Um salvador cheio de Graça - Mc 2.13-17

Encontros com Jesus  •  Sermon  •  Submitted
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Introdução

Existem pessoas muito diferentes nesta sala neste noite, bem como em todo o mundo, temos homens, mulheres, brancos e pretos, latinos e asiáticos, marceneiros e corretores de imóveis, professores e designers.
Existem aqueles que tomam café sem açúcar, e aqueles que ainda não conseguiram evoluir pra tomá-lo sem açúcar.
São tipos tão diferentes de pessoas ao nosso redor, que podemos pensar que talvez seja difícil haver algum tipo de semelhança diante de tantas diferenças.
Mas há uma coisa que nos conecta em nossa identidade, independentemente se você toma café com açúcar ou sem açúcar.
Antes que tenhamos um encontro Jesus, o Salvador cheio de graça, há algo que nos conecta de forma profunda, e não só isso, que nos governa de forma poderosa.
Isso nos nomeia em nossa identidade de forma intimamente semelhante, todos somos pecadores.
Todos nós nascemos em pecado, todos somos pecadores terríveis.
Mas ainda assim, dentro dessa classe, cuja a humanidade está, há diferentes tipos de pecadores.
Em um sentido específico, temos os mentirosos, os assassinos, os orgulhosos, aqueles que são sexualmente imorais, os viciados si mesmos, os arrogantes.
Em um sentido geral sempre tem dois tipos de pecadores.
Aqueles que sabem que são pecadores e aqueles que são pecadores, mas acreditam que são santos, justos e bons.
No texto que leremos hoje, veremos Jesus lidando com os dois tipos.
Ler o texto de Marcos 2.13-17.
Até aqui, Jesus já tinha feito muitos milagres, pregou o Evangelho por onde passava, libertou homens escravizados por demônios, curou todo o tipo de doenças, tocou em um leproso e o fez limpo.
Sua fama o precedia, e as multidões se amontoavam para ver aquele que fazia mais do que seus médicos podiam fazer, e mais do que seus mestres da religião jamais fizeram.
Mas desta vez, nenhuma cura é narrada, Jesus ao ver a multidão decide ensiná-la.
Não temos aqui o sermão de Jesus, tão pouco seu manuscrito, mas podemos saber que o assunto do ensino de Jesus era o reino de Deus, então podemos esperar que ele estaria pregando a mesma mensagem.
Assim como nós aqui na Aviva, domingo após domingo, pregamos a mesma mensagem, o Evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Primeiro ponto de atenção ao texto está no verso 14.
Marcos 2.14 NAA
14 Quando ia passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria e lhe disse: — Siga-me! Ele se levantou e o seguiu.
Quando Jesus passa, ele vê Levi.
Pode parecer uma pequena e insignificante informação, mas não é, aqui vemos o caráter de um Salvador cheio de graça.
Ele viu Levi, e pelo que sabemos, Levi não acena para Jesus, Levi não fala previamente com Jesus, Não vemos Levi o chamando para seu posto de coleta.
Mas Jesus o vê.
O maravilhoso aqui é que Jesus vê Levi sem o contexto que tem por detrás dele.
Jesus vê Levi trabalhando em seu posto de cobrador de impostos.
O escandaloso nessa cena, é que Levi era invisível aos olhos dos lideres religiosos da época e da maioria dos Judeus.
Sejamos honestos, ninguém aqui gosta de ficar pagando impostos, eu entendo, mas devemos faze-lo.
Mas aqui o contexto é totalmente outro, os cobradores de impostos eram profundamente odiados pelos judeus.
Primeiro, porque ter uma coletoria de impostos em pleno Israel, significava que Israel estava sofrendo dominação de outro império, neste caso, Roma.
Segundo, porque um judeu trabalhar para o império romano era tido como traidor do povo.
Terceiro, além do que já mencionamos, eles extorquiam seus patrícios e enriqueciam dessa forma.
