A natureza do Amor Verdadeiro (2)
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· 3 viewsO sermão aborda as diversas e importantes formas de demonstrar o amor entre cônjuges, as interferências que podem afetar esse amor e o que se deve fazer para anular essas interferências.
Notes
Transcript
A natureza do amor verdadeiro!
Texto bíblico Ct 1.2-11
Introdução
O presente século traz uma grande transformação na vida pessoas por conta das diversas forma de mídia social que abre o livro da vida das pessoas, seja pelas selfies postadas no Instagram ou facebook. A vida e rotina das pessoas ficam escancaradas n por meio dessas diversas mídias.
No tempo de Salomão e Sulamita, não existiam mídias sociais e nem mesmo álbuns de fotos, mas o livro de Cântico dos Cânticos serve a um propósito semelhante. O livro preserva o que se assemelha a um álbum de fotos que capturam os momentos principais no relacionamento de dois apaixonados. Veremos algumas lições importantes sobre o despertar do amor verdadeiro e de um relacionamento duradouro por meio da leitura e reflexão deste livro que é parte importante das escrituras sagradas.
1. Interesse Mútuo (V.2-4ª)
1.1. O texto começa com Sulamita expressando, em forma de monólogo, a profunda paixão que sente pelo rei. O texto demonstra que o interesse dela é muito mais que físico. Há muito mais coisas que devem nos atrair ao nosso cônjuge, que vai além do aspecto físico, como caráter, sinceridade, jeito de ser, etc.
1.2. Ela declara que o amor dele era melhor que o vinho. Significa que a afeição física dele foi suave, refrescante e grande fonte de alegria, ou seja, para ela, não havia nenhum evento social, não importando prazer ou a alegria, que se igualava às expressões tenras do amor de Salomão pelas quais ela ansiava. Ela ansiava pelas expressões de amor do seu amado. Como você tem expressado o seu amor pelo seu cônjuge?
1.3. Ela elogia o perfume dele, o seu cheiro a deixava “fraca”. A sua presença tem sido um cheiro suave e agradável a seu cônjuge?
1.4. A segunda linha do verso 3 faz um jogo de palavras em que a ideia literal do perfume passa a descrever o nome do amado. O nome, conforme descrito nas escrituras, representa o caráter dele, que era atraente, digno e nobre. O rei reunia uma aparência física impressionante com um caráter doce. Não era de admirar que el fizesse o coração das virgens derreter. Ele era o cara!
2. Interferência (V.4b)
2.1. Esse é um aspecto que pode trazer muitos problemas ao relacionamento conjugal. Seja interferência da família, de amigos ou de terceiros. É importante blindar o relacionamento e não permitir que outras pessoas interfiram na harmonia da vida casal.
2.2. Observamos no texto que, logo após o monólogo da Sulamita há uma mudança na abordagem de primeira pessoa do singular para a primeira pessoa do plural. Um grupo começa a falar, ecoando os louvores já falados sobre o rei, mas representando também a primeira ameaça ao relacionamento.
2.3. No primeiro momento em que Sulamita é apresentada no palácio (V.4ª), as mulheres da corte representam uma ameaça para ela. Talvez constem como as primeiras raposinhas que devastavam as florezinhas iniciais do Vinhedo. (2.15)
2.4. A tentação ao desespero seria grande enquanto Sulamita contemplava a cena da corte, a grandeza do rei, as mulheres da elite, todas suspirando por causa dele, e ela recém-chegada do campo.
2.5. Quem já não se sentiu intimidade quando conheceu a família e o contexto de vida do namorado pela primeira vez? Quem já não se sentiu indigno de conquistar o homem ou a mulher dos sonhos? Quem já não foi tentado a desistir do relacionamento depois de encontrar com ex-namorados ou de ouvir tantas outras elogiando o seu amado?
2.6. Essa primeira interferência de terceiros já leva à expressão de insegurança por parte da Sulamita.
3. Insegurança (V. 5-7)
3.1. Logo após a exclamação do coro de mulheres de Jerusalém, afirmando que o rei realmente era desejável para todas na corte, a Sulamita começa a expressar sentimento de insegurança.
3.2. Sua presença como camponesa entre as mulheres sofisticadas do palácio gerou conflito interno que somente será resolvido pelas próprias afirmações do seu amado.
3.3. Portanto, o antídoto para a insegurança do seu cônjuge são as suas palavras de afirmação, que vão gerar a confiança necessária ao combate da insegurança. Palavras e atitudes que afirmam seu amor e admiração pelo seu cônjuge pode curar qualquer insegurança.
