VIVA A VIDA! Lucas 14.1-6

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Jesus vê todas as pessoas, indistintamente, como alvos de sua graça.

Notes
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Grande ideia: Jesus vê todas as pessoas, indistintamente, como alvos de sua graça.
Estrutura: Jesus permitia que todos tivessem acesso a ele: um dos fariseus e o homem hidrópico (vv. 1,2) e para Jesus as exigências religiosas não o impediam de olhar para o ser humano como prioridade (vv. 3-6).
O texto tem uma moldura que envolve uma das instituições sagradas em Israel: “o sábado” (vv. 1, 3, 5).
Marcos 2.23–28 (NAA)
23 Aconteceu que, num sábado, Jesus atravessava as searas, e os seus discípulos, ao passar, começaram a colher espigas. 24 Então os fariseus disseram a Jesus: — Olhe! Por que eles estão fazendo o que não é lícito aos sábados? 25 Ele lhes respondeu: — Vocês nunca leram o que Davi fez quando se viu em necessidade e teve fome, ele e os seus companheiros? 26 Como entrou na Casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, os quais só aos sacerdotes era lícito comer, e ainda deu esses pães aos seus companheiros? 27 E Jesus acrescentou: — O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. 28 Assim, o Filho do Homem é senhor também do sábado.
O legalismo é uma porta larga. Os teólogos Ana Márcia Guilhermina de Jesus e José Lisboa Moreira de Oliveira definem bem as três marcas progressivas do legalismo: A primeira é a falta de sensibilidade e de humanidade. A pessoa se torna um monstro guiado pela lei do dever, não tendo misericórdia e compaixão diante da fragilidade alheia. A segunda é o despertar dos instintos mais baixos que o sujeito acreditava controlar. Sufocado e reprimido pela lei e pelo dever, o prazer se transforma em bestialidade ou em conflitos interiores contra os quais a pessoa não tem solução a não ser deixar que extravasem. Disso resulta uma terceira atitude, que é a hipocrisia. Vivendo de forma animalesca, o sujeito tende a ser moralista e cruel para esconder, sob tal aparência, a sua ambiguidade. Vivendo no inferno, a pessoa, mesmo inconscientemente, tende a transformar a vida dos outros num inferno. Vivendo sem prazer de viver, odeia quem vive prazerosamente e tudo fará para desmanchar o prazer de viver dos outros.[
Fernandes Siqueira, Gutierres. Reino dividido: Como o pecado do sectarismo sabota a vontade de Deus para a igreja (pp. 56-57). Edição do Kindle.
Comentário Bíblico de Lucas: Através da Bíblia A Cura de um Hidrópico (Lc 14.1–6)

Lucas, que não era judeu, mostrou cinco milagres de Jesus realizados aos sábados (4.31; 4.38; 6.6; 13.14; 14.1), demonstrando que a falsa religiosidade era abominável para Jesus.

Todos tinham acesso a Jesus. (vv. 1,2)
(a) Lucas mais uma vez mostra Jesus na casa de um fariseu (Lc 7.36; 11.37).
Lucas: Jesus, o Homem Perfeito A Demonstração da Graça, uma Cura no Sábado (14.1–6)

O convite para a refeição no sábado era uma tentativa velada para apanhar Jesus em alguma transgressão.

(b) O que seria essa enfermidade: hidropsia.
Lucas: Jesus, o Homem Perfeito A Demonstração da Graça, uma Cura no Sábado (14.1–6)

A palavra “hidropisia” só aparece aqui no Novo Testamento. É uma doença na qual alguém tem acúmulo de água internamente e as juntas incham-se devido aos fluídos. Esse acúmulo anormal de líquido não é só por si mesmo algo grave, mas, além disso, é um sinal de uma enfermidade dos rins, do fígado, do sangue e/ou do coração. Larry Richards complementa dizendo que era uma doença causada pelo acúmulo anormal de líquido seroso em tecidos ou em cavidades do corpo.7

