Os juramentos
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A interpretação de Jesus sobre os juramentos.
Mateus 5 33-37 “Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.”
“Contasse a historia de um Monje, amigo de Tomás de Aquino, que era outro Monje, um importante teologo da igreja medieval.
Um dia seu o amigo de Tomás de Aquino, decidiu fazer um brincadeira:
Dizendo: Tomás, corre aqui, olha o boi voando, é Tomás foi olhar o boi voando.
Quando ele olhou para o seu é não viu nenhum boi voando, ele olhou do lado, seu amigo estava se acabando de sorrir.
Você ler tantos livros, e acreditou na possibilidade de ver um boi voando.
Tomás respondeu dizendo: É melhor acreditar em um boi voando do que num Critão mendito.”
A gente vai falar sobre mentiras hoje!
Há pelo menos cinco passagens no Antigo Testamento que ensinam a respeito da santidade dos juramentos e votos.
Elas se encontram em Levítico, Números e Deuteronômio – três dos cinco livros do Torá. Nós também as encontramos em Salmos e no ensinamento do profeta Zacarias, onde a ênfase está em não se fazer votos falsos.
Quando fazemos um juramento ou um voto, Deus é testemunha e espera que o cumpramos. Contudo, a Bíblia nos diz que somos todos mentirosos. Cada um de nós, em um momento ou outro, já quebrou a palavra. Nem sempre mantemos nossas promessas.
Recordando Levítico 19. 12, “nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus. Eu sou o Senhor.” Jesus reafirma a proibição do perjúrio (Falso juramento).
Depois apoia-se em Nm 30:3 “Quando, porém, uma mulher fizer voto ao Senhor ou se obrigar a alguma abstinência, estando em casa de seu pai, na sua mocidade,” e Dt 23:21s , “Quando fizeres algum voto ao Senhor, teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o Senhor, teu Deus, certamente, o requererá de ti, e em ti haverá pecado.”
Exigindo o cumprimento de todos os juramentos dados a Deus. Agora Jesus se volta com clareza e determinação contra o abuso que os fariseus faziam naquela época com o juramento, e contra o exagerado rigor de interpretação quanto a juramentos válidos e inválidos.
De acordo com Jesus, na vida diária não há necessidade nenhuma de juramento para asseverar e confirmar a verdade. Somente a sinceridade total, sem um juramento de garantia, assegura a verdadeira fraternidade.
É que os escribas também recorriam, a toda hora, aos juramentos, inclusive para assuntos da vida cotidiana (p. ex., juro que almocei).
Em cada caso a ênfase está posta na veracidade: uma pessoa deve ser verdadeira ao solenizar sua promessa com um juramento. Sua intenção deve ser sincera. Também deve ser fiel no cumprimento do voto, ou seja, deve cumprir sua promessa.
Salmos 132 11 “O Senhor jurou a Davi com firme juramento e dele não se apartará: Um rebento da tua carne farei subir para o teu trono.”
“O SENHOR jurou a Davi com firme juramento, e dele não se apartará”.
Hebreus 6.18 “para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta;”
E em conexão com “as duas coisas imutáveis” (a promessa e o juramento), das quais os crentes extraem forte ânimo (Hb 6.18), a ênfase é que “é impossível que Deus minta”.
Salmos 15.2 “O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade;”
Salmos 51.6 “Eis que te comprazes na verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria.”
Salmos 24.4 “O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente.”
Ora, essa ênfase na veracidade “no coração” ou “no íntimo”, a ausência de “falsidade e engano” (Sl 15.2; 51.6; 24.4, respectivamente), está bem distribuída nos escritos do Antigo Testamento.
No pensamento dos escribas e fariseus e seus precursores, um voto jurado “ao Senhor” devia ser guardado; ao contrário, um voto em conexão com o qual não se mencionava expressamente o nome do Senhor era considerado de menos importância.
