A oração de Jonas

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O Texto Bíblico

Jonah 1:17–2:10 NAA
17 O Senhor ordenou que um grande peixe engolisse Jonas. E Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe. 1 Então Jonas, do ventre do peixe, orou ao Senhor, seu Deus, 2 e disse: “Na minha angústia, clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei, e tu ouviste a minha voz. 3 Pois me lançaste nas profundezas, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas passaram sobre mim. 4 Então eu disse: ‘Estou excluído da tua presença; será que tornarei a ver o teu santo templo?’ ” 5 “As águas me cercaram até a alma, o abismo me rodeou; e as algas se enrolaram na minha cabeça. 6 Desci até os fundamentos dos montes; desci até a terra, cujos ferrolhos se fecharam atrás de mim para sempre. Tu, porém, fizeste a minha vida subir da sepultura, ó Senhor, meu Deus! 7 Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo. 8 Os que adoram ídolos vãos abandonam aquele que lhes é misericordioso. 9 Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que prometi cumprirei. Ao Senhor pertence a salvação!” 10 E o Senhor falou ao peixe, e este vomitou Jonas na terra.

Introdução

Jonas foi engolido e vomitado por um peixe. Isso é mesmo verdade ou será que se trata de uma parábola? Seria esse peixe somente uma ilustração ou isso realmente aconteceu?
Muitas pessoas argumentam dizendo que o livro de Jonas é apenas uma estória ilustrativa. Elas dizem: “há ilustrações, há animais, há pessoas, mas o que realmente importa é a mensagem passada, é moral por trás da estória” - é assim que algumas pessoas argumentam.
Mas há pelo menos três bons motivos para crermos no livro de Jonas como um fato histórico - o terceiro motivo é o maior deles:
Com base em 2Re 14, sabemos que Jonas era uma pessoa histórica, de verdade - e parábolas não usam pessoas históricas reais.
O verso 17 do capítulo 1 é tido por muitos como o mais problemático do livro de Jonas, afinal, como um grande peixe poderia engolir um homem e este ainda sair vivo?
Em 1891, uma baleia cachalote também engoliu um marinheiro que tentava capturá-la. Depois de um tempo, seus companheiros capturaram a baleia e, ao abrirem a barriga dela, se surpreenderam com o fato de seu colega ainda estar lá, vivo - apesar dos problemas psicológicos e em sua visão, que foi prejudicada pelo resto da vida.
Em 2021, algo parecido aconteceu. Um pescador acabou dentro da boca de uma baleia jubarte, nos EUA. Sendo cuspido pelo peixe, depois de um tempo, o pescador saiu apenas com um dos joelhos deslocado.
Mas não é por causa dessas ocorrências históricas de homens que sobreviveram ao engolir de grandes peixes que podemos crer na história de Jonas.
O que dá crédito para crermos no livro de Jonas é o fato de que o Senhor Jesus olhou para ele e o tratou como uma realidade (Mt 12). Para Jesus, o livro de Jonas é um livro histórico. O que Jesus disse? “Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas”. O Senhor Jesus Cristo, o filho de Deus, fala sobre Jonas como uma pessoa histórica real. Ele fala sobre o verdadeiro arrependimento de Nínive e repreende aqueles que estavam ouvindo porque estes não haviam se arrependido. Tudo isso não faria sentido algum se Jonas fosse somente uma parábola. Não há nada de impossível na história de Jonas!

Desenvolvimento

Por que o Senhor ordenou que o peixe engolisse Jonas?

