TODOS SOMOS CHAMADOS! Lucas 14.25-35
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· 176 viewsO chamado de Jesus por discípulos ainda está ecoando no mundo. Diga: “SIM”.
Notes
Transcript
Grande ideia: O chamado de Jesus por discípulos ainda está ecoando no mundo. Diga: “SIM”.
Estrutura: O chamado é para todos que renunciam outras lealdades (vv. 25-27); o chamado é para todos que avaliam o custo do discipulado (vv. 28-33) e o chamado é para todos que lutam para não perder a integridade (vv. 34-35).
Pra Que Servimos Nós (Grupo Logos)
Nem eu, nem você
Podemos ficar de braços cruzados
Enquanto coitados não sabem
Pra onde vão, nem porquê
E eu pergunto: Afinal
Onde estamos nós?
O que somos nós?
E o que fazemos nós?
Não há um convite a interessados
Pois fomos chamados, sem exceção
A palavra já diz, nós sabemos
E bem, somos luz e sal
E eu pergunto: Afinal
Mas se não salgar?
E se não brilhar?
Pra que servimos nós?
Multidões se batem, se abatem
Correm, andam, sem direção!
São as lutas e as guerras
E os rumores de uma paz
Que bem longe vai
O que fazer?
Não posso calar!
Deixar meu próximo cair
Enquanto eu estou aqui
Cansado de saber
Que Cristo é a paz
Que vence o mundo!
Que Cristo é a paz
Que vence o mundo!
Nem eu, nem você
Podemos ficar de braços cruzados
Não
Moldura do texto: “não pode ser meu discípulo” (vv. 26, 27 e 33)>
Lucas 9.21–25 (NAA)
21 Jesus, porém, advertindo-os, mandou que a ninguém declarassem tal coisa, 22 dizendo: — É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, seja morto e, no terceiro dia, ressuscite. 23 Jesus dizia a todos: — Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. 24 Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; e quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. 25 De que adianta uma pessoa ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou causar dano a si mesma?
μαθητής -οῦ, ὁ; (mathētēs), SUBS. discípulo.
Uso do Substantivo
1. discípulo — um estudante que adere a (e viaja com) um professor com um relacionamento pedagógico; especialmente usado por estudantes de líderes espirituais.
Em verdade, os termos discípulo e discipulado foram tão profundamente associados ao ministério de Jesus que, como observa Edward L. Smither, para os primeiros cristãos, o termo “discípulo” tornou-se, basicamente, sinônimo de “cristão”.Ser cristão, portanto, é ser discípulo de Cristo. Todavia, Jesus não somente fez discípulos, como também os encorajou a fazer outros discípulos, não tomando a si mesmos e suas ideias como modelo, mas, pelo contrário, espelhando-se em Jesus e em suas ideias, ou seja, imitando a Cristo.
Madureira, Jonas. O custo do discipulado: a doutrina da imitação de Cristo (p. 17). Edição do Kindle.
Renunciar às outras lealdades. (vv. 25-27)
(a) Lucas registra aqui uma distinção que não podemos deixar passar despercebida: “grandes multidões” e “discípulo”.
A procura de Jesus era por “comprometimento”, e não meramente por números. Sua busca maior sempre foi por discípulos comprometidos com ele e com seu ensino, discípulos capazes de segui-lo e conscientes do custo dessa decisão. Por isso, Jesus fez uma exortação àquela multidão sobre a necessidade da consciência do custo do discipulado.
Madureira, Jonas. O custo do discipulado: a doutrina da imitação de Cristo (p. 24). Edição do Kindle.
Isso significa que seguir Jesus não era apenas embrenhar-se no meio de uma turba que o seguia. A verdadeira igreja não é uma multidão que simplesmente segue Jesus, mas a reunião de todos aqueles que seguem Jesus nos termos de Jesus, ou seja, é a assembleia daqueles que se recusam a seguir Jesus do próprio jeito, meramente como curiosos, retendo apenas o que lhes agrada e descartando tudo mais. Em suma, trata-se da reunião daqueles que seguem Jesus como Jesus quer ser seguido.