E assim, na conversação diária os juramentos começaram a multiplicar-se, “pelo céu”, “pela terra” e “por Jerusalém”, e, de acordo com 23.16 e 18, ainda “pelo templo” e “pelo altar”.
Mateus 23. 16 “Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas, se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou!”
Mateus 23. 18 “E dizeis: Quem jurar pelo altar, isso é nada; quem, porém, jurar pela oferta que está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou.”
Com o fim de impressionar, uma pessoa podia pronunciar um juramento desses “exagerando” e fazendo enormes promessas.
Se a afirmação feita era mentira e se a promessa fora feita sem a intenção de cumpri-la, isso não era tão ruim assim, contanto que não se jurasse em nome do Senhor.
Jesus censurando os escribas e os farisesu ele: Insensatos e cegos.
Jesus proíbe essa hipocrisia. Ele mostra que as distinções minuciosas e sutis por meio das quais os rabinos classificavam os juramentos como os que eram absolutamente obrigatórios, os que não eram tão obrigatórios e os que de forma alguma comprometiam, ou, seja qual for sua classificação, estavam completamente destituídos de razão.
Ele lhes afirma que um juramento “pelo céu” deve ser veraz e deve ser cumprido, porque o céu não é o trono de Deus? O homem que pronuncia tal juramento está invocando a Deus.
Da mesma forma o juramento “pela terra”; porque, não é a terra o apoio dos pés de Deus? (Is 66.1). Igualmente o juramento “por Jerusalém”; ela não era a cidade do grande Rei? (Sl 48.3). Em outras palavras, quando os juramentos são pronunciados em apelo a qualquer desses objetos, na verdade estavam sendo tão obrigatórios como se o nome de Deus fosse invocado expressamente em conexão com eles.
Ainda havia aqueles que juravam “pela sua cabeça”, o que significava: “Que eu perca a minha cabeça – ou seja, que eu perca a minha vida – se o que estou dizendo não for a verdade ou se eu não cumprir minha promessa”.
Contudo, Jesus indica que ninguém pode mudar a cor intrínseca de seu cabelo. É Deus, tão somente ele, quem determina se em dado momento um cabelo fica branco ou preto. Visto que esta é a realidade, o juramento pela cabeça de alguém é ainda jurar por Deus, e é tão obrigatório como qualquer outro tipo de juramento.
A real solução do problema está no coração. A verdade deve reinar de forma suprema no coração. Por isso, na conversação diária com o nosso próximo, devemos evitar os juramentos de forma cabal. De fato, a pessoa deve tornar-se tão verdadeira, tão plenamente confiável, que suas palavras sejam acreditadas.
Quando o crente deseja afirmar algo, que simplesmente diga: “sim!”. E quando deseja negar algo, que simplesmente diga: “não!”. Qualquer coisa que seja “mais forte” que isso é de origem maligna.
Quando um crente não cumpri sua palavra é mentiroso, o resultado é decepção, mágoa, raiva ou distanciamento.
João 8. 44 “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”
Atos 5.3 “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?”
É característica de certos indivíduos que são conscientes de que sua reputação em relação à veracidade não goza de boa fama, que, quanto mais mentem mais afirmarão que o que dizem é “a pura verdade”. Têm o costume de afirmar em suas conversações com juramentos.
Jesus diz que essa conduta perjura é oriunda “do maligno”, o criador de falsidades (Gn 3.1,4; Jó 1.9–11; Mt 4.6,10,11; Jo 8.44; At 5.3; e 2Ts 2.9–11).
Os rabinos, jeitosamente, usavam os juramentos para esconder seus falsos ensinos e sua falsa moralidade. Jesus, porém, acentua que não se devem fazer juramentos com o intuito de com eles esconder a verdade. Integridade nas palavras é melhor do que torrentes de juramentos.
Ele proíbe até mesmo os juramentos que são feitos nos tribunais?
Ele proíbe o juramento no casamento? De forma alguma!
Tal ponto de vista seria contrário ao ensino da Escritura. Foi com um juramento que Abrão confirmou suas promessas ao rei de Sodoma e a Abimeleque (Gn 14.22–24. 21.23,24).