É preciso lembrar do primeiro capítulo dessa trama. O profeta Jonas, servo de Deus e que já havia sido usado no passado - Jonas já havia sido boca de Deus diante do reinado de Jeroboão II, em Israel (2Re 14.23-25). O sucesso de Jeroboão em estender a fronteira norte de Israel é dito ter acontecido “de acordo com a palavra de Yahweh, o Deus de Israel, que ele falou pela mão de seu servo Jonas, filho do profeta Amitai, que era de Gate-Hefer” (2Rs 14:25). Então o Deus de Israel ordena Jonas a pregar contra Nínive. Esse Jonas acreditava no poder de Deus e reconhecia a graça de Deus para pecadores. A melhor explicação do motivo pelo qual Jonas optou por desobedecer a ordem de Deus é porque ele tinha desenvolvido um ódio profundo por Nínive, ao ponto de não estar disposto a obedecer à ordem de Deus para ir para lá e pregar. Ele simplesmente não gostou da ordem de Deus. Os habitantes de Nínive eram inimigos do povo dele, de forma que “Jonas preferia ser amaldiçoado (literalmente) antes de ver a bênção de Deus sendo derramada sobre esses inimigos”. Então Jonas pega um navio para Társis, segue pelo caminho oposto ao que Deus o mandou ir. Jonas estava obstinado a desobedecer à ordem de Deus, ele só não contava com a insistência de Deus em relação ao seu arrependimento:
Deus busca Jonas! Ele o buscou quando Jn 1.4 “(…) lançou sobre o mar um forte vento, e levantou-se uma tempestade tão violenta, que parecia que o navio estava a ponto de se despedaçar.”; Ele o buscou quando os marinheiros lançaram sortes para descobrir o culpado por aquela tempestade e a sorte caiu sobre Jonas (Jn 1.7); e Deus o buscou quando Jn 1.17 “(…) ordenou que um grande peixe engolisse Jonas...”.
Deus ordenou que aquele peixe engolisse Jonas porque, em muitos casos, é nas situações de sofrimento e de confinamento que nós caímos na realidade de quem Deus é e de quem nós somos diante d’Ele. São nessas situações, onde parece não haver espaço para a esperança, que o SENHOR, o Criador do mar e da terra (Jn 1.9) nos encontra para mudar nossa vida!

Você tem de ser forçado a orar?

Agora, Jonas se vê naquela situação, engolido por uma criatura enorme e nas profundezas do Mar Mediterrâneo. Jonas não orou quando desceu a Jope. Não orou quando comprou sua passagem para Társis. Não orou quando tentou fugir para Nínive e quando se escondeu no porão do navio. Jonas não orou quando a tempestade foi atrás dele no mar Mediterrâneo. Ele não orou quando os marinheiros pagãos oraram. Ele não orou quando foi atirado ao mar. Jonas não havia falado com Deus até então neste livro. Ele falou com os marinheiros e estas foram as únicas palavras ditas por ele até aqui. O objetivo da fuga de Jonas era escapar “da presença do SENHOR” (Jn 1.3), e a oração dificilmente teria ajudado nisso. O mesmo vale para a nossa vida. Desobediência leva à falta de oração, a falta de oração leva à tolice e ao pecado, e a tolice e o pecado levam ao desastre. Mas ao ser engolido por um grande peixe, capturado nas profundezas do abismo, Jonas sentiu necessidade de orar. Estes talvez foram os piores dias da vida de Jonas; em sua oração, ele reconhece o quão perdido estava no ventre do peixe. Jonas foi forçado a orar!
E nós somos como Jonas!!! Você tem de ser forçado a orar? Orar é dizer a Deus tudo o que está em seu coração. Mas a pergunta é: você tem de ser forçado a orar??? Deus, em Sua bondade, traz, frequentemente, as pessoas ao ponto em que elas são forçadas a orar - e alguém que ora à força é melhor do que alguém que não ora!
A doença leva as pessoas a orar. O luto leva as pessoas à oração.
Uma vez, durante o sepultamento de uma mulher, estava em pé, ao lado da sepultura, um jovem. Em cada um de seus lados havia dois fortes guardas de prisão. Ele era um jovem violento e já estava preso há algum tempo. Então sua mãe morreu de repente, e permitiram que ele fosse ao funeral. E, à medida que ele via o caixão descendo à sepultura, ele chorava como um bebê. E orava! Ele foi convertido no funeral de sua mãe e tem servido ao Senhor pelos últimos trinta anos. Mas ele teve de ser forçado a orar.
Desapontamentos fazem as pessoas orar. Algumas pessoas estão desapontadas com seus casamentos, com seus filhos, com sua carreira, com sua igreja, com elas mesmas. Deus deixa algumas pessoas sem emprego como um presente bondoso a elas, para que orem. Pessoas se afundam em débitos; pessoas acordam à noite com assaltantes dentro de suas casas; algumas têm perdas terríveis; algumas vidas são visitadas pela incerteza. Deus governa sobre tudo isso. O drama de Jonas nos ensina que ir parar sozinho e sem solução na “barriga de um grande peixe” talvez seja a melhor coisa que pode acontecer quando nosso coração está disposto a desobedecer a Deus. Essas são as Suas providências bondosas - embora difíceis - para dar a você a maior benção que você pode ter no mundo: um coração voltado à oração.
Quero chamar sua atenção para uma palavra discreta mas tão determinante no livro de Jonas. Ela está no começo do v. 17, “o Senhor ORDENOU o peixe engolir Jonas”. Essa palavra é importante no livro. Aparece quatro vezes (Jn 1.17, 4.6, 4.7, 4.8). É comum algumas pessoas entenderem que o fato de Deus ter mandado o peixe engolir Jonas foi o juízo de Deus. E, de fato, Deus tinha toda razão para exercer juízo e determinar Jonas como culpado, afinal a natureza obedece a Deus, o verme obedece a Deus, o grande peixe obedece, mas Jonas não! Mas, se Deus quisesse trazer juízo sobre Jonas, o teria matado nas profundezas do mar. Jonas estava obstinado por natureza a desobedecer a Deus, assim como tantas vezes optamos por desobedecê-Lo. Mas note que a ordem de Deus para o peixe é livramento para Jonas. Isso fica claro porque, o que se espera de Jonas num momento como esse, é uma oração de lamento. Mas a oração que Jonas faz é uma oração de ação de graças (Jn 2.9). A oração de Jonas não contém uma palavra sequer de petição. Ela consiste de ação de graças (2.2–6), contrição (2.7, 8) e renovada dedicação (2.9).
Muitas vezes Deus envia grandes peixes em nossa vida também para Se achegar até nós, mesmo sem merecermos! O jargão comum é que “Deus, às vezes, permite o fundo do poço”, mas, lendo o livro de Jonas, vemos que Deus não só permite que visitemos o fundo do poço, mas que Ele também nos joga lá, no fundo do poço, a fim do nos encontrar e nos resgatar de lá para uma vida transformada!