Madureira, Jonas. O custo do discipulado: a doutrina da imitação de Cristo (p. 25). Edição do Kindle.
(b) Há também uma distinção de amores: não se pode amar a Deus como se ama alguém da sua própria família ou como se ama a si mesmo.
Mateus 10.34–38 (NAA)
34 — Não pensem que eu vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. 35 Pois vim causar divisão entre o homem e o seu pai; entre a filha e a sua mãe e entre a nora e a sua sogra. 36 Assim, os inimigos de uma pessoa serão os da sua própria casa. 37 — Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que a mim não é digno de mim; 38 e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.
O ponto é que o discipulado exige que amemos a Jesus como Deus, e não apenas como uma pessoa qualquer. Ele certamente é uma pessoa, mas, por ser também Deus, deve ser mais amado do que qualquer outra pessoa neste mundo. Sem dúvida, ele é homem, mas, porque também é Deus, deve ser o homem mais amado entre todos, mais amado do que qualquer coisa que exista neste mundo, que ele mesmo criou (Jo 1.1-14; Cl 1.15-20). Jesus sempre tem a primazia.
Madureira, Jonas. O custo do discipulado: a doutrina da imitação de Cristo (p. 27). Edição do Kindle.
(c) “Tomar a cruz” tem implicações práticas severas para quem ousa seguir a Jesus.
Mateus 16.24–28 (NAA)
24 Então Jesus disse aos seus discípulos: — Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 25 Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; e quem perder a vida por minha causa, esse a achará. 26 De que adiantará uma pessoa ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará uma pessoa em troca de sua alma? 27 Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras. 28 Em verdade lhes digo que, dos que aqui se encontram, existem alguns que não passarão pela morte até que vejam o Filho do Homem vir no seu Reino.
"Ser um verdadeiro cristão custa alguma coisa. Jamais nos esqueçamos disso. Ser um cristão nominal e ir à igreja é algo barato e fácil. Mas ouvir a voz de Cristo, segui-lo, crer nele e confessá-lo, tudo isso exige muita renúncia. Custa nossa justiça própria, nossos pecados, nossa tranquilidade e nosso mundanismo." (from "Meditações no Evangelho de Lucas (Meditações nos Evangelhos Livro 3)" by J. C. Ryle, Tiago J. Santos Filho, Editora Fiel)
(d) Repare comigo que se trata de um amor exclusivo (v. 26) e de uma lealdade exclusiva (v. 27).
Nem todo sofrimento evidencia o verdadeiro discipulado. Somente o sofrimento que é fruto da obediência a Jesus pode comprovar que somos autênticos seguidores de Jesus. Mais uma vez: não é o caminho que queremos trilhar, nem o sofrimento que julgamos capazes de suportar, mas o caminho e o sofrimento que nos foram preparados contra nossa escolha, contra nossa mania de onipotência, ou seja, contra nosso costume de querer sempre dar as cartas do jogo.
Madureira, Jonas. O custo do discipulado: a doutrina da imitação de Cristo (pp. 30-31). Edição do Kindle.
2. Avaliar o custo do discipulado. (vv. 28-33)
(a) Jesus ilustra essa verdade (que é bem dura, diga-se de passagem) com duas histórias hipotéticas: o planejamento para construção de uma torre e o preparo para uma guerra.
A MENSAGEM:
"“Será que alguém começa a construção de uma casa sem primeiro fazer um orçamento para calcular o custo? Se você construir apenas os alicerces e ficar sem dinheiro, vai passar por tolo. Quem passar por ali vai até caçoar de você: ‘Olhem, ele começou a casa e não pôde terminar!’.
“Vocês conseguem imaginar um rei indo para a guerra contra outro rei sem primeiro decidir se é possível, com seus dez mil soldados, encarar os vinte mil do outro? Se ele concluir que não pode, não vai preferir enviar um emissário para propor uma trégua?"
Sent from Bible Study
(b) Há quem comece bem na vida cristã (“pretendendo construir uma torre”), mas equivoca-se quando ao preço que deve ser pago. E ao fim, deixa um monumento à negligência espiritual: torre inacabada.