Por fim, quem entrasse na casa de um coletor de impostos era considerado imundo, e teria de fazer o rito de purificação.
Um cobrador de impostos era tão excluído, que não tinha voz nos tribunais, a lei não o cobria em seus direitos.
As duas mais conceituadas escolas rabínicas da época (Hilel e Shamai), pregavam que mentir a um cobrador de impostos não era pecado diante de Deus.
Esse era Levi.
O que deveria acontecer, ou o que todos esperavam, era que Jesus passasse pela coletoria, e assim como todos, virasse os olhos para Levi.
Aliás, eu e você, viraríamos os olhos para Levi, assim como viramos os olhos para pessoas em nossa sociedade que com sua prática de vida, ferem nossa religiosidade.
É importante para nós este contexto, para entendermos o impacto da ação graciosa de Jesus diante de todos.
Ele não só olha para Levi, ele diz: Siga-me.
Talvez disseram, Senhor, siga-me? O Senhor sabe que tipo de homem ele é? Senhor, andar com ele te tornará imundo, sua reputação será manchada.
Veja, estas palavras não foram ditas a muitos até aqui.
O que sabemos é que ele chamou até essa altura, Pedro, Andre, Tiago e João.
Todos eles são vistos por Jesus, chamados por ele e respondem a Jesus, seguindo-o.
O que vemos aqui é que Jesus é bom em invadir nossas vidas sem avisar, mesmo atolados em pecados, trabalhos e correrias, ele demonstra a nós sua maravilhosa graça.
Jesus é tão incrivelmente poderoso e maravilhoso que com duas palavras ele faz Levi parar o que está fazendo, e seguí-lo.
Não é um convite, não é uma sugestão, é um comando, uma ordem, e Levi obedece imediatamente.
O final do verso 14 diz: "Ele se levantou e o seguiu".
Marcos deixa de fora o Lucas preenche, e com isso deixa essa cena ainda mais radical.
Lucas 5.28 NAA
28 Ele se levantou e, deixando tudo, o seguiu.
Essa informação adicional deixada por Lucas, nos leva a uma radicalidade profunda e eleva o discipulado de Jesus acima de qualquer coisa que possamos nos envolver.
Levi não apenas ergueu a mão pra aceitar uma oração depois de um apelo de Jesus, ele não aceitou Jesus e voltou para casa como estava antes.
Lucas nos diz que ele deixou tudo, ele abandonou tudo.
É por isso que as palavras siga-me criam uma grande tensão e geram uma grande radicalidade na vida daqueles que tem um encontro com Jesus.
Significa que pra seguir a Jesus você precisa radicalmente abandonar algumas coisas.
Deve abandonar o pecado, e diante do chamado de Jesus não tem pecadinhos aceitáveis.
Deve abandonar o controle de sua vida ao controle dele.
Deve abandonar seus estilo de vida mundano e andar em santidade.
Deve abandonar alguns relacionamentos que induzem e conduzem você ao pecado.
A grande verdade é que você tem de abandonar a si mesmo e agarrar-se a Jesus, como quando um afogado, agarra a bóia lançada como único meio de salvar sua vida.
Em outras palavras, essa radicalidade é descrita por Jesus quando ele diz:
Marcos 8.35 NAA
35 Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; e quem perder a vida por minha causa e por causa do evangelho, esse a salvará.
Não podemos seguir a Jesus e manter fidelidade a nós mesmos, a nossos pecados e nosso desejos, a nossa carreira, aos nossos penduricalhos que chamamos de sucesso.
Ou qualquer coisa que nos afaste de morrer para nós mesmos e seguir a Jesus.
Levi obedece sabendo que está deixando pra trás uma vida confortável, uma carreira lucrativa.
Aliás é Levi que escreve em seu evangelho a parábola da pérola de inestimável valor.
Mateus 13.45–46 NAA
45 — O Reino dos Céus é também semelhante a um homem que negocia e procura boas pérolas. 46 Quando encontrou uma pérola de grande valor, ele foi, vendeu tudo o que tinha e comprou a pérola.
