O CULTO QUE AGRADA A DEUS (Quando o culto não agrada a Deus)
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MALAQUIAS 1.6-14
O profeta Malaquias surge no ponto muito difícil de Israel, onde eles após 70 anos tinham voltado da escravidão da babilônia, e com a promessa do Messias, a promessa de dias maravilhosos, só que já havia se passado 100 anos que eles tinham sido libertados e não estavam vivendo dias maravilhosos, pelo contrário. Os dias não eram de esperança, mas de desânimo e frieza espiritual.
O povo estava achando que as promessas dos profetas anteriores como Isaías, Ezequiel e Jeremias não estavam se cumprindo, é tanto que o próprio templo era muito pequeno ainda, e a promessa era que o templo seria maior e mais glorioso do que o anterior construído por Salomão. Mas, o templo neste tempo ainda estava em processo de construção, e só foi concluído a obra de construção 400 anos depois, no tempo de Herodes, no Novo Testamento.
O povo com isso, começou a questionar as promessas de Deus e o Deus das promessas. Dessa forma, o resultado foi uma desmotivação generalizada, eles começaram a desanimar no culto, na adoração a Deus.
Aos poucos cada um estava preocupado com outras coisas, com suas lojas, seus negócios, e o culto a Deus perdeu a centralidade e ficou em segundo lugar na vida do povo.
Os próprios líderes sacerdotes, estavam desleixados na adoração, e o culto estava sendo feito de qualquer maneira.
Deus agora vai focar a sua advertência aos sacerdotes, a sua sentença se volta para a liderança do culto.
Deus diz:
V. 6a: O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? —diz o SENHOR dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome.
Deus está dizendo que os sacerdotes estavam profanando, bagunçando, desonrando o culto a Deus.
Deus se utiliza aqui da figura do pai e de um senhor para falar sobre a honra que deve ser dada a Ele como um filho honra seu pai e um servo ao seu senhor.
A Bíblia diz que devemos honrar a quem tem honra, e Deus declara aqui que nem mesmo os líderes espirituais do seu povo estavam honrando e dando a glória que é devida ao nome de Deus. Nota-se aqui a importância que o próprio Deus dá ao seu nome e a honra a Ele mesmo.
Mas, de forma sínica os sacerdotes respondem a pergunta de Deus com outra pergunta capciosa dizendo:
V.6b: Em que desprezamos nós o teu nome?
Os sacerdotes e os levitas estavam sem vontade de cultuar a Deus, e o culto virou algo ritual e monótono, algo mecânico e automático, e ainda pior, eles estavam fazendo de forma enfadada o serviço a Deus.
Mas, não havia motivos para eles responderem a Deus com esse tipo de pergunta, pois, eles mesmos sabiam que eles não estavam indo bem na adoração a Deus, o culto a Deus estava sendo por eles profanado.
Mas, Deus ainda neste dialogo com sua sentença contra os líderes diz:
V.7: Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e ainda perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto, que pensais: A mesa do SENHOR é desprezível.
O Senhor então diz que a prova que eles tem desprezado o culto é que eles estavam cultuando a Deus da maneira errada. E para você compreender, se lembre que no Antigo Testamento o sacerdote tinha sua função no culto a Deus, Moisés nos trouxe essas informações na lei que descrevia as ofertas que eram feitas no culto, pois, a maior parte do culto a Deus do Antigo Testamento era de ofertas que eram trazidas em adoração a Deus no templo pelo próprio povo de Israel.
Dentre elas tinha as ofertas queimadas, a oferta pelo pecado, oferta de gratidão, as ofertas de cereais. Existia até mesmo a facilidade para os mais pobres de poderem ofertar a Deus oferecendo um sacrifício com aves, que era mais barato e fácil de conseguir do que um cordeiro que era mais caro. E quem descreveu como isso seria caracterizado como sendo um culto a Deus? o próprio Deus usou Moisés para escrever e legislar, tornar lei a maneira como o próprio Deus queria ser adorado, portanto, não podemos questionar Deus, Ele queria ser adorado dessa forma, e assim aconteceu durante anos e anos até Jesus vir.
E os sacrifícios tinha o objetivo exatamente de preparar o povo de Deus para a vinda do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Jesus, o nosso Salvador perfeito.
E todos os sacrifícios, todas as ofertas a Deus feitas no Antigo Testamento era uma forma de Deus guiar o povo a vinda do Messias, o prometido salvador que morreu uma única vez de forma suficiente para pagar a nossa divida e nos salvar da condenação dos nossos pecados.
O sacrifício de Jesus anula todos os outros sacrifícios hoje, pois, Ele e somente Ele através da sua vida, morte e ressurreição nos dá o perdão de pecados e a vida eterna.
