O REI UNGIDO E SUA NOIVA - SALMO 45

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INTRODUÇÃO

Salmo real, mas diferente dos demais, porque não é uma oração dirigida a Deus, mas um poema em honra ao rei. Foi composto para as bodas de um monarca israelita com uma princesa gentia (cf. v.10). Pela descrição dos personagens, há fortes argumentos que apontam para uma homenagem ao rei Salomão e sua noiva egipcia (1Rs 3.1).
A ênfase no belo elogio ao rei logo fez com que todo o poema se aplicasse ao Messias. Os primeiros cristãos interpretaram este salmo nesse sentido messiânico. Cf. Hb 1:8–9.
Por ocasião desse casamento real, o salmista oferece uma canção de celebração dividida em quatro partes:

I. Prefácio poético (v.1)

O salmista fica impressionado com a emoção por ocasião do casamento do rei. Em consequência, ele expressa seus pensamentos agitados e seus sentimentos em palavras. Sua língua é como a pena de um habilidoso escritor, e não é fantasioso identificar esse escritor com o Espírito Santo

II. A apresentação do Rei (v.2-9)

1. A beleza e sabedoria do Rei — v.2.

Aqui há uma descrição da belesa de Salomão e da grande sabedoria de suas palavras. Se pensarmos em Cristo ele tambem se expressou com extrema sabedoria, ele proprio disse ser maior que Salomão nesse aspecto (Mt 12.42).

2. O caráter e a majestade do Rei — v.3-5:

Ele é um heroi que luta pela causa da verdade e da justiça (Outra tradução possível: fazendo justiça aos humildes). A instauração de uma ordem social justa e a defesa do direito dos mais pobres eram a primeira coisa que o povo esperava do seu rei.
O rei é vitorioso contra os inimigos (v.5). Salomão foi o Rei que mais territorios conquistou para Israel, quase se igualando ao territorio prometido por Deus á Abraão.
Certamente podemos ver as mesmas caracteristica aqui descritas do ministerio de Jesus e a descrição do Rei vitorioso será também cumprida quando ele voltar com todo poder e Gloria (Mc 13.26).

3. A grandeza do Rei — v.6-9:

A visão do rei em seu trono governando com equidade (igualdade, imparcialidade) e justiça (julgar, reconhecer merito, punir) também é um retrato fidedigno de Salomão, cf. Pv 17.15.
O v.7 apresenta esse rei como sendo o ungido de Deus — Salomâo foi escolhido por Deus assim como seu pai, Davi.
O NT aplica esses versiculos como sendo uma profecia sobre Jesus em Hb 1.8-9
Hebreus 1.8–9 ARA
mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de equidade é o cetro do seu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros.
O teu trono ó Deus é para todo o sempre só pode ser plenamente entendido se atribuirmos ao reinado do Messias, pois aqui há uma declaração de sua divindade e da sua eternidade. Depois de seu reinado de mil anos na terra, o reino terreno se transformará “no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1:11)
2Pedro 1.11 ARA
Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

III. A apresentação da noiva (v.10-15)

1. A preparação da noiva — v.10-12.

Ela recebe um convite, mas ha condições e recompensas: precisa cortar os laços com os pais gentios, ou seja, deixar a religião idolatra para se converter ao Deus de Israel, assim ela seria aceita pelo rei. Ela tambem precisava receber o rei como seu senhor, ou seja, se submeter a sua autoridade.
Apos as condições serem estabelecidas, as recompensas são apresentadas: Presentes e riquezas incalculaveis.
Assim tambem ocorre com a noiva de Cristo, ela deve cortar os laços da antiga vida e se submeter ao senhorio do noivo que é Cisto para então desfrutar das recompensas prometidas no Seu reino. Jesus falou tambem dessas condições em Lc 14.26 “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.” e das recompemsas em Mt 19.29 “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe [ou mulher], ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna.”.
Segundo a parabola das virgens essa seria a posição atual da noiva de Cristo, está se preparando para a chegada do noivo (Mt 25.1-13)

2. A festa de casamento da noiva — v.13-15.

A noiva já adornada é então recebida no palacio pelo Rei ungigo e acompanhada por um cotejo de donzelas. A visão aqui é de um alegre casamento com festa, musica e danças.
Assim tambem será o encontro na Igreja com Cristo, um momento em que as promessas um tempo de alegria, paz e festas será cumprido para aqueles que estavam preparados a espera dele — Mt 25.10
Mateus 25.10 ARA
E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta.
Na presente dispensação a Noiva está a espera de Cristo, o cumprimento dessa promessa só vai se realizar quando Cristo descer do céu em Gloria para estabelecer o seu Reino —

IV. O posfácio poético — v.16-17

Nos dois últimos versículos, há uma conclusão com o resultado dessa união a dencendencia de Salomão sria abençoda com decendentes dignos dos patriarcas, e estes reinariam em toda a terra. E o nome do Rei ungido seria celebrado para sempre. Jamais haverá um tempo em que os povos deixarão de adorar ao Rei dos Reis!
O cumprimento final dessa promessa será plenamente cumprido depois da união de Cristo com a Igreja, e assim reinaremos com ele em toda a Terra! Ap 20.4-5
Apocalipse 20.4–5 ARA
Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição.
Sejamos nós essa a geração que está preparada a espera do seu noivo!
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