1Coríntios 8.1-13
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· 28 viewsO autor divino/humano exorta sua igreja ao usufruto da liberdade, mediante o testemunho do amor a Deus, direcionado à edificação dos irmãos.
Notes
Transcript
"[....] Aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos" (1Co 1.2).
Pr. Paulo U. Rodrigues
Introdução
O apóstolo Paulo continua em seu esforço de responder os questionamentos a ele direcionados pelos da casa de Cloe, que exprimem algumas dúvidas dos membros da igreja com relação a diversos assuntos.
Tendo respondido as questões sobre o casamento e celibato, o autor avança para um novo tópico ou tema: a relação do crente com as coisas sacrificadas aos ídolos. Entretanto, ainda que as dúvidas dos crentes girem em torno desse assunto, o método usado pelo apóstolo para abordá-lo, centraliza a importância da unidade em amor de uns para com os outros.
No capítulo 10, o apóstolo tocará no ponto da liberdade cristã propriamente dita, mas agora, no capítulo 8, Paulo lança o alicerce de um princípio mais importante, que inclusive deverá nortear o uso dessa liberdade entre os crentes.
Comer, beber ou fazer uso de qualquer coisa a respeito da qual é dito que foi sacrificada a ídolos, pode provocar dúvidas ou mesmo ruídos no relacionamento entre crentes, especialmente no caso daqueles que ainda não possuem o conhecimento necessário de que o "ídolo, por si mesmo, nada é no mundo" (v.4), e por causa disso, "tropeçam", ao ver outros fazendo uso dessas coisas.
O apóstolo então estrutura um argumento tríplice, por meio do qual deseja chamar a igreja ao conhecimento da necessidade de que o amor uns aos outros também seja um dos critérios para o uso da liberdade, como dito. A prédica apostólica é introduzida pelos versículos de 1 à 3, em que é apresentado um balanço entre conhecimento e amor: embora o primeiro não deva ser descartado ou visto como tendo menor importância, não faz sentido sem o segundo, numa que "o conhecimento leva ao orgulho, mas o amor edifica" (.1). Nos versículos de 4 à 8, o apóstolo reforça o argumento da existência de um único Deus, o que ratifica a nulidade do sacrifícios aos ídolos como sendo veraz ou tendo alguma efetividade, sendo isso porém, ainda não compreendido por muitos crentes, e por isso, a partir dos versículos de 9 ao 13, Paulo exorta os que das coisas sacrificadas fazem uso, a observarem se de repente, não estão, ressaltando a liberdade que possuem, em detrimento dos irmãos mais "fracos", conduzindo-os ao erro ou tropeço.
Notando essas considerações, o texto de 1Coríntios 8.1-13, enfatiza o amor como critério para o usufruto da liberdade cristã.
Elucidação
Em primeiro lugar (como introduzido), o apóstolo inicia o texto com o argumento do amor como fonte e base do conhecimento que procede de Deus.
1. O amor como fonte e base do conhecimento que procede de Deus (vs. 1-3).
Antes de adentrar no tratamento ou exposição do tópico em questão, Paulo ressalta o ponto que enfatizou desde o início de seu texto (caps 1 à 4), quando buscou orientar os crentes em Corinto à humildade e à alta consideração que cada irmão deveria ter em relação ao outro, vendo-se como instrumento divino na edificação da igreja de Deus.
O retorno à pontos adjacentes a esse tema, reforça a necessidade de que aquela comunidade compreenda a importância da vida comunitária para a fruição profunda de todos os benefícios que o Senhor Jesus já lhes têm ministrado e concedido (cf. 1.7).
O obstáculo da arrogância do conhecimento, mostra mais uma vez ser um problema entre os coríntios, estendendo-se não somente a questão da confiança no conhecimento como inimigo da fé, numa que concorre com a dependência da pregação do evangelho para fortalecimento da igreja do Senhor (cf. 2.6-16), mas também ao próprio relacionamento entre os crentes, principalmente levando em consideração aqueles que, pela limitação de conhecimento, veem-se confundidos com relação aos princípios da fé à qual foram chamados através do conhecimento do verdadeiro e único Deus (v. 7).
Paulo exorta os que julgam ter conhecimento, confrontando-os com o fato de que "se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber" (v.2). O ponto em questão não é a detenção da informação ou conhecimento, mas a prática à luz de tal, isso é inferido a partir da flexão do verbo 'saber' (gr. "γινώσκω") do perfeito (i.e. "soube") para o infinitivo ("saber") (cf. v.2), este último expressando uma ação continuada. Noutras palavras, se alguém obteve o conhecimento redentivo em Cristo, mas não vive de acordo com essa sabedoria, tendo em vista aqueles que ainda não dispõe dela, a fim de julgar entre algumas situações e como proceder nelas — como por exemplo, no que tange às coisas sacrificadas aos ídolos —, esse tal não conhece ou sabe verdadeiramente.