(c) Não se vai a guerra sem conhecer o potencial do inimigo. Paulo adverte isso em sua carta aos Efésios.
Efésios 6.10–13 (NAA)
10 Quanto ao mais, sejam fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. 11 Vistam-se com toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo. 12 Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais. 13 Por isso, peguem toda a armadura de Deus, para que vocês possam resistir no dia mau e, depois de terem vencido tudo, permanecer inabaláveis.
(d) Tem de “renunciar a tudo o que tem”.
https://carolinerseixas.wixsite.com/cartasdacarol/single-post/2016/08/30/10-frases-de-jim-elliot-que-te-far%C3%A3o-refletir
10 frases de Jim Elliot que te farão refletir
Philip James "Jim" Elliot (8 de Outubro de 1927 – 8 de Janeiro de 1956) era um cristão protestante, um dos 5 missionários mortos enquanto participavam da Operation Auca (Operação Alca), uma tentativa de evangelizar os Huaorani, um povo do Equador. Ele pertencia a uma família cristã. Desde cedo foi instruído nos caminhos de Deus, e veio a receber a Cristo como seu salvador aos 8 anos de idade.
Jim foi um jovem muito talentoso e se destacava em tudo que se envolvia. Formou-se em "desenho arquitetônico" ainda no período do Ensino Médio, logo depois se transferiu para a faculdade cristã de Illinois, a Wheaton College, onde se graduou com as mais elevadas honras.
Com convicção do seu chamado e vocação, Elliot focou nos estudos com o objetivo de adquirir a melhor preparação possível para o seu ministério. Dedicou-se ao estudo da língua grega, por conta do desejo de traduzir o evangelho para uma língua nativa.
Jim Elliot tinha uma oração constante registrada em seus diários: "Consuma minha vida, Senhor. Eu não quero uma vida longa, mas sim cheio de Ti, Senhor Jesus. Satura-me com o óleo do teu Espírito.". Sua vida e amor a Deus inspirou e continua inspirando muitos por todo mundo. O exemplo de alguém que buscava incansavelmente agradar ao Pai ainda está gerando frutos e despertando milhares de pessoas para viver uma vida que priorize a Deus.
Mesmo após Jim e os outros 5 missionários terem sido mortos brutalmente tentando levar o evangelho aos alcas, o trabalho não foi paralisado. As esposas desses missionários, apesar da grande dor que sofreram, decidiram continuar com a missão, e algum tempo depois foram sucedidas na evangelização dos aucas. A tribo foi evangelizada e alguns anos mais tarde, o assassino de Jim Elliot, agora convertido ao Senhor Jesus e líder da igreja na aldeia batizou a filha de Jim e Elizabeth no rio onde seu pai tinha sido morto.
Jim nos deixou seus diários como um presente para aprendermos mais de alguém, que assim como nós, teve outras opções na vida mas escolheu abrir mão delas para que através da sua dedicação a Deus, as pessoas conhecessem o amor do Pai. Para que todos os povos O adorem!
"Nós não precisamos de uma grande chamada de Deus, o que realmente necessitamos é de um bom chute no traseiro."
"Aqueles que conhecem o grande e terno coração de Jeová, certamente serão levados a negar seus próprios amores, para participar da expressão do Seu amor."
"Não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter para ganhar o que não pode perder."
"A eternidade irá ao mesmo tempo abrir olhos e calar bocas."
"Não se conhece um homem pelo seu sorriso ou talentos, mas pela capacidade de suportar grandes sofrimentos."
"Deus está no Trono, Nós estamos aos Seus pés, entre nós e Ele existe apenas a distância de um joelho."
"Deus sempre dá o seu melhor para aqueles que deixam a escolha com ele."
"Onde quer que você esteja, esteja lá por completo. Viva ao máximo todas as situações que você acredita ser a vontade de Deus"
"Quando chegar a hora de morrer, certifique-se que tudo que você tem a fazer é morrer."
"Não busco uma vida longa , mas uma completa , como a sua Senhor Jesus."