Veja, os sacerdotes que eram da tribo de Levi tinham a função de cuidar do culto a Deus. Eles não faziam nada além disso, eles eram pastores de tempo integral, e é tanto que o seu salário era dos dízimos e das ofertas que vinha do povo. Eles tinham que conhecer a lei e recebiam a oferta do povo e decidiam e analisavam de acordo com a lei se aquela oferta era válida ou não.
Deveriam saber fazer tudo que girava em torno das ofertas a Deus, como por exemplo, como deveriam sacrificar o animal, como era feito o corte, o acender o incenso, e etc, eles tinha essa função deles que era totalmente restringido ao culto a Deus, ou seja, se tem alguém que deveria saber o que estava sendo feito de forma errada ou correta, eram os sacerdotes.
Diante disso, Deus vem a eles e prova que eles sabem que estão em pecado, e que estão desprezando a mesa do Senhor, e a palavra mesa é uma metáfora que figura o altar dos sacrifícios a Deus.
Deus diz: Vocês tem trazido ofertas imundas a mim, e eu não as aceitarei.
Vocês estão oferecendo pão imundo (pão aqui significa a carne dos animais sacrificados), e ainda me perguntam em que estão pecado e profanando? Vocês sabem, muito bem.
Os sacerdotes sabiam disso, e ainda mais, eles faziam isso conscientes do seu pecado.
Deus os repreende dizendo: Nisto, que pensais: A mesa do SENHOR é desprezível.
Com isso, Deus está dizendo que eles estavam pensando que o culto era como qualquer outro, e que aquilo poderia ser feito de qualquer forma, o que importava era cumprir com a tarefa e o dever de cultuar.
E semelhantemente nos nossos dias, muitos pensam como os sacerdotes, não importa como o culto é feito, o que importa é que façamos. E Deus demostra aqui que na verdade, o que importa é que façamos o culto segundo ele disse que devemos fazer, e não como imaginamos ou julgamos que deve ser, mas, como Ele mesmo nos ensina como deve ser, segundo a sua vontade soberana.
Deus deixa claro em toda a sua Palavra, desde o inicio da Bíblia, até o fim, Ele nos ensina que devemos adorá-lo como Ele disse que deve ser, se não for assim, Ele não aceita e nos punirá por conta que estamos o cultuando de forma contrária a sua vontade escrita.
Parece-me que esses sacerdotes no contexto estavam pensando o seguinte: “Ah, vamos fazer de qualquer forma, o templo mesmo nem é tão grande, isso tudo de fazer sacrifícios segundo está escrito, é besteira, é coisa de bobão, vamos fazer de qualquer jeito e dá certo.”
Não é diferente nos dias de hoje, é?
Notamos muita semelhança nisso na atualidade, muitos são os que não estão muito afim de cultuar a Deus segundo a Bíblia, mas, segundo o entretenimento nos pede. O culto aceitável a Deus está em fala nas igrejas.
Aqui, neste texto, nós encontramos duas razões porque Deus não aceita o culto:
Primeiro: Quando o culto é feito diferente de como ele ordena.
Segundo: Quando as pessoas desprezam o culto e o fazem sem vontade.
V.8: Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? —diz o SENHOR dos Exércitos.
Na Lei, era proibido por Deus que o povo sacrificasse animais defeituosos:
Deuteronômio 15.21 diz: Porém, havendo nele algum defeito, se for coxo, ou cego, ou tiver outro defeito grave, não o sacrificarás ao SENHOR, teu Deus
E os sacerdotes estavam trazendo animais cegos, defeituosos ou enfermos, animais que não ousariam oferecer nem ao governador.
Deus não quer o pior de nós, mas o melhor. Ao prefeito, ao governador, ao presidente, a nosso cônjuge, ao nosso padrão nós entregamos o melhor de nós, e porque para Deus nós muitas vezes entregamos o pior de nós?
Deus não se agrada daqueles que desprezam o culto, a adoração a Ele e colocam em segundo plano.
V.9-10: Agora, pois, suplicai o favor de Deus, que nos conceda a sua graça; mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará ele a vossa pessoa? —diz o SENHOR dos Exércitos.
Deus responde a eles aqui com uma ironia dizendo, façam, continuem fazendo, ou mesmo, façam um teste, pegue o pior animal de vocês, e supliquem a mim, ofereçam a mim esse animal e vejam se eu vou aceitar essas ofertas de vocês que são feitas diferente do que eu mando.
Veja que triste, as pessoas estavam levando os animais cegos, coxos e doentes para oferecer a Deus, e os sacerdotes deveriam orientar eles e exortá-los dizendo que Deus não aceitaria aquele animal, mas, pelo contrário, os sacerdotes estavam oferecendo todos eles, e não estavam interessados em cultuar a Deus da forma que Ele queria. Talvez, as pessoas chegassem dizendo: Ms, eu só tenho esse, não pode ser? e os sacerdotes deixavam passar e ofereciam assim mesmo. Ou mesmo, alguns olhassem para as suas criações de animais e dissessem: eu tenho um animal que está doente, é provável que irá morrer em breve, vou aproveitar e levar pra Deus, já que de uma forma ou de outra eu irei perdê-lo, pois, logo morrerá. E assim, os sacerdotes condiziam com esses e oferecia a Deus, talvez com o pensamento, não tem problema, vamos oferecer assim mesmo, o que vale é fazer, e o que vale é a intenção do coração(a boa intenção).
