UMA VIDA DE ADORAÇÃO. (Deuteronômio 6.4-9)

Deuteronômio  •  Sermon  •  Submitted
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Como está a nossa vida com o nosso Deus? Reconhecemos que Ele é o nosso único Deus? Se sim, precisamos amá-lo com toda devoção, vivendo para a Sua glória e ensinando a todos, a começar com os da nossa casa.

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Deuteronomy 6:4–9 ARA
Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.

Introdução (v.4)

Todos nós nascemos adoradores. Essa frase está correta? Por parte sim. Nascemos adoradores porque sempre buscamos algo para preencher o nosso coração, porém não nascemos adoradores para Deus. Desde pequeno, uma criança ama o seu brinquedo. Ela cuida, ela brinca, leva para um canto e para outro, e não ouse tirar, porque o choro é certo. Desde pequeno, ansiamos preencher um vazio.
A mente humana é, por assim dizer, uma forja perpétua de ídolos.
João Calvino
Somos uma máquina de ídolos? Como assim? Talvez dizemos: “Não tenho imagens em casa, eu só adoro a Deus”. De fato, Deus quer a nossa totalidade. Ele não quer apenas um pedaço de nós, ele nos quer por inteiro. E como podemos fazer isso? É quando reconhecemos que não há nada além de Deus. Não há ninguém, não há lugar, não há objeto algum que deve ter o nosso coração, a não ser o nosso Deus. E essa singularidade de Deus significa que ele é único, sem-par, não há nenhum outro além dele. Todos os outros seres tem existência por causa dele e nele.
Nosso é muito claro, ele quer exclusividade. Os povos pagãos tinham diversos deuses, eles faziam os seus cultos, prestavam suas oferendas e sacrifícios a deuses que não existia, que tinham olhos mas não viam, boca mas não viam. E o que diferencia do Japão? Eles adoram “deuses” que não veem. Talvez seja pior ainda, o misticismo, adoram por medo, viram escravos. Assim como Israel estava cercado dos povos pagãos, também estamos, porém servimos ao mesmo Deus, e ainda hoje Ele quer exclusividade. Dt 6.4 “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.” E porque Ele é o nosso Deus e único Senhor, vamos adorá-lo. Na reforma protestante, um dos pontos que foi levantado é “Somente a Deus glória”. A adoração, a glória e honra deve ser exclusivamente de Deus.
Porque o SENHOR DEUS, é o nosso único Deus e não há nada e ninguém alem dele, devemos o amar.
Precisamos amar ao nosso Deus. É a nossa primeira atitude.

I- AMAR A DEUS (v.5)

Algo que queremos ouvir em um relacionamento é um “eu gosto de você”, “eu te amo”, ainda mais quando não é apenas uma fala, mas uma verdade. Muito mais Deus. Antes de amarmos a Deus, Ele nos amou primeiro 1Jo 4.19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”
Esse amor de Deus foi provado na cruz por Jesus. Jesus não pecou. 2Co 5.21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” Não há maior amor que esse. Jo 15.13 “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” Buscamos ser amado pelas pessoas, pelo mundo, nos diminuimos para isso, porém a maior prova de amor, foi feita num madeiro. Obtivemos a salvação! O povo de Deus é convidado a responder a Deus com a mesma plenitude do amor demonstrada pelo Senhor em favor do seu povo. É interessante que a obediência do povo no Antigo Testamento deveria surgir de um relacionamento baseado em amor e não de um legalismo.
Por isso, neste versículo em Deuteronômio é claro a ênfase: amar com tudo o que temos. Aqui não é uma divisão em nós, mas é mostrar que com tudo o que somos, é preciso amar a Deus. Jesus entregou a Sua vida, o mínimo que podemos oferecer é amá-lo com tudo o que somos. Não é apenas a metade, é tudo. Resumindo, é amar a Deus sem qualquer reserva em sua devoção.
Se eu amo a Deus, eu vou lutar contra o pecado. Davi nos ensina que mesmo depois do pecado, podemos ser purificados. A sua oração no Salmo 51, diz que ele conhecia as suas transgressões e o pecado estava diante dele, a ponto de dizer “Pequei contra ti, contra ti somente, fiz o que é mau perante os teus olhos”. O amor a Deus precisa nos constranger, irmãos, precisa nos trazer ao arrependimento. Antes de pedir perdão para o meu irmão, eu preciso me arrepender diante de Deus.
Muitas vezes, o pedir perdão a Deus se tornou automático, porém deve ser intencional, verdadeiro. 2Co 7.10Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.”
Nós amamos a Deus? Amamos de verdade mesmo? Se sim, ou se o nosso objetivo for esse, devemos guardar os seus mandamentos.
Porque o SENHOR DEUS, é o nosso único Deus e não há nada e ninguém alem dele, devemos viver para Ele.
Precisamos viver para Deus. É a nossa segunda atitude.