3. Lutar pela integridade pessoal. (vv. 34-35)
(a) Dai temos o texto que vai aparecer nos outros “evangelhos sinóticos”:
Mateus 5.13 (NAA)
13 — Vocês são o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
Marcos 9.50 (NAA)
50 O sal é bom; mas, se o sal vier a se tornar insípido, como lhe restaurar o sabor? Tenham sal em vocês mesmos e paz uns com os outros.
(b) Sal sem sabor perde o seu propósito de existir: a insipidez é a morte do testemunho do sal!
Quando o sal perde sua essência, por mais que ainda mantenha a aparência de sal, não cumpre mais com sua finalidade. Torna-se, por isso, inútil. Discípulos que deixaram de seguir Jesus podem parecer discípulos, mas, como não seguem mais Jesus, não conseguem mais realizar o discipulado. Assim como o sal que perdeu sua essência não tempera nem conserva mais a carne, o discípulo que perdeu a essência do discipulado não consegue mais fazer discípulos autênticos de Jesus. Eles são como o sal que não salga, que perdeu sua essência. Eles dizem que seguem Jesus, (...mas não se submetem mais ao seu reino. Vivem de acordo com suas agendas ocultas. Seguem Jesus do seu jeito. Como consequência, reproduzem outros seguidores anônimos, com um entendimento raquítico ou até mesmo falso do evangelho. Eles são incapazes de avaliar, de forma responsável, o custo do discipulado e, por fim, dizem seguir Jesus quando, na verdade, seguem um Cristo fabricado por seu próprio ego.
Madureira, Jonas. O custo do discipulado: a doutrina da imitação de Cristo (p. 36). Edição do Kindle.
(c) É inútil o cristão que se perde em seu testemunho, por não ter mais em si mesmo, o “poder da integridade”.
John MacArthur:
(…) Se temos de ser homens e mulheres de integridade devemos também ser homens e mulheres de santidade. Isto requer total diligência e atenção com relação a todos os aspectos da santificação, incluindo a área vital da santidade pessoal. Há diversas responsabilidades-chave que todos os cristãos precisam cumprir a fim de desenvolver a santidade pessoal.
(Pureza sexual- a dignidade do casamento, contentamento- satisfação com o que se possui, firmeza- manter-se puro na doutrina, amor sem hipocrisia, ódio ao mal, apego ao bem).
Hebreus 13.4 (NAA)
4 Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito conjugal sem mácula; porque Deus julgará os impuros e os adúlteros.
1Tessalonicenses 4.3–4 (NAA)
3 Pois a vontade de Deus é a santificação de vocês: que se abstenham da imoralidade sexual; 4 que cada um de vocês saiba controlar o seu próprio corpo em santificação e honra,
Colossenses 3.1–4 (NAA)
1 Portanto, se vocês foram ressuscitados juntamente com Cristo, busquem as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. 2 Pensem nas coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra. 3 Porque vocês morreram, e a vida de vocês está oculta juntamente com Cristo, em Deus. 4 Quando Cristo, que é a vida de vocês, se manifestar, então vocês também serão manifestados com ele, em glória.
Filipenses 4.8 (NAA)
8 Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês.
Não podemos negar que o caminho para a santidade pessoal requeira esforço disciplinado e, frequentemente, dificuldades. Mas, ao longo do caminho, Deus providencia-nos a força espiritual e os recursos da Escritura que precisarmos para andar nele com sucesso. Nossa responsabilidade de lutar pela santidade pessoal, junto à nossa obrigação de dar a Deus a preeminência, é, simplesmente, um passo na direção da construção de uma vida sem concessões. Um último passo será sermos reconhecidos como pessoas de integridade entre aquelas que são tocadas pela nossa vida. E isto acontece à medida que as tratarmos segundo o padrão de Deus.
4. Outras aplicações:
(a) Muito de quem somos pode ser comunicado aos outros mediante a observação do que amamos. O amor nos define.
Gálatas 2.19–20 (NAA)
19 Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; 20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.