(c) Jesus estava sempre sendo observado, justamente para que ser provado no modo como ele se relacionava com as pessoas.
Donald B. Kraybill:
Embora Ele circule por todo o tabuleiro de damas, Jesus passa boa parte de seu tempo com os marginalizados. Estes eram os excluídos- despejados na pilha do lixo social. Em vez de cuspir neles, como a maioria das pessoas, Jesus os toca, os ama e os nomeia povo de Deus. A comunhão da mesa na Palestina envolvia refeições rituais que refletiam caixas e escalas de status e estigma. As refeições marcavam limites sociais- incluíam alguns e excluíam outros. A comunhão de Jesus com os marginais sociais transformou as regras da comunhão da mesa. Todos eram bem-vindos em sua mesa.
O espírito de Jesus penetra em caixas sociais. Barricadas de suspeita, desconfiança, estigma e ódio desmoronam em sua presença. Ele também nos convida a ver os seres humanos por trás dos rótulos de estigma. Seu reino transcende todas as fronteiras. Ele recebe pessoas de todas as caixas. O amor de Deus subjuga os costumes sociais que dividem, separam e isolam.
2. O ser humano é prioridade para Jesus. (vv. 3-6)
(a) Diante então dos “interpretes da lei” e “fariseus”, Jesus se adianta na pergunta para provocar reflexão: “é ou não é lícito curar no sábado?”.
Lucas: Jesus, o Homem Perfeito A Demonstração da Graça, uma Cura no Sábado (14.1–6)

Nas outras quatro curas no sábado, bem como nesta, Jesus argumenta que a compaixão é maior do que outras questões de escrúpulo religioso. Aqueles que resistem à compaixão estão do lado errado do debate, e até do lado errado de Deus.

(b) A religião se cala quando precisa lidar com os dramas humanos.
Lucas 6.6–9 (NAA)
6 Aconteceu que, em outro sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Estava ali um homem que tinha a mão direita ressequida. 7 Os escribas e os fariseus observavam Jesus, procurando ver se ele faria uma cura no sábado, a fim de acharem de que o acusar. 8 Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse ao homem da mão ressequida: — Levante-se e venha para o meio. E ele, levantando-se, ficou em pé. 9 Então Jesus disse a eles: — Vou fazer uma pergunta a vocês: é lícito no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixar que se perca?
Lucas 13.14–16 (NAA)
14 O chefe da sinagoga, indignado por ver que Jesus curava no sábado, disse à multidão: — Há seis dias em que se deve trabalhar. Venham nesses dias para serem curados, mas não no sábado. 15 Porém o Senhor lhe respondeu: — Hipócritas! Cada um de vocês não desprende da manjedoura, no sábado, o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber? 16 Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?
(c) Jesus “pegou na mão daquele homem, curou-o e o mandou embora”.
Isaías 53.4–5 (NAA)
4 Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o considerávamos como aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos sarados.
(d) A pergunta de Jesus é para reformularmos nossa escala de valores: “quando a vida corre risco, que peso podemos dar às exigências religiosas?”.
Êxodo 23.4–5 (NAA)
4 — Se você encontrar desgarrado o boi ou o jumento do seu inimigo, leve-o sem falta de volta para ele. 5 Se você vir prostrado debaixo da sua carga o jumento daquele que odeia você, não o abandone, mas ajude o dono a erguer o animal.
Mateus 12.11–12 (NAA)
11 Ao que lhes respondeu: — Quem de vocês será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço para tirá-la dali? 12 Ora, quanto mais vale um homem do que uma ovelha! Logo, é lícito nos sábados fazer o bem.
Lucas: Jesus, o Homem Perfeito A Demonstração da Graça, uma Cura no Sábado (14.1–6)

O sábado foi criado por Deus para o bem do homem, para fazer o bem e não o mal, para trazer alívio e não fardo. Foi criado para que as obras de Deus sejam realizadas na terra, e não para que o legalismo mortífero seja colocado como jugo pesado sobre os homens.

