Aconselhando uns aos outros.COLOSSENSES 3:12-17

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Aconselhamento um dever da igreja local

INTRODUÇÃO
Somos chamados para cuidar da alma uns dos outros. Desejamos levar ao Senhor nossas lutas e ensinar uns aos outros de modo que a igreja seja fortalecida e o mundo possa testemunhar a sabedoria e o amor.
Porém, como temos uma longa lista de nossos próprios problemas, podemos facilmente achar que é melhor deixar o cuidado com os outros a cargo daqueles que são mais qualificados.
E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4.11–13).
A ideia resultante é que Cristo deu alguns homens na qualidade de apóstolos, outros na qualidade de profetas, etc. com propósito de “aperfeiçoar” (cf. 1Ts 3.10; Hb 13.21; 1Pe 5.10) ou prover o equipamento necessário para todos os santos com vistas à obra de ministrar uns aos outros bem como edificar o corpo de Cristo.
A lição importante aqui ensinada é que não só apóstolos, profetas, evangelistas e aqueles que são qualificados de “pastores e mestres”, senão que a igreja inteira deve estar engajada no labor espiritual. Aqui, a ênfase está posta no “sacerdócio universal dos crentes”.
O APOSTOLO PEDRO NOS ENSINA BEM ISSO
1Pe 5.10 - Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.
CORPO DO SERMÃO
As virtudes devem ser cultivadas
Vs 12a - Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, Como ele enumerara algumas partes do velho homem, assim agora enumera também algumas partes do novo.
A eleição afeta a vida em todas as suas fases; não é abstrata.
Vs 12b santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.
Em primeiro lugar, ele menciona entranhas de misericórdia, por cuja expressão ele tem em vista uma afeição ardente (entranhas).
Em segundo lugar, ele faz menção de bondade (uma profunda consciência e simpatia pelo sofrimento de alguém), pela qual nos tornamos amáveis.
Agora ele adiciona humildade, porque ninguém será bondoso e gentil senão aquele que, deixando de lado a arrogância e a altivez, se conduz no exercício da modéstia, nada reivindicando para si.
Mansidão - Disposição interior.
Longanimidade - para que abracemos uns aos outros e também perdoemos onde houver alguma ofensa.
VS 13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;
Os colossenses são incentivados a suportar uns aos outros em amor (cf. Ef 4.2).
PERDOA-VOS mutuamente: O coração é o “homem interior”. A vontade é especialmente importante quando estudamos sobre perdoar de coração. Considere a parábola do servo impiedoso em Mateus 18.21-35:
Nessa parábola, vemos que o perdão sempre tem um custo para quem perdoa. Perdoar os nossos pecados custou a vida para Jesus! Da mesma forma, na economia de Deus há sempre um custo para quem não perdoa (Mt 6.15).
Cada uma dessas promessas é uma questão de decisão, não de emoção. Nós decidimos fazê-las para adorar e glorificar a Deus (1Co 10.31) mediante nossa obediência, porque Ele nos perdoou em Cristo Jesus (Ef 4.31, 32) e abençoa aquele que perdoa. Essas promessas, portanto, não dependem das fortes emoções que gritam em nós contra o perdão.
Quando um crente manifesta essas virtudes no seu relacionamento com o próximo, ele “se revestiu” de Cristo (Rm 13.14).
Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências
Vs 14 acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.
O QUE BUSCAMOS ANTES DE TODAS AS COISAS?
Ele exorta aos colossenses a fomentem entre si o amor, em virtude destas coisas.
Porque, onde o amor está ausente, todas as coisas são buscadas em vão.
O amor é o “lubrificante” que capacita as outras virtudes a funcionarem “com maciez” (Gl 5.6,13).
V 6 Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor
V 13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor
O que ocupa o pensamento do apostolo é especialmente o amor mútuo, amor uns pelos outros dentro da comunidade cristã.
O VINCULO DA PERFEIÇÃO: Esse amor é chamado “o elo da perfeição”. Isso tem sido interpretado como significando que o amor é “a graça que liga todas essas outras graças”
Pois esta é realmente a regra de toda nossa vida e de todas nossas ações, de modo que tudo o que não é regulado em conformidade com ele é imperfeito, não importa que outro atrativo porventura possua.