Abraão igualmente exigiu que seu servo jurasse (Gn 24.3,9). O juramento é igualmente mencionado em conexão com Isaque (Gn 26.31).
Mateus 26. 63-64 “Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sacerdote lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.”
Foi sob juramento que Jesus declarou ser ele mesmo o Filho de Deus.
Neste mundo de desonestidade e decepção, o juramento é necessário para imprimir solenidade e garantia de confiabilidade a uma afirmação ou promessa importante.
Não há nada em Mt 5.33–37, nem em qualquer outro lugar na Escritura, que proíba isso.
Hebreus 6.16 “Pois os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim de toda contenda.” confirma essa prática sem qualquer palavra de crítica negativa.
O que temos em Mt 5.33–37 (cf. Tg 5.12) é a condenação do juramento improcedente, profano, desnecessário e, com frequência, hipócrita, usado para impressionar e para condimentar a conversação diária. Contra esse mal Jesus recomenda a veracidade singela, tanto de pensamento como de palavras e atos.
Somos o povo do Senhor, e uma mentira que contemos a alguém, bem pode servir de obstáculo, interposto entre a alma dessa pessoa e a sua salvação em Cristo Jesus.
Não devemos exagerar, e nem permitir que as pessoas exagerem em nosso lugar, porquanto todo e qualquer exagero já constitui uma mentira.
A mentira dá a quem a ouve uma falsa impressão. Ora, todos esses fatores estão aqui envolvidos. Uma vez mais “Examine- se, pois, o homem a si mesmo” (I Coríntios 11:28).
Que Deus tenha misericórdia de nós, se chegarmos a nos mostrar parecidos com os fariseus e os escribas, os quais procuravam distinguir entre pecados grandes e pecados pequenos, entre mentiras e mentirinhas, que seriam pequenas inverdades.
Só existe uma maneira de cuidarmos de todas essas falhas.
Deveríamos tomar consciência do fato que nós vivemos sempre na presença de Deus. Asseveramos estar vivendo neste mundo, em comunhão com Ele e com Seu Filho, e também afirmamos que o Espírito Santo habita em nós.
Efésio 4.30 “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.”
Ele vê e ouve tudo – cada exagero, cada mentira. Ele ouve tudo e fica ofendido e triste.
Por quê? Porque Ele é “o Espírito da verdade”, e nEle jamais houve ou haverá qualquer sombra de inverdade. Por conseguinte, cumpre-nos dar ouvidos às ordens de nosso Rei celestial, o qual também é nosso Senhor e Salvador.
1 Pedro 2. 22 “o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca;”
Ao sofrer injustamente, Ele não ameaçava.
Sigamos os passos de Cristo e desejemos ser semelhantes a Ele em todas as coisas.
Portanto, sejamos pessoas da Palavra, as quais, por causa da Palavra de Deus e de sua fidelidade a ela, podem refletir esse tipo de integridade que possibilita aos outros confiarem naquilo que dizemos.
A verdade é sagrada, e a nossa fala deveria honrá-la.
Perdemos esse valor na vida cristã,
O nosso “sim” é verdadeiramente sim”?
O nosso sim carrega compromisso definitivo? Ou tendemos a modificar a verdade e a simulá-la?
A nossa palavra é confiável?
Fazemos o que dizemos que iremos fazer?
As pessoas podem confiar em nós enquanto modelos de integridade?
Estamos a cada instante na presença de Deus. Ele nos vê e nos ouve em todo o tempo. Toda promessa que fazemos, toda palavra que falamos, isso fazemos perante a Sua face.
Lembremo-nos de que tudo quando sucede em nossas vidas, em toda a nossa comunicação com o próximo, tudo acontece na presença do Senhor. Lembremo-nos de que essas coisas bem poderão ser aquilo que determinará o que outras pessoas pensarão a respeito dele.
“De modo algum jureis… Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar, vem do maligno” (Mateus 5:34 e 37).