Complementando essa argumentação, o apóstolo aponta para a relação do conhecimento com o próprio Deus, o que resultaria na demonstração da verdadeira obtenção e exercício da sabedoria: "[...] Se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele" (v.3). O único vínculo de conhecimento útil à edificação da igreja (conforme será apresentado pelos pontos argumentativos a seguir, parte do amor a Deus, assegurado pelo fato de que quando alguém está de fato preocupado com seu irmão, ao ponto de servi-lo mediante o exercício sábio de sua liberdade, é conhecido pelo próprio Senhor. É amando a Deus que se mostra que obtivemos dele o conhecimento verdadeiro.
Levando em conta essa evocação do vínculo do conhecimento a partir do amor a Deus, o autor passa a tratar dos pontos que deseja abordar neste capítulo de sua carta, começando pela demonstração da existência de um único Deus implicando na nulidade dos ídolos do mundo.
2. A existência de um único Deus implicando na nulidade dos ídolos do mundo (vs. 4-8).
A repetição da expressão introdutória ao assunto nos versículos 1 e 4 ("No que se refere... No tocante...") indica o fim da introdução e início da argumentação propriamente dita. O autor fundamenta sua exortação a partir da lógica de que os ídolos, "de si mesmos" (v.4), não são nada, isto é, não existem, havendo somente um único Deus. A adoração idólatra de alguns, ainda que "se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra", é vazia quanto ao objeto, e portanto, como pensavam os alguns crentes coríntios, não acarretavam qualquer implicação sobre o elemento sacrificado, no caso, os alimentos.
Em síntese, a perspectiva de Paulo é notar que, embora o culto aos deuses fosse real, os ídolos em si não o eram, e portanto, a carne, ou qualquer outra coisa oferecida, não estava maculada pelo culto pagão. O que fundamenta essa verdade é, com ele havia indicado no versículo 4, a existência de "um Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele" (v.6).
A razão de ser de todas as coisas que há no mundo não são os ídolos, conforme pensavam os incrédulos, mas Cristo. Como uma coisa poderia ter qualquer tipo de implicação corruptora ou idólatra sobre um cristão, se absolutamente tudo do qual faz uso no mundo foi criado por Deus e para sua glória, através do Senhor Jesus Cristo? Isso significa que o pensamento de alguns dentro da igreja estava correto: a coisa em si não exerce influência sobre seu usurário, ainda que, por outros, seja usada indevidamente.
Todavia, tal lógica não sugere que não haja um limite que deva circunscrever o uso dessas coisas. Conviver com pessoas que acreditam que carnes, bebidas ou alimentos que eram sacrificados aos ídolos são impróprios para os que estão em Cristo, é mais complexo do que aparenta, e muitos desses ainda estão no processo de compreensão da relação sua com essas coisas sacrificadas, estando suas consciências ainda "frágeis" (cf. v.12), ou ainda imaturos com relação ao uso da liberdade. Como o autor argumenta a partir do versículo 7:
Entretanto, não há esse conhecimento em todos; porque alguns, por efeito da familiaridade até agora com o ídolo, ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se.
A realidade da igreja de Corinto, no que concerne ao conhecimento da nova cosmovisão que lhes fora concedida em Cristo, não é uniforme, isto é, nem todos estão afeitos, do mesmo modo, aos princípios que norteiam a vida do crente. Alguns, devido sua origem pagã, tinham dificuldades de se alimentar de comidas que sabiam que eram oferecidas nos templos aos deuses, o que consideravam "um sacrifício idólatra" (NVI, v.7), e portanto, vetado aos crentes.
Paulo reforça, no versículo 8, que não havia qualquer efeito da comida sacrificada sobre os crentes: "Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos, se não comermos, e nada ganharemos, se comermos", mas a partir da necessidade de que os crentes estejam atentos às necessidades de alguns de esclarecimento, passa a orientar o uso da liberdade cristã a partir do versículo 9.
3. O uso da liberdade para benefício mútuo e edificação do mais "fraco" (vs.9-13).
A última parte da exortação vem na forma de um imperativo:
Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos.
Como exposto desde o início da carta, a preocupação do apóstolo é que os crentes em Corinto hajam de modo apropriado à obra de santificação neles operada por Cristo em seu chamamento à fé (cf. 1.1-3). O testemunho do evangelho tem sido confirmado neles (cf. 1.6), e isso resulta na demonstração da obra redentiva diante dos que ainda permanecem descrentes.
