Cristo se tornou um de nós - Hb 2.17-18
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Cristo se tornou um de nós - Hb 2.17-18
Cristo se tornou um de nós - Hb 2.17-18
17 Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus, e fazer propiciação pelos pecados do povo.18 Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados.
Introdução
Introdução
O que é empatia?
O que é compaixão?
Empatia é a capacidade de sentir a dor do outro. É sofrer pelo sofrimento de alguém.
Compaixão se caracteriza pelo desejo de aliviar ou reduzir o sofrimento do outro. É tomar providência.
1. Cristo como humano.
1. Cristo como humano.
Hb 2.17: era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos
Já que empatia e compaixão tem a ver com se colocar no lugar do outro e fazer algo em relação ao sofrimento do outro, não teria prova maior de empatia e compaixão do que o próprio Cristo.
O texto começa com um “Por essa razão”. Do que o autor aos Hebreus está falando? Ele está falando sobre a libertação que Deus nos deu. É sobre nossa salvação.
Por conta da nossa salvação, era necessário que Jesus se tornasse semelhante aos seus irmãos.
Era necessário. Não teriamos como sermos salvos e redimidos se Cristo não se tornasse um de nós. Não tinha outra forma. Sendo Deus tão santo e tão justo ao mesmo tempo, e nós tão pecadores e falhos, toda a expectativa ficou com Cristo.
Que ele se tornasse semelhante aos seus irmãos. “SE TORNASSE”. Muitas vezes nós ficamos um pouco confusos em relação à pessoa de Cristo. Porque um dia ele nasceu de Maria, foi milagroso e tudo, mas a sensação que dá é que a “história” de Jesus começa aí, no seu nascimento. Mas João vai dizer a nós que “No princípio (quando Deus criou os céus e a terra) era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”
Jesus é o filho eterno do Pai! Houve um momento em que ele teve de se tornar como nós. Ele precisou se tornar porque antes de ele nascer ele já existia, ele já era Deus!
Semelhante aos seus irmãos em todos os aspectos. Quando ele nasceu não foi simplesmente Deus descendo entre nós. Houve uma abnegação da parte de Jesus. Ele deixou sua glória. Ele se submeteu a existir em um corpo humano, que ele mesmo criou lá no princípio.
Assim, teve fome, teve sede, se cansou… como um homem comum. Como nós. Encarou as limitações do ser humano, e mais do que nós, sofreu.
Nosso Deus glorioso se submeteu ao sofrimento.
Somente como um ser-humano ele poderia nos salvar. Porque só assim ele poderia ocupar duas funções.
Nosso mediador (sumo sacerdote) e nosso cordeiro (sacrifício).
2. Cristo como nosso mediador.
2. Cristo como nosso mediador.
Hb 2.17: para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus
Quando foi encontrado em figura humana Jesus como um Moisés definitivo foi aquele que preencheu todo o buraco que o pecado criou entre nós e Deus.
Por causa dos nossos pecados contra Deus, nós não tínhamos como nos achegar a Ele, mas Cristo fez o meio-campo para nós e agora estamos aqui. Reunidos para celebrar o Senhor Deus.
Ele se tornou nosso sumo sacerdote. Aquele que representava o povo diante de Deus, e Deus diante do povo, agora não era mais um simples homem, mas o próprio Deus que se fez homem.
E além de ser o nosso mediador, ele ocupa essa função com misericórdia em relação a nós e fidelidade em relação a Deus.
Tudo o que nós precisávamos era de alguém que nos representasse, não nos tratando como nós merecíamos, mas com misericórdia. E ao mesmo tempo, sendo perfeitamente santo e fiel a Deus, coisa que nenhum outro homem poderia ser.
Mas o que chama atenção é que o ministério sacerdotal realizava sacrifícios para que a relação entre Deus e o povo estivesse firme.
E Cristo também!
3. Cristo como nosso cordeiro.
3. Cristo como nosso cordeiro.
Hb. 2.17: e fazer propiciação pelos pecados do povo.