Esta é a razão por que ele aqui é chamado o vínculo da perfeição; porque nada há em nossa vida que seja bem regulado se não for direcionado para ele, senão que tudo quanto tentamos é mera perda de tempo.
V 15 Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos
Essa paz é o estado de descanso e contentamento no coração daqueles que sabem que o seu Redentor vive.
A paz que as pessoas ao nosso redor imaginam é aquela sensação que traz calma, tranquilidade, bem-estar, algum tipo de contentamento, no dia a dia. Acontece que esse tipo de paz pode ter diversas origens. O uso de algumas substâncias entorpecentes, por exemplo, podem dar à pessoa a sensação de calmaria, autocontrole, submissão.
A paz que as Escrituras apresentam é de um tipo bem diferente. É a paz gerada pelo consolo absoluto do Espírito Santo no coração crente. Foi essa a paz que Davi evocou (Sl 4.8, Em paz me deito e logo pego no sono, porque, SENHOR, só tu me fazes repousar seguro) e que só pode ser sentida por aqueles que tiveram o coração transformado pela graça soberana do Senhor, pois experimentam a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
PRESTEM BASTANTE ATENÇÃO AQUI MEUS IRMÃOS:
Quando nosso coração indaga: “O que devo fazer agora? Que rumo devo tomar? Que palavra direi?” então a paz do Cristo deve ditar a decisão.
Paz” é um daqueles conceitos que não se pode “explicar” nem tornar compreensível por mais exaustivas que sejam as considerações. Quem, no entanto, encontrou “paz” sabe muito bem o que significa.
“Paz” pode abarcar todos os bens da salvação, a paz com Deus
Rm 5.1  - Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;
“Paz” é aquilo que as pessoas separadas de Deus jamais conseguem ter (Is 57:20s).
Mas os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo.
A paz de Deus seja superior a todas as afeições carnais, as quais às vezes nos empurram às contendas, desacordos, disputas, ressentimentos secretos. Em conseqüência, ele nos proíbe de dar rédeas soltas às afeições corruptas deste gênero.
Vs 16 Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.
É interessante notar como o apóstolo Paulo percebia o ministério da Palavra atuando entre os crentes. No texto acima, ele exorta que a Palavra de Deus reine nas reuniões de adoração da igreja, assim como, a paz deveria reinar nos relacionamentos mútuos entre os irmãos da igreja (cf. Cl 3.15).
Aos romanos ele escreve: “E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros” (Rm 15.14). Paulo percebe qualidades entre os romanos que os tornavam aptos para o aconselhamento, que ele chama de “admoestar”.
Em seu caloroso discurso de despedida aos efésios, ele mesmo diz que não deixou de admoestar, com lágrimas a cada um [publicamente e também de casa em casa] (At 20.31; anunciando-lhes todo o desígnio de Deus (v. 27).
Paulo aqui fala a homens e mulheres de todas as posições; tampouco quer que simplesmente tenham um leve gosto meramente pela palavra de Cristo, mas os exorta a que ela habite neles; isto é, que ela tenha uma morada fixa, e isso amplamente, para que seu alvo seja seu avanço e aumento mais e mais a cada dia.
a palavra de Cristo” – deve governar cada pensamento, palavra e ação, sim, até mesmo os desejos e motivos ocultos de cada membro, e assim deve dominar entre todos eles, e isso ricamente, “produzindo muito fruto”
Isso acontecerá se os crentes observarem a palavra (Mt 13.9) - Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça.
manejarem-na corretamente (2Tm 2.15) - Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade
esconderem-na no seu coração (Sl 119.11) - Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.
e apresentarem-na a outros como sendo, na verdade, “a palavra da vida” (Fp 2.16). -  preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente.
A continuação lógica é: em toda a sabedoria, ensinando e admoestando uns aos outros.
Os crentes, devido à sua “função” de crentes – que não se esqueçam de que estão investidos nessa função – deveriam fazer o que Paulo e seus companheiros estão fazendo em virtude da sua função,
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