Mas, esse testemunho não deve levar em conta apenas os de fora; os de dentro também precisam ser edificados, o que deve fazer com que cada um dos que, achando-se detentores do conhecimento (cf. v. 1 "senhores do saber" e 10, "dotado de saber"), reflita sobre o como tem usado sua liberdade.
Não havia pecado no consumo de carne oferecida a ídolos, pois não existem ídolos, no entanto, consumindo tal tipo de alimento, alguém poderia conduzir um irmão mais simplório na fé (e.g. um neófito) à ideia de que poderia transitar entre a cultura pagã e a piedade sem qualquer problema.
Embora pareça um erro de responsabilidade apenas do segundo, Paulo atribui ao primeiro a indução do fraco ao erro:
Porque, se alguém te vir a ti, que és dotado de saber, à mesa, em templo de ídolo, não será a consciência do que é fraco induzida a participar de comidas sacrificadas a ídolos?
Na situação aventada, "perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu" (v.11). O uso irresponsável e arrogante da liberdade também é descrito não apenas como um erro indireto, mas uma falha equiparada à um ataque franco: "[…] Deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes (gr. "τύπτω": ferimento físico) a consciência fraca". Muito distante da compreensão superficial que alguns cristãos na comunidade de Corinto tinham, com relação aos efeitos de usufruirem de sua liberdade, a perspectiva apostólica é que, se o uso do arbítrio incorrer na exposição de um irmão ao pecado (embora o pecado aqui não esteja no consumo da coisa sacrificada ao ídolo, conforme pensava o mais fraco), tal irmão estaria sendo submetido à um processo excruciante de dúvida, oriundo de um desconhecimento do que era realmente pecado e o que não era. A dúvida presente no coração deste, o faria tropeçar na fé, e assim, o pecado não seria do irmão fraco, mas do suposto sábio, que manteve-se intransigente no uso de sua liberdade, à revelia de seu irmão, pecado assim contra o próprio Senhor (v.12).
Diante de uma possibilidade tão grave e séria, Paulo enfatiza que, nesse caso, a abstenção deveria ser preferível, ou noutras palavras; seria melhor que deixar de comer (fazer, sentir, ter etc.) a carne sacrificada a ídolos (tendo em vista que nada seria perdido (cf. v.8)) do que causar escândalo ao irmão.
Transição
O Senhor Jesus Cristo é o único por meio de quem tudo veio a existir, e que também significa que o universo pertence ao Pai. Isso concede aos crentes o direito de usufruir de absolutamente todas as coisas que os olhos enxergam, sem qualquer pesar, pois tendo agora a mente de Cristo, podem utilizar todas as coisas por meio da sabedoria e conhecimento de Deus. Entretanto, por ainda não estar aperfeiçoado plenamente, cada crente deve levar em consideração que, embora não hajam níveis de salvação, existem níveis de compreensão quanto as implicações dela, o que resulta em diferentes graus de consciência com relação ao uso das coisas criadas.
Diante disso, o uso da liberdade também deve levar em consideração o amor a Deus, manifesto através da preocupação de que um irmão não tropece na fé por causa do uso de coisas sobre as quais ele possui alguma dúvida.
Observando a tônica exortativa do apóstolo no texto de 1Coríntios 8.1-13, os pontos argumentativos traçados, convergem para o ensino de um princípio; àquele que compõe a ideia central de todo o texto
Aplicação
O amor ao irmão também deve ser usado como critério para o usufruto da liberdade cristã, concedida a nós por Cristo Jesus.
Saber que o uso de determinada coisa não é pecado, não necessariamente significa que não há risco de que não se esteja pecando. Precisamos estar sensíveis à coisas para além da nossa vontade, na hora de usar/fazer coisas sobre as quais algum irmão, por ser novo na fé ou ter algum tipo de dificuldade de entendimento, possui dúvidas.
Por exemplo, não há dúvidas quanto a isenção de pecado no ato de beber um copo de água. O mesmo não pode ser aplicado em relação à bebidas alcoólicas, mesmo que aplique-se ao contexto do uso de bebidas alcoólicas, o mesmo princípio das carnes oferecidas à ídolos do século I em Corinto: de que na coisa em si, não há nenhum pecado.
Muitos irmãos em nossa igreja podem ter dificuldades de lidar com assunto por causa de sua vida pregressa à fé: usavam desmedidamente o álcool; ou era viciados etc. Diversas são as possibilidades que tornam as mentes de muitos irmãos nossos, sensíveis a esse tópico, ou à tantos outros.
