A maldição da riqueza (05/03/23)
Sermon • Submitted
0 ratings
· 3 viewsNotes
Transcript
A maldição da riqueza
A maldição da riqueza
Que impressão essas imagens passam pra gente? (Mostrar fotos de pessoas ricas, sorrindo e com amigos).
Cuidado! Essas são as imagens que o mundo passa para a igreja. E tem muitos crentes comprando essa ideia!
Quem diz a nós quem são as pessoas realmente felizes é o nosso Senhor Jesus Cristo em Sua Palavra! Ah, e Ele nos diz também quem sãos as pessoas infelizes (Lc 6.20-26).
Jesus contrasta as bênçãos (Lc 6.20-23) com as maldições (Lc 6.24-26).
1. O sentido de “rico”.
“Rico”, em contraste com o pobre (v. 20) não é necessariamente a pessoa que tem abundância de coisas materiais; mas é a pessoa que se acha “rica”, farta; uma pessoa que pensa que não precisa de nada; uma pessoa orgulhosa. Esse orgulho pode ser visto na vida das pessoas que põem a confiança nas riquezas ou nas posses que têm adquirido (Mc 10.24).
Jesus Se refere a pessoas que costumam ser elogiadas pela sociedade ímpia: dirigentes religiosos, pessoas de nascimento nobre, comerciantes e empresarios que confiam em si mesmos.
Nós, cristãos, precisamos entender que para Deus não importa ser rico ou fazer parte da nobreza, mas estar com o coração voltado a Ele. Aqueles que confiam em riquezas perdem a comunhão com Deus aqui nesta vida e na vida eterna (Lc 12.15-21).
O exemplo bíblico do contraste entre o rico orgulhoso/amaldiçoado e o pobre humilde/abençoado está aqui mesmo em Lc 16.19-31.
Aqueles que confiam em suas riquezas, em suas posses ou em seu dinheiro revelam qual é o senhor da vida deles (1Tm 6.10; Mt 6.24). Quem ama as suas posses não ama a Cristo; e, consequentemente, não ama o seu próximo (Tg 5.1,5-6).
2. Os “ricos” já receberam a consolação deles.
Aquelas pessoas que se veem como já fartas e que não precisam de nada já receberam o consolo porque elas se satisfazem naquilo que enche o coração delas de orgulho. Elas não são satisfeitas em Cristo.
As pessoas que confiam em suas riquezas “já receberam a consolação/consolo” porque ter riqueza é a ambição delas. A paixão delas (aquilo com que elas gastam a sua força e seu tempo) é o dinheiro, é o ter posses. Os ricos, por causa dos bens que têm, se acham autossuficientes, já estão celebrando e disfrutando tudo aquilo que possuem.
Bom, se são ricos… Então, já conseguiram o que queriam; já receberam o “consolo”. Aqueles que amam as suas posses, ainda que sejam religiosos, se entristecem quando ouvem o chamado de Jesus (Lc 18.18-25).
3. O sentido de “ai”.
“Ai” era uma expressão utilizada na Septuaginta para introduzir um canto fúnebre/triite; é uma expressão de juízo, de castigo (Is 5.8,11,18-23; 45.9-10; Mt 13.16-36; Ap 8.13).
Juízo/castigo/maldição, biblicamente falando, diz respeito à condição em que uma pessoa se encontra: uma pessoa pode ser rica, próspera e ter muitos amigos e, mesmo assim, estar debaixo da ira e da condenação de Deus, ser reprovada pela justiça do Reino de Deus.
Tiago, irmão de Jesus, também escreve sobre o “ai”/maldição que vem sobre os ricos (Tg 5.1-4).