(e) Fato é que:
Lucas: Jesus, o Homem Perfeito A Demonstração da Graça, uma Cura no Sábado (14.1–6)

Ora, se a lei permitia socorrer um boi que caiu num buraco, por que a lei proibiria socorrer um homem, criado à imagem e semelhança de Deus, caído no fosso da enfermidade? Não valem os homens mais do que os animais? A isto nada puderam responder (14.6).

Lucas 21.12–15 (NAA)
12 Antes, porém, de todas estas coisas, vocês serão presos e perseguidos. Vocês serão entregues às sinagogas e lançados nas prisões; serão levados à presença de reis e de governadores, por causa do meu nome. 13 Isto acontecerá para que vocês deem testemunho. 14 Tomem, pois, a decisão de não se preocupar com o que irão responder, 15 porque eu lhes darei palavras e sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos os que se opuserem a vocês.
3. Outras aplicações:
(a) Não há ninguém que seja “caso perdido” para Deus. Jesus sempre estará acessível para todos.
João 3.1–5 (NAA)
1 Havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. 2 Este, de noite, foi até Jesus e lhe disse: — Rabi, sabemos que o senhor é Mestre vindo da parte de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que o senhor faz, se Deus não estiver com ele. 3 Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhe digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus. 4 Nicodemos perguntou: — Como pode um homem nascer, sendo velho? Será que pode voltar ao ventre materno e nascer uma segunda vez? 5 Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhe digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
(b) A nossa salvação é por conta da nossa fé em Jesus, e não pelo cumprimento de regras religiosas.
Romanos 6.12–14 (NAA)
12 Portanto, não permitam que o pecado reine em seu corpo mortal, fazendo com que vocês obedeçam às suas paixões. 13 Também não ofereçam os membros do corpo ao pecado, como instrumentos de injustiça, mas, como pessoas que passaram da morte para a vida, ofereçam a si mesmos a Deus e ofereçam os seus membros a Deus, como instrumentos de justiça. 14 Porque o pecado não terá domínio sobre vocês, pois vocês não estão debaixo da lei, e sim da graça.
Gálatas 5.1 (NAA)
1 Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Por isso, permaneçam firmes e não se submetam, de novo, a jugo de escravidão.
João 8.36 (NAA)
36 Se, pois, o Filho os libertar, vocês serão verdadeiramente livres.
Ilustr.:
Cristo tomou o seu lugar. Não há necessidade de você ficar na sua cela. Já ouviu falar de um prisioneiro liberto que prefere ficar na prisão? Nem eu. Quando a porta da cela abre os prisioneiros saem. A idéia de um prisioneiro preferir o presídio não faz sentido. Uma vez que a pena é paga, para que ficar preso? Você foi liberto da penitenciária do pecado. Em nome dos Céus, para que você iria querer pisar naquele presídio de novo?
Paulo nos lembra “… o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado; pois quem morreu, foi justificado do pecado.” Romanos 6:6-7
Ele não está dizendo que é impossível um crente pecar; ele está dizendo que é tolice os crentes pecarem. “Não é literalmente a impossibilidade… mas, o absurdo moral” dos salvos voltarem ao pecado. (John Stott, Romans: God’s Good News for the World, 169.)
O que é que o presídio tem que você deseja? Você sente falta da culpa? Tem saudades da desonestidade? Tem tenras lembranças de ser enganado e esquecido? Sua vida era melhor quando penava e era rejeitado? Você está com saudades de ver, outra vez, um pecado no espelho?
Não faz sentido voltar à prisão. – de Max Lucado em “Nas Garras da Graça” (In the Grip of Grace) Copyright © 1996 by Max Lucado, Dallas, Tx: Word Publishing – tradução de Dennis Downing para o site www.hermeneutica.com
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