Em Cristo, nossa identidade e personalidade são redimidas. E isso tem muito a ver com nossos desejos, com o que realmente amamos. Somos o que desejamos. Somos o que amamos. O apego que temos pelas coisas que nos custam a vida, digamos assim, é o que nos define (Sl 115.8). Por isso, nossa verdadeira identidade aguarda pelo desapego de tudo o que nos deforma. E, por mais que as coisas que amamos sejam maravilhosas, se nossa vida depender delas, então nossa identidade e personalidade estarão deformadas. E, mesmo depois de nos desapegarmos de todas as coisas, ainda assim haverá a última coisa. Aquela da qual mais sentiremos dificuldade de nos desapegar: nosso eu. Não nosso verdadeiro eu, mas nosso falso eu; aquele eu que não passa de uma quimera, uma paródia narcisista de nossa verdadeira identidade. Quando isso acontecer, quando o falso eu for negado, veremos que o conhecimento de Deus salvará nossos rostos. O discipulado já não será mais uma mera assimilação de doutrinas desconectadas da vida, mas, ao contrário, doutrina e vida se tornarão uma só carne.
Madureira, Jonas. O custo do discipulado: a doutrina da imitação de Cristo (p. 35). Edição do Kindle.
(b) Os valores desse mundo não podem representar a nossa essência. Se perdermos essa “peculiaridade cristã” já não haverá mais impacto no nosso testemunho.
Atos dos Apóstolos 3.5–6 (NAA)
5 Ele os olhava atentamente, esperando receber alguma coisa. 6 Pedro, porém, lhe disse: — Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso lhe dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levante-se e ande!
O Dr. Lloyd-Jones enfatizou:
"A glória do Evangelho é que, quando a Igreja é absolutamente diferente do mundo, ela invariavelmente o atrai. É então que o mundo se sente inclinado a ouvir a sua mensagem, embora talvez no princípio a odeie.”
Carlos Queiroz:
O sal enquanto mantém suas propriedades, agrega valor (...). Somos levados a concluir que a vida do discípulo só faz sentido se, primeiramente, estiver presente na sociedade. Além disso, se faz necessário que essa presença seja relevante. Sal que deixa de ser sal é descartável, assim como o discípulo que esquece ou faz descaso da vocação de ser filho de Deus.
— Vocês são o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
Ilustr.: O PEREGRINO, John Bunyan (1678)
"Enquanto Cristão refletia sobre o desconcertante encontro, notou dois homens trôpegos aproximarem-se, pulando o muro do lado esquerdo do estreito caminho. Depois, correram para alcançá-lo. O nome de um era Formalista; o do outro, Hipocrisia. Assim, conforme falei, aproximaram-se de Cristão, e este começou a conversar com eles. — De onde vindes e para onde ides? — perguntou. — Nascemos na Terra da Vanglória — responderam Formalista e Hipocrisia —, e estamos indo ao monte Sião para recebermos louvores. — Mas por que não entrastes pela porta estreita, localizada no início desta senda? — inquiriu Cristão. — Não sabeis que está escrito, “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador”?
— Pode ser — admitiram ambos —, mas todos os nossos compatriotas concordam que essa entrada, ou porta estreita, como mencionaste, é longe demais. Em lugar disso, nossos conterrâneos preferem pegar um atalho e pulam o muro nesta parte do caminho, como nós fizemos. — Mas esse vosso costume não pode ser considerado transgressão contra o Senhor da Cidade Celestial, para onde vamos, e, por isso, uma violação da sua vontade revelada? — Ora, não te preocupes com isso — disseram Formalista e Hipocrisia. — Esse modo de acesso se tornou um costume tradicional. De fato, muitas testemunhas asseguram que esta entrada é aceita há milhares de anos. — Ainda assim, acaso vos submeteríeis a uma investigação por um tribunal de justiça? — Achamos que sim — replicaram. — Nossa tradição tem sido aceita por tanto tempo, mais de mil anos, que certamente seria aceita como uma determinação legal por qualquer juiz imparcial. De qualquer modo, falando em termos práticos, já estamos no caminho, de modo que não importa como aqui chegamos. Se aqui estamos, é porque aqui entramos. Pelo que vemos, tu pegaste o caminho ao entrar pela porta estreita, e nós também pegamos o caminho ao pular o muro. Assim, como pode tua atual condição ser diferente da nossa? — Viajo conforme a regra do meu Mestre — respondeu Cristão. — E vós, de acordo com sua imaginação, a qual carece de informação. Vós já sois considerados ladrões pelo Senhor deste caminho. Por isso, tenho certeza de que, no final da estrada, sereis expostos como peregrinos ilícitos. Vós pegastes esta senda por meio de um artifício, sem terem recebido Sua orientação. E, por isso, tereis que deixar esta trilha sem Sua misericórdia. Ao ouvirem isso, não responderam. Sugeriram apenas que Cristão cuidasse de si mesmo.
