas uma vítima da retaliação dos ímpios contra o Reino, está na verdade, cumprindo os planos que estabeleceu junto ao Pai e ao Espírito, que garantem a glorificação de seu nome. É a partir do sermão profético de Cristo que a igreja deverá entender os acontecimento a serem narrados na sequência.
Assim como conflito e caos encenaram o percurso redentivo do Messias nesse mundo, por ocasião de sua primeira vinda, da mesma forma farão parte do cenário que prepara o mundo para o seu retorno. O Senhor não havia sido entregue na mão dos anciãos do povo para ser derrotado; o líderes de Israel, em sua rebeldia contra Cristo, é que estavam sendo usados como instrumentos do propósito divino, e da mesma forma ocorreria com a igreja.
O sermão profético de Cristo, antes da crucificação, adianta o fim da história: o conflito contra o Reino é vencido por Jesus, que em sua humilhação, garante a redenção dos que depois de sofrerem o mesmo conflito, o verão ser enaltecido (como desde sua assunção está) como Rei dos reis e Senhor dos senhores, e dessa glória, participará toda a igreja.
Em face disso, o texto de Mateus 24.1-14 reserva para a igreja de Cristo, as seguintes aplicações:
Aplicações
1. O retorno de Cristo é o fim da história: a promessa que nos traz a alegria da lembrança de que a consumação dos séculos reserva a exaltação da igreja.
Os discípulos perguntaram sobre o retorno do Senhor, porque lhes havia sido declarado que todo aquele percurso doloroso pelo qual Cristo haveria de passar não era o fim da história. A morte de Jesus, como reclamação da justiça divina executada, assegura nossa plena justificação diante do Pai, e portanto, nos torna livres da condenação. A ressurreição, garante que o sacrifício foi aceito, e que Cristo venceu todos os inimigos do Reino, e com isso, uma promessa foi deixada: o fim virá.
Na época em que o evangelho foi escrito, como já mencionado, diversos cristãos estavam sendo perseguidos e mortos. A pergunta que pairava no ar era: será que esse é o nosso fim? depois de termos entregue nossas vidas à Cristo e testemunhado da chegada de seu Reino, seremos destruídos pela fúria das forças que se rebelam contra o SENHOR e contra o seu Ungido?
O sermão profético de Cristo exibe a resposta: não. O Senhor que ressuscitou dos mortos, o fez a fim de que ele fosse o modelo do que ocorrerá a todos os seus discípulos. A perseguição e sofrimento não são o fim, são apenas o meio da jornada, através da qual estamos aguardando o retorno em glória do Senhor Jesus.
O templo foi destruído, e três dias depois foi reerguido: Cristo foi morto e ressuscitado, e por meio dele, Deus habita no meio de seu povo. Porém, essa habitação ainda será consumada, quando as nuvens anunciarem o sinal da chegada do Filho do Homem, livrando seu povo da dor, enxugando de seus olhos todas as lágrimas.
A igreja de Cristo, assim como a multidão à porta da cidade de Jerusalém, aguarda o momento em que bradará à plenos pulmões: Bendito o que vem em nome do Senhor!, e essa promessa nos fortalece para suportarmos todas as dificuldades da luta contra o mundo anticristão em que vivemos.
O que nos remete ao próximo ponto.
2. Os sinais que antecedem a volta de Cristo não devem ser confundidos: conflito e caos são o modus operandi por meio do qual Deus o Pai torna gloriosa a vitória de seu Filho sobre os adversário.
Parece-nos estranho que Deus tenha escolhido a ruína do mundo como cenário apropriado para sua glorificação em Cristo Jesus. Como alguém poderia suspeitar que apostasia, guerras, fomes, terremotos e sobretudo, perseguição e martírio, poderiam significar algo positivo?
Porém, percebendo ao longo de toda a Escritura os atos por meio dos quais Deus exaltou-se sobre a rebelião do pecado e do mundo, notamos que a mensagem enviada ao seu povo foi de que o Criador não precisa de circunstâncias favoráveis.
A proliferação do gênero humano culminou com a multiplicação da iniquidade, ao que Deus respondeu com o dilúvio, o qual salvou seu povo e destruiu seus adversários. Homens iníquos tentaram aproveitar-se do servo de Deus, e embora tenha fraquejado na fé, viu o SENHOR favorecê-lo fazendo com que espoliasse os homens que lhe queriam causar dano. O povo eleito foi oprimido por 430, e quando não mais suportavam a aflição, viu o Deus de seus pais devastar uma nação inteira, a fim de que sua promessa fosse cumprida e todos os povo vissem os prodígios de Deus. Quando esse mesmo povo quebrou a aliança, sendo banido para terra estranha, também foi ouvinte da mensagem profética que lhes revelou que a restauração estava vindo.
A mensagem que Cristo dirige a sua igreja ao elencar tantos sinais terríveis que antecedem seu retorno, não é diferente de todas essas vezes em que usou as circunstâncias adversas como palco para seu triunfo. Portanto, à luz do caos ,a igreja deve discernir que os tempos se abreviam, e que embora os sinais aparentem que tudo está perdido, o povo de Deus deve ser lembrar de que tudo, absolutamente tudo, está debaixo do controle supremo do Senhor Jesus, aquele que com cetro de ferro, governa o mundo.
Temos assistido esse sinais se concretizarem. Todos os dias surgem novos falsos profetas, que enganam milhões de pessoas com suas heresias e ensinos contrários ao que diz a Escritura; Guerras e conflitos mundiai causam destruição e medo; Fome e terremotos fragilizam cada vez mais a raça humana, que ao invés de se voltar para o seu criador, traem, escandalizam e odeiam uns aos outros. No meio de tudo isso, a igreja tem sido duramente perseguida; levando a mensagem de arrependimento e salvação, a igreja de Cristo é ferida e odiada.
Entretanto, no meio de todo esse caótico turbilhão, a voz de Cristo à sua igreja é ouvida: “não vos assusteis, […] é necessário assim acontecer” (v.6). O controle do mundo nunca esteve fora das mãos do Rei do universo, e tais sinais indicam que a vitória final se aproxima.
O que compete a igreja é avançar o Reino de Cristo pelo testemunho que manifesta aos homens, aguardando o dia em que ao invés do choro, rirá de alegria ao ver o Trono Branco, sobre o qual está assentado aquele que foi pendurado: O Cordeiro de Deus retornará como Leão, e em glória, conduzirá seu povo ao seu Reino, que nunca terá fim (Lc 1.33)
Conclusão
Há um hino antigo, da harpa cristã, cuja letra resume bem o sentimento ao qual Mateus quis infundir no coração dos discípulos de Cristo por meio desse texto:
Já refulge a glória eterna De Jesus, o Rei dos reis! Breve os reinos deste mundo Seguirão as suas leis! Os sinais da sua vinda Mais se mostram cada vez Vencendo vem Jesus! (Harpa Cristã).
Enquanto os sinais da volta de Cristo acontecem, a igreja do Senhor repete a oração que todos os crentes ao longo dos tempos, desde a criação até o último segundo: Maranata, vem Senhor Jesus!
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