O que Deus diz no versículo 10 é espantoso, pois, Ele diz:
V.10: Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oferta.
Em outras palavras, Deus diz que é melhor não cultuarem a Ele, se for pra cultuar de outra forma e não conforme a sua vontade.
Ele diz que é melhor que tivesse uma pessoa que dissesse, vamos fechar as portas e não vamos cultuar a Deus, pois, se formos fazer que façamos corretamente e como Deus quer, se não for assim, é melhor não fazermos, pois, é acender o fogo em vão, Deus não aceita.
Deus diz: Não tenho prazer nos sacrifícios de vocês, não aceito das mãos de vocês as ofertas.
Mas, Deus não para por ai e diz:
V.11: Mas, desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações o meu nome; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras, porque o meu nome é grande entre as nações, diz o SENHOR dos Exércitos.
Os verbos aqui devem ser traduzidos para o futuro, como sendo um promessa de Deus de que no por vir, todos os povos o adorarão segundo a sua vontade.
Deus diz: Vocês podem ter profanado o culto, e de vocês eu não me agrado. Mas, quando Jesus Cristo voltar, todo joelho se dobrará e a direita de Deus, teremos povo de toda tribo, língua, povo, raça e nação adorando a Deus, e dizendo Esse é o Rei da glória, o Senhor o Deus dos Exércitos.
Deus volta a dizer ainda, que o culto de Israel é uma profanação ao seu nome.
V.12-13: Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do SENHOR é imunda, e o que nela se oferece, isto é, a sua comida, é desprezível. 13 E dizeis ainda: Que canseira! E me desprezais, diz o SENHOR dos Exércitos; vós ofereceis o dilacerado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta. Aceitaria eu isso da vossa mão? —diz o SENHOR.
Deus diz novamente, e enfatiza, que o povo profanou o culto, e que os sacrifícios eram imundos, e que desprezível era a adoração deles a Deus, e diz que para eles a adoração, o culto, as ofertas eram enfado, eles estavam enfadados, cansados, e traziam a adoração era de qualquer maneira e Deus não as aceitava.
Nos dias de hoje não é diferente, Deus continua rejeitando o culto que é feito por obrigação, por religiosidade e descaso.
Deus finaliza amaldiçoando os que prometem adorar a Deus da forma correta e não o fazem dizendo:
V.14: Pois maldito seja o enganador, que, tendo um animal sadio no seu rebanho, promete e oferece ao SENHOR um defeituoso; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o meu nome é terrível entre as nações.
Uma maldição sobreviria a quem oferecesse animal defeituoso como sacrifício, pois o Senhor dos Exércitos é grande Rei, e seu nome é terrível entre as nações.
Se podemos dar mais e melhor a Deus e não lhe damos, Ele nos amaldiçoa. Quando você poderia prestar uma adoração melhor a Deus e não se esforça para assim fazer, mas, pelo contrário, faz de qualquer maneira que der, Deus não nos abençoa, mas, pelo contrário, somos amaldiçoados.
O mesmo princípio se aplica a nós hoje, Deus quer o melhor do nosso louvor, da nossa adoração.
CONCLUSÃO
E esse pensamento de prestar a Deus o resto, ou o que sobrar, é um pensamento que está em todas as partes, daqueles que fazem parte de uma igreja grande ou pequena e que tem uma visão pequena de Deus e vão aos cultos apenas para conversar, para andar, se entreter, para dançar, cantar, se apresentar, distrair-se. Temos outros entre os membros das igrejas que vão aos cultos e não se preocupam muito com tudo que acontece ali. Nem com a palavra, nem com o horário, não tem compromisso de ir ao culto e etc.
Cuidado, Deus não se agrada de qualquer culto.
Aplicações:
Deus é grande e temível: Cultue a Deus reconhecendo a sua grandeza poder e glória.
Devemos prestar um culto a Deus segundo a Bíblia: Sua igreja deve buscar cultuar a Deus segundo a Bíblia e não segundo o pastor nem segundo outro livro, mas, segundo Deus diz em sua Palavra.
Dê o seu melhor para Deus: Não deixe o resto para o Senhor.
Tenha zelo pelo culto: Todos somos responsáveis pelo culto, mas, que a liderança da nossa igreja seja zelosa com o culto em primeiro lugar e que isso faça parte de cada coração dos membros da nossa igreja.