Gênesis 13.1-18

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DEUS GOVERNA A HISTÓRIA! 05 Genesis 13.1-18
- Abraão voltou para Canaã e à comunhão com Deus. Ele estava confiando em sua própria sabedoria quando ele desceu ao Egito. Cada passo de descrença o envolveu em maiores dificuldades. Depois de ser castigado e lembrado da habilidade de Deus em cuidar de Seus filhos, ele retornou ao lugar onde havia abandonado a Deus, e então começou novamente a ter comunhão com Ele. (Ron Crispi)
Abraão retorna ao ponto inicial de sua comunhão com o Senhor: Betel. (vv. 1-3)
Ele saiu do Egito envergonhado, humilhado, deportado.
- O termo “despediram” não significa que lhe fizeram saudações, mas que o deportaram. (Isaltino Gomes Coelho Filho)
Agora ele segue para o Neguebe, em direção à Betel.
- O Neguebe é uma região muito árida, localizada hoje no extremo sul da Palestina. É o lugar mais baixo da região, cercado por cordilheiras.
Importância da aliança no casamento: “levando sua mulher”.
- Não se pode perder de vista que Ló estava com ele. E Ló (filho de Harã, irmão de Abraão que havia morrido) representava um vinculo que ele mantinha com a sua família primeira!
Mas, Abraão não era mais o mesmo, estava “pesado” por muitas riquezas.
- Abrão era muito rico: ele estava muito pesado, assim é a palavra hebraica; pois as riquezas são uma carga, e os que serão ricos somente se carregam com barro espesso (Hq 2.6). Há uma carga de cuidado ao obter riquezas, medo de perdê-las, tentação de usá-las, culpa por abusar delas, pena por perdê-las, e um peso da rendição de contas que, por último, deve ser dada por elas. (Mattew Henry)
“Ali invocou o nome do Senhor”. יְהוָה בְּשֵׁם 
- Juntamente com o retorno de Abrão do Egito até Betel... percebe-se a volta à comunhão com Deus. "Retornar para Betel" é o desejo latente de todos aqueles que se apartaram de Deus. (William Hendriksen)
Tudo deveria ser re-visto em Betel: lá foi onde tudo começou!
- Abraão retornou ao lugar de onde havia partido. Estava sendo atraído por suas raízes. Algumas vezes nossa vida segue em espirais, não se movendo em linha reta até alguma situação nova. Abraão, pois, precisou voltar ao altar que havia erigido em Betel, que ele tinha erguido antes de errar. Dali por diante, retomaria o caminho das bênçãos de Deus. (Champlim)
A sua vida com Deus endireitará quando você renovar o seu altar diante do Senhor!
- Cada novo começo tem inicio defronte do altar, ou assim, pelo menos, deveria ser. A vida é sagrada e deveria ser vivida no espírito de adoração, no serviço do Senhor. Essa é a nossa grande oportunidade. Todo homem precisa da luz e da orientação do alto. Todo homem precisa de uma renovação periódica. (Champlim)
Abraão agora tem de lidar com uma questão de frente: seu relacionamento com o seu sobrinho. (vv. 5-9)
Ló havia se enriquecido junto com Abraão, ou melhor, por causa de Abraão.
- A escassez de bens é um problema, como vimos quando Abrão foi obrigado a se mudar para o Egito (12.10). No entanto, a abundância de bens também pode ser problemática. (Africano)
E, agora na primeira adversidade de convivência, houve uma contenda: O termo המְרִיבָ, que denota reclamação, bate-boca.
Triste constatação: “não podiam habitar juntos”. E a briga dos dois era assistida por inimigos ferozes: os cananeus e perizeus.
- Os Cristãos terão sempre suas diferenças e desacordos. No entanto devemos lembrar que o mundo e os inimigos de Deus estão assistindo. O mundo adora ver os Cristãos brigando e desonrando a Deus. Vamos sempre ser cuidadosos em nosso comportamento quando tratarmos com outros crentes, de maneira que venhamos a agradar a Deus [I Coríntios 6:1-7 ilustra isto]. (Ron Crispi)
Abraão, o mais velho, toma uma atitude: resolve propor um acordo.
- O superior social se humilha diante do inferior com o intuito de preservar a paz, e assim provando ser espiritualmente superior. A fé de Abraão lhe deu a liberdade de ser generoso. (Bruce Waltke)
É sábio quem abre mão do direito em prol do relacionamento!