Então, vi os homens tomarem seu rumo, sem, porém, falarem muito. Contudo, os dois intrusos ainda tinham algo a dizer. Com relação a leis e a determinações legais, eles, sem dúvidas, tinham consciência da obrigação de obedecer-lhes tanto quanto Cristão. Assim, retomaram a conversa: — Não podemos ver em que és diferente de nós, a não ser pela roupa que usas, que provavelmente te foi dada por teus vizinhos para esconder tua vergonhosa nudez. — Em obediência às leis e aos decretos, vós não sereis salvos, uma vez que não entraram pela porta estreita — afirmou Cristão. — Com relação a estas vestes, elas me foram dadas pelo Senhor da Cidade Celestial, para onde me dirijo. Sim, seu propósito é cobrir minha nudez, e, além disso, eu as aceito como prova da bondade que ele me concedeu, quando até então eu vestia nada senão farrapos. Ademais, estas vestes me confortam enquanto viajo. Penso sobre a hora em que eu chegar ao portão da Cidade Celestial. Certamente, o Senhor me reconhecerá por causa das roupas que visto, as quais Ele me deu no dia em que me despiu dos farrapos que eu usava.
— Além do mais — prosseguiu Cristão —, trago uma marca na testa que vós não deveis ter notado. Ela me foi feita por um dos colaboradores mais íntimos do meu Senhor, no mesmo dia em que o fardo que me oprimia caiu dos meus ombros. Adicionalmente, recebi um pergaminho lacrado com um selo para que o leia em busca de conforto ao longo do caminho. Recebi ordem de entregá-lo no portão da Cidade Celestial como prova de que tenho autorização para entrar. Contudo, duvido que vós desejeis qualquer uma dessas coisas, apesar de carecerdes delas, uma vez que não passastes pela porta estreita. Os dois não responderam a esses comentários, mas entreolharam-se e começaram a rir. Notei que ambos passaram a caminhar atrás, embora Cristão seguisse à frente, sozinho. Assim, sem falar mais com os estranhos, pensava com seus botões, ora lamentando-se, ora expressando satisfação.
Para revigorar-se, frequentemente lia o pergaminho que havia recebido de um dos Seres Resplandecentes. Em seguida, observei-os prosseguir até chegarem aos pés da Colina da Dificuldade, onde havia uma fonte. Também havia dois caminhos que saíam diretamente do portão; um virava à esquerda, enquanto o outro, à direita. A trilha estreita que subia a colina chamava-se Dificuldade. Cristão foi até a fonte, de onde bebeu para refrescar-se. Então, começou a subir a colina, enquanto recitava:
— A colina, embora alta, ambiciono escalar Sem a dificuldade me afetar, Pois sei que o caminho para a vida é este. Vamos! Ânimo, coração, rumo ao celeste, É melhor, apesar de difícil, seguir o caminho certo Do que o incerto, onde o mal aguarda decerto.
Enquanto isso, os outros dois chegaram ao pé da colina. Mas quando viram que a encosta era alta e íngreme e que havia dois caminhos a tomar, presumiram que as duas trilhas se encontrariam à frente da senda ascendente pela qual Cristão seguira, do outro lado da colina. Assim, escolheram o caminho que lhes pareceu mais fácil. Ora, o nome de uma dessas sendas era Perigo, e o da outra, Destruição.
Um deles pegou a trilha do Perigo, que o levou ao interior de uma densa floresta, e o outro rumou pelo caminho da Destruição, que o conduziu a um campo largo, onde se erguiam montanhas sombrias; lá, ele caiu e não mais se levantou."