Somos totalmente livres para fazer uso da criação, pois chamar de pecado o que a Bíblia não chama, é um erro crasso. Porém, o texto nos exorta ao princípio de que, embora todas as coisas sejam possíveis, nem todas elas convém, pelo menos nesse caso, não à todo momento, principalmente quando o uso da liberdade interfere diretamente na fé do meu irmão, que ainda não foi apresentado ao princípio bíblico da liberdade de consciência que recebemos em Cristo Jesus.
Estamos livres em Cristo, mas não de Cristo, e esse ensino deve nos fazer vigilantes quanto aos nossos irmãos, pois o amor a Deus é a demonstração do verdadeiro conhecimento.
Assim, a justificativa de que não há pecado nisso ou naquilo, nem sempre é suficiente para nos absolver de pecados que cometemos ao expor nossos irmãos mais fracos, à dúvida, ou mesmo ao escândalo.
É importante também ressaltar que o texto em questão, preocupa-se com a relação entre cristãos mais maduros (embora às vezes soberbos) para com cristãos mais fracos, ou menos experientes. Não se advoga aqui que um crente experiente possa ser ferido por escândalo, e portanto, não podemos nos transformar numa “polícia de Cristo”, impedindo outros crentes de fazer uso de sua liberdade.
O amor é um dos critérios que deve nos levar ao uso sábio e santo dos privilégios que o Senhor Jesus nos concedeu, ao nos ter chamado à santidade. Os ímpios, pois mais comedidos que sejam, não contam com o discernimento da verdade que os tornaria livres para usarem as coisas com sensatez, honra, e principalmente amor ao próximo. Geralmente se ouve falar da extravagância com que os descrentes fazem uso das bençãos da criação, transformando o que deveria promover alegria e satisfação em Deus, em pecado e vaidade.
Nós que temos sido, por graça, ao longo da vida, expostos à estudos mais aprofundados da Palavra de Deus, pela pregação expositiva, leitura de livros e etc, obtivemos o conhecimento de que muito daquilo que está hoje no imaginário evangelical brasileiro, não passa de normas de usos e costumes baseados apenas no que homens acham que é santidade genuína. Isso está longe de ser um testemunho válido que leva um indivíduo a viver por modo digno do evangelho.
Diversos evangélicos no Brasil e no mundo, não fazem uso de determinadas coisas, como álcool, música “secular”, frequentar determinados locais, por um apego superficial ao fato de que, como mais recorrentemente vêem ímpios usando/fazendo essas mesmas coisas, as taxam de pecado, e mantem-se na dúvida, sem buscar esclarecimento.
Estes certamente, permanecerão com a consciência ferida, mas não por culpa de outrem, mas de si mesmos, por não amadurecem na fé e viverem sem perceber quão ampla é a liberdade que nos concedeu Cristo. Por outro lado, não podemos nos estribar sobre o conhecimento, fazendo tudo que desejarmos, mesmo sabendo que é lícito. Sob a nuvem de legalistas que preferem as amarradas da consciência fraca à liberdade em Cristo, estão aqueles que verdadeiramente têm dúvidas, ou ainda não foram instruídos.
A respeito desses, o conselho de Paulo urge:
E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.
Mais importante do que conhecer, é ser conhecido por Deus (cf. v.3), e tal conhecimento ocorrerá quando, usando nossa liberdade, abrirmos mão dela em favor de nosso irmão. Se você conhece alguém que têm dificuldades com o princípio da liberdade cristã, ore em favor do crescimento e amadurecimento espiritual dele, e busque-o em amor para o instruir; mas não golpeie a consciência daquele por quem Cristo morreu, agindo soberbamente, desfazendo-se do mais fraco, apenas para que você possa usufruir daquilo que deseja. O pecado não estará na coisa, mas em seu egoísmo; lembrando que, assim fazendo, você estará pecando contra o irmão, e nele, contra o próprio Senhor!
Conclusão
João Calvino, um dos maiores teólogos que todos os tempos, numa de suas maiores obras, em que expõe grande parte de seu grande conhecimento, afirma:
Nada é mais claro do que esta norma: que façamos uso de nossa liberdade, se ela resulta na edificação de nosso semelhante; mas, se nosso semelhante não for beneficiado, então que nos privemos dela. (Calvino, João. Institutas da Religião Cristã. Editora Fiel. Edição do Kindle. Posição 5008 de 6194).
Ao nos dar liberdade do pecado, Cristo também nos deu a graça de usarmos o que está à nosso dispor, para sua honra e glória, o que inclui o exercício do verdadeiro conhecimento, mediante o amor ao nosso irmão, por meio do qual, nos faremos conhecidos por Deus.