- Abrão encarou o problema. E não brigou por seus direitos. Não está se dizendo aqui que devemos abdicar de direitos que temos. Está se mostrando a grandeza de Abrão que, em nome de um bom relacionamento, abre mão de direitos. (Isaltino Gomes Coelho Filho)
Abraão age no “espírito de Cristo”, sem ser cristão!
- O que Abrão faz é incrível. Ele é o patriarca. Ló deve tudo a ele. Abrão é seu protetor. Tudo que ele tem, ele deve ao seu tio. A promessa pertence a Abrão. Na cultura oriental, Ló devia todo respeito ao ancião. Mas é Abrão que toma a iniciativa para reconciliar as diferenças entre eles. Ele se humilha para preservar paz, testemunho, relacionamento. (Ele adota a mesma atitude que vemos mais tarde em Cristo Jesus—Fp 2). (David Meek)
Nobre constatação: “somos irmãos”.
Qual era o coração do problema?
- Abraão resolveu ser um pacificador e não um encrenqueiro. O problema entre Abraão e Ló não foi causado pela terra, pela falta de comida, pela riqueza (os dois eram muito ricos) nem pelos pastores (Gen. 13.7). O coração de todo o problema é o problema do coração. O coração de Ló estava nas riquezas e realizações do mundo, enquanto Abraão só desejava agradar a Deus. (Warren Wiersbe)
A contenda não produziu o mundanismo em Ló, do mesmo modo que não produziu a fé em Abrão: apenas mostrou, no caso de cada um, o que estava realmente nele.
Ló aproximava-se cada vez mais de Sodoma, enquanto isso... Abraão aproximava-se do Senhor! (vv. 10-18)
Ló viu uma terra espaçosa, próspera e convidativa: “como o jardim do Senhor”, “como a terra do Egito”.
O autor bíblico nos dá a dica: foi antes do Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra”.
- Alguns escritos judaicos clássicos enfatizam os aspectos de crueldade e falta de hospitabilidade com forasteiros. Uma tradição rabínica, exposta na Mishnah, afirma que os pecados de Sodoma estavam relacionados à ganância e ao apego excessivo à propriedade, e que são interpretados como sinais de falta de compaixão. Alguns textos rabínicos acusam os sodomitas de serem blasfemos e sanguinários. Outra tradição rabínica indica que Sodoma e Gomorra tratavam os visitantes de forma sádica. Um dos crimes cometidos contra os forasteiros é quase idêntico ao de Procusto, na mitologia grega, dizendo respeito à "cama de Sodoma" (midat sdom) na qual os visitantes eram obrigados a dormir. Se os hóspedes fossem mais altos, eram amputados, se eram mais baixos, eram esticados até atingirem o comprimento da cama. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sodoma_e_Gomorra)
“Ló escolheu para si”: ele é egocêntrico!
- O que Ló não viu? Sabemos o que aconteceu no Jardim do Éden: pecado deu bote na raça humana. O inferno invadiu o Paraíso. Sabemos o que aconteceu no Egito—a fé do patriarca fracassou. Sabemos o que aconteceu nas primeiras cidades, construídas por Caim e depois Ninrode em Babel—o homem se rebelou contra os propósitos de Deus, e espalhou sua perversidade. Mas Ló, que vive pelas vistas, ficou cego para tudo isso, porque só vê o que o mundo lhe oferece! (David Meek)
Outra triste constatação: “assim se apartaram um do outro”.
Ló foi se aproximando de Sodoma gradativamente.
- A filosofia de vida de Ló era, “Vou tão perto do precipício que puder, sem cair nele.” Vou aproveitar de tudo que o mundo tem para oferecer, sem ser realmente do mundo. Quero o melhor de dois mundos: da igreja, e do mundo. Mas não é possível! (David Meek)
Repare que:
- "O perigo de nos tornarmos como Ló jaz no fato de que só se chega lá pouco a pouco. Ló começou com um homem decente; e, no entanto, não terminou somente em desastre, mas também foi engolfado em um desastre que envolveu toda a sua família". (Cuthbert A. Simpson)
Agora, Abraão recebeu uma visita inesperada e sobrenatural: O Senhor era com ele!
- Mas nesse momento, Deus veio e falou a Abraão. Não houve necessidade de Abraão estender as mãos para fazer nada. Canaã foi dada a ele pelo Senhor, e não foi preciso preservá-la com métodos carnais. Nossa defesa vem da nossa confiança em Deus; ela não depende de tentarmos reter nada com métodos carnais. Que o Senhor seja misericordioso conosco e nos livre de nossas próprias mãos e de nossos próprias maneiras! (Watchaman Nee)
Deus pede que Abraão levantasse os olhos, e não se importasse com as condições desfavoráveis de sua terra.