3.4. Ela demonstra ter complexo com sua cor morena em contraste com as mulheres brancas do palácio. Tenta explicar ou justificar o porquê da sua pele morena, ela se sente inferior! Isso gera insegurança. O seu trabalho no campo não lhe permitiu investir na aparência.
3.5. Para se abrigar da sua insegurança ela busca o seu amado, porque a ausência dele aumentava sua insegurança. Não seja ausente na vida do seu cônjuge porque isso gera insegurança. Não falo aqui somente da ausência física. O seu cônjuge precisa de você para conversar, desabafar, compartilhar e se sentir acolhido.
3.6. Ela, embora insegura, não travou nenhum embate com as mulheres da corte, ela procurou um diálogo aberto e direto com o seu amado. Não usou de manipulações, intrigas, fofocas e outras jogadas, mas utilizou-se de uma comunicação direta, com sabedoria e discrição, que é sempre o melhor caminho.
4. Investimento (V. 9-11)
4.1. O rei encontra a amada e resolve a primeira crise do casal, causada pelo fato de que a abandonou no palácio entre as filhas de Jerusalém nada amigáveis.
4.2. Nesse momento ele precisava investir no relacionamento. E o investimento dele de repente muda a perspectiva da amada e das filhas de Jerusalém.
4.3. As palavras suaves dele a consolam e assentam a poeira da dúvida, confusão, inferioridade e interferência. Aqui ele elogia tanto a aparência física quanto a dignidade de caráter dela.
4.4. No verso 9 ele a elogia chamando-a de querida minha. Aqui temos uma expressão que se usada hoje traria uma grande confusão, principalmente entre as feministas. Ele a compara a uma égua. A melhor tradução desse texto indica que ela era como égua entre as carruagens de Faraó. Primeiro porque as carruagens eram puxadas somente por cavalos. A presença de uma única égua entre os cavalos do exército de Faraó iria trazer uma grande confusão. Não se trata aqui somente do fato de ele a achar muito linda como uma égua entre muitos cavalos de carruagem, mas talvez que ela era também atraente e causava distração como uma égua solitária faria entre os cavalos. Salomão a descreve como uma mulher que deixava todos os homens doidos! É como se ela fosse a única mulher num mundo cheio de homens!
4.5. O rei acrescenta mais duas descrições dela, que também faz com que ela descanse no amor dele. O pescoço dela – símbolo de dignidade e nobreza (V.10); ou seja, seu caráter está adornado de forma ´perfeita com colares.
4.6. O rei dirige a ela elogios honestos para ela entender a importância que tem na vida dele. O seu cônjuge sabe a importância que têm na sua vida?
4.7. A postura do rei em relação à sua amada provoca uma mudança de atitude por parte das filhas de Jerusalém. Elas tomam as palavras finais do rei, que descreveram o pescoço adornado de Sulamita e de repente se oferecem a fabricar outras joias para embeleza-la ainda mais.
Conclusão
Quando encaramos o livro do Cântico, reconhecemos a triste realidade de que o ser humano hoje carece muito da graça de Deus (Rm 3.23) A imagem de Deus foi impactada pela entrada do pecado na raça humana e gerou confusão, insegurança, vergonha, medo e fuga no relacionamento entre Deus e o homem e entre o homem e sua esposa e filhos. O que você pretende fazer para recuperar a imagem de Deus em sua vida e, por consequência nos seus relacionamentos com o cônjuge e os filhos?
Aprendemos algumas lições que poderão nos ajudar em nossos relacionamentos e remetem ao verdadeiro amor:
a) Precisa haver paciência para desenvolver relacionamentos duradouros e comprovar primeiras impressões
b) Os relacionamentos devem incluir atração física, assim como apreciação pelo caráter um do outro;
c) Todo relacionamento íntimo entre duas pessoas incluirá tensões, ambiguidades, conflitos e interferências de terceiros que terão que ser superados para que a intimidade aumente;
d) O casal não pode permitir que terceiros interfiram no desenvolvimento da sua amizade;
e) O homem tem um papel especial de verbalizar sua apreciação pela beleza interior e exterior da sua amada;
f) O ideal divino para os casais é um relacionamento de paciência e pureza; mas existe graça renovadora para aqueles que já se precipitaram em relacionamentos. Há chance de começar de novo, demonstrar pureza e paciência num relacionamento crescente para a gloria de Deus.
A GRANDE IDEIA: O AMOR VERDADEIRO CRESCE, APESAR DAS INTERFERÊNCIAS DE TERCEIROS, COM PACIÊCIA E AFIRMAÇÕES DE AMOR!