Quatro lições sobre a oração de Jonas

Jonas finalmente, de dentro do peixe, percebe a graça de Deus naquela situação e nos dá pelo menos três lições maravilhosas a respeito da oração:
Nossa oração pode ser muito melhor se aprendermos a orar com os Salmos. Se tirássemos a oração de Jonas do livro de Jonas e pegássemos essa oração para ler, que livro da Bíblia você acreditaria estar lendo? A resposta que todos que conhecem um pouco de Bíblia darão é “o livro de Salmos. Hoje, há muitos que defendem a espontaneidade na hora de fazer as coisas de Deus, inclusive na hora de orar. E, de fato, nós perdemos essa prática de aprender a orar junto aos Salmos. Jonas não cita nenhum salmo específico aqui, mas recita temas gerais do livro dos Salmos. Toda a perspectiva dos salmos – sobre Deus e o homem, sobre a vida e a morte, sobre o desespero e a esperança, sobre o medo e a fé – flui pelo coração e pela boca de Jonas. A única causa possível pra isso é que ele foi criado e alimentado com os salmos. Ele recitou e cantou os salmos durante toda a sua vida. Os salmos estavam dentro dele porque havia vivido no meio do povo de Deus. Agora, nessa situação extrema sob as ondas e dentro de um grande peixe, quando Jonas sente o desejo de orar, o vocabulário e a fé dos salmos se expressam em sua oração. Jonas orava tanto os salmos que, quando ele vai orar de forma espontânea, ele ora os Salmos. Essa é uma grande lição para nós.
A oração deve ser mediada. Em Jn 2.4, Jonas diz e pergunta ao Senhor “(…) Estou excluído da tua presença; será que tornarei a ver o teu santo templo?”. Jonas sabia que templo era onde acontecia os sacrifícios que serviam como mediação e propiciação pelos pecados do povo na antiga aliança. Em Jn 2.7 ele volta a citar o templo. Ele sabia que o templo era o lugar de mediação entre ele e Deus naquela época. Hoje, essa mediação é feita através de Jesus Cristo. Por isso oramos em nome de Jesus. Orar em nome de Jesus não é usar uma fórmula mágica onde, se não usar, o pedido não é aceito e, se usar, o pedido é aceito. Mas quando oramos a Deus em nome de Jesus declaramos que é pelo que Cristo fez por nós que podemos orar a Deus!
Podemos orar de qualquer lugar e em qualquer circunstância - O verso primeiro do texto de Jonas diz o seguinte: “Então, Jonas, do ventre do peixe, orou ao Senhor, seu Deus”. Você sabe que pode orar ao Senhor de qualquer lugar? Isso é verdade geograficamente. Eu não sei onde exatamente Jonas estava no Mar Mediterrâneo - e tenho certeza que ele também não sabia. Eu não sei em que profundidade ele estava, mas de lá, ele orou. Você pode orar de qualquer lugar! Abraão orou do deserto, assim também fizeram Isaque e Jacó; Salomão orou no templo; o coletor de impostos orou na sinagoga; Cornélio orou em uma casa; os discípulos oraram em um barco; Jesus orou em um jardim; e você pode orar em qualquer lugar! Você pode orar aí onde você está sentado. Se você for tocado pela Palavra, você não tem que sair de onde está para se relacionar com Deus. Você pode orar no seu quarto! Não há lugares sagrados porque todos os lugares são sagrados! Porque em Deus nós vivemos, nos movemos e temos o nosso ser. E ele não está longe de nenhum de nós, ele está mais próximo de nós do que nossas mãos ou respiração, ele está mais próximo de nós do que estamos de nós mesmos.
Mas o que é verdade geograficamente, também é verdade espiritualmente. Pense agora sobre Jonas: ele é desobediente. Deus disse: “vá para o leste”, mas ele foi para o oeste. Deus disse: “vá para a terra”, mas ele foi para o mar. Deus disse: “vá e pregue”, mas Jonas foi dormir. Ele tomou várias atitudes erradas. Ele não quer ver os cruéis assírios sendo poupados, ele preferiria vê-los aniquilados pelo Juízo de Deus - isso não é muito certo da parte dele, não é? “E levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e o beijou”. Isso não é maravilhoso? “Quando ele ainda estava a uma grande distância”! Você pode estar em uma conferência cristã, uma igreja, seminário e estar a quilômetros de distância de Deus. Você está assim? Você pode orar a Deus de onde estiver. O Senhor não diz: “melhore primeiro”! Ele não diz: “endireite-se antes”! É suficiente olhar na direção do Pai. E quando você estiver a uma grande distância - tão longe que você não saiba mais quão longe está -, seu Pai estará correndo em sua direção, ele abraçará você, beijará você, e suas primeiras palavras a você serão: “meu filho”! Este é o evangelho que pregamos! Há um caminho de volta a Deus dos caminhos escuros do pecado. Há uma porta que ele abre e pela qual nós podemos entrar. Na cruz do calvário é onde começamos, quando nos achegamos como pecadores a Jesus. Você pode ser restaurado! “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e Justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”. Não importa há quanto tempo você tem estado longe, não importa quão ruim tem sido, não importa o que você tenha feito no país distante, você pode ser completamente reconciliado com Deus agora! Não há distância que não possa ser superada pela oração de alguém verdadeiramente arrependido diante do Senhor!