O sumo sacerdote aspergia o sangue do sacrifício sobre a arca da aliança para que a ira de Deus sobre o pecado do povo não recaísse sobre o povo.
Mas agora todo ano ele deveria ir lá repetir aquela cerimônia, porque ajudava, mas não resolvia.
Cristo como nosso verdadeiro sumo sacerdote ele resolve de uma vez por todas. Ele realiza um sacrifício que é completo, e não precisa de repetição.
Mas cordeiro algum poderia servir para um sacrifício como esse.
A não ser que ele mesmo fosse o cordeiro.
Jesus é nosso sumo sacerdote (aquele que realiza o sacrifício) mas ao mesmo tempo ele é o cordeiro (o próprio sacrifício).
No plano glorioso de salvação de Deus por seu povo era necessário que Cristo morresse em nosso lugar.
E ele morreu.
Ele veio como um de nós, ocupou a função de mediador, e pagou o preço das nossas dívidas! Nós agora podemos experimentar perdão de pecados quando nos aproximamos da cruz de Jesus com o coração arrependido e com fé!
Era necessário que ele se tornasse semelhante a nós. Deus não morre. Ninguém pode matar Deus. Mas ele mesmo se entregou por nós, e assim se tornou como nós, habitando em um corpo que sofre, não somente as complicações dessa vida, mas também a morte.
4. Cristo como aquele que sofre.
4. Cristo como aquele que sofre.
Hb 2.18: Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados.
Cristo é aquele que sofre.
Assim como eu e você, Ele sofre.
Ele passou pelo que você passa. Ele chorou como você chora. Ele se angustiou como você se angustia.
Essa é uma das coisas mais admiráveis da nossa fé!
Nosso Deus é todo poderoso. Criador dos céus e da Terra! Mas ainda assim sabe o que é estar na nossa pele.
Mais adiante, o autor aos Hebreus vai dizer: Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
Nosso Deus se compadece de nós. Ele tem empatia por nós. Ele se coloca no nosso lugar. Não como nós fazemos com os outros, de imaginar como é estar lá. Ele de fato assumiou o nosso lugar. Ele assumiou o nosso sofrimento.
E por incrível que pareça, por maior que seja o sofrimento que podemos experimentar nessa vida, é infinitamente menor que o sofrimento do juízo de Deus, que Cristo suportou por nós na cruz.
O que nós sofremos, ele também sofreu. Mas o que ele sofreu na cruz, nós não sofreremos. Ele gritou “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”, para que eu e você não precisássemos gritar isso jamais.
Cristo sofre, como eu e você sofremos. Mas tem uma diferença. Nós sofremos porque a vida nos reserva sofrimentos mesmo e ponto. Mas ele não. Ele sofreu por nos amar.
Aplicação.
Aplicação.
Você que tem sofrido, você tem onde recorrer.
Você que tem lamentado alguma perda, seu Deus também perdeu.
Você que tem se angustiado pelo dia de amanhã, Cristo também se angustiou. Não por não saber o que será, como nós, mas exatamente porque ele sabia o que aconteceria no dia seguinte.
Você que tem clamado a Deus por algum direcionamento em sua vida, Cristo também orava ao Senhor, por vezes a noite toda, para agir corretamente.
Nossa esperança está no fato de que nós servimos a um Deus que sabe o que é viver. Nosso sofrimento é o sofrimento dele. O maior interessado em cuidar de nós é ele mesmo!
Mas a notícia fica ainda melhor quando sabemos que esse Cristo sofredor, que sofreu até sua morte, ressuscitou e hoje reina glorioso ao lado de Deus o Pai. Além de sofrer como nós, ele possui todo poder, e ele, e somente ele, é capaz de cuidar de nós em nosso sofrimento.
Eu não sei o que você veio buscar de Jesus aqui nessa noite, mas eu sei de duas coisas:
Ele sabe o que é estar no seu lugar.
E ele é poderoso pra te ajudar.