- Quando Ló fez sua escolha, vivia pelas vistas. Ele mesmo levantou seus olhos (10). Ele é ambicioso, avarento e egoísta. Ele escolhe PARA SI (11). Mas quando alguém vive pela fé, DEUS fala, “Ergue os olhos... toda essa terra EU TE DAREI” (15). Deus confirma que Abrão escolheu bem! Escolheu Deus acima dos bens, paz acima de prosperidade, família acima da fortuna, fé acima de vista, e Deus o galardoou! (David Meek)
Deus lhe promete uma fértil descendência: e só para lembrar que nesse tempo ele nem filho tinha...
“Percorre a terra”: tome posse da benção! Mais uma vez: o retorno da prática de levantar altares.
Abraão foi morar perto de Hebrom:
- Hebrom. Uma cidade antiga ao sul de Judá, dezenove milhas a sudoeste de Jerusalém, na junção de todas as principais estradas da região. Destacava-se na paisagem, a 935,38ms acima do nível do mar. Josefo fala dela como sendo mais antiga do que a cidade de Mênfis no Egito. Ele também diz que um velho carvalho estava ali desde a criação do mundo. À volta da cidade havia oliveiras, parreiras, fontes, poços e pastos. A caverna de Macpela, mais tarde comprada por Abraão para servir de sepultura a Sara, ficava muito perto. Foi, não só o lugar do sepultamento de Sara, mas também de Abraão, Isaque, Jacó, Rebeca e Léia. (Moody)
A verdade é que: "Ló ficou com grama para seus rebanhos, enquanto Abrão ficou com graça para seus filhos".
Quem segue o caminho de Ló:
- Valoriza mais posses do que pessoas
- Enxerga segundo os seus interesses e os valores pervertidos
- Ouve apenas a voz da vaidade do mundo que o cerca
- Pensa segundo os padrões dessa época sem valores
- Vive para sentar-se nos portões de Sodoma sem levar em conta as consequências na sua vida, família, destino e futuro...
Quem segue o caminho de Abraão:
- Ergue seus olhos para enxergar segundo a vontade de Deus (v. 14) – olhe a terra
- Ergue seus pés para andar segundo os caminhos de Deus (v. 17) – percorra a terra
- Ergue seu coração para adorar segundo a Palavra de Deus (v. 18) – levante altares
Por fim, guarde esse princípio de vida:
- Satanás quer usar circunstâncias, pessoas e coisas para tentá-lo e para extrair o que há de pior em você. Deus quer usar tudo isso para prová-lo e para extrair o que há de melhor em você. (Warren Wiersbe)
Ilust. Um menino acabava de aprender a ver as horas no relógio. Certamente por isso, num sábado à noite, o pai o presenteou com um relógio de brinquedo. O menino não reparou que o relógio era de brinquedo e não trabalhava. Quando foi para a cama, naquela noite, deu-lhe corda e acertou-o com o relógio grande de parede, e então o colocou debaixo do seu travesseiro. Quando acordou, de manhãzinha, meteu a mãozinha debaixo do travesseiro e pegou seu precioso relógio. Olhando o mostrador, na meia escuridão, viu que o relógio marcava 8 horas! Saltou da cama e correu para o quarto dos pais, acordando-os.
– Oito horas! – exclamou ele. – E ninguém está de pé!
Mas o pai e a mãe não ficaram lá muito satisfeitos de serem acordados, pois eram apenas 5 horas da manhã.
Mandaram-no de volta para a cama aquele pequeno entristecido que via que o seu relógio, afinal, não era o que parecia ser. Por alguns momentos ficou acordado na cama, pensando no acontecido, e então se levantou, foi buscar uma chave de parafuso, e
desmontou o relógio. Viu que embora o mostrador fosse bonito, faltavam ao relógio a mola e demais engrenagens, de maneira que em realidade não trabalhava.
Nesse dia a família foi ao culto, como era costume. O pastor falou na passagem que diz que "a fé sem as obras é morta".
– Você compreendeu o que o pastor disse, meu filho? – disse o pai, na hora do almoço.
– Sim, papai – volveu o menino. – Ele falou sobre o meu relógio.
– Seu relógio? – indagou o pai.
– Como não? "A fé sem as obras é morta!" O relógio tinha mostrador, mas não tinha obras, não trabalhava, e por isso era um relógio morto!
Os pais riram-se à vontade, mas o caso dá margem a reflexões. Muita gente parece ter bom mostrador, como se dava com aquele relógio, mas lhes falta a mola da fé. – J. Stuart Robertson.
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