II- VIVER PARA DEUS (v.6)

Se eu amo a Deus, preciso viver para Ele. Lembro-me de uma canção do Beto Tavares que diz, talvez morrer por ti não seja não o mais difícil afinal, o desafio é viver por ti. Quando escutei pela primeira vez pensei, é verdade, se eu não vivo por Deus, jamais poderia morrer por ele.
O apóstolo Paulo diz 4 vezes para viver de modo digno. o que é viver de modo digno? É se portar como um cristão de verdade. Tendo o fruto do Espírito evidente em nossas vidas, não envergonhando a Cristo. Já passei por uma situação em que uma pessoa entendeu errado o que eu tinha feito e antes de me justificar, disseram: Depois fala que é crente. Aquilo me deixou muito mal. As pessoas sempre estão nos vigiando. 2Co 3.2 “Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens”. Nós estamos onde Deus nos colocou, em nossa família, em nosso trabalho, vizinhança, amigos. Se não diferenciarmos dos outros, fazendo o que eles fazem de errado, onde Cristo está sendo evidenciado?
Aqui temos algo semelhante que Jesus diz, sobre amar a Deus e guardar os mandamentos. Só amaremos ao nosso Deus se a sua palavra estiver guardada em meu coração. Jo 14.21 “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.”
E como fazemos para que está palavra esteja em nosso coração? É por meio das práticas devocionais. Precisamos ter comunhão com Deus, precisamos ter intimidade. Uma vez me perguntaram, “Se o tempo que você investe em oração e leitura fosse o mesmo para a sua namorada, vocês ainda estariam namorando?” Isso pode ser pra sua noiva, esposa… Será? Isso me fez refletir muito sobre o meu tempo com Deus. Muitas vezes deixamos o restinho do nosso dia. Muitas vezes esquecemos de fazer com nossa família.
Irmãos, precisamos ser intencionais. Se falamos que amamos a Deus, precisamos demonstrar que Sua Palavra está guardada em nós.
Porque o SENHOR DEUS, é o nosso único Deus e não há nada e ninguém alem dele, devemos ensinar os outros.
Precisamos ensinar acerca de Deus. É a nossa terceira atitude.

III- ENSINAR ACERCA DE DEUS (v.7-9)

Quem nunca ficou animado com alguma promoção no trabalho, ou compra de uma casa/carro, uma viagem e contou para o amigo alegre? Muitas vezes paramos o que estamos fazendo para contar. Muitas vezes acontece algo que vimos na internet e queremos ser os primeiros a contar. Porém temos que lembrar que Deus nos chama para proclamar e proclamar as verdades do Evangelho. As boas-novas de salvação.
O versículo 7 começa dizendo, inculcarás. O sentido dessa palavra é abrir a cabeça e colocar conhecimento e fechar. O objetivo é de repetir diligentimente.
Por isso é tão importante amar e guardar os mandamentos de Deus, porque o iremos inculcar se não conhecermos? Aqui diz diversas formas de fazer, sentado, andando, ao deitar, ao levantar. Não podemos deixar de falar do amor de Deus. Aqui não é simplesmente “dar uma aula” ou “uma pregação”. Mas no nosso dia-a-dia. Tem hora que iremos ler a bíblia, tem hora que iremos recitar a Bíblia.
Um exemplo simples de como podemos fazer isso. O seu filho está com você no supermecado e acontece de um troco errado, você pode falar “meu filho, a Bíblia diz que não podemos furtar. Esse dinheiro veio errado e não é nosso, devemos devolver”. Ou quando os nossos filhos ficarem irados, podemos lembrá-los sobre a importância do perdão.
Nós somos conselheiros 24h (ou quando estivermos com eles) dos nossos filhos. Eles estão olhando para nós. Precisamos ensinar as verdades Bíblicas.
Se você negligenciar instruir [os filhos] no caminho da santidade, o diabo negligenciará instruí-los no caminho da maldade? Não; se você não os ensinar a orar, ele ensinará a amaldiçoar, xingar e mentir. Se o solo não for cultivado, as ervas daninhas surgirão.
John Flavel
É duro, mas é verdade. Não podemos tercerizar o ensino bíblico dos nossos filhos. A Igreja é muito importante, mas os pais são essenciais. Vocês são educadores, vocês são os mestres que seus filhos terão em casa.
Vamos ensinar as verdades bíblicas, os heróis da fé, o que Jesus fez por nós. E eu creio que nossos filhos serão luz neste mundo, luz aqui no Japão, nas escolas. Eles alcançaram os filhos de empresários, comerciantes, professores. Não podemos imaginar onde esse discipulado pode chegar! Porém, devemos ser firmes. Devemos ensinar, trazer também para a Igreja para o ensino com os amiguinhos da Igreja. Que sejam fortalecidos por Deus para serem testemunho!
Deus não nos trouxe para o Japão em vão, não estamos aqui sentados apenas para passar um tempo, estamos aqui com um propósito eterno e que todos precisam se comprometer com o Reino de Deus.
Vamos fazer parte?
Relembrando, o Senhor, nosso Deus é o único Deus. Por isso, devemos amá-lo com toda devoção, vivendo para a Sua glória guardando os seus mandamentos no coração e ensinando acerca de Deus, começando com os de nossa casa, com nossos filhos.
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