Você consegue ver no capítulo 2 tudo o que teve de acontecer no coração de Jonas para que ele fosse restaurado do seu desvio?
Primeiro de tudo: ele percebeu que Deus realmente é Deus. Pense na última coisa que ele viu enquanto afundava na água. Imagine os seus pensamentos enquanto um peixe o engolia e ele não se afogava. Pense na significância do versículo 1: “Então, Jonas, do ventre do peixe, orou ao Senhor, seu Deus”. Pense na significância do versículo 8, quando ele percebe que Deus é Deus e ídolos são vãos. Você não pode ser restaurado do seu desvio até ter um senso da divindade de Deus. Toda experiência espiritual verdadeira nos faz perceber algo da divindade de Deus - não foi isso que aconteceu com você no dia da sua conversão? A recuperação espiritual sempre tem essa característica. É por isso que Jonas ora! Versículo 1: “Então Jonas orou”; versículo 2: “Na minha angústia, clamei ao Senhor”; versículo 4: “Então, eu disse: lançado estou de diante dos teus olhos”; versículo 7: “Eu me lembrei do Senhor; e subiu a ti a minha oração”. Jonas enxerga a sua pequenez e a Glória de Deus. Ele percebe que sem Deus, ele está sem esperança. Versículo 2: “Na minha angústia, clamei ao Senhor”; versículo 7: “Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor”. Jonas diz ao Senhor o que o Senhor havia feito por ele. Se você observar os versículos 3, 5 e 6, você verá que é exatamente isso que Jonas está fazendo: “o Senhor me trouxe para dentro da barriga do peixe”, “as suas ondas e as suas vagas passaram sobre mim”, “o Senhor fez com que as algas se enrolassem na minha cabeça”, “o Senhor salvou minha vida”, “o Senhor é o meu Deus”. Jonas está falando com Deus sobre o que o Senhor fez por ele.
Jonas até tentou, virou as costas para Deus, fugiu de Deus e descobre que, não importa em qual caminho ele corra, Deus ainda está diante dele. Foi o que aconteceu com Paulo. Paulo estava indo pela estrada de Damasco. Ele virou as costas para Cristo, mas quem ele encontrou diante dele? Cristo! Nós viramos as costas para ele, mas ele está nos encarando o tempo todo! Isso é Graça!
Você foge dele, mas é como perseguir uma criança ao redor da casa - você já fez isso? Quando a gente brinca de aterrorizar crianças para que elas gritem e corram, depois de algum tempo, você tenta descobrir para onde elas fugirão. Você então as persegue, e elas correm. E você vai por outro caminho, e elas correm diretamente para os seus braços abertos. Elas são confortadas do terror pela mesma pessoa de quem elas estavam amedrontadas. - Tente isso! É um bom hobby. E é o hobby de Deus!
Se você é um não convertido, o seu maior problema não é você mesmo. O seu maior problema é Deus. Você não pode escapar de Deus. Ele fez você, ele irá julgá-lo e você está fugindo! Mas Deus é tão bondoso que fica no seu caminho, e talvez tenha trazido você até este momento aqui para que você possa correr direto para os seus braços. E você descobrirá que aqueles fortes braços dos quais você estava com tanto medo, estão cheios com amor terno, bondade e perdão. Essa foi a experiência completa de Jonas.
Enquanto Jonas ora, ele está consciente de que está nos braços de Deus. Versículo 2: “Na minha angústia, clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a voz”. Versículo 7: “Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo”. E assim, Jonas se dedica novamente ao serviço de Deus - veja o versículo 9: “Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei. Ao Senhor pertence a salvação”! E assim, Jonas é restaurado, e o peixe o vomita. E espiritualmente e geograficamente, ele está de volta onde começou. E a história de vida de Jonas pode começar novamente agora. Ele não é um homem perfeito - como veremos. Ele está andando com Deus, mas não está caminhando o mais próximo de Deus que poderia. Mas o seu arrependimento é real, ainda que não seja perfeito.