Levi encontrou a pérola de inestimável valor, muito acima de suas riquezas, muita além do seu conforto e sucesso.
Em seguida, do encontro no trabalho, Jesus vai a casa de Levi.
Marcos 2.15 NAA
15 Achando-se Jesus à mesa, na casa de Levi, estavam junto com ele e com os seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque estes eram muitos e também o seguiam.
Esse versículo tem um destaque importante à nossa espiritualidade, e nos ensina muito.
Porque Levi não deixou Jesus na igreja, como muitos de nós fazemos as vezes.
Levi seguiu a Jesus e Jesus passa a ser Senhor da vida dele.
Não tem lugar que Levi deixa de levar Jesus.
Jesus não deve ser esquecido do lado de fora do trabalho, quando fazemos as coisas de qualquer jeito ou burlamos notas de consumo para receber reembolso maior.
Ou deixado de fora de uma quadra de futebol, quando jogamos de forma violenta e sem respeito ao outro, discutindo como incrédulos.
Ou deixado de fora do casamento, quando o homem acha que a esposa é sua empregada, ou um escrava sexual que tem que fazer tudo que ele quer.
Ou quando a mulher quer ser a líder da casa e não se sujeita o ajudando a servir como Jesus em em amor a Jesus.
De diversas formas deixamos Jesus de fora de algumas áreas de nossa vida, mas quando somos chamados a seguir Jesus, somos chamados a tê-lo como Senhor de tudo.
É incrível como Jesus chama e sua graça transforma Levi, ele enche sua casa com amigos pecadores da pior espécie, não é atoa que o texto os chama de cobradores de impostos e pecadores.
Os cobradores de impostos eram um tipo pior de pecadores.
Mas Levi quer apresentar aos seus amigos seu novo Senhor, pois a riqueza não é mais seu senhor, os bens não são mais seu senhor, o pecado não é mais seu Senhor, mas Jesus é seu Salvador e Senhor cheio de graça.
Marcos 2.16 NAA
16 Os escribas dos fariseus, vendo Jesus comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: — Por que ele come e bebe com os publicanos e pecadores?
Essa cena é intrigante demais.
Um banquete da graça dentro da casa na mesa com as piores pessoas, e um banquete de ódio, indiferença e incredulidade do lado de fora na mesa da religiosidade, pela melhores pessoas.
Os fariseus questionam a cena, porque todo bom religioso sempre tem um versículo bíblico para defender sua religiosidade.
Talvez na mente deles o que se passa é o Salmo 1.
Salmo 1.1–2 NAA
1 Bem-aventurado é aquele que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2 Pelo contrário, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
Mas o que eles não tem fé para ver é Isaías 7.
Isaías 7.14 NAA
14 Portanto, o Senhor mesmo lhes dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel.
Eles não tiveram fé para perceber que estava diante deles o Emanuel, o Deus conosco estava ali, em carne, osso e cheio de graça para salvá-los.
Cristo não veio mais em uma sarça ardente, ou por meio do templo, mas como homem, como servo, para voluntariamente dar sua vida por muitos.
Essa cena é um escândalo da graça.
Pessoas impuras, excluídas, cheias dos piores pecados, em profundo desespero e necessidade de redenção, estão jantando com o Salvador cheio de graça, em um banquete regado a salvação, perdão e alegria.
Jesus está atendo aos da mesa, mas também atendo aos que se assentam em outra mesa, a da indiferença e incredulidade.
Marcos 2.17 NAA
17 Tendo ouvido isto, Jesus lhes respondeu: — Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; eu não vim chamar justos, e sim pecadores.
A resposta de Jesus é incrível, ele decide jogar o jogo dos fariseus.
Jesus usa a cegueira espiritual deles, para explicar sua missão em meio a um mundo quebrado e destruído pelo pecado.
Veja, este homens acreditam que estão saudáveis, limpos, eles expressam uma certeza de que não precisam de Jesus.