Conclusões

Podemos chegar à três conclusões diante da oração de Jonas:
Uma constatação: A idolatria é vã
A essência da idolatria […] é qualquer coisa que exige ocupar o lugar central na nossa vida e à qual oferecemos nossa lealdade e devoção que, por direito, pertencem exclusivamente a Deus […]. Para algumas pessoas, o dinheiro é seu deus, e a busca de metas materialistas domina suas vidas […]. Mas podemos transformar tudo em ídolos – esporte, sexo, drogas, política, carreira, e até mesmo o lar e a família. Tudo que expulsa Deus para a margem da nossa vida pode se tornar ídolo. E Jonas chega à conclusão que quão em vão é agir desta forma!
Uma promessa: oferecer sacrifício
Por fim, Jonas expressa a resposta de um coração novamente entregue a Deus: “… com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei” (Jn 2.9). Este era o fim para o qual Deus em sua graça estava trabalhando. A salvação de Jonas produz o bom fruto da disposição de seguir o chamado de Deus em sua vida.
Uma declaração: Ao Senhor pertence a salvação
Se é ao Senhor que pertence a salvação e a ela é um dom de Deus, é com que mérito que seremos salvos? A história de Jonas aponta para “outro Jonas” - Cristo. É com base no sacrifício de Cristo que podemos ser salvos. O que precisamos fazer? Precisamos ter a experiência de Jonas, sentir como ele se sentiu no ventre do peixe. Não existe imagem melhor do homem morto no pecado do que Jonas no estômago do grande peixe. Isso não se aplica apenas à sua situação externa, mas especialmente ao estado interior de sua alma. Jonas havia endurecido seu coração para a ordem de Deus, fugindo “da presença do SENHOR” (Jn 1.3). Sua vontade estava tão presa às amarras do pecado que, quando a tempestade furiosa de Deus estava esmagando seu navio, ele não se arrependeu e não voltou seu coração para Deus. “Tomai-me e lançai-me ao mar” (Jn 1.12) foi o único conselho que seu espírito amargurado conseguia oferecer. Quando Jonas finalmente pensa em Deus na escuridão de sua experiência e consegue dizer: Jn 2.6-7 “6 (…) Tu, porém, fizeste a minha vida subir da sepultura, ó Senhor, meu Deus! 7 Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo.” como isso explica a mudança em seu coração? É porque “Ao SENHOR pertence a salvação!”, ele exclama.
Você tem respondido assim à graça de Deus? Você entende que o Deus soberano do universo planejou e executou uma única maneira de salvação no sangue expiatório de seu único Filho? Nenhum outro sacrifício pode remover a dívida do seu pecado e nenhuma outra salvação entrou nos conselhos da sabedoria de Deus. Como resposta, oferecemos um sacrifício vivo de louvor pela presente de seu Filho como nosso Salvador. Você entende também que, quando Deus o salva por meio de sua graça soberana, ele permanece soberano sobre sua vida? Jonas confessou: “O que votei pagarei” (Jn 2.9). Qual precisa ser o seu voto como cristão? A resposta é que você precisa entrar numa aliança de fé com o Senhor, entregando o domínio sobre a sua vida ao controle soberano dele.
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