Esses fariseus nos representam e muito, em sua alta presunção de santidade e limpeza.
Alguns aqui nesta noite, talvez, se achem limpos e santos o bastante, por terem nascido em um lar cristão, outros por conhecerem um pouco mais versículos do que outros.
Alguns por serem filho de pastor, acham que estão quites com Deus por causa de seus pais.
Alguns aqui se orgulham de não terem cometido pecados tão grosseiros e públicos quanto outros.
Outros se orgulham como os fariseus, por serem ativos em sua rotina religiosa e chegam a pensar que por isso, Deus devem os favorecer mais do que os outros.
Mas a verdade é que nada do que façamos, por mais santo, por mais religioso, por mais belo e altruísta que seja, tem poder de nos limpar dos nossos pecados.
Você não é mais aceitável do que uma prostituta, do que um bandido, do que Hitler, pelo fato de ter feito coisas boas ou ter uma rotina religiosa.
O incrível nisso tudo, é que seja os que estão sentados a mesa, ou aqueles que estão apontando o dedo aos que estão a mesa, ambos precisam de Jesus.
Muitas vezes uma prostituta está mais perto da salvação por saber que é uma pecadora, que do o religioso que presume que por ter uma rotina na igreja está salvo, limpo e perdoado.
Ser religioso, praticar boas obras, ser certinho aos teus olhos, não te torna um candidato melhor e com mais chances de agradar a Deus e ir pro céu.
Ambos, os ruins e os bons aos seus olhos merecem o inferno, e só poderão se livrar de lá, se tiveram um encontro com Jesus, o Salvador cheio de graça.
De uma vez por todas, aprenda isso, Jesus não veio para pessoas perfeitas, pois se esse fosse seu alvo, ele viria pra si mesmo.
Pois em todo o mundo, a única pessoa perfeita, foi, é e sempre será Jesus, o justo, o santo, o puro, morrendo pelos pecadores e impuros.
Não há pecado tão pequeno ou grande que Jesus não possa perdoar.
Isso é o que a incredulidade quer nos fazer esquecer, quando pecamos, a tendência é sermos cegados para o Salvador cheio de graça que Jesus é.
Seja o que for que cometestes, não se deixe levar pela incredulidade a ponto de se afastar de Jesus, da comunhão, e do discipulado.
Jesus é um salvador cheio de graça e não quer te deixar vivendo em seu pecado.
Seja você alguém que teve um encontro com Jesus, mas está lidando com algum pecado, ou você que está mergulhado, escravizando em pecado, siga a Jesus, abandone tudo por Jesus, pois só nele você encontrará o valor de viver.
Porque a graça que te salva é a graça que te transforma.
Jesus não veio para os santos e justos, mas para doentes e pecadores.
O que vai acontecer com você, está atrelado a maneira como você se vê neste texto.
Se você se vê como estes homens que estão do lado de fora da mesa, apontando o dedo, porque pensam que são bons e tudo está bem com eles.
O que os espera é a perdição eterna, pois rejeitam em sua incredulidade o único Salvador cheio de graça, Jesus Cristo.
Por outro lado, você reconhece o Evangelho que diz que você é pecador e corre para Jesus desesperadamente, pois ele é o único que pode te limpar da imundícia dos teus pecados e te dar escape da morte e do inferno.
Minha oração é que eu e você nesta noite, abandonemos qualquer presunção de pureza, e uma vida de pecados e abracemos ao único Salvador cheio de graça, Jesus Cristo.
A pergunta que eu deixo é: Quem é você diante deste texto?
Perceba você que é Levi, um grande pecador, ou que é um fariseu, um grande religioso.
A boa notícia é que Jesus abriu em si mesmo um caminho de escape.
E melhor é saber que estais doente para saber que podes ser curado, do que acreditar que estais bem permanecendo doente até a morte.
Jesus é nosso Grande Médico.
Isaías 53.4–5 NAA
4 Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o considerávamos como aